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Dinho Ouro Preto relembra encontros com Erasmo Carlos e fala sobre legado dele para o rock brasileiro: ‘Abriu as portas’

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Antes de show em Sorocaba (SP), vocalista do Capital Inicial conversou com o g1 sobre os 40 anos da banda, novo álbum, ídolos com quem sonha em trabalhar e a partida do compositor Erasmo Carlos. Dinho Ouro Preto relembra encontros com Erasmo Carlos
Reprodução/Instagram
Um compositor de uma sensibilidade singular. É assim que o cantor Dinho Ouro Preto descreve o pioneiro do rock e símbolo da Jovem Guarda Erasmo Carlos, que morreu na última terça-feira (22), aos 81 anos. Antes de um show em Sorocaba (SP), na madrugada de sábado (26), o vocalista do Capital Inicial conversou com o g1 sobre os 40 anos da banda, o novo álbum, os ídolos com quem sonha em trabalhar e o legado deixado pelo “Tremendão”.
Para Dinho, Erasmo foi um dos responsáveis pela popularização do rock no Brasil. Não à toa, o artista é autor de mais de 600 músicas, e de clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero Que Tudo vá Para o Inferno”, “Mesmo Que Seja Eu” e “É Proibido Fumar”.
“Eu fico até arrepiado de falar sobre isso. O Erasmo foi um pioneiro. Ele ajudou a popularizar o rock brasileiro. A nossa geração contribuiu para isso também, mas quem abriu as portas foi ele e a geração dele. Ele é um compositor de uma sensibilidade singular”, comenta.
Show do Capital Inicial em Sorocaba
Kayque Carrapato/Arquivo pessoal
Nas redes sociais, o vocalista do Capital Inicial já havia publicado uma homenagem e um vídeo no qual divide o palco com o “Gigante Gentil” em um programa da Rede Globo (assista abaixo). Segundo ele, como manda o apelido, Erasmo sempre foi uma pessoa gentil e generosa.
“O melhor de tudo é que ele era de uma gentileza, como se não se desse conta da dimensão da obra dele, da figura dele. Ele era alto à beça, mas a obra dele era tão grande quanto ele. Sempre foi de uma generosidade incalculável e sem limites. Eu tive a sorte de cantar com ele e, sempre que nos cruzamos, ele sempre foi ‘boa vibe’, sempre legal. Por isso, eu fico muito triste, foi uma grande perda para a música brasileira”, continua.
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Quatro décadas – e contando
Tal qual Erasmo, o Capital Inicial tem uma carreira extensa e de sucesso no rock nacional. A turnê que a banda trouxe para Sorocaba, inclusive, celebra os 40 anos do grupo brasiliense, composto também por Fê Lemos (baterista), Flávio Lemos (baixista) e Yves Passarell (guitarrista). Para Dinho, a marca é vista como “surpreendente”.
“Para qualquer artista, poder comemorar uma data como essa já é um marco. Levando-se em consideração as circunstâncias do Capital, acho que é mais surpreendente ainda. Tudo começou de um modo bastante despretensioso, pois nós estávamos muito longe das capitais culturais do Brasil. Embora fosse a capital do Brasil [Brasília], ainda era uma cidade inacabada, relativamente isolada culturalmente. Nada foi calculado, nada foi planejado”, conta.
“Então, você, em retrospecto, poder olhar e ver a ressonância que a música encontrou, o quão longe tudo foi, como envelheceu, como até hoje encontra ressonância… Até hoje o Capital está fazendo turnês. Essa turnê mesmo vai até provavelmente meados do ano que vem. Então, a gente deixou uma marca”.
Turnê dos 40 anos do Capital Inicial em Sorocaba
Reprodução/Instagram
O vocalista acredita que uma das explicações para a banda, que surgiu em 1982, continuar na estrada até hoje é o fato de ter olhado sempre para o futuro e de ter se pautado em discos novos.
“Ao longo desses últimos anos, o Capital tem lançado um disco de músicas autorais a cada dois discos. Eu acho que isso ajudou a revigorar o Capital. De um certo modo, em alguma medida, rejuvenesceu o Capital. Porque, através do streaming, a gente vê a idade das pessoas que estão ouvindo, a gente consegue ter uma ideia, e são pessoas muito mais jovens do que nós. Tem de todas as idades, mas principalmente na faixa dos 30 e 20”.
“Então, o Capital ter sido capaz de fazer isso é o grande mérito que deve estar sendo celebrado hoje. Embora seja um projeto todo pautado na história do Capital (e não deixa de ser uma coisa ‘nostálgica’), o Capital soube se reinventar ao longo desses anos”, comenta.
Novo álbum (sem spoilers)
Além do álbum “Capital Inicial 4.0”, lançado recentemente em homenagem às últimas quatro décadas de trajetória, a banda pretende divulgar um novo projeto no segundo semestre do ano que vem, assim que a turnê comemorativa chegar ao fim.
“Várias coisas legais vão acontecer no futuro, mas eu ainda não posso contar. O novo álbum deve ser para setembro ou outubro do ano que vem. Assim, a turnê começa no fim do ano e vai para 2024. Está muito no começo ainda, na fase embrionária. Então, é cedo para dizer como vai ser a sonoridade, mas eu gostaria que soasse como algo moderno”, revela Dinho.
Ao g1, o cantor contou ainda que o trabalho terá a colaboração de Alvin, seu companheiro de composição há mais de 30 anos, e de Thiago Castanho, do grupo Charlie Brown Jr., com quem o Capital também já fez alguns projetos.
Dinho Ouro Preto durante show do Capital Inicial no palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
Ídolos dentro e fora do Brasil
Ainda de olho no futuro, Dinho diz que um dia espera ter a chance de gravar com bandas que rock internacional que admira, como a The Killers, cujos integrantes ele conheceu recentemente, durante um show do grupo em Brasília.
“Eu sou muito fã dos Killers e pedi para encontrá-los. Eu estava no meu camarim e falei ‘posso ir até lá?’. O cara poderia dizer ‘não, vou subir no palco, tô com pressa, tô de mau humor, não tô afim’. Mas ele falou ‘vem aí’. E não só falou ‘ok’, como foi super simpático, fácil, receptivo. Um dia, se eu pudesse gravar com eles, ia ser maravilhoso”, relembra.
“Mas eu também sou muito fã do Noel Gallagher, do Oasis, dos Chilli Peppers, do Green Day. O engraçado é que eu já dividi o palco com vários desses caras, mas em diferentes edições de festivais. Vai saber, esse povo está na correria o tempo todo”, sonha.
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No Brasil, o cantor também tem o desejo de gravar com algumas pessoas com quem nunca trabalhou. Recentemente, ele teve a chance de cantar com o vocalista do Skank, Samuel Rosa, e com a baiana Pitty.
“São pessoas que eu admiro muito, mas ainda há grandes artistas brasileiros que ficaram de fora e com quem um dia eu gostaria de trabalhar. Sou muito fã do Ira!, dos Titãs, pessoas com quem nós nunca trabalhamos nos nossos projetos especiais”, completa.
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM
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Voz icônica de Cid Moreira também fica eternizada em volumosa discografia calcada em orações e textos religiosos

