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Festas e Rodeios

Por dentro de um escritório de k-pop: JYPark, pioneiro e magnata do estilo, revela bastidores

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Dono de uma das maiores empresas do k-pop conta que os artistas são treinados com comida orgânica e apoio psicológico. Agora, ele quer criar um grupo latino-americano; ouça podcast. Muito antes de o k-pop ser um fenômeno no mundo todo, JYPark estava lá na Coreia do Sul produzindo, compondo, cantando e descobrindo talentos.
O cantor e empresário é uma referência para o gênero como cantor veterano, mas principalmente como líder da JYP Entertainment, produtora que criou e administrar as carreiras de grupos como Twice, Itzy, Stray Kids, 2PM e Day6.
No podcast g1 ouviu, JYPark falou sobre:
as origens do estilo;
os bastidores da empresa;
a pressão no mercado;
como nasce um ídolo do k-pop;
os planos de criar um grupo na América Latina.
Ouça abaixo e leia mais a seguir:
Aos 50 anos, ele segue em atividade como artista e como empresário ao trabalhar de perto na parte de processo criativo com os grupos da JYP.
Para quem chegou no k-pop com os jovens artistas de hoje em dia, Park Jin-young nasceu em Seoul, na Coreia do Sul, em dezembro de 1971. Ele sempre gostou de música e toca piano clássico desde os 6 anos.
Na faculdade, estudou Geologia na Universidade de Yonsei e só percebeu que poderia ser artistas aos 19 anos, quando estava dançando bêbado em uma boate e um produtor o abordou perguntando se ele era dançarino.
Esse contato deu ao JYPark uma coisa importantíssima para artistas: confiança e oportunidade. Exatamente o que ele faz na empresa que administra, uma das três maiores do segmento.
Ele estreou na boy band Park Jin Young and the NG (New Generation) em 1992, mas não deslanchou. Só chamou atenção em 1994 ao sair em carreira solo, com a música “Don’t Leave Me”. Ainda na década de 90, ele já começou a procurar e lapidar talentos na música pop coreana.
Treinamento intenso para ser um ‘idol’
Grupo sul-coreano de K-pop TWICE posa para foto após entrevista em Seul, Coréia do Sul, em novembro de 2021
AP Photo/Lee Jin-man
JYPark fala com muita convicção que o que faz o k-pop ser um dos estilos mais ouvidos do mundo é o elo entre os artistas e os fãs.
Por isso, a responsabilidade de lançar e cuidar da carreira e vida de cantores, que normalmente são muito jovens, é grande.
Dentro da JYP, há um programa de trainee para pessoas que estão tentando virar cantores, processo que podem levar anos. É uma imersão grande de viver junto e ter um acompanhamento diário em várias áreas.
“Com certeza, eles são treinados para cantar e dançar, a base da carreira artística, mas ao mesmo tempo preparamos mentalmente, o que é crucial”.
“Queremos que eles tenham uma vida saudável, então ensinamos a comer bem, temos um restaurante de orgânicos. Eles também têm aulas de yoga, pilates, personal training para cuidar do corpo”.
BTS se apresenta no Grammy 2022
Mario Anzuoni/Reuters
Além disso tudo, ele diz que os trainees e artistas têm acompanhamento psicológico disponível 24 horas por semana.
“Quero que eles estejam felizes e que cheguem aos 50 anos no palco como eu. Quero que eles tenham uma família saudável e sejam uma boa inspiração para os fãs e sociedade. Esse é o meu objetivo”.
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Carreira é como uma ‘maratona’
Grupo de k-pop Itzy tem 6,6 milhões de ouvintes mensais só no Spotify
Divulgação
Nas conversas cotidianas, JYPark faz questão de tranquilizar os artistas com uma metáfora bem clara para ajudar nas questões de saúde mental.
“Falo para eles que não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona”, diz, com uma voz calma e serena, que só muda de tom na entrevista para pedir que outras pessoas no quarto falem mais baixo.
“Não se estressem, o que importa é que vocês estejam bem aos 50, não é isso que vocês querem? Vão acontecer altos e baixos, as turbulências vão acontecer ao longo de todo o tempo, mas tenham certeza que é uma maratona”.
O tema da saúde mental é sensível no mundo da música, mas especialmente no k-pop. Vários artistas já se afastaram das carreiras por conta da pressão.
E quando um artista está pronto?
Day6 é uma boy band de k-pop do escritório de JYPark
Divulgação
Essa pergunta é difícil de responder, mas alguns fatores ajudam na decisão de quando um grupo e, principalmente, quem vai compor o grupo está pronto, segundo JYPark.
“A gente observa o movimento no palco, o jeito que eles falam. Fazemos várias sessões de leitura de livros, de conversação. Ao mesmo tempo eles são afiliados mensalmente para ver como estão desenvolvendo essas habilidades”.
