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Dream Theater toca depois do Iron Maiden no Rock in Rio e faz apelo: ‘Por favor, não vão embora’

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Ao g1, guitarrista John Petrucci adianta como será a estreia da banda no festival. Bem-humorado e sereno, ele explica o que faz para manter vigor das performances e relembra começo da carreira. O Dream Theater vai encerrar a primeira noite do Rock in Rio, o famoso dia do metal. Eles não são headliners, mas vão tocar depois do Iron Maiden no dia 2 de setembro. Assim como em 2019, a banda de Bruce Dickinson pediu para não tocar depois da meia-noite.
Ao g1, o guitarrista John Petrucci fez um apelo aos fãs da atração principal (“Por favor, não vão embora depois do Maiden!”) e falou do álbum mais recente do Dream Theater. “A View From the Top of The World”, o 15º deles, foi lançado no ano passado.
Bem-humorado e sereno, o virtuoso músico americano de 55 anos explicou o que faz para manter o vigor das performances e relembrou quando era um garoto brigando com a guitarra para extrair algum som dela: “Minhas mãos não eram fortes o suficiente.”
Rock in Rio 2022 em 1 minuto: como será o show do Dream Theater
g1 – O que seus fãs podem esperar do show no Rock in Rio?
John Petrucci – É a primeira vez que tocamos no Rock in Rio. Apesar de já termos ido muitas vezes ao Rio e termos tocado muitas vezes no Brasil, nunca tocamos no festival. Então, estamos superanimados. Estamos com a turnê para divulgar nosso último álbum, então os fãs podem esperar uma versão mais curta do nosso setlist normal da turnê “Top Of The World”, porque estamos tocando normalmente por duas horas. O show será um pouco mais curto do que isso. E vai ser uma demais, eu acho. A gente toca depois do Iron Maiden, certo? O que vai ser interessante… Provavelmente, vai ser bem tarde. Mas eu espero que todos fiquem para nos ver.
g1 – Você vai fechar o primeiro dia do Rock in Rio, o ‘metal day’, o famoso ‘Dia do Metal’. Existe alguma diferença para você ser em a última banda da noite?
John Petrucci – Bem, é interessante. Nós já fizemos isso antes, sabemos que o tipo de ambiente em festivais é diferente do que normalmente é no seu próprio show, porque há muitas bandas, essas trocas rápidas de palco. Já estivemos nessa situação antes: já tocamos depois que o KISS tocou e outras coisas assim. Então, é bem difícil tocar depois do Iron Maiden. [Risos] Quer dizer, eu amo o Maiden. Mas estamos confiantes de que todos os nossos fãs no Brasil ficarão felizes por estarmos no festival, finalmente. Então vai ser divertido.
g1 – Sim, vai ser. E o que você sabe sobre o Rock in Rio? Quando eu te falo ‘Rock in Rio’ o que vem na sua cabeça?
John Petrucci – Por alguma razão, imagino “Rush in Rio”. Aquela famosa performance do Rush no Rio [show da banda canadense no Maracanã, em 2002, mas fora do festival]. Eu só imagino essa multidão gigante ao ar livre num ótimo cenário. Tudo parece muito divertido, parece que tem um monte de gente. Isso é o que eu penso.
John Petrucci e o vocalista James LaBrie nos bastidores de ensaio fotográfico do Dream Theater
Divulgação/Facebook da banda
g1 – Li que você gravou o álbum ‘A View from the Top of the World’ no seu próprio estúdio. Como isso afetou o som do álbum?
John Petrucci – Antes, naquele mesmo ano [2020], eu gravei meu álbum solo ‘Terminal Velocity’ lá. Essa foi a primeira coisa que gravamos lá e eu achei que ficou ótimo, soou ótimo. Então fizemos o ‘Liquid Tension Experiment 3’ [álbum da superbanda de metal instrumental Liquid Tension Experiment] naquele verão e ficou ótimo também.
Então, com esses dois discos, nós resolvemos todos os bugs do estúdio. Então, quando o Dream Theater foi gravar lá, a gente sabia que poderia fazer um ótimo disco. É um espaço muito legal, só nosso. É o nosso ponto de encontro particular, com uma vibe legal. É tudo muito confortável e descontraído. Acho que todos os três discos que fizemos até agora soam incríveis e isso depois de gravar em alguns dos maiores estúdios do mundo. Muito disso tem a ver com nosso grande engenheiro de som Jimmy T, o nosso grande produtor Andy Sneap, e todo o trabalho que eles fizeram no álbum. Sem esses caras, não soaria tão bom.
g1 – Onde fica o estúdio? É perto da sua casa?
John Petrucci – Sim, não é muito longe de onde eu moro. É em Long Island [a leste da cidade de Nova York], onde a banda foi formada. A localização é muito conveniente.
James LaBrie, John Petrucci, Mike Mangini, Jordan Rudess e John Myung posam em fim de show do Dream Theater
Divulgação/Facebook da banda
g1 – Que legal. Eu gostei da letra de ‘The Alien’ [novo single] e isso me fez pensar sobre colonizar outros planetas e sobre a vida fora da Terra. Você acha que a gente vai estar vivo para ver isso acontecendo?
John Petrucci – Bem, essa letra foi escrita pelo James [LaBrie, vocalista do Dream Theater] e ele disse que se inspirou em uma entrevista que viu do Elon Musk, em que ele falava sobre a terraformação e tudo mais.
