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Festas e Rodeios

Veja momentos desde a posse em que governo Lula deu recados sobre diversidade

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Subida de Lula na rampa do Planalto com representantes do povo, adoção da ‘linguagem neutra’ em algumas cerimônias e primeira secretária travesti estão entre os exemplos. O governo Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse no último domingo (1º) e, desde então, foram passados diversos recados à população sobre a diversidade na população brasileira.
Entre esses recados, estão:
o momento em que Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto com representantes do povo;
a adoção da chamada linguagem neutra em algumas cerimônias;
o anúncio de que Symmy Larrat, travesti, será secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+.
O Brasil é um dos países signatários da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948, e que estabelece no Artigo 1º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”
Além disso, a Constituição Federal de 1988 estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
O Brasil também é signatário do Pacto de São José da Costa Rica, que estabelece: “Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade.”
Atualmente, porém, vários indicadores mostram as diferenças de tratamento às quais setores da sociedade são submetidos. Por exemplo:
as mulheres recebem em média 20% menos que os homens se comparados trabalhadores com mesmo perfil de escolaridade, mesma idade e mesma categoria de ocupação;
trabalhadores pretos ganham em média 40,2% menos que os brancos;
somente 28% das pessoas com deficiência e em idade de trabalhar estão inseridas no mercado de trabalho;
empresas têm restrições para contratar LGBTQIA+.
Veja abaixo alguns dos recados dados pelo governo Lula sobre diversidade:
Subida da rampa e entrega da faixa
Tradicionalmente, o presidente da República sobe a rampa do Palácio do Planalto acompanhado da primeira-dama, do vice-presidente e da esposa do vice. Neste ano, Lula subiu a rampa com Janja, Geraldo Alckmin e Lu Alckmin, mas também com representantes do povo, como uma criança negra, um indígena, uma pessoa com deficiência e uma catadora.
Além disso, coube a esse grupo, representando os mais diversos setores da sociedade, entregar a faixa presidencial a Lula. O ex-presidente Jair Bolsonaro viajou para Orlando (EUA) e não passou a faixa a Lula.
Lula sobe a rampa com representantes do povo
Linguagem neutra em algumas cerimônias
Após tomarem posse no último domingo (1º), os ministros do novo governo fizeram cerimônias em cada pasta para marcar a troca de comando.
Em várias dessas cerimônias, foi usada a chamada linguagem neutra.
“Convidamos a todos, a todas e todes a se colocar em posição de respeito para execução do Hino Nacional”, afirmou a cerimonialista no evento que marcou o início oficial da gestão de Silvio Almeida como novo ministro dos Direitos Humanos.
Situações semelhantes se repetiram, por exemplo, nas cerimônias de Margareth Menezes (Cultura), Simone Tebet (Planejamento), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marina Silva (Meio Ambiente) e Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União).
Saiba o que é linguagem neutra, que usa, por exemplo, ‘todxs’ e ‘amigues’
Veja no vídeo abaixo:
Algumas cerimônias de posse dos novos ministros foram utilizadas expressões neutras
Travesti em secretaria nacional e indígena na Funai
O Ministério dos Direitos Humanos anunciou Symmy Larrat como secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+.
Ex-coordenadora do programa Transcidadania, em São Paulo, Symmy se identifica como travesti e é a primeira a assumir uma secretaria nacional.
Além disso, pela primeira vez a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) vai ser comandada por uma indígena: a advogada e deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR).
Funai tem uma nova presidência
Ministras e suas esposas
Outro exemplo de recado à diversidade aconteceu nas cerimônias das ministras Ana Moser (Esporte) e Esther Dweck (Gestão).
Nos dois casos, foram mencionadas as presenças das companheiras das ministras – algo que não havia acontecido antes.
“Ana Beatriz Moser é medalhista olímpica tem 54 anos, é casada com a senhora Adriana Saldanha, tem dois filhos: Pedro e Stephanie”, afirmou, por exemplo, a cerimonialista no ato da nova ministra do Esporte.
“Queria agradecer à minha família. […] Às duas pessoas mais importantes, que vão ter que me apoiar ainda mais nessa jornada. Minha companheira Marília, que além de tudo é uma grande parceira acadêmica. Com certeza, nossos diálogos e companheirismo serão fundamentais para enfrentar os novos desafios. A nossa filha, Helena, que já começou a sentir a minha ausência durante a transição e que, espero, um dia vai entender o momento histórico que exigiu um pouco da minha ausência nesses anos iniciais”, disse Esther Dweck ao tomar posse, encerrando com a voz embargada.
Veja as menções no vídeo abaixo:
Ministras tiveram o nome de suas companheiras citadas durante cerimônias de posse
Criação de ministérios na área de direitos humanos
No governo Jair Bolsonaro, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos concentrava a atuação federal na área.
No governo Lula, a estrutura ficou diferente, dividida entre os seguintes ministérios: Direitos Humanos e Cidadania; Mulheres; Igualdade Racial. Lula também criou o Ministério dos Povos Indígenas.
Silvio Almeida toma posse como ministro dos Direitos Humanos
Recriação do Departamento de IST/AIDS no Ministério da Saúde
Em 2019, o governo Jair Bolsonaro transformou o Departamento de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites Virais no Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Com isso, o departamento começou a cuidar também de doenças como hanseníase e tuberculose, não relacionadas à transmissão sexual. A Coordenação-Geral de Vigilância do HIV/Aids e das Hepatites Virais passou a ser a única instância dedicada exclusivamente ao tema.
Nesta semana, a nova ministra da Saúde do governo Lula, Nísia Trindade, mudou o nome para “Departamento de Vigilância de IST/AIDS e Hepatites Virais” – resgatando a estrutura que havia antes do governo Bolsonaro.

