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Festas e Rodeios

Festival em SP anuncia novo line-up para shows de abertura de Erykah Badu após críticas

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Festival Nômade foi cobrado pela presença de artistas negros no line-up. Larissa Luz, Anelis Assumpção, Majur, DJ Tamy e DJ Nyack entram na programação; trio Gilsons continua. Larissa Luz canta em homenagem a Elza Soares no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues/g1
O Festival Nômade anunciou, nesta terça-feira (29), uma alteração no line-up após ser criticado pela ausência de artistas negros para abrir o show de Erykah Badu.
Referência do R&B, do soul e da black music, a cantora norte-americana é a artista principal do evento.
Larissa Luz, Anelis Assumpção, Majur, DJ Tamy e DJ Nyack entram na programação do evento marcado para 22 de janeiro em São Paulo.
O trio Gilsons, formado por netos e filho de Gilberto Gil, continua no line-up.
“Mais uma vez, agradecemos os comentários e indicações, e permanecemos aqui, escutando e construindo o #MundoNômade com vocês”, diz o post nas redes do festival.
Inicialmente, o festival teria a banda Bala Desejo e a cantora Céu cantando “Catch a Fire”, de Bob Marley e The Wailers.
Conheça história da banda Bala Desejo e dos Gilsons no podcast g1 ouviu:
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Artistas cancelaram após críticas
A banda Bala Desejo no ‘Prêmio UBC 2022’
Miguel Sá / Divulgação
Bala Desejo e Céu cancelaram as participações na última quinta-feira (24), dois dias após o anúncio do line-up.
Nas redes sociais, a banda formada por Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra explicou que aceitou o convite “antes de saber exatamente quais seriam os artistas do line up e a programação completa do festival”.
“Como uma banda, buscamos sempre estar próximos do público, mas é preciso que o público esteja próximo também de toda uma cena pulsante que, muitas vezes, fica à margem desse olhar curatorial. Depois do ocorrido e em respeito ao público que de pronto se posicionou assertivamente, decidimos não participar mais desse evento”, afirmou o grupo (Veja comunicado completo ao final da matéria).
A banda ainda disse esperar que “o festival se pronuncie e opere as mudanças mais do que necessárias”.
Também pelas redes sociais, a cantora Céu falou sobre sua decisão de cancelar sua participação no evento.
“Da minha parte, deixo aqui registrado que durante a apresentação do nosso show o palco teria mulheres pretas preferencialmente, artistas pretos majoritariamente, tendo sido essa, uma condição imposta por mim mesma. (…) Essa era uma iniciativa minha para uma celebração do “Catch a Fire” se desse em sua totalidade, plenitude e potência, abrindo caminhos e se conectando diretamente com a estrela da noite, Erykah Badu, na esperança de um olhar mais inclusivo, amoroso e renovado alinhado com uma sociedade mais justa”, afirmou a cantora. (Veja comunicado completo ao final da matéria).
A banda Gilsons, que também estava anunciada para o evento, não se manifestou sobre o assunto, mas um segundo cartaz de divulgação do festival publicado após as críticas não conta com o nome do grupo.
Pelas redes sociais, o festival se manifestou e afirmou que reformulou o evento, “guardando a data dos artistas já anunciados, que já estiveram conosco em outras oportunidades, para um próximo momento nômade”.
“Foi um dia de muita reflexão e troca de ideias com parceiros, amigos, e colegas, mas, principalmente, um dia de muita escuta! Estivemos atentes a todos os posicionamentos de vocês, que são quem faz a plataforma #MundoNômade ser única”, afirmou o evento sobre os comentários. (Veja comunicado completo ao final da matéria).
Cantora Céu
Fábio Audi/Divulgação
Críticas ao festival
Após o anúncio da programação do Festival Nômade, artistas e fãs foram às redes sociais para criticar e cobrar a presença de artistas negros na programação do evento.
O rapper Rico Dalasan escreveu em suas redes: “Artista brancos não tem vergonha de aceitar convites que esbarram inclusive no seu anti-racismo de boca. Já nós vivemos cuidando pra não cair em mais uma cilada constrangedora.” ele ainda compartilhou uma série de artistas que convocaria caso estivesse na curadoria do evento.
