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Erasmo Carlos foi pioneiro do rock nos anos 60 e fez história com a Jovem Guarda

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Músico e compositor morreu aos 81 anos, nesta terça-feira (22), no Rio de Janeiro.
Erasmo Carlos no ‘Altas Horas’ em 2018
Acervo Grupo Globo
Erasmo Carlos foi pioneiro no rock brasileiro e fez história na Jovem Guarda ao lado de Roberto Carlos e Wanderléia. O músico e compositor morreu aos 81 anos, nesta terça-feira (22), no Rio de Janeiro.
Músicas como “Negro Gato”, “Parei na Contramão”, “Gatinha Manhosa”, “Gente Aberta”, “Minha Fama de Mau” e “Vem Quente que Eu Estou Fervendo” foram eternizadas na voz do Tremendão.
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Erasmo Esteves nasceu na Tijuca, no Rio de Janeiro, em 5 de junho de 1941. Desde a infância era amigo de Tim Maia, músico com o qual formou a banda The Sputniks em 1957.
O grupo também era formado por Roberto Carlos, parceiro na Jovem Guarda anos depois.
Por uma desavença entre Roberto e Tim, o Sputniks existiu por um curto período, mas Erasmo seguiu na música com o grupo “The Boys of Rock”, que logo passou a se chamar The Snakes.
Fã de Elvis Presley e de bossa nova, a veia do rock esteve presente na carreira de Erasmo desde o começo.
Erasmo Carlos morre aos 81 anos
No programa “Jovem Guarda”, Erasmo ganhou projeção nacional ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa. Foi lá que ganhou o apelido de Tremendão.
Dos anos do programa, entre 1965 e 1968, os maiores sucessos foram “Gatinha Manhosa” e “Festa de Arromba”.
Erasmo também era próximo de Jorge Ben Jor, tanto que começa a compor samba-rock. O primeiro que escreveu foi “Coqueiro Verde”.
Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos em ‘Roberto Carlos Especial’, em 1993
Acervo Grupo Globo
Nos anos 70, Tremendão diversifica seu estilo e se aproxima do soul e da MPB com o álbum “Carlos, Erasmo”, com o hit “De Noite na Cama”, escrito por Caetano Veloso.
Na mesma década, também participa de filmes como “Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora”, “Os Machões” e do documentário “Ritmo Alucinante”.
Com os álbuns “Erasmo Carlos Convida…”, “Mulher (Sexo Frágil)” e “Amar Pra Viver ou Morrer de Amor” conquista grande sucesso comercial nos anos 80.
Erasmo comemorou os 50 anos de carreira com um show no gravado no Theatro Municipal do Rio em 2012.
Músicas como “Mulher (Sexo Frágil), “Negro Gato”, “Sentado à Beira do Caminho” e “Vem Quente que Eu Estou Fervendo” foram regravadas. O DVD também tem participação do amigo Roberto Carlos e Marisa Monte.
Erasmo Carlos comemorou 70 anos de idade e 50 de carreira em show no Theatro Municipal, no Rio, com participação da cantora Marisa Monte, em julho de 2011
Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo/Arquivo
Na vida pessoal, Erasmo sofreu com a perda do filho Alexandre Pessoal, após um acidente de moto no Rio de Janeiro. O músico tinha 40 anos e não resistiu à colisão.
Ao completar 80 anos, no ano passado, o cantor citou uma de suas músicas mais conhecidas para descrever como via a vida, em entrevista ao Jornal Nacional:
“Sou uma criança que não entendo nada. Eu olho a vida como uma caixa de surpresas. Eu acordo todo dia e digo: ‘o que vem hoje aí’?”.
Erasmo continuou ativo na música até os últimos dias. O álbum mais recente é de “O Futuro Pertence À… Jovem Guarda”, lançado em fevereiro, que foi premiado com o Grammy Latino na última quinta-feira (17).
O músico era casado com Fernanda Passos, de 32 anos, desde 2019. Eles namoraram por nove antes de oficializar a união.
Capa do álbum ‘O futuro pertence à… Jovem Guarda’, de Erasmo Carlos
Ilustração de Marcelo Ment

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