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Giulia Be quer ‘resgatar origem da disco music brasileira’ em ‘Disco Voador’ e prepara turnê para 2023

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Ao g1, cantora diz que tocou ‘Brasil Tá em Festa’ quando Lula ganhou eleição. Ela também comenta atuação no filme ‘Depois do Universo’, responsável por tirá-la ‘da zona de conforto como artista’. “Eu vou fazer uma canção de amor para gravar num disco voador”, foi esse verso de Caetano Veloso em “Não-Identificado” que inspirou o nome do primeiro álbum de Giulia Be.
A cantora de 23 anos estava no avião com um livro só de letras do compositor baiano de 80 anos e ficou com aquilo na cabeça. Mudou o nome do projeto e embarcou na onda de fazer uma viagem (até para o metaverso) no recém-lançado trabalho de estreia.
Dividido em três partes, a primeira é dedicada à disco music, com influências brasileiras como os músicos Lincoln Olivetti e Robson Jorge e os cantores Tim Maia e Jorge Ben. Dos gringos, Dua Lipa, Beatles e a banda de R&B, soul e funk Earth, Wind and Fire.
“Queria resgatar as origens do disco music brasileiro”, diz em entrevista ao g1.
“Esse álbum mim foi a maneira também de me aventurar em músicas disco, estudando esses artistas que trazem com tanta maestria o que ficou conhecido como pop décadas atrás”.
Como na canção apaixonada que Caetano fez para Gal Costa, o amor é o fio condutor do álbum produzido por Giulia e por Paul Ralphes, produtor galês que já trabalhou com Kid Abelha, Skank e outros brasileiros.
Ele começa com o “Brasil Tá em Festa”, escrita para uma amiga que encontrou um grande amor depois de muito penar, e termina com “Matching Tattoo”, escrita por Giulia para o namorado Conor Kennedy, sobrinho-neto do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.
Na metade do álbum, ela joga no terreno seguro do pop acústico e swingado, que a fizeram ficar conhecida com “Menina Solta”, em “Aviso de Amigo” e “Desficava”.
Já as três músicas finais do álbum compõem a parte chamada de “Metaverso” e são cantadas em espanhol, idioma que a cantora domina assim como o inglês.
“Foi uma piada para dizer que, em algum lugar de um multiverso, existe uma Giulia que nasceu em Porto Rico e está fazendo um Reggaeton, como em outro tem outra Giulia americana”, diz, dando risada.
Primeiro álbum de Giulia Be aproxima a realidade espacial de ‘Disco Voador’ com músicas de amor
Divulgação
Ela defende que é mais uma forma diferente de se expressar do que uma tentativa comercial de se aproximar do mercado latino.
Giulia entrega que tem mais de 100 músicas escritas nos dois idiomas e que deve lançar um deluxe com mais músicas dentro da narrativa de “Disco Voador”.
“Foi impossível escolher só 13 músicas, você não está entendendo. Essas músicas são minhas histórias e o deluxe vai me permitir destrinchar um pouquinho mais esses universos”.
Estreia como atriz
Henrique Zaga e Giulia Be no filme ‘Depois do Universo’
Divulgação
O álbum demorou mais tempo do que o previsto para ser lançado, porque, no meio do caminho, Giulia conseguiu o papel para estrelar “Depois do Universo”, filme da Netflix.
Ela interpreta Nina, uma menina que está em tratamento contra o lúpus, doença inflamatória crônica de origem autoimune. A personagem se apaixona pelo médico residente do hospital em que faz diálise.
“Enxerguei a Nina como uma grande oportunidade de sair da minha zona de conforto enquanto artista”, explica ela.
O medo fez parte do processo das gravações, mas ao mesmo ela diz que sentia uma força muito grande para seguir.
O resultado teve boa repercussão e pode render outros trabalhos no audiovisual para Giulia.
“Já tive alguns convites desde que o filme saiu e isso me traz uma gratidão imensa no coração, mas ainda estou estudando tem que ser uma história tão incrível como a da Nina”.
Brasil em Festa
Conor Kennedy, Giulia Be e Paulo Marinho posam com Lula e Janja durante a campanha do segundo turno
Reprodução
A faixa que abre “Disco Voador” se refere a uma paixão: “O Brasil tá em festa, eu finalmente achei um homem que presta, experiente ele vai indo e me leva”.
Mas Giulia ouviu essa música em outro momento de comemoração: quando Lula venceu as eleições neste ano.
A cantora é filha do empresário Paulo Marinho, que foi suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e posou com o pai, o namorado e o então candidato à presidência antes do segundo turno.
Para Giulia, declarar o apoio a Lula está mais relacionado a uma reflexão que fez sobre o país do que uma pressão por parte da sociedade.
“Nunca apoiei o Bolsonaro, isso estava claro para mim desde o começo, mas depois do resultado do primeiro turno, vi que era importante que eu encontrasse a maneira certa em um momento certo de comunicar”.
“É importante a gente se abrir para o diálogo e o candidato que escolhi apoiar é uma pessoa que fomenta isso, ao contrário do que vemos no outro lado”.
Finalmente, turnê em 2023
Giulia Be em foto de 2020
Divulgação/Warner
Giulia Be começou a cantar em 2017, explodiu com “Menina Solta”, em 2020, mas até hoje não saiu em uma grande turnê.
A pandemia fez com que os planos fossem adiados, mas para o ano que vem ela prepara um show especial dentro da temática do álbum de estreia.
“Nessa turnê vou conseguir me mostrar como uma artista que em 2020 eu não era ainda. Vão ter momentos mais dançantes, outros que vou estar no piano sofrendo ou no violão sendo malandrinha”.
“Sempre quis o meu show fosse uma experiência, na qual eu estivesse junto ali com os meus fãs e a gente conseguisse esquecer de qualquer coisa. Esse álbum traz muitos universos que são extremamente interessantes de se explorar visualmente”.

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