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Festas e Rodeios

MC Don Juan estreia no Rock in Rio e promete show com ‘funkão e couro comendo’

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Ele fala a podcast do g1 sobre estreia no festival, paternidade, pedidos por funk de ‘ousadia’, conversa com Marília Mendonça antes da morte dela e música de que se arrependeu de lançar. MC Don Juan não quer pegar leve. O cantor paulista promete “o bagulho ao extremo” no primeiro show de sua carreira no Rock in Rio, neste sábado (3). “Vai ser couro comendo, funkão mesmo”, define. “Ano que vem eu volto cantando as mais lights”, ele promete.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO ROCK IN RIO
Ele é um dos cantores mais ouvidos do Brasil, com 9 milhões de ouvintes mensais só no Spotify, com sucessos que passeiam entre os funks ousados e parcerias com outros estilos.
Seus dois hits atuais mostram as duas facetas: o funk “Eu vou com carinho, ela quer com força” (com MC Davi e MC G15) e o piseiro “Áudio que te entrega” (com Léo Santana e Mari Fernandez).
Ouça abaixo a entrevista ao podcast g1 ouviu e leia mais sobre cada tópico do papo a seguir:
o início no funk aos 11 anos de idade;
a mudança de voz e a criação espontânea de hits como “Amar, amei”;
a aposta nos “feats” e os planos com Marília Mendonça antes da morte dela;
a cobrança para não abandonar os funks ousados;
os planos para o Rock in Rio;
assumir as rédeas da carreira e cuidar da filha recém-nascida, Mariah.
1 – O início aos 11 anos
Don Juanzinho: o cantor da Zona Sul de São Paulo começou a carreira aos 11 anos
Reprodução / YouTube
Aos 21 anos de idade, Don Juan é um veterano. Ele começou a cantar aos 11 na comunidade da Cheba, na zona sul de São Paulo. Aos 15 já era uma estrela do funk com o hit “Me amarro na noite”.
Na época, nem a mãe aceitava muito o plano do funk. “Quando resolvi cantar, para a minha família aceitar eu tive que mostrar para eles que não era aquilo que eles pensavam”.
Sua geração alcançou feitos que ninguém imaginava, como dar autógrafo para PMs, que antes viam qualquer cantor de funk com preconceito. “Hoje em dia os policiais conhecem a gente, pedem vídeo, falam que os filhos são fãs, que ouvem o trabalho, elogiam”.
“Hoje um molequinho de 11 anos tem várias referências boas para mostrar para o pai dele”, resume Don Juan. “Para o pai falar: ‘Pode pá, vai lá, filho”, Don Juan imita a aprovação que não teve.
2 – Mudança de voz e ‘Amar, amei’
MC Don Juan
Divulgação
Parte de uma geração de ídolos mirins como os MCs Pedrinho, Brinquedo, Pikachu e Hariel, ele passou, como todos os amigos, por um dilema: a mudança de voz na adolescência.
“Teve uns 3, 4 anos bem perturbadores”, ele admite. “Eu vi artistas novos que depois mudaram de voz e não ficou legal… Meus amigos ficavam falando: ‘sua voz vai mudar, ein’. Eu ficava em choque”.
“Meu timbre melhorou bastante e hoje em dia eu acho que antes que era ruim”, ele comemora. Ele foi achando um jeito de cantar mais suave, melódico, fora do funk “retão”, como ele define.
O ponto de virada foi em “Oh novinha”, seguido pela melódica “Amar, amei”. Don Juan escreveu a música enquanto tomava banho, antes de ir gravar “Se eu tiver solteiro”, com o DJ Yuri Martins.
Chegando no estúdio com Yuri, ele falou: “Se liga, mano, fiz uma música aqui hoje tomando banho”. Na verdade, ele só tinha feito o começo da música e, na hora de mostrar, improvisou o resto, “de freestyle”.
Ele nem sabia que o DJ estava gravando tudo que ele falava, e registrou a composição instantânea. “Amar, amei”, foi um dos hits do verão de 2018 e ajudou a espalhar a voz de Don Juan além do funk.
LEIA MAIS: Don Juan fala sobre fase cantando funk mais ‘light’: ‘Pegando todos os públicos’
3 – Aposta nos ‘feats’ e Marília Mendonça
MC Don Juan
Divulgação
“Eu sempre tive vontade de gravar outros estilos, ser aquele cara versátil”, diz Don Juan.
“Quem abriu as portas para mim foram a Maiara e a Maraisa. Elas foram as primeiras, porque tinha um preconceito do pessoal não se misturar com a rapaziada do funk”.
Ele avalia que o próprio funk mudou até ser mais aceito. “Os moleques eram todos muito novos, ninguém tava nem aí pra nada, hoje em dia tem uma estrutura, tem um show ‘da hora’, e os números… Olha só como o funk está…”.
“Eles abraçaram a gente e viram que é bom estar do nosso lado, para unir forças. E para nós é bom também, para chegar em outros ouvidos”. Alok, Xamã, Tarcísio do Acordeon, Mari Fernandez, Psirico e Grupo Presença estão entre os músicos que já gravaram com ele.
