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Festas e Rodeios

Álbum cinquentenário de Gilberto Gil, ‘Expresso 2222’ gera livro de arte

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Organizada por Ana Oliveira, edição disseca os sentidos do disco de 1972 através de obras visuais e de textos de nomes como Arnaldo Antunes, Fernanda Torres, Hermano Vianna, Mila Burns e Moreno Veloso. ♪ Álbum emblemático de Gilberto Gil que gerou textos e loas ao longo do ano, por conta das cinco décadas completadas em 2022, o disco Expresso 2222 também deu origem a um livro-objeto organizado pela escritora baiana Ana Oliveira.
Posto oficialmente em circulação na última quinta-feira, 8 de dezembro, Expresso 2222 é livro de arte que procura dissecar os sentidos e significados – através de obras visuais e de textos inéditos – deste álbum de 1972 em que o artista baiano sintetizou sons e emoções na volta ao Brasil após exílio forçado em Londres, misturando ritmos da nação nordestina com a música universal absorvida na capital da Inglaterra.
Cada uma das nove faixas do álbum é interpretada em prosa e arte visual no livro Expresso 2222 por time de acadêmicos, jornalistas e artistas plásticos.
Há quem tenha escrito textos mais analíticos, caso do antropólogo Hermano Vianna, autor do breve ensaio informativo sobre a gênese de Pipoca moderna (Sebastião Biano e Caetano Veloso, 1972), faixa que abre o disco.
Há quem tenha ido por caminho mais pessoal, caso de Mila Burns, historiadora e jornalista que, partindo de Oriente (Gilberto Gil, 1972), balada filosófica que encerra o álbum Expresso 2222, escreveu carta ao filho, com palavras cheias de afeto, conselhos, considerações e ensinamentos de mãe no mais sedutor dos textos do livro por conta de trechos como “Só quem anda devagar tem tempo de observar milagres. E mesmo que você, às vezes, tenha que ser rápido, evite ser apressado. Estranhe, investigue, respire. […] Entre todos os seus bens, o mais valioso chegou ao mundo com você: a respiração”.
Entre o ensaio de Hermano Vianna sobre Pipoca moderna e a missiva maternal escrita por Mila Burns a partir da letra de Oriente, o livro Expresso 2222 expõe obras visuais como a pintura feita por Marcela Cantuária com inspiração na música O sonho acabou (Gilberto Gil, 1972), composta a partir de contexto de contracultura analisado por Lorena Calábria.
Capa do livro ‘Expresso 2222’, de Ana Oliveira
Divulgação
Com luxuoso acabamento, típica de livros de arte, a edição de Expresso 2222 tem sobrecapa que, desgarrada da embalagem, vira pôster circular com foto de Gil clicada por João Farkas. Trata-se de alusão ao formato diferenciado da capa do LP original de 1972. Criada pelo artista gráfico Ednizio Ribeiro Primo, a capa do álbum Expresso 2222 tinha abas que, uma vez desdobradas, expunham a forma originalmente circular da capa.
O conteúdo do livro é tão interessante quanto a embalagem. Artista que transita entre os campos musical e visual, Arnaldo Antunes contribui duplamente para o livro lançado pela editora Iyá Omin com 252 páginas que abarcam as reproduções das letras das músicas do disco lançado em julho de 1972, três meses após a gravação feita em abril, além de reproduções de páginas de jornais e revistas com notícias sobre Gil desde os anos 1960.
Além de ter escrito poema visual, exposto em formato tridimensional por Ana Oliveira nas páginas 92 e 93, Arnaldo Antunes assina texto em que, a pretexto de dissecar a construção da música-título Expresso 2222 (Gilberto Gil, 1972), acaba tecendo considerações sobre outras faixas do álbum.
Canção que retrata Gil com Caetano Veloso no Porto da Barra, praia de Salvador (BA), Ele e eu é abordada por Moreno Veloso, o filho baiano de Caetano, e traduzida visualmente por diagrama do artista André Vallias.
Textos da atriz e escritora Fernanda Torres (sobre Back in Bahia, música composta por Gil na batida do rock para saudar a volta à pátria brasileira) e da jornalista Patrícia Palumbo – sobre a releitura de Gil para Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho, 1959), sucesso de Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) – turbinam o livro-objeto concebido por Ana Oliveira na linha de publicações anteriores sobre os álbuns Tropicália ou Panis et Circensis (1968) e Acabou chorare (1972).
É livro em forma de arte!

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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
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♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
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Post Malone anuncia show exclusivo no festival VillaMix, em São Paulo

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Cantor será uma das principais atrações do festival, conhecido por focar na música sertaneja. Post Malone canta no The Town 2023
Luiz Franco/g1
O festival VillaMix anunciou o cantor Post Malone como uma das atrações da edição de 2024, no dia 21 de dezembro na Neo Química Arena, em São Paulo.
O show será exclusivo no festival, conhecido por focar em música sertaneja. Segundo a organização, a primeira edição em 5 anos de evento trará country, pop e sertanejo, e o line-up completo ainda será revelado.
A venda geral já tem início no próximo dia 7, pela Eventim.
Post Malone esteve no Brasil pela última vez em 2023, quando se apresentou no The Town. Ele apostou em versões roqueiras de hits mais antigos, e fechou a programação do primeiro dia de festival. Relembre como foi.
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