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Caio Prado e Luthuly adensam grito de resistência do Fundo de Quintal em single motivado pelo Dia da Consciência Negra

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Capa do single ‘Nosso grito’, de Caio Prado e Luthuly
Divulgação
Resenha de single
Título: Nosso grito
Artistas: Caio Prado e Luthuly
Composição: André Ricardo, Riquinho e Sereno
Edição: Deck
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Samba lançado pelo grupo carioca Fundo de Quintal no álbum Chega pra sambar (1999), Nosso grito (André Ricardo, Riquinho e Sereno) é brado de resistência que ecoou com animação nos pagodes e se tornou um dos últimos grandes sucessos desse grupo que alcançou o auge artístico ao longo da década de 1980.
Decorridos 23 anos do registro original da composição, Nosso grito ecoa mais denso e refinado – fora da roda de samba – na gravação inédita que junta os cantores cariocas Caio Prado e Luthuly em single posto em rotação a partir de hoje, 18 de novembro.
Editado via Deck, o single Nosso grito foi motivado pelo Dia da Consciência Negra, celebrado no domingo, 20 de novembro.
Nas vozes de Caio Prado e Luthuly, versos encorajadores como “A gente tem mais que lutar / Seguir a nossa diretriz / Sonhar e tentar ser feliz / Viver pra cantar e sorrir / É hora da gente assumir / É hora de darmos as mãos / Do negro ao branco se unir / Gritando numa só razão” adquirem caráter ainda mais militante.
As vozes dos cantores se harmonizam com perfeição na recriação do samba, transformado em canção embalada com cordas e piano.
A rigor, a lembrança do samba Nosso grito foi de Luthuly, responsável pelo arranjo que revitaliza e recria a composição. “Comecei a pensar como essa música poderia ser construída e fiz o arranjo. Cheguei no estúdio, conversei com o produtor musical San, passei minhas ideias, mandei uns áudios de melodias do violino e fiz o violão. Eu e o Caio conversamos sobre as interpretações e no fim deu no que deu”, conta Luthuly, que, além de cantor, é compositor e multi-instrumentista.
Na mesma nota sobre o lançamento do single Nosso grito, Caio Prado festeja a harmonia da dupla. “Eu e Luthuly temos timbres de vozes que caminham bem juntos e nossas interpretações, embora diferentes, combinam perfeitamente nessa gravação. Escolhemos essa música porque amamos pagode. Nascemos nos anos 1990 na periferia do Rio de Janeiro e somos dois corpos pretos cantando esse ritmo, que é tão afro-brasileiro, numa canção que fala sobre masculinidade, amizade e afeto. É uma música sobre alegria na luta. Nada mais carioca, brasileiro e preto do que Fundo de Quintal, que é o samba, a resistência do samba”, conceitua Caio Prado.
Pela real identificação dos intérpretes com a letra do samba, o grito de resistência do Fundo de Quintal ecoa de fato renovado no canto dos artistas.

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