Que ninguém duvide da conexão de Don Juan com os cantores de outros estilos. No meio da entrevista, o forrozeiro Zé Vaqueiro liga para ele em videochamada. “Amor da minha vida”, atende Don Juan. “Vamos jantar hoje então, tá?”, eles combinam.
O maior desejo de Don Juan fora do funk era gravar com a outra patroa, amiga da dupla que lhe abriu as portas: Marília Mendonça. Os dois trocaram mensagens pelo Instagram, estavam se seguindo, e Marília postou um vídeo com músicas dele.
“A gente já estava conversando, já tinha uma proposta”, ele diz. A parceria não tinha sido feita quando a cantora morreu, mas “estava para acontecer”, afirma Don Juan.
4 – Não largar os funks ousados
MC Don Juan
Divulgação
Apesar do sucesso em outros estilos, uma das preocupações do MC Don Juan é não perder a conexão com o funk que o consagrou: “Eu tenho muito medo de perder a origem do bagulho”.
“Meus últimos trampos foram sertanejo, piseiro, e a rapaziada abraçou, gostou de me ver nesse segmento. Às vezes o pessoal até cobra eu sozinho nessa parada. Gosto muito e não vou deixar de fazer. Estou planejando músicas com vários artistas”, ele adianta.
“Só que a minha parada é funk, tá ligado? Eu não posso abandonar. O funk me colocou onde estou. A cobrança é muito grande. Às vezes eu estou deixando de falar um pouco de ousadia nas músicas, palavrão, e o pessoal fica pedindo para eu falar. Porque o pessoal gosta disso.”
Ele lançou no início de agosto o EP “Sete chaves” com este objetivo. “Eu estava com bons números, agora chegou a hora de fazer uma parada que eu quero. Tanto que eu fiz as músicas desse álbum todas em uma semana.”
Ele veio, afinal, de uma geração de funkeiros mirins com funks espontâneos. “Às vezes fica muito robô, tá ligado? Fica pensando muito. Mas agora estamos voltando a ser igual antes. Claro que não vamos fazer qualquer coisa. Vamos estar sempre planejando. Mas é melhor não deixar virar muito estratégia, fazer uma parada de coração.”
O hit atual “Eu vou com carinho, ela quer com força” nasceu “do nada”: “A gente estava lá no estúdio, fizemos, e aí eu falei: ‘Vou gravar clipe. Grava aqui numa parede branca mesmo’. “Teve músicas de gastar 400 mil e não foi sucesso igual esse, que não gastou nada. O público sente isso”, reflete.
5 – Rock in Rio
PK, MC Don Juan e Zé Ricardo de pé; MC Hariel, Papatinho, L7nnon e Marvvila sentados
Laura Rocha/g1
Don Juan vai fazer o primeiro show da carreira no Rock in Rio 2022 dividindo o palco com o rapper PK. Mesmo com muito mais audiência do que vários artistas dos palcos principais, ele vai se apresentar em um dos palcos alternativos, o Espaço Favela.
No dia da entrevista, ele ainda não tinha decidido o repertório, mas disse que vai manter o objetivo atual de não se desconectar do funk.
“Ah, no Rock in Rio vai ser o couro comendo, vai ser funkão mesmo. O bagulho ao extremo”, promete Don Juan.
“Ano que vem eu vou cantando as mais light. Esse ano eu vou para mostrar que é o funk mesmo no bagulho.”
6 – Mariah e a rédea da carreira
Don Juan com a filha, Mariah, e a esposa, a DJ Allana
Reprodução / Instagram
O cantor que já chegou a fazer oito shows na mesma noite no começo da carreira hoje consegue diminuir o batidão na estrada.
“Quero fazer menos shows, dar mais atenção para os fãs, chegar lá e ver o que está acontecendo, fazer as coisas com mais calma.” Há uma mudança que permite isso: “Temos um cachê mais caro, tá ligado?”
Não é só na estrada que Don Juan tem mais controle sobre a carreira. Ele reflete mais sobre seus lançamentos. “Eu prefiro fazer uma parada que depois vai me alegrar, porque tem várias coisas que eu fiz antes que hoje em dia eu olho e digo: ‘gente, eu não faria isso’.”
“Tem uma música que eu falo: ‘como vocês deixaram eu lançar? Que música ruim…’ “Desce com a xerequinha” (de 2021), até o nome é ruim. Eu já pedi para os caras excluírem, mas os caras gastaram dinheiro com o clipe, não vão excluir”.
“Agora nem empresário, nem gravadora. Quem decide quais são as paradas que vão soltar para a rua sou eu”.
Mas o maior motivo para colocar o pé no freio dos shows e planejar melhor a vida e a carreira tem nome: Mariah, primeira filha de Don Juan e da esposa, a DJ Allana, nasceu no dia 11 de julho de 2022.
No ano passado, ela perdeu o bebê que estava esperando e o casal não escondeu a tristeza nas redes sociais. Agora ele é só alegria: Don Juan diz que acha a paternidade “da hora” e tem prazer até de ouvir o choro do neném.
“Cê é louco, o pai é monstro, eu tô zica já. Os braços estão ficando até fortes, já.”
MC Don Juan
Divulgação
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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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