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♫ MEMÓRIA
♪ A voz de Cid Moreira (29 de setembro de 1927 – 3 de outubro de 2024) é imediatamente reconhecida por todos os brasileiros desde 1969, ano em que o locutor começou a apresentar o Jornal Nacional, função exercida até 1996. Essa voz icônica, inconfundível, se calou hoje com a morte de Cid Moreira aos 97 anos, em Petrópolis (RJ), mas fica eternizada na extensa discografia do apresentador.
Lançando mão da oratória exemplar, Cid debutou no mercado fonográfico há 49 anos com a edição em 1975 do single Poemas pela gravadora Som Livre. Em 1977, o locutor lançou o primeiro álbum, Oração da minha vida, posto no mercado pela Edições Paulinas Discos.
Desde então, Cid Moreira construiu discografia calcada em orações e textos religiosos. Somente a série de discos Salmos gerou três volumes lançados em 1986, 1988 e 1996. Entre um e outro volume, o locutor lançou em 1994 o álbum O sermão da montanha, ao qual se seguiu o disco Quem é Jesus? em 1995.
Em 1999, Cid Moreira apresentaria o maior lançamento fonográfico da carreira, Paisagens bíblicas – As mais belas histórias da Bíblia interpretadas por Cid Moreira, monumental coleção composta por 24 discos. Foi um sucesso de vendas.
Outras coleções vieram no rastro desse êxito a partir dos anos 2000, com álbuns em que Cid Moreira interpretava textos do Velho Testamento e do Novo Testamento com a voz formal que jamais será esquecida pelo povo brasileiro.
Capa do primeiro single de Cid Moreira (1927 – 2024), “Poemas”, lançado em 1975
Reprodução / Capa de disco

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‘Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele’, diz Sérgio Chapelin sobre Cid Moreira

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Chapelin dividiu a bancada do Jornal Nacional com Cid Moreira durante quase duas décadas e diz que ele foi o “melhor profissional” com quem trabalhou. Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada, na década de 80
Acervo TV Globo
O jornalista Sérgio Chapelin, que apresentou o Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira durante quase 20 anos, disse ao programa “Encontro” que o apresentador foi o “melhor profissional” com quem já trabalhou em sua carreira.
Essa foi uma homenagem ao ícone do jornalismo e dono de uma voz inconfundível, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), depois de passar as últimas semanas internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia.
“Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele”, disse Chapelin.
Leia o que disse Chapelin sobre Cid Moreira:
“A minha parceria com o Cid foi longa, foram quase 20 anos no jornal nacional. O que eu tenho a dizer a respeito dele é que ele foi o melhor profissional com quem eu já trabalhei. Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Ele tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. Então, a gente sente. Mas foram 97 anos vividos e 97 anos pesam bastante. Vamos lembrar as coisas boas que ele fez, que foram muitas. O Cid realmente trabalhou muito, era de fato um homem dedicado ao trabalho e fez coisas que a gente tem que respeitar. Então, vamos fazer agora uma oração e esperar que ele seja bem acolhido num plano superior”.
Cid Moreira morre aos 97 anos
Esposa de Cid Moreira diz que jornalista lutou bravamente até o último minuto
Cid Moreira conta o boa noite especial do dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade