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A cantora Xênia França também fez um longo desabafo em suas redes sociais.
“Hoje acordei bombardeada de tags no post que anuncia a vinda de Erikah Badu à São Paulo. E surpreendendo um total de zero pessoas, estava anunciado também o line up de abertura do show. Totalmente desconectado do momento presente, dado que essa artista é uma instituição da cultura preta mundial e todo mundo sabe que ela dialoga com diversos artistas da música preta brasileira atual.”
“Me tornei de certa forma abstêmia em falar o óbvio e ficar educando branquitude de graça, porque além de me perguntar se tem alguém ouvindo e agindo, é exaustivo ser pautada mais pelo racismo do que pelo trabalho que estou fazendo”, escreveu a cantora.
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Comunicado Bala Desejo
“Ontem fomos anunciados como uma das bandas de abertura do show de Erykah Badu em São Paulo.
Aceitamos o convite antes de saber exatamente quais seriam os artistas do line up e a programação completa do festival. Como uma banda, buscamos sempre estar próximos do público, mas é preciso que o público esteja próximo também de toda uma cena pulsante que, muitas vezes, fica à margem desse olhar curatorial. Depois do ocorrido e em respeito ao público que de pronto se posicionou assertivamente, decidimos NÃO participar mais desse evento.
Esperamos ser substituídos por muitos dos talentos da música preta brasileira, alguém que dialogue diretamente com o legado de Badu. Há muitos artistas com mais propriedade para ocupar esse lugar do que nós.
E que todos os festivais do Brasil se conscientizem da necessidade mais que urgente de construir line ups que contemplem as questões de representatividade e que respeitem a história e os contextos no qual cada manifestação artística se dá. Existem inúmeras opções de artistas brilhantes para compor as programações e não concordamos com a ausência deles.
Esperamos que o festival se pronuncie e opere as mudanças mais do que necessárias.
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Comunicado Céu
Tomei a decisão de cancelar a minha apresentação de “Catch a Fire” na abertura do show da Erykah Badu em São Paulo.
Da minha parte, deixo aqui registrado que durante a apresentação do nosso show o palco teria mulheres pretas preferencialmente, artistas pretos majoritariamente, tendo sido essa, uma condição imposta por mim mesma.
Isso se daria não só na banda, mas também com uma artista extra, escolhida para uma participação especial, que ainda estava em negociação. Alguém com conexão direta com o legado dos artistas evocados nesta noite de celebração.
Essa era uma iniciativa minha para uma celebração do “Catch a Fire” se desse em sua totalidade, plenitude e potência, abrindo caminhos e se conectando diretamente com a estrela da noite, Erykah Badu, na esperança de um olhar mais inclusivo, amoroso e renovado alinhado com uma sociedade mais justa.
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Comunicado Festival Nômade
“Ontem foi um dia de muita reflexão e troca de ideias com parceiros, amigos, e colegas, mas, principalmente, um dia de muita escuta!
Estivemos atentes a todos os posicionamentos de vocês, que são quem faz a plataforma #MundoNômade ser única.
Pensando nisso, em comum acordo com nossos artistas parceiros, reformulamos o #NômadeApresenta Erykah Badu, que acontece dia 22 de janeiro de 2023, guardando a data dos artistas já anunciados, que já estiveram conosco em outras oportunidades, para um próximo momento nômade.
Nossa equipe está muito grata e honrada de trazer a icônica Erykah Badu para São Paulo no ano que vem, e esperamos receber vocês em um dia marcante de muita celebração e energia boa.
Para esse dia, vamos trazer a potência de mulheres únicas e que admiramos da cena brasileira, que serão divulgadas muito em breve.
Agradecemos imensamente o carinho do nosso público e estamos ansiosos pelos nossos próximos momentos juntos em dezembro deste ano, janeiro e maio do ano que vem.
Estamos aqui sempre, como uma plataforma plural, diversa e que busca sempre expandir a cena musical. Nos vemos em breve.”
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Voz icônica de Cid Moreira também fica eternizada em volumosa discografia calcada em orações e textos religiosos