Eu não acho que vai ser algo que vai acontecer enquanto eu estiver vivo, mas eu certamente posso nos ver caminhando para isso no futuro. E quer saber? Por que não? Por que não explorar? O que mais será que existe além da terra? Tudo é possível, certo?
g1 – Sim. E como você se mantém em forma para tocar guitarra mantendo a intensidade?
John Petrucci – Só existe uma resposta para isso, que é a prática. Eu ainda pratico muito guitarra e só tento manter meu ritmo. A música que o Dream Theater compõe e toca, e minha própria música solo e outras coisas que participo… tudo isso não é… fácil. Você tem que estar musicalmente em forma para a turnê. Então, praticar é nada menos do que essencial.
Dream Theater se apresenta com o baixista John Myung e John Petrucci no centro
Divulgação/Facebook da banda
g1 – Eu sei que você também se exercita muito, além de tocar guitarra, né?
John Petrucci – Sim, isso é verdade. Acabei de voltar da academia, e foi um treino bom. Eu sigo fazendo isso e tento ficar em forma, tento combater os efeitos do envelhecimento e isso me faz sentir bem. Também é mentalmente bom. E você se sente forte quando tem que fazer algo como colocar uma mala em um compartimento de bagagem em um avião. Você não sente que vai ter uma dor de coluna, ficar todo dolorido.
g1 – E você consegue ficar duas horas direto fazendo show…
John Petrucci – Sim, com certeza malhar ajuda nisso.
g1 – Eu sei que você é fã de ‘Senhor dos Anéis’ e de ‘Game of Thrones’. E essas duas sagas ganharam novas séries, novos spin-offs. Você ainda tem interesse, vai assistir?
John Petrucci – Eu ainda sou um grande fã. Na verdade, nós… minha esposa e eu assistimos “House of the Dragon” ontem à noite. Eu achei o episódio ótimo. Fiquei tão feliz por estarmos de volta ao mundo de ‘Game of Thrones’. Então, estou empolgado com isso e com esse novo ‘O Senhor dos Anéis’. Acho que a série estreia enquanto a gente estiver na América do Sul, então vou ter que descobrir um jeito de assistir. [Risos]
O Dream Theater é atração do Dia do Metal no Rock in Rio 2022
Divulgação
g1 – Sim, é no começo de setembro, você vai estar por aqui…
John Petrucci – Vou dar um jeito de ver no hotel, então. Você gosta desse tipo de série?
g1 – Sim, sim. Eu acho que a do ‘Senhor dos Anéis’, eu vou assistir… Voltando a falar de guitarras, quantas você tem? Gosta de sempre tocar com a mesma?
John Petrucci – Eu tenho muitas guitarras como você pode imaginar, ao longo de todos esses anos colecionando. Eu meio que estou constantemente mudando com qual eu vou tocar. Mas, em casa, eu tenho um monte delas e tem algumas que eu toco mais, pego todos os dias. Mas o melhor desses instrumentos é que todos são igualmente incríveis. Então, não importa muito qual… as pessoas até dizem ‘e aí, qual é o seu favorito?’ São todos meus favoritos. É como ter uma coleção de, sei lá, Lamborghinis. Todas elas são “cool”.
g1 – E quanto mais, melhor.
John Petrucci – Exatamente.
g1 – Ouvi dizer que a primeira música que você tocou na guitarra foi “Hey Hey, My My”, do Neil Young. O que você lembra daquele dia?
John Petrucci – Eu me lembro de ir até a casa do Kevin Moore, nosso primeiro tecladista que morava na esquina da minha rua, e comecei a tocar aquele riff, sabe? Eu me lembro de estar tocando guitarra… e acho que as pessoas que tocam guitarra vão se identificar com isso: no começo, é bem difícil até mesmo tocar só um acorde. Eu lembro, eu ainda consigo me lembrar, mesmo sendo muito tempo atrás, que eu não conseguia fazer sequer uma pestana. Minhas mãos não eram fortes o suficiente ou eu ficava tendo dificuldade em alternar entre acordes básicos. Até você conseguir essa habilidade e conseguir um pouco de força nas suas mãos… é meio difícil, mas isso foi há muito tempo. Aí, finalmente eu aprendi como fazer.
g1 – Acho que você poderia morar onde quisesse e escolheu morar na mesma cidade em que formou a banda. Você poderia me dizer por que escolheu Long Island?
John Petrucci – Você sabe, isso acontece com muita gente. Você tende a morar onde sua família está. Então, você prefere ficar perto de todo mundo. Aqui em Nova York [estado americano onde fica Long Island] é onde nasci e cresci, onde a maioria da minha família está crescendo e criando filhos. Queríamos que eles estivessem perto de seus avós e primos e tias e tios e… Então, ficamos aqui, mas obviamente há tantos lugares bonitos no mundo para se viver, com certeza.
Mas você tende a viver onde sua família está e você se enraíza lá também. Mas além de tudo isso, eu amo Nova York. Eu amo essa região, eu amo a Costa Leste e o fato de que temos todas as mudanças de estações e você pode experimentar tudo.
g1 – Faz todo sentido. Minha última pergunta: o que você diria aos fãs de Iron Maiden para eles não irem embora do Rock in Rio e verem o show do Dream Theater?
John Petrucci – [Risos] Por favor, não vão embora depois do Maiden! Prometemos que vamos fazer um grande show para você. Na verdade, sou um grande fã do Maiden, então estou ansioso para vê-los. O Dream Theater fez uma turnê com eles e isso foi muito divertido. Foi há muitos anos, então vai ser ótimo vê-los de novo. Mas para todos os fãs do Iron Maiden, eu digo: fiquem por lá, porque o Dream Theater tem um ótimo show para vocês.

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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