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Adeus a Cid Moreira: jornalistas prestam homenagens ao apresentador

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Jornalista, locutor e apresentador faleceu nesta quinta (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morre aos 97 anos
Jornalistas e apresentadores da TV Globo prestaram homenagens nesta quinta (3) a Cid Moreira, um dos maiores ícones da história do jornalismo brasileiro.
O apresentador faleceu aos 97 anos, deixando um legado de credibilidade e carisma durante décadas na história da televisão. Colegas da TV Globo se reuniram para relembrar os momentos mais marcantes de Cid Moreira e sua voz inconfundível. Veja a seguir:
Sérgio Chapelin: ‘Foi o melhor profissional com quem eu trabalhei’
Cid Moreira e Sérgio Chapelin
Rede Globo
“A minha parceria com o Cid foi longa. Foram quase 20 anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem eu trabalhei. Ele me ensinou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele.”
William Bonner : ‘Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado’
Cid Moreira e William Bonner
Acervo TV Globo
“Cid Moreira, na Globo, inaugurou o Jornal Nacional. Foi em setembro de 1969. E ele permaneceu no Jornal Nacional initerruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que teve mais de 40 anos de idade o Jornal Nacional teve aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos de idade talvez o rosto do JN não seja o do Cid Moreira, mas o Cid Moreira é o rosto e a voz do Fantástico porque, embora ele tenha trabalhado para o Fantástico e para o Jornal Nacional simultaneamente durante muitos anos, quando ele deixou o JN ele passou de se dedicar não apenas a leitura de editoriais no Jornal Nacional mas também ao Fantástico.
Essa foi uma fase em que eu acho que o Cid Moreira pode se divertir mais enquanto profissional.
O Cid Moreira era um grande brincalhão e ele adorava que brincavam com ele também. Quando ele pode passar a brincar com ele mesmo a carreira dele entrou para um outro patamar, ou por um outro caminho. Quem aqui não vai se lembrar do vozeirão dele falando ‘Mister M’? Quem não vai se lembrar na Copa do Mundo de 2010? Quando eu leio ‘Jabulane’ vem a cabeça a voz do Cid.
Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro momento mais importante da minha vida foi o dia em que eu vi o Cid Moreira de perfil. A visão do Cid Moreira é na tela da TV, olhando para a câmera. Foi muito estranho ver o rosto do Cid de perfil. Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado.
O segundo momento mais marcante da minha carreira foi quando eu olhei à direita e vi o Cid Moreira sentado ao meu lado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. Isso é uma experiência profissional que quem passou por ela tem uma certa dificuldade de descrever. Ele é uma figura gigantesca. Co-fundador do Jornal Nacional, uma voz de uma credibilidade indiscutível e em um tempo onde não tinha internet, rede social, televisão por assinatura, streaming. O Jornal Nacional era a principal fonte de informação dor brasileiros.”
Sandra Annenberg: ‘O Cid é a voz e continuará sendo para sempre’
“Passo por aqui para deixar um abraço muito apertado para a Fátima e para toda a família do Cid e, principalmente para o Brasil, que vai viver sem essa voz. O Cid é a voz e continuará sendo para sempre. Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite ao lado do Cid e do Sérgio na previsão do tempo. Ele sempre foi muito carinhoso, muito cuidadoso, um mestre. Como todo mestre tem que ser, será lembrado para sempre.”
Fatima Bernardes: ”A voz dele era uma grife, um selo de qualidade”
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no JN no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: ‘de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes’.
A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, o Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
‘Ele é uma marca indelével’, diz Míriam Leitão sobre Cid Moreira
Miriam Leitão: ‘Transformava a voz no veículo da informação’
“O Cid Moreira marca a história do jornalismo brasileiro. Ele fez parte da contrução do maior produto do jornalismo brasileiro, que é o Jornal Nacional. Durante décadas, ele foi a voz que transmitia informação. Não estava sozinho, esteve com o Sergio Chapelin durante muito tempo, depois foi para o Fantástico. Mas o importante era a maneira como ele transformava a voz dele no veículo da informação.
A voz dele é atemporal. Ela transitou bem pelo tempo, pelas novas de fazer jornalismo. Ele passava uma coisa que os jornalistas de televisão buscam que é credibilidade: ‘Cid Moreira falou, então aconteceu'”.
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