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♫ MEMÓRIA
♪ A voz de Cid Moreira (29 de setembro de 1927 – 3 de outubro de 2024) é imediatamente reconhecida por todos os brasileiros desde 1969, ano em que o locutor começou a apresentar o Jornal Nacional, função exercida até 1996. Essa voz icônica, inconfundível, se calou hoje com a morte de Cid Moreira aos 97 anos, em Petrópolis (RJ), mas fica eternizada na extensa discografia do apresentador.
Lançando mão da oratória exemplar, Cid debutou no mercado fonográfico há 49 anos com a edição em 1975 do single Poemas pela gravadora Som Livre. Em 1977, o locutor lançou o primeiro álbum, Oração da minha vida, posto no mercado pela Edições Paulinas Discos.
Desde então, Cid Moreira construiu discografia calcada em orações e textos religiosos. Somente a série de discos Salmos gerou três volumes lançados em 1986, 1988 e 1996. Entre um e outro volume, o locutor lançou em 1994 o álbum O sermão da montanha, ao qual se seguiu o disco Quem é Jesus? em 1995.
Em 1999, Cid Moreira apresentaria o maior lançamento fonográfico da carreira, Paisagens bíblicas – As mais belas histórias da Bíblia interpretadas por Cid Moreira, monumental coleção composta por 24 discos. Foi um sucesso de vendas.
Outras coleções vieram no rastro desse êxito a partir dos anos 2000, com álbuns em que Cid Moreira interpretava textos do Velho Testamento e do Novo Testamento com a voz formal que jamais será esquecida pelo povo brasileiro.
Capa do primeiro single de Cid Moreira (1927 – 2024), “Poemas”, lançado em 1975
Reprodução / Capa de disco

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‘Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele’, diz Sérgio Chapelin sobre Cid Moreira

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Chapelin dividiu a bancada do Jornal Nacional com Cid Moreira durante quase duas décadas e diz que ele foi o “melhor profissional” com quem trabalhou. Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada, na década de 80
Acervo TV Globo
O jornalista Sérgio Chapelin, que apresentou o Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira durante quase 20 anos, disse ao programa “Encontro” que o apresentador foi o “melhor profissional” com quem já trabalhou em sua carreira.
Essa foi uma homenagem ao ícone do jornalismo e dono de uma voz inconfundível, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), depois de passar as últimas semanas internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia.
“Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele”, disse Chapelin.
Leia o que disse Chapelin sobre Cid Moreira:
“A minha parceria com o Cid foi longa, foram quase 20 anos no jornal nacional. O que eu tenho a dizer a respeito dele é que ele foi o melhor profissional com quem eu já trabalhei. Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Ele tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. Então, a gente sente. Mas foram 97 anos vividos e 97 anos pesam bastante. Vamos lembrar as coisas boas que ele fez, que foram muitas. O Cid realmente trabalhou muito, era de fato um homem dedicado ao trabalho e fez coisas que a gente tem que respeitar. Então, vamos fazer agora uma oração e esperar que ele seja bem acolhido num plano superior”.
Cid Moreira morre aos 97 anos
Esposa de Cid Moreira diz que jornalista lutou bravamente até o último minuto
Cid Moreira conta o boa noite especial do dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade

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Adeus a Cid Moreira: jornalistas prestam homenagens ao apresentador