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Bruno Mars comeu coxinha e dançou com cachaça na mão durante visita a bar em São Paulo

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Cantor esteve no De Primeira, na noite desta quinta-feira (3). Equipe de artista visitou o local um dia antes. Bruno Mars grava v[ideo durante passagem pelo Brasil
Reprodução/YouTube
Bruno Mars já está aproveitando sua estada no Brasil. O cantor, que fará 14 apresentações pelo país, começa sua sequência de shows por São Paulo. (Veja agenda completa no final da matéria). E, na noite desta quinta-feira (3), curtiu a noite da capital paulista.
Bruninho esteve com membros de sua equipe no bar De Primeira, na Vila Madalena.
Em conversa com o g1, Gabriel Coelho, chef e proprietário do bar, explicou que os seguranças do cantor foram ao local um dia antes para conhecer o ambiente.
“Ontem, eles chegaram, seguranças e alguns produtores, e perguntaram se a gente podia fechar a janela, porque ia chegar uma pessoa famosa. Até então, a gente não sabia de nada. Depois de um tempinho eles falaram que era o Bruno”, explicou Gabriel.
Bruno Mars no bar De Primeira, em São Paulo
Reprodução/Instagram
Bruno ficou em uma mesa reservada para dez pessoas no canto do bar.
Por lá, comeu coxinha, pastel, torresminho, bolinho de carne, ostra, bolinho de mandioca, e ainda foi presentado pelos donos com uma garrafa de cachaça.
Bruno Mars dança com cachaça na mão durante visita a bar em São Paulo
“Na hora de ir embora, foi dançando com a cachaça, agradeceu todo mundo, foi supersimpático”, contou o chef.
Sobre as preferências gastronômicas de Bruno, Gabriel contou que o artista “gostou muito da coxinha que vem com um creme de milho por baixo para ir chuchando nele. E gostou demais também do sanduíche de frango frito”.
Bruno Mars conta ao Fantástico apelido que ganhou no Brasil e próximos shows no país
Bruno Mars no Brasil
São Paulo: 4, 5, 8, 9, 12 e 13 de outubro – Estádio Morumbi
Rio: 16, 19 e 20 de outubro – Estádio Nilton Santos
Brasília: 26 e 27 de outubro – Arena Mané Garrincha
Curitiba: 31 de outubro e 1º de novembro – Estádio Couto Pereira
Belo Horizonte: 5 de novembro – Estádio Mineirão

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Roberta Sá sinaliza salutar fidelidade ao samba ao aprontar álbum com músicas inéditas para apresentar em 2025

