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Festas e Rodeios

Conheça o clube de leitura para idosos sediado em Ribeirão Preto, SP, que é finalista do Prêmio Jabuti

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Clube de Leitura 6.0 tem como objetivo difundir a literatura e a inclusão digital de idosos por meio de rodas de conversas e leituras de e-books. Ao todo, 70 cidades paulistas integram a iniciativa. Clube de Leitura 6.0 durante encontro na Biblioteca Sinhá Junqueira em Ribeirão Preto (SP)
Divulgação
Com 25 clubes de leitura para idosos desenvolvidos pela Fundação Observatório do Livro e da Leitura sediados em Ribeirão Preto (SP), o Clube de Leitura 6.0 é finalista da 64ª edição do Prêmio Jabuti.
A iniciativa, indicada ao eixo Inovação – Fomento à Leitura, tem como objetivo difundir a literatura e a inclusão digital de idosos por meio de rodas de conversas e leituras de e-books.
Ao longo desta reportagem, você vai entender mais sobre o Clube de Leitura 6.0 nos seguintes tópicos:
Como funciona o projeto?
Quais os impactos?
Como participar?
Prêmio Jabuti
Projeto Clube de Leitura 6.0 é finalista no Prêmio Jabuti
Ascom-UFCG/Divulgação
Como funciona o projeto?
Criado no final de 2019 pelo jornalista, escritor e presidente da fundação Observatório do Livro e da Leitura, Galeno Amorim, o projeto nasceu com o objetivo de impactar a vida de idosos por meio da literatura.
De acordo com o idealizador, um dos fatores que impulsionou a criação da iniciativa foi a baixa taxa de leitura entre pessoas a partir de 60 anos.
Galeno destaca que ao constatar, por meio de pesquisas e estudo, que esse baixo índice mais tinha relação com a falta de estímulo à prática do que com o desinteresse do grupo, deu início aos clubes.
“Os clubes têm esse papel fundamental de oferecer acesso e oportunidade. No geral, não encontramos uma simples resistência a ler, mas sim uma ausência desse estímulo à leitura”, aponta.
Galeno Amorim é presidente do Observatório do Livro e da Leitura, jornalista, escritor e ex-presidente da Biblioteca Nacional
Divulgação
Inicialmente, o projeto foi implementado em 17 cidades do estado de São Paulo, com participação de cerca de mil idosos. Por meio da leitura de e-books, os clubes uniam o incentivo à leitura à inclusão digital.
Foi durante a pandemia de Covid-19 que a iniciativa se tornou ainda mais significativa, pois além de seus objetivos primordiais, os clubes passaram a representar um elo de comunicação em meio ao isolamento social.
“O clube foi um ganho muito importante durante este período tão difícil, onde as pessoas podiam falar de si, ouvir o outro, trocar ideia, saber do sofrimento do outro e falar do seu próprio em um momento que isso era impossível de se fazer presencialmente”, explica Galeno.
Atualmente, 70 cidades fazem parte do projeto, que conta com encontros semanais desenvolvidos em bibliotecas, centros culturais, instituições de longa permanência e outros espaços.
Quais os impactos?
A prática de leitura costuma proporcionar benefícios para a mente humana, entre eles o aumento da criatividade e a diminuição do estresse. Segundo Galeno, entre os benefícios, a função terapêutica é destaque no clube.
Conhecido como biblioterapia, o processo que tem os livros como principais terapeutas consiste em impactar positivamente a vida dos leitores por meio das emoções despertadas durante a leitura das obras.
“Uma pessoa que se encontra em uma situação de solidão, dificuldade emocional, às vezes até depressão, com a leitura de livros que tratem de temas e personagens que vivem situações parecidas, essa pessoa pode encontrar uma ajuda para superar essas dificuldades”.
