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Shows na Copa viram polêmica por repúdio ao Catar; veja quem critica e quem é criticado

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Fãs se dividem sobre artistas que marcaram shows no país que persegue pessoas LGBTQIA+ e viola direitos humanos. Cantores que se negam a participar aumentam a controvérsia. Acima, artistas que criticaram o Catar e disseram que não se apresentariam no país (da esquerda, Rod Stewart, Dua Lipa e Mel C). Abaixo, artistas que vão se apresentar lá e deixaram os fãs divididos (Robbie Williams, Ludmilla e Jungkook, do BTS)
Divulgação e Celso Tavares / g1
A peleja musical começou antes da abertura da Copa do Catar. O 1º embate foi entre os fãs dos músicos que vão cantar no país. Uns comemoram a vitrine mundial para os ídolos; outros lamentam a presença deles no país onde a homossexualidade é ilegal.
Depois, outras estrelas pop entraram na 2ª batalha: elas deram voz às críticas contra a homofobia e a violação de direitos humanos pelo país. Esses cantores dizem que não acham certo participar do evento, e não vão pisar lá.
Com os artistas pop atuais cada vez mais engajados em causas sociais e defensores da diversidade, o jogo fica mais perigoso.
Quem é criticado? Os artistas que vão tocar no Catar dividiram os fãs. A maior polêmica é sobre Jungkook, do grupo de k-pop BTS, primeiro confirmado para a cerimônia de abertura. Também há cantores em eventos paralelos no país durante a Copa, como Robbie Williams, Black Eyed Peas, J. Balvin, Calvin Harris e os brasileiros Ludmilla e Alok.
Quem critica? Além dos fãs, o grande adversário do Catar na música até agora é Rod Stewart, que recusou uma proposta milionária para cantar. As críticas de Dua Lipa às violações de direitos humanos repercutiram após ela negar rumores de um show. No time também está Mel C, das Spice Girls, que considera a escolha pelo Catar pura “ganância”.
Quais os problemas com o Catar?
A escolha do Catar é criticada porque o país é um dos que mais viola os direitos humanos no mundo. Há denúncias de abusos contra trabalhadores migrantes, que ajudaram a construir estádios, contra as mulheres e contra pessoas LGBTQIA+.
O Catar é um pequeno emirado no Golfo Pérsico, governado como ditadura por uma família. O país se enriqueceu com descoberta de petróleo, mas a riqueza é concentrada em uma pequena elite.
Os organizadores prometeram receber “todos os visitantes sem discriminação”. Mas a homossexualidade é um crime no Catar. O país também proíbe “demonstrações públicas de afeto”, como abraços longos e beijos na boca, mesmo entre heterossexuais.
A ONG Human Rights Watch, que já fez diversas denúncias contra o país, disse que o governo continua a prender arbitrariamente e maltratar pessoas LGBTQIA+ às vésperas da Copa.
Leia mais: ‘Pensei que me matariam’: a história do 1º gay a sair do armário no Catar
Outro escândalo foi o tratamento aos trabalhadores migrantes que foram construir os estádios e a infraestrutura para a Copa.
O jornal britânico “The Guardian” publicou que 6,5 mil trabalhadores estrangeiros morreram no Catar desde que o país foi escolhido como sede do Mundial.
Eles foram submetidos a discriminação, roubo de salários, violência verbal e física e outros abusos, em uma condição análoga à escravidão, mostrou um documento de 75 páginas do Equidem, um grupo de direitos humanos com sede em Londres.
O governo do Catar nega os abusos, mas rejeitou os pedidos de ONGs como a Anistia Internacional para criar um fundo de indenização para os trabalhadores mortos ou feridos nos preparativos.
Ativistas colocam cruzes em frente à sede da Fifa na Suíça em 2015 em protesto por direitos trabalhistas na construção de estádios para a Copa do Mundo do Catar.
Ennio Leanza/Keystone via AP
Por que a Copa do Catar vai ser em novembro?
Fãs de Jungkook x Dua Lipa
“Existe muita especulação de que eu me apresentarei na cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar. Eu não me apresentarei nem estive envolvida em nenhuma negociação para me apresentar”, escreveu Dua Lipa uma semana antes da abertura.
“Estarei torcendo para a Inglaterra de longe e espero visitar o Catar quando ele cumprir todas as promessas de direitos humanos que fez quando ganhou o direito de sediar a Copa”, completou Dua Lipa.