Foi assim com o Twice, com o Itzy e outras boy e girl bands da JYPark. Cada grupo tem, no mínimo, 20 pessoas na equipe de produção.
Mas apesar de todo esse sistema de produção que beira uma linha de produção, JYPark diz que “não quer criar estereótipos”.
“K-pop é sobre compromisso, é disciplina, é ter influência positiva no mundo. Então isso não tem nada a ver com aparência física”.
JYPark no clipe de ‘Groove Back’
Reprodução/YouTube/JYPark
“Não quero fabricar artistas. Nossos talentos são naturais quando falam, quando agem, quando se apresentam. São os artistas mais autênticos e naturais que existem”, se derrete o executivo.
Ele também fala sobre a popularização do k-pop no mundo, que invariavelmente faz com que produtoras sejam criadas e artistas lançados no mercado com uma velocidade incrível.
“Não ligo para competição, o que me preocupa é a qualidade do K-pop. Quando o número de artistas é alto, assim como o número de músicas saindo, normalmente a qualidade caí”.
“Posso te garantir que, pelo menos na JYP, a gente está tentando manter a qualidade lá em cima. Não é sobre outras empresas, é sobre nós conseguirmos manter nossa qualidade”.
Grupo de k-pop na América Latina
JYPark veio ao Brasil para gravar com fãs brasileiros um trecho do clipe de ‘Groove Back’
Reprodução/YouTube/JYPark
O foco de JYPark agora é criar um grupo de k-pop na América Latina. Ele já procurou talentos na Coreia, no Japão e nos Estados Unidos.
Para o executivo, a língua ou a nacionalidade não é uma barreira para o kpop.
“K-pop não é sobre um idioma, é um espírito. Não é um estilo musical, não é uma linguagem, não é cor de pele, não tem nacionalidade. É sobre espírito”.
“Então cantar em japonês, espanhol, português ou coreano não importa. A gente quer fazer isso o máximo possível desde que a gente consiga cantar em qualquer outro idioma”.
Enquanto o k-pop latino ainda não é uma realidade, os fãs brasileiros querem saber: cadê Twice e Itzy fazendo show no Brasil?
O empresário não crava uma data exata ou qual grupo pode incluir o Brasil na turnê, mas promete:
“É por isso que eu estou aqui para dizer que vamos vir mais vezes. Garanto que vamos vir mais vezes aqui”.
Fã de Bossa Nova
JYPark quer criar um grupo de k-pop na América Latina
Divulgação
JYPark estava feliz da vida de estar no Brasil por dois motivos: gravar uma parte do clipe de “Groove Back” com fãs no Parque da Independência, em São Paulo, e para ir a um restaurante ouvir bossa nova.
A nova música pretende baixar um pouco o ritmo e propor uma dança como “antigamente”.
“A dance music de hoje em dia é muito rápida, muito regrada. Eu quero diminuir o ritmo, tirar todo o barulho e concentrar em grooves mais curtos”, comenta sobre o single que teve clipe gravado em Barcelona, Los Angeles, Bangkok, Seoul.
O outro grande objetivo da viagem ao Brasil era ouvir o ritmo conhecido mundialmente após nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Nara Leão, quem ele chama de “gênios”.
Twice no clipe de ‘Alcohol-Free’, escrita por JYPark
Reprodução
JYPark ainda diz que vê similaridades entre a bossa nova e o k-pop.
“O ritmo é um pouco diferente, mas a melodia é tão semelhante às progressões de refrão que usamos, são quase idênticas. Por isso que nos conectamos tão bem”.
Ele diz que ouviria “Chega de Saudade” um milhão de vezes sem enjoar e ficou muito feliz de mostrar as referências brasileiras em “Alcohol Free”, música que escreveu e produziu para as meninas do Twice.
“Por favor, escute as duas músicas que você vai sentir a conexão”, conclui.
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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
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♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
Divulgação

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Post Malone anuncia show exclusivo no festival VillaMix, em São Paulo

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Cantor será uma das principais atrações do festival, conhecido por focar na música sertaneja. Post Malone canta no The Town 2023
Luiz Franco/g1
O festival VillaMix anunciou o cantor Post Malone como uma das atrações da edição de 2024, no dia 21 de dezembro na Neo Química Arena, em São Paulo.
O show será exclusivo no festival, conhecido por focar em música sertaneja. Segundo a organização, a primeira edição em 5 anos de evento trará country, pop e sertanejo, e o line-up completo ainda será revelado.
A venda geral já tem início no próximo dia 7, pela Eventim.
Post Malone esteve no Brasil pela última vez em 2023, quando se apresentou no The Town. Ele apostou em versões roqueiras de hits mais antigos, e fechou a programação do primeiro dia de festival. Relembre como foi.
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