Vice-presidente executiva do festival e presidente de órgão responsável pelo trânsito na cidade avaliaram problemas na primeira semana de shows. Eles pedem que transporte público continue a ser priorizado. Organização do Rock in Rio avalia a primeira semana e se prepara para os próximos dias
O Rock in Rio recebeu uma média de 100 mil espectadores por dia na primeira semana de shows, que terminou na madrugada desta segunda-feira (5). Apesar dos problemas para chegar ao Parque Olímpico na sexta (2) e na volta para casa no sábado (3), o esquema de trânsito não deve receber muitas alterações, segundo a vice-presidente executiva do festival e o presidente da CET-Rio, órgão municipal responsável pelo trânsito na capital fluminense.
A vice-presidente executiva do festival, Roberta Medina, pede que as pessoas optem pelo transporte coletivo.
“A operação ontem a gente viu que funcionou. Domingo a gente tem menos carros na rua. A mensagem principal que fica é: tem um super sistema de transportes montado para a galera chegar aqui. Na sexta-feira, muitas pessoas optaram por vir por meio dos sistemas de aplicativo. Se o trânsito da cidade já é intenso, quando você coloca ainda mais carros no trânsito, é claro que vai parar”, disse Roberta Medina.
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Nesta edição, a Prefeitura do Rio de Janeiro pediu que os espectadores utilizem o Serviço Especial Rock Express, administrado pelo festival, que vai levar passageiros do Jardim Oceânico e terminal Alvorada até o terminal Centro Olímpico. Cada bilhete custa R$ 22 por dia, ida e volta e é vendido pela internet.
“A mensagem que ficou clara, que funcionou, é vir com tranquilidade pelo Rock Express, pelo Primeira Classe, por transportes coletivos. E, na saída, o que a gente sugere, pois tem muita coisa acontecendo na Cidade do Rock depois do término do Palco Mundo, é que aproveitem. Não tenham pressa de ir para casa. Como ontem, o sistema vai fluir tranquilamente”, afirmou a vice-presidente.
Trânsito carregado no caminho para a Cidade do Rock
Marcos Serra Lima/g1
Na sexta, o trânsito caótico na cidade atrapalhou quem voltava para casa do trabalho e também prejudicou os fãs do metal que foram ao Rock in Rio. Às 19h, havia 165 km de congestionamento na cidade. A média das três últimas sextas-feiras, no mesmo horário, foi de 94 km, segundo o Centro de Operações da Prefeitura.
“Na sexta, o trânsito geralmente é muito congestionado na Barra da Tijuca e isso se somou ao fechamento da Avenida Abelardo Bueno, que é uma via que recebe cerca de 80 mil veículos por dia. Com esse fechamento, o trânsito é desviado para a Avenida Ayrton Senna e para a Avenida das Américas. Nós não conseguimos sucesso em comunicar para a população que deveria evitar circular na região nesse horário, a partir das 14 horas”, afirmou Joaquim Dinis, presidente da CET-Rio.
Mesmo com o problema, o esquema de trânsito será repetido na segunda semana de shows, a partir da quinta (8).
“A gente vai repetir o esquema, é um esquema que tem que ser feito. É induzir as pessoas que vão para o evento a usarem o transporte Rock Express. E as pessoas que moram na região devem circular mais na manhã, pois esses bloqueios são de muito impacto”, disse Dinis.
Trânsito parado na Barra
Gustavo Wanderley/g1
O presidente da CET-Rio definiu as próximas quinta e sexta (9) como dias “críticos” e que os moradores devem evitar deslocamentos que não sejam realizados com transporte público e que sejam desnecessários. Ele afirmou que, atualmente, com o evento no Parque Olímpico, as restrições são menores do que anteriormente, mas ainda têm um impacto grande na cidade.
“A gente reforça para a população que quinta e sexta-feira são dias críticos na Barra da Tijuca no período da tarde e que é para evitar circular de carro”, afirmou Dinis.
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Reprodução/TV Globo