Além da questão terapêutica, Galeno afirma que a criação de projetos que incentivam a difusão da literatura na sociedade é de extrema importância para a cultura e desenvolvimento do país.
“Você estimular, tornar disponível, melhorar o acesso e criar estratégias para as pessoas lerem, isso dá certo, tem retorno e mostra que pode ter uma contribuição forte para melhorar a leitura no país como um todo”.
Leitura é capaz de proporcionar benefícios para a mente humana como o aumento da criatividade e a diminuição do estresse
Stephanie Fonseca/g1
Quem concorda com os apontamentos do presidente da fundação é a aposentada Rosangela Santos Oliveira, de 62 anos. Ela, que é membro de um clube de leitura em Ribeirão Preto, enxerga os benefícios trazidos pelo projeto em sua própria vida.
“Foi muito bom para mim, porque eu não tinha muito o costume de ler e de repente me estimulou muito à leitura. É um momento nosso de interação, de entrega com a leitura”.
Integrante do clube desde março deste ano, Oliveira aponta que, durante boa parte da vida, não pôde se dedicar à leitura devido à rotina corrida como gerente de organização escolar. Após ingressar ao clube, a cabeceira da cama da aposentada não ficou mais vazia.
“Li Rubens Alves, Leandro Karnal, Torto Arado, A moça tecelã e outros, acho que deu uns nove desde o começo. Está sendo muito bacana, você fica muito interessada nos livros mesmo, depois que eu vim para cá é um livro na cabeceira da cama sempre”, diz.
A aposentada Rosangela Santos Oliveira, de 62 anos, é uma das integrantes do Clube de Leitura 6.0 em Ribeirão Preto (SP)
Divulgação
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Como participar?
Para participar do projeto, é necessário que a pessoa interessada possua a partir de 60 anos e realize uma inscrição pela internet.
Os interessados podem se inscrever de forma gratuita tanto por meio do site da fundação, quanto pelas redes sociais do projeto.
Ao todo, 30 mil obras de literatura são disponibilizadas aos participantes em uma biblioteca digital de e-books. Os encontros ainda contam com a presença de mediadores para orientar o grupo durante as leituras.
As obras são escolhidas de acordo com o perfil dos participantes e gostos de cada clube. Por meio de grupos de conversa, os idosos votam nos livros que mais se interessam.
Prêmio Jabuti
Referência entre os prêmios literários do país, o Prêmio Jabuti chega à 64ª edição sendo considerado um patrimônio cultural do Brasil.
Neste ano, dez finalistas compõem vinte categorias que foram divididas nos eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Os vencedores serão divulgados nesta quinta-feira (24).
Veja lista completa de finalistas da premiação
O projeto Clube de Leitura 6.0 está indicado no eixo Inovação – Fomento à Leitura. Para Galeno, a indicação é um reconhecimento à iniciativa e um incentivo à implementação de políticas públicas alinhadas ao tema.
“É o reconhecimento de uma iniciativa que é pioneira, não existe em lugar algum do mundo um projeto com essa dimensão, de leitura de e-books e uso de tecnologia inclusiva com idosos. Ter o reconhecimento do prêmio mostra que esse tipo de ação pode ser ampliada e passar a ter caráter de política pública no Brasil”.
Troféus distribuídos pelo Prêmio Jabuti em 2017
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*Sob supervisão de Helio Carvalho
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Como o escândalo do rapper Diddy tem alimentado teorias de conspiração

