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Pedro Paulo Rangel foi figura marcante em produções históricas da TV e do teatro brasileiro

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Ele se apaixonou pelo teatro ainda criança, ficou amigo de Marco Nanini na juventude, estreou na peça “Roda Viva” e se consagrou em novelas como “Gabriela”, “Saramandaia” e “Vale Tudo”. Ator Pedro Paulo Rangel morre aos 74 anos no Rio
Morto nesta quarta-feira (21), aos 74 anos, o ator Pedro Paulo Rangel foi figura marcante em produções históricas do teatro e da TV do Brasil, como nas novelas “Gabriela”, “Saramandaia” e “Vale Tudo”, no humorístico “TV Pirata” e na peça “Roda Viva” — sua estreia nos palcos. Nesta reportagem, veja os principais destaques de seus mais de 50 anos de carreira.
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Ele estava internado desde 30 de novembro no CTI da Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio, para tratar uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Nascido no Rio de Janeiro em 29 de junho de 1948, Pedro Paulo cresceu no Rio Comprido, na Zona Norte da cidade.
O primeiro contato com o teatro, aos 11 anos, aconteceu de maneira curiosa: ele se interessou pela arte por influência de um vizinho, que era ator amador.
Foi aí que decidiu seguir a mesma carreira e escreveu até uma peça, ainda na infância: “Quando os Pais Entram de Férias”.  
Mais tarde, no grupo de teatro da Igreja de Santa Terezinha, conheceu o consagrado ator Marco Nanini, com quem estudaria no Conservatório Nacional de Teatro, atual Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
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A estreia de Pedro Paulo no teatro profissional foi em 1968, na corajosa montagem que desafiou a ditadura militar: a peça “Roda Viva”, de Chico Buarque, com direção de José Celso Martinez Corrêa.  Ali, começou sua relação com o inovador grupo Oficina.
Entre 1968 e 1972, morou em São Paulo e se envolveu com uma geração inovadora do teatro. Participou da peça “Galileo Galilei”, com o Oficina, e também atuou em “Romeu e Julieta”, dirigida por Jô Soares – quem, anos depois, seria decisivo para a sua incursão no humor televisivo.
Pedro Paulo estreou na TV em 1969, na Rede Tupi.
Em 1972, quando atuava na peça “Castro Alves Pede Passagem”, de Gianfrancesco Guarnieri, foi visto pelo diretor Moacyr Deriquém, que o convidou para trabalhar na TV Globo. Seu primeiro trabalho na emissora foi na novela “Bicho do Mato”.
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FOTOS DA CARREIRA
VÍDEOS DE MOMENTOS MARCANTES
Primeiro nu masculino na TV
O primeiro personagem de sucesso de Pedro Paulo na televisão foi Juca Viana, em “Gabriela” (1975).
Na novela, ele protagonizou a primeira cena de nu masculino da TV brasileira: seu personagem foi flagrado na cama com Chiquinha (Cidinha Millan) e jogado na rua.
Destaque no humor 
Pedro Paulo Rangel em cena de ‘Saramandaia’ (1976) aos 28 anos
Acervo Grupo Globo
Após várias peças de teatro e alguns filmes durante a década de 70 e o início dos anos 80, como “Prova de fogo” (1980) e “Menino do Rio” (1982), Pedro Paulo voltou a trabalhar na TV Globo. 
Convidado por Jô Soares, o ator participou de esquetes no programa humorístico “Viva o Gordo” (1982). Ele se deu bem no humor da TV e foi convidado para integrar o elenco da segunda temporada de “TV Pirata” (1988). 
Pedro Paulo Rangel em cena de ‘TV Pirata’
Acervo Grupo Globo
Em 1992, um novo papel marcou a carreira de Pedro Paulo Rangel, o homossexual Adamastor, de “Pedra sobre Pedra”.
Em seguida, ele participou das novelas “O Mapa da Mina” (1993) e “A Indomada” (1997), além da minissérie “Engraçadinha”.
O ator Pedro Paulo Rangel na novela ‘Pedra sobre Pedra’, da TV Globo
Acervo Globo
Em paralelo, o ator fazia trabalhos premiados no teatro: ganhou o Prêmio Moliére de Melhor Ator por “A Aurora da Minha Vida”, em 1982; por “Machado em Cena – Um Sarau Carioca”, em 1989; e em 1994, pelo monólogo “O Sermão da Quarta-Feira de Cinzas”.
Entre outras obras de Pedro Paulo, estão as novelas:
“Saramandaia” (1976),
“Vale Tudo” (1988),
“Pedra Sobre Pedra” (1992),
“A Indomada” (1997),
“O Cravo e a Rosa” (2000-2001)
e “Belíssima” (2005-2006),
além de seriados e minisséries, como “A Muralha” (2000), “Você Decide” (1992-2000), “A Diarista” (2004-2007), “Os Aspones” (2004) e “Sob Nova Direção” (2004-2007). 
Pedro Paulo Rangel e Suely Franco em cena de ‘O Cravo e a Rosa’
Acervo Grupo Globo
Pedro Paulo Rangel em cena de ‘A Indomada’
Acervo Grupo Globo
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