Advogado assumiu na terça-feira (3) o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ele contou em seu Twitter que foi guitarrista da banda Delito e fazia versão de rap metal de Racionais. Silvio Almeida
Divulgação
O advogado Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania nesta terça-feira (3). Em seu primeiro discurso, ele citou, entre outros grupos, negros, pessoas LGBTQIA+ e indígenas e disse que esses cidadãos “existem” e “são valiosos” para o governo. “Quero ser ministro de um país que ponha a vida e a dignidade humana em primeiro lugar”, afirmou.
Além de professor, filósofo e advogado, uma troca de tuítes antigos revelou seu passado roqueiro, ou melhor, metaleiro. Nas publicações de 2020, ele conta que foi professor de música, fazia cover de rap metal, de Racionais, é fã de Suicidal Tendencies e guitarrista da banda Delito.
O ministro disse que fazia cover da música “O homem na estrada”, dos Racionais.
Foi guitarrista da banda Delito.
Ouvia Body Count, banda que faz a fusão do rap com metal e apresenta letras de protestos contra a violência policial.
Ouvia também a banda de punk rock Suicidal Tendencies, de Mike Muir, conhecida por trazer temas sociais.
Entrou na playlist de Almeida o grupo de funk metal Infectious Groove, também de Mike Muir
Fazia cover de Rage Against the Machine, banda ativista de rap metal e heavy metal, que aborda temas como racismo e violência policial
‘Vocês existem e são valiosos para nós’: veja trecho do discurso de Silvio Almeida
Rap Metal
Em uma postagem de junho de 2020, Mano Brown, do Racionais MC’s, perguntou aos seguidores qual era a primeira do grupo que eles tinham ouvido. Almeida, na época, respondeu que foi a faixa “O homem na estrada”.
“Ouvia, fazia cover na banda de ‘Rap Metal’ que eu tive e ouço até hoje”, completou a postagem. Um outro seguidor deu continuidade ao assunto e questionou o agora ministro se ele ouvia Body Count, do rapper Ice-T.
Silvio Almeida, agora ministro, em troca de tuítes sobre música
Reprodução/Twitter
Ice-T é um influente rapper da cena do hip-hop dos anos 80, e que, na década seguinte, surgiu com Body Count, uma banda que fazia a fusão do rap com o heavy metal.
O grupo apresentava faixas em que abordava temas como a brutalidade policial. Um dos primeiros e maiores hits do álbum de estreia é a música “Cop Killer”, de 1992. A banda promete um novo álbum para este ano.
Banda Body Count
Reprodução/Instagram
Na sua resposta, Almeida contou que tocou muito Body Count e ainda acrescentou outras bandas da sua playlist, como a banda de punk rock Suicidal Tendencies e de funk metal Infectious Groove.
Suicidal Tendencies foi uma das mais respeitadas bandas de hardcore e punk rock dos anos 1980. Liderada por Mike Muir, a banda trazia temas sociais, como o racismo, mas também sobre angústia e violência.
Robert Trujillo e Mike Muir, do Suicidal Tendencies
Reprodução/Instagram
Foram membros da banda artistas como Robert Trujillo, Dean Pleasants e Adam Siegel, que estiveram em outro projeto de Muir, a banda de funk metal Infectious Groove, também citada por Almeida.
Ministro guitarrista
Em outra postagem, o ministro também contou aos seguidores que foi guitarrista da banda Delito, e que tocava com o baixista Tuca, do grupo Velhas Virgens. Ele foi substituído na banda por Caio, ex-Velhas Virgens.
Tuíte de Silvio Almeida sobre a sua participação na banda Delito
Reprodução/Instagram
Além de composições próprias, ele diz que fazia covers de Racionais e do Rage Against the Machine.
A banda Rage Against the Machine se apresenta no festival SWU, em outubro de 2010
Flavio Moraes/ G1
A banda brasileira Velhas Virgens iniciou a carreira em 1986 e ficou mais conhecida pelas letras irreverentes sobre sexo e bebidas. Por sua vez, Rage Against the Machine é conhecida por seu ativismo, e aborda, entre outros temas, críticas à política, racismo e violência policial.
Aulas de música
Ainda na conversa com os seguidores, o ministro, na época, contou que foi professor de música, antes de ser advogado e professor de direito.
Mensagem de Silvio Almeida sobre ter sido professor de música
Reprodução/Twitter
Outras influências
A MPB também aparece entre as influências musicais do ministro Silvio Almeida. No ano passado, ele postou um vídeo em que toca violão e brinca com o cantor Djavan. “Quero dizer ao meu mestre @djavanoficial que estou me preparando para acompanhá-lo na próxima turnê”, diz na legenda.
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