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Jornalista, locutor e apresentador faleceu nesta quinta (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morre aos 97 anos
Jornalistas e apresentadores da TV Globo prestaram homenagens nesta quinta (3) a Cid Moreira, um dos maiores ícones da história do jornalismo brasileiro.
O apresentador faleceu aos 97 anos, deixando um legado de credibilidade e carisma durante décadas na história da televisão. Colegas da TV Globo se reuniram para relembrar os momentos mais marcantes de Cid Moreira e sua voz inconfundível. Veja a seguir:
Sérgio Chapelin: ‘Foi o melhor profissional com quem eu trabalhei’
Cid Moreira e Sérgio Chapelin
Rede Globo
“A minha parceria com o Cid foi longa. Foram quase 20 anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem eu trabalhei. Ele me ensinou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele.”
William Bonner : ‘Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado’
Cid Moreira e William Bonner
Acervo TV Globo
“Cid Moreira, na Globo, inaugurou o Jornal Nacional. Foi em setembro de 1969. E ele permaneceu no Jornal Nacional initerruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que teve mais de 40 anos de idade o Jornal Nacional teve aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos de idade talvez o rosto do JN não seja o do Cid Moreira, mas o Cid Moreira é o rosto e a voz do Fantástico porque, embora ele tenha trabalhado para o Fantástico e para o Jornal Nacional simultaneamente durante muitos anos, quando ele deixou o JN ele passou de se dedicar não apenas a leitura de editoriais no Jornal Nacional mas também ao Fantástico.
Essa foi uma fase em que eu acho que o Cid Moreira pode se divertir mais enquanto profissional.
O Cid Moreira era um grande brincalhão e ele adorava que brincavam com ele também. Quando ele pode passar a brincar com ele mesmo a carreira dele entrou para um outro patamar, ou por um outro caminho. Quem aqui não vai se lembrar do vozeirão dele falando ‘Mister M’? Quem não vai se lembrar na Copa do Mundo de 2010? Quando eu leio ‘Jabulane’ vem a cabeça a voz do Cid.
Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro momento mais importante da minha vida foi o dia em que eu vi o Cid Moreira de perfil. A visão do Cid Moreira é na tela da TV, olhando para a câmera. Foi muito estranho ver o rosto do Cid de perfil. Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado.
O segundo momento mais marcante da minha carreira foi quando eu olhei à direita e vi o Cid Moreira sentado ao meu lado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. Isso é uma experiência profissional que quem passou por ela tem uma certa dificuldade de descrever. Ele é uma figura gigantesca. Co-fundador do Jornal Nacional, uma voz de uma credibilidade indiscutível e em um tempo onde não tinha internet, rede social, televisão por assinatura, streaming. O Jornal Nacional era a principal fonte de informação dor brasileiros.”
Sandra Annenberg: ‘O Cid é a voz e continuará sendo para sempre’
“Passo por aqui para deixar um abraço muito apertado para a Fátima e para toda a família do Cid e, principalmente para o Brasil, que vai viver sem essa voz. O Cid é a voz e continuará sendo para sempre. Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite ao lado do Cid e do Sérgio na previsão do tempo. Ele sempre foi muito carinhoso, muito cuidadoso, um mestre. Como todo mestre tem que ser, será lembrado para sempre.”
Fatima Bernardes: ”A voz dele era uma grife, um selo de qualidade”
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no JN no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: ‘de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes’.
A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, o Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
‘Ele é uma marca indelével’, diz Míriam Leitão sobre Cid Moreira
Miriam Leitão: ‘Transformava a voz no veículo da informação’
“O Cid Moreira marca a história do jornalismo brasileiro. Ele fez parte da contrução do maior produto do jornalismo brasileiro, que é o Jornal Nacional. Durante décadas, ele foi a voz que transmitia informação. Não estava sozinho, esteve com o Sergio Chapelin durante muito tempo, depois foi para o Fantástico. Mas o importante era a maneira como ele transformava a voz dele no veículo da informação.
A voz dele é atemporal. Ela transitou bem pelo tempo, pelas novas de fazer jornalismo. Ele passava uma coisa que os jornalistas de televisão buscam que é credibilidade: ‘Cid Moreira falou, então aconteceu'”.
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