A crítica de Dua Lipa gerou uma reação inusitada: ela começou a ser atacada nas redes por parte das fãs de Jungkook, do BTS, que nem foi citado por ela.
Elas defendem a presença do ídolo na cerimônia de abertura, e dizem que é hipocrisia fingir que vários artistas pop não tocam em outros países autoritários e homofóbicos.
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Mas há fãs que reprovaram a escolha de Jungkook. Há relatos nas redes de seguidoras frustradas com o ídolo – fato notável dado o nível de devoção quase incondicional no k-pop.
“É um grande feito para um músico! Mas vocês não pode simplesmente fechar os olhos e não ver o que acontece no Catar, certo? Não podem e não vão jogar fora os direitos humanos básicos, dos LGBTQ+ e os direitos das mulheres para apoiar uma música de 3 minutos”, escreveu uma fã.
Ela lembra que o BTS é envolvido com campanhas a ONU e da Unicef em causas sociais, de saúde mental e de diversidade.
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Ludmilla criticada
No Brasil, aconteceu uma controvérsia menor, mas semelhante, quando Ludmilla anunciou que faria um show de um patrocinador no Catar, durante a Copa.
“Aí não, né, para quem se diz defensora dos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+, cantar em um país onde a homossexualidade é crime e mulheres quase não têm direitos. No fim das contas dinheiro em primeiro lugar e os ideais é só para inglês ver”, diz um dos seguidores que criticaram.
A cantora não respondeu nas redes sociais. O g1 procurou a assessoria da cantora, mas ela não conseguiu responder até a última atualização desta matéria.
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Rod Stewart rejeitou
No mesmo dia em que Dua Lipa publicou seu desabafo, Rod Stewart disse, em entrevista ao jornal “The Sunday Times”, que recusou uma proposta de mais de US$ 1 milhão por achar que “não é certo” cantar no país.
“Na verdade, me ofereceram muito dinheiro, mais de US$ 1 milhão, para tocar lá há 15 meses. Eu recusei. (…) Não é certo”, ele disse.
Rod Stewart ainda criticou o Irã por causa da ajuda do país em armar a Rússia na guerra da Ucrânia: “E os iranianos também deveriam estar fora (do Mundial) por fornecer armas”.
O time de cantores famosos que atacam o Catar é, até agora, todo britânico. Em outubro, a spice girl Mel C disse à revista “Attitude” que se sentiria “muito desconfortável” em apoiar o Catar, considerando a perseguição aos homossexuais no país.
A crítica de Mel C gerou um climão com David Beckham, marido de sua colega de grupo Victoria Beckham. Ele assinou um contrato milionário para ser embaixador da Copa do Catar. “É difícil. O David é um amigo meu, e todo mundo tem que tomar suas decisões”, disse a cantora.
Mesmo assim, Mel C afirmou que é “perigoso” mudar a cultura no esporte quando há tanto dinheiro envolvido.
Havia também um boato de que Shakira ia cantar da cerimônia de abertura, mas a imprensa colombiana diz que ela não vai participar. A cantora não se pronunciou.
Festivais com muitos DJs
Haverá quatro grandes festivais de música no Catar no período da Copa. O World Stage tem grandes artistas pop. Os outros três são de música eletrônica: Daydream, Aravia e Arcadia.
Apesar da presença forte dos maiores DJs do mundo (inclusive o brasileiro Alok em dois festivais), a polêmica não pegou na música eletrônica como entre os cantores.
Veja os festivais e artistas:
World Stage: Black Eyed Peas, J. Balvin e Robbie Williams. O evento também anunciou Post Malone e Maroon 5, mas os ingressos para os dois ainda não estão à venda.
Daydream: Alok, Armin van Buuren, Tiësto, Alesso, Dimitri Vegas & Like Mike, Major Lazer Soundsystem, Nicky Romero, Ferry Corsten e mais.
Aravia: Afrojack, Axwell, Benny Benassi, Calvin Harris, David Guetta, Fatboy Slim, Hardwell, Jorja Smith, Rae Sremmurd, Sebastian Ingrosso, Tinie Tempah, Tyga e mais.
Arcadia: Alok, Jonas Blue, Meduza, Nervo, Nicky Romero, Paul Van Dyk, Victor Ruiz e mais.
Alok no Salvador Fest
Mateus Ross
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5 pontos sobre o Catar, país-sede da Copa 2022

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Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

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Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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