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Os detalhes chocantes dos crimes pelos quais Diddy é acusado se tornaram combustível para inúmeras teorias de conspiração – incluindo uma que acredita em uma seita satanista que beberia o sangue de crianças para se manter eternamente jovens. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
O escândalo envolvendo as denúncias contra o rapper americano “Diddy”, cujo nome real é Sean Combs, trouxe à tona detalhes chocantes sobre as ações do empresário musical, incluindo acusações de estupro, violência doméstica e tráfico de pessoas para exploração sexual.
Segundo promotores que investigam o caso, Diddy “criou uma organização criminosa” para “abusar, ameaçar e coagir mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar sua conduta”.
Diddy nega as acusações e se declara inocente.
As acusações, no entanto, são corroboradas por inúmeras evidências, apontam os promotores, incluindo imagens de uma câmara de segurança em que Diddy é visto agredindo sua então namorada em 2016, Cassie Ventura.
As imagens, que se tornaram públicas neste ano e foram transmitidas pelo canal de televisão americano CNN, mostraram Diddy empurrando Ventura para o chão e chutando-a enquanto ela estava no chão. Mais tarde, ele tentou arrastá-la pela blusa e jogar um objeto nela.
No entanto, em meio aos detalhes chocantes das denúncias e acusações reais feitas por vítimas contra Diddy e sendo investigadas pela polícia e pela promotoria, rapidamente passaram a ser compartilhadas postagens que misturam informações sobre o caso com alegações sem qualquer evidência — o caso se tornou combustível para a disseminação de teorias da conspiração, especialmente as teorias QAnon.
O QAnon é uma teoria de conspiração de extrema direita que afirma que o ex-presidente Donald Trump luta uma guerra secreta contra pedófilos adoradores de Satanás do alto escalão dos governos do mundo (principalmente o americano), do setor empresarial e da imprensa. Segundo a teoria, autoridades e celebridades participariam de uma seita que bebe o sangue de crianças para se manter eternamente jovens.
Tão logo surgiram nos EUA postagens tentando implicar celebridades que conheciam ou não Diddy com os crimes pelos quais ele é acusado, o mesmo tipo de mensagem começou a aparecer nos grupos de extrema direita no Brasil.
Mais de 1500 postagens diferentes citando o caso Diddy foram identificadas em grupos de direita brasileiros nas duas semanas após a prisão do rapper, em 16 de setembro, pelo sistema de monitoramento coordenado pelo pesquisador Leonardo Nascimento, da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
A BBC News Brasil analisou mais de 600 dessas mensagens e todas elas continham informações sobre o caso real misturadas com alegações conspiratórias sem fundamento.
Entre elas, acusações — sem qualquer evidência — de que diversas outras celebridades ou figuras importantes participaram dos crimes pelos quais Diddy é investigado.
As postagens tentam implicar, entre outros, a ex-primeira-dama Michelle Obama, a vice-presidente Kamala Harris, o jogador de basquete LeBron James, o ator Kevin Hart, o cantor Justin Bieber (às vezes como vítima, às vezes como acusado), a cantora Taylor Swift, o ator Will Smith e até mesmo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Não existe qualquer evidência ou indício de que qualquer uma dessas pessoas estivesse envolvida ou tenha qualquer relação com os crimes pelos quais Diddy é investigado.
Muitas das postagens também alegam que artistas tentaram, no passado, “denunciar” ou “divulgar” o caso de Diddy através de mensagens escondidas em letras de músicas e clipes musicais. Entre eles estariam Justin Bieber e Kanye West.
Outras postagens tentam relacionar as denúncias contra Diddy com o caso de Jeffrey Epstein , empresário condenado por tráfico sexual e que era ligado a inúmeras pessoas importantes.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Combustível para o QAnon
Os conspiracionistas do QAnon afirmam que sua luta contra uma “rede internacional satanista” de tráfico de crianças levará a um dia de ajuste de contas, em que pessoas proeminentes serão presas e executadas.
Mas há tantos desdobramentos, desvios e debates internos que a lista total de teorias do QAnon é enorme — e muitas vezes contraditória.
Segundo Juciane Pereira de Jesus, pesquisadora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), casos reais de investigação ou condenação de ricos e famosos – que de fato conhecem e se encontram com muitas pessoas outras pessoas proeminentes – são uma base fértil para a construção de narrativas conspiratórias.
“Eles tentam de qualquer jeito implicar outras pessoas – especialmente figuras do partido democrata – nos crimes pelos quais os criminosos são condenados”, diz Pereira, que monitora redes brasileiras de extrema direita no Telegram desde 2022.
Ou seja, os casos reais funcionam como “combustível” para a teorias de conspiração. Leonardo Nascimento explica que casos que envolvem crimes de caráter sexual são especialmente propícios por se encaixarem na narrativa existente.
“Tudo o que tem a ver com escândalo sexual é uma porta de entrada, um pretexto para você elencar alguma teoria conspiratória”, afirma.
Segundo Juciane Pereira, os adeptos do QAnon usam fatos e informações reais em meio a cenários inventados para chegar a conclusões sem nenhum fundamento.
“Toda teoria da conspiração tem algum elemento de verdade. A teoria precisa ter pelo menos um vestígio de algo da realidade para ser crível”, afirma Juciane Pereira.
“Porque o primeiro momento é o momento do ceticismo, antes da pessoa entrar totalmente naquela narrativa conspiratória. A teoria precisa ter algo verificável, em um primeiro momento, para que essa pessoa possa depois ir construindo uma visão cada vez mais conspiratória.”
Ela afirma também que o compartilhamento desse tipo de conteúdo no Brasil tende a ser vertical, ou seja ser divulgado pelos canais de direita do Telegram mais do que compartilhado entre os usuários.
Segundo Leonardo Nascimento, que coordena o monitoramento na UFBA, os conteúdos conspiratórios são adaptados das redes de extrema direita dos EUA e da Europa com muita rapidez.
“Existe uma capilaridade muito grande nesses grupos, de tradução, adaptação de conteúdo”, afirma Nascimento. “Inclusive as ferramentas de tradução de IA ajudam nisso.”
Orgias, violência e drogas: a série de acusações que levou rapper Diddy à prisão
A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’
Os altos e baixos da vida e carreira do rapper Sean ‘Diddy’ Combs, acusado de tráfico sexual

