Connect with us

Festas e Rodeios

Canção de Marcos Valle e Joyce Moreno acarinha o Brasil ainda atordoado com a morte de Gal Costa

Published

on

Capa do single ‘A chuva sem Gal’, de Joyce Moreno e Marcos Valle
Arte de Omar Salomão
Resenha de single
Título: A chuva sem Gal
Artistas: Joyce Moreno e Marcos Valle
Compositores: Marcos Valle e Joyce Moreno
Edição: Biscoito Fino
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ “Havia um cristal / Nas asas do vento / Trazendo um alento / Assim natural / Voando em qualquer pensamento / Pintando de azul o cinzento / Num céu que mudava de forma / Naquele momento / A chuva sem Gal / Caiu de mansinho / Foi quase um carinho / Molhou meu olhar / Lembrando um Brasil brasileiro / O sol desse canto certeiro”.
Os versos iniciais de A chuva sem Gal – canção letrada por Joyce Moreno a partir da música enviada por Marcos Valle à compositora parceira – traduzem o clima cinzento que anuviou o Brasil na manhã de 9 de novembro quando começou a se espalhar a notícia da morte de Gal Costa (1945 – 2022).
Impactado pela nota dissonante, Valle fez melodia introspectiva que, no mesmo dia da morte de Gal, ganhou letra de Joyce. Com poesia, a artista traduz em versos a dor pelo silêncio de uma voz cristalina que, vinda de Deus, deixava o céu azul. Música e letra se afinam com precisão nessa canção que, em essência, diz que o céu do Brasil ficou desbotado sem o canto solar de Gal.
A chuva sem Gal – canção que chega ao mundo amanhã, 20 de dezembro, em single editado pela gravadora Biscoito Fino com capa criada por Omar Salomão (responsável pela arte gráfica do último álbum de Gal, Nenhuma dor, lançado em fevereiro de 2021) – cai triste, mas sem peso. Cai de mansinho, como a chuva no dia em que Gal saiu de cena.
O toque do flugelhorn de Jessé Sadoc sopra a tristeza em que está embebida a gravação que, ao longo de três minutos e 45 segundos, situa A chuva sem Gal entre o tom esfumaçado do samba-canção e a atmosfera interiorizada das baladas meditativas do cancioneiro norte-americano. O clima é acentuado pelos toques da bateria de Tutty Moreno, do baixo de Jorge Helder e do piano do próprio Marcos Valle.
A verdade não rima, já sentenciou Fátima Guedes em verso de Onze fitas (1979), mas Joyce Moreno enfrenta a dor e encontra as rimas para, sem cair no melodrama, poetizar o tempo nublado sem Gal. “Parece que o tempo não liga / E assim se desliga / Se torna canção / No fundo do meu coração / Choveu… / A chuva sem Gal / Foi quase um carinho / Foi quase um sinal…”.
Canção à altura dos respectivos históricos autorais dos compositores parceiros, A chuva sem Gal é – essência – um carinho no coração molhado do Brasil brasileiro ainda atordoado e inconformado com o silêncio do cristal mais luminoso da MPB.
Joyce Moreno e Marcos Valle no estúdio, na gravação de ‘A chuva sem Gal’, canção programada para ser lançada amanhã, 20 de dezembro
Arthur Berbat / Divulgação

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Bruno Mars começa tour no Brasil; show deve ter piada com calcinha e hit gravado com Lady Gaga

Published

on

By

Antes de turnê com 14 apresentações, g1 assistiu ao show do cantor para convidados. Com setlist semelhante ao do The Town, Bruno deve incluir novas piadinhas e grito de ‘Bruninho is back’. Bruno Mars encerra show no The Town com o sucesso ‘Uptown Funk’
Bruno Mars começa nesta sexta-feira (4) uma sequência de 14 shows, que vai até o dia 5 de novembro. Antes dessa turnê brasileira, o cantor havaiano de 38 anos fez um show beneficente no Tokio Marine Hall, em São Paulo, na terça-feira (1º). A apresentação para 4 mil pessoas arrecadou R$ 1 milhão para as vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
No show para famosos, convidados e também fãs que participaram de uma promoção, ele seguiu uma estrutura de setlist bem parecida com a do The Town. Bruno fez dois shows no festival paulistano, em setembro de 2024.
Ele ainda começa o show com “24 Magic” e termina com a trinca “Locked Out of Heaven”, “Just the Way You Are” e “Uptown Funk”. No show exclusivo antes da turnê, ele se comunicou um pouco menos com o público.
Entre as poucas interações, gritou “Bruninho is back!”, quando a plateia começou a gritar “Bruninho! Bruninho! Bruninho”, ainda no começo. Em “Billionaire”, alterou parte da letra e cantou “different calcinhas every night”, brincadeira que foi muito aplaudida.
Há ainda uma parte piano e voz, em que ele emenda várias músicas, começando com “Funk You” e passando por “Grenade”, “Talking to the moon” e “Leave the door open”, a única que ele toca do projeto Silk Sonic. A novidade nessa parte, que rolou no show de terça, deve ser a inclusão de um trecho de “Die With a Smile”, música lançada com Lady Gaga em agosto passado.
Bruno Mars
Divulgação
No show do Tokio Marine Hall, um pouco mais curto do que os da turnê, não houve a versão instrumental de “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, tocada por seu tecladista. O solo de bateria, porém, continua presente. Então, não se sabe qual música brasileira será homenageada pela banda de Mars.
A banda que o acompanha, The Hooligans, segue impecável e o ajuda em coreografias cheias de gingado. Para tocar com Mars, não basta ser ótimo músico, tem que saber dançar. Com toda essa atmosfera de suingue e simpatia, fica difícil não se encantar pelo charme de Bruninho.
O repertório de Mars vai do soul ao pop rasgado, passando por R&B, levadas de reggae e baladas perfeitas para pedidos de casamento, como “Marry You”.
Antes dos shows no The Town, Bruno havia vindo ao Brasil em 2017 e em 2012, quando foi atração do festival Summer Soul.
Bruno Mars no Brasil
São Paulo: 4, 5, 8, 9, 12 e 13 de outubro – Estádio Morumbi
Rio: 16, 19 e 20 de outubro – Estádio Nilton Santos
Brasília: 26 e 27 de outubro – Arena Mané Garrincha
Curitiba: 31 de outubro e 1º de novembro – Estádio Couto Pereira
Belo Horizonte: 5 de novembro – Estádio Mineirão

Continue Reading

Festas e Rodeios

Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

Published

on

By

Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

Continue Reading

Festas e Rodeios

DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

Published

on

By

A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
Divulgação

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.