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Em show de milhões, Ludmilla toca bateria, convida amigas e mostra que funk venceu no Rock in Rio

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Cantora gastou R$ 2 milhões em 1ª apresentação solo no festival, grande demais para o Palco Sunset. Ela lotou espaço em show com funk, baladas e pagode. ‘A mãe joga nas 11’ Ludmilla se apresenta no Palco Sunset no domingo (11)
Stephanie Rodrigues/g1
O primeiro show solo de Ludmilla já era um dos mais aguardados do Palco Sunset do Rock in Rio 2022. Não à toa ela foi escalada para encerrar o espaço neste domingo (11), último dia de festival.
Não bastasse, a cantora ajudou a aumentar a expectativa em torno da apresentação contando, pelo Twitter, que faria um anúncio no palco. Era só uma música nova. “Tic Tac”, parceria com Sean Paul, que sai em 30 de setembro.
Reveja os melhores momentos do show de Ludmilla
A novidade decepcionou, mas, à parte isso, a apresentação da cantora no Rock in Rio foi um show de milhões — com o perdão da expressão já desgastada na internet. Ele custou R$ 2 milhões, literalmente.
Ludmilla contou em entrevistas que pagou caro por uma performance criada exclusivamente para o Rock in Rio, para marcar uma nova era de sua carreira.
No momento mais potente, ela levou ao palco um quinteto de cantoras negras: a dupla de rappers Tasha & Tracie, a MC Soffia, a cantora Majur e a funkeira Tati Quebra Barraco.
Ludmilla convida Tati Quebra Barraco, Majur e outras cantoras para o Palco Sunset
A última levou o público ao auge com “Boladona”, clássico do funk carioca do início dos anos 2000.
“Toda mulher no Brasil tem que lutar. Toda mulher negra tem que lutar 100 vezes mais”, disse em um áudio gravado, tocado pouco antes.
Ludmilla toca bateria durante show deste domingo (11)
Stephanie Rodrigues/g1
Joga nas 11
No resto do tempo, Ludmilla passeou por seu repertório eclético: ela canta pop, funk, baladas românticas, afrobeat, pagode… Tudo com a mesma competência. “A mãe joga nas 11”, brincou com o público.
Antes do funk “Rainha da Favela”, ela exibiu no telão manchetes sobre as vezes em que foi vítima de racismo. Em “Deixa de Onda”, gravada originalmente com Xamã, tocou bateria, e em “Maldivas”, beijou a mulher, Brunna Gonçalves.
Ludmilla canta “Maldivas” para a esposa Bruna
“A Ludmilla já falou de amor, mas a gente gosta de alegria. Então, a partir de agora, vamos relembrar a putaria”, anunciou. A cantora, então, surgiu no palco com uma camisa da Seleção Brasileira para um trecho do setlist dedicado aos primórdios da carreira.
Começou com a proibidona “Vem amor” (cantada em versão light). Depois, vieram “Hoje”, “Cheguei” e “Fala Mal de Mim”, dos tempos em que ela ainda assinava como MC Beyoncé. Também entrou “Onda Diferente”, composição de Ludmilla, que foi alvo de uma disputa por direitos autorais com Anitta.
Anitta, que, por sua vez, marcou o início de uma mudança de tom na programação do Rock in Rio ao se apresentar pela primeira vez no Palco Mundo na edição de 2019, após anos de pressão dos fãs.
Em 2022, o festival se mostrou mais aberto à diversidade do pop brasileiro: incluiu um show de pagode inédito, com Ferrugem e Thiaguinho no Espaço Favela, e reconheceu a vitória do funk, ampliando o espaço para o gênero.
Mas, para Ludmilla, o Palco Sunset ainda foi pouco. Ela tem repertório. Ela tem carisma. E, acima de tudo, ela tem o povo, que gritou o óbvio no final do show: “Lud é Palco Mundo”.
Ludmilla no Palco Sunset, no Rock in Rio.
Stephanie Rodrigues/g1

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