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Caso Sean ‘Diddy’ Combs: veja marcas e empresas que já anunciaram fim de parceria com rapper

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Mesmo antes de sua prisão em 16 de setembro, algumas companhias já haviam se manifestado e se distanciando do artista. Sean ‘Diddy’ Combs
Mark Von Holden/Invision/AP
Os escândalos envolvendo o nome de Sean “Diddy” Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, já fizeram algumas empresas se manifestarem e retirarem apoios e parcerias ao cantor. Isso antes mesmo de sua prisão, em 16 de setembro.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. O rapper, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Mas desde 2023, quando a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, o acusou de estupro e abusos físicos, houve um movimento de posicionamento do mercado. E até mesmo um reality show com o artista foi cancelado.
Início da fama, amizade com famosos e mais: ENTENDA ponto a ponto sobre o caso Sean Diddy Combs
Quem são os famosos citados nas notícias do escândalo de rapper
Veja marcas e empresas que já anunciaram o fim de parcerias com Sean “Diddy” Combs:
Capital Preparatory Harlem
Diddy é um dos fundadores da escola Capital Preparatory Harlem, mas a instituição cortou relações com o rapper em 2023, quando três mulheres acusaram o artista de abuso sexual.
Na época, um comunicado foi enviado pelo cofundador da instituição Dr. Steve Perry. “Embora esta decisão não tenha sido tomada de forma leviana, acreditamos firmemente que é de grande interesse para a saúde e o futuro da nossa organização”, escreveu.
A Capital Preparatory Harlem atende crianças de 6 a 12 anos e visa uma rigorosa educação preparatório para o ingresso na faculdade
Howard University
Outra instituição de estudos que cortou relações com Diddy foi a Howard University. O rapper frequentou a escola entre os anos de 1987 e 1989.
Em 2014, a instituição conferiu um título honorário ao cantor. Mas dez anos depois, em junho de 2024, o Conselho administrativo da Howard University votou por unanimidade para revogar o título, com “todas as suas honras e privilégios associados”.
A universidade afirmou que as imagens (da agressão à ex-namorada) “são incompatíveis com os valores e crenças” da instituição.
Além disso, eles anunciaram que iriam abandonar uma bolsa criada em nome do artista em 2016, devolvendo a doação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,45 milhões) feita por Diddy ao programa.
Revolt TV
Também em novembro de 2023, Diddy deixou temporariamente o cargo da presidência da Revolt TV. O cantor é um dos fundadores da rede de TV a cabo, criada em 2013.
Diferentemente do que aconteceu com a Capital Preparatory Harlem, não houve nenhum manifesto dos sócios ou funcionários sobre a saída do cantor. Mas quatro meses após o anúncio, o TMZ informou que Diddy havia vendido todas as suas ações na emissora. A quantia não foi revelada.
Reality “Diddy+7”
O serviço de streaming Hulu estava desenvolvendo um reality show para acompanhar a vida de Diddy e seus familiares, mas foi descartado, segundo informou a revista Variety em dezembro de 2023
O projeto, que levaria o nome de Diddy+7, estava nas primeiras etapas de desenvolvimento e seria tocada pela produtora Fulwell 73, de James Corden.
Plataforma Empower Global
Em julho de 2023, Diddy criou uma plataforma de comércio eletrônico focada em produtos criados e vendidos exclusivamente por empreendedores negros, a Empower Global. Mas meses depois, em dezembro do mesmo ano, 18 marcas confirmaram que romperam relações com a empresa online.
Annette Njau, fundadora da empresa House of Takura, foi uma delas. A empresária afirmou que tomou a decisão de deixar a plataforma um dia após a abertura do caso de Cassie Ventura.
“Levamos muito a sério as acusações contra o Sr. Combs e consideramos tal comportamento abominável e intolerável. Acreditamos nos direitos das vítimas e apoiamos as vítimas a falarem a sua verdade, mesmo contra as pessoas mais poderosas”, afirmou Annette.
Peloton
Em maio de 2024, o aplicativo de treinos de atividades físicas Peloton anunciou aos seus usuários que iria pausar o uso de músicas gravadas por Diddy em sua plataforma. No comunicado, eles ainda informaram que seus instrutores não iriam mais usar a música do artista em nenhuma nova produção de séries em suas aulas.
America’s Best Contacts & Eyeglasses
Também em maio de 2024, a America’s Best Contacts & Eyeglasses interrompeu a venda de armações de óculos da linha Sean John. A marca de artigos de moda masculina foi criada por Diddy em 1998.
A empresa varejista informou que fez a retirada de produtos de suas prateleiras e trocou por produtos de preços similares. Além disso, as peças também foram retiradas das lojas virtuais.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso

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Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

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Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

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