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♫ COMENTÁRIO
♩ Roberta Sá apronta álbum com músicas inéditas, o primeiro desde Giro (2019), disco lançado há cinco anos com repertório inteiramente composto por Gilberto Gil para a cantora. Será um álbum de sambas, o que nem configura novidade na trajetória fonográfica da artista.
Com exceção de Segunda pele (2012), disco em que Roberta se desviaria totalmente da cadência bonita do gênero se não tivesse gravado um samba recebido de João Cavalcanti (O nego e eu) quando o álbum já estava alinhavado, a discografia da cantora é pautada pelo ritmo.
Foi na batida do samba que Roberta Sá se firmou como nome sobressalente na geração de cantoras brasileiras do século XXI com álbuns como Braseiro (2005) e Que belo estranho dia pra se ter alegria (2007). Essa discografia alcançou pico de beleza e sofisticação com o álbum Quando o canto é reza – Canções de Roque Ferreira (2010), gravado por Roberta com o Trio Madeira Brasil.
De lá para cá, Roberta Sá lançou bons discos – como o já mencionado e exuberante Segunda pele e o posterior e menos coeso Delírio (2015) – sem repetir o impacto desta trilogia fonográfica inicial.
Resta torcer para que o próximo álbum de Roberta Sá – previsto para 2025, 20 anos após a edição do disco Braseiro – venha na vibe dos primeiros trabalhos dessa cantora que sabe cair no samba com leveza. A fidelidade da artista ao samba é bom sinal

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Por que a cultura do estupro é tão comum na indústria musical e o que Sean Diddy tem a ver com isso

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Com mais de 200 páginas, documento reúne dezenas de casos de magnatas da música americana acusados de cometer crimes sexuais e de assumir posturas controversas. Sean ‘Diddy’ Combs
Chris Pizzello/Invision/AP
O caso Diddy ainda parece distante de uma conclusão, mas, sem dúvidas, já é um marco na indústria da música. Há, inclusive, expectativas de que se torne o próximo MeToo, movimento que chacoalhou Hollywood em 2017 com uma onda de denúncias de crimes sexuais.
Preso em 16 de setembro, Dsddy se diz inocente e aguarda julgamento. Mas ele não foi o único músico a entrar na mira da Justiça nessas últimas semanas. Quem também foi processado é o astro country Garth Brooks, acusado de estupro, o que é negado por ele.
Dominado por homens, o setor musical tem uma extensa lista de denúncias e condenações por assédio e abuso. Isso é tão frequente que há uma naturalização do problema, o que acaba levando à chamada cultura do estupro.
“Por décadas, a indústria da música tem tolerado, perpetuado e, muitas vezes, comercializado uma cultura de abuso sexual contra mulheres e meninas menores de idade. Milhares de artistas, executivos e acionistas lucraram bilhões de dólares, enquanto se envolviam e/ou encobriam comportamentos sexuais criminosos”, diz o texto introdutório do relatório “Sound Off: Make the Music Industry Safe” (ou “Som desligado: Torne a Indústria da Música segura”, em português), publicado em fevereiro deste ano.
Com mais de 200 páginas, o documento reúne dezenas de casos de magnatas da música americana acusados de cometer crimes sexuais e de assumir posturas controversas. São histórias que vão dos anos 1950 a 2024.
A constante negligência de denúncias, investigações e até sentenças judiciais estimula crimes sexuais no mercado musical. É o que aponta o relatório, elaborado por uma coalizão entre os grupos feministas Lift Our Voices, Female Composer Safety League e Punk Rock Therapist.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Sexo, drogas e rock n’ roll
“Para desenvolver uma marca estética de alguns artistas, a indústria usa essa cultura a seu favor”, diz Nomi Abadi, pianista e fundadora da Female Composer Safety League, rede de suporte a compositoras vítimas de abuso sexual e assédio. Ela conversou com o g1 por videochamada. “É por isso que tem tanto músico acusado impune.”
Ela cita o famoso lema “sexo, drogas e rock n’ roll”. Para a artista, a ideia é menos sobre um espírito roqueiro e mais sobre uma dinâmica de poder que está presente em todos os gêneros musicais. É uma forma de relativizar histórias de mulheres que alegam terem sido drogadas e violadas sexualmente em festas com músicos, executivos, produtores e outros profissionais do setor.
De fato, não é raro encontrar esse tipo de queixa no meio musical. O próprio Diddy é acusado de drogar e estuprar mulheres durante seus festões luxuosos, chamados de “white parties” e “freak-off”. Inclusive, há relatos de que ele teria coagido algumas convidadas a usar fluidos intravenosos para recuperação física após submetê-las a longas e violentas performances eróticas.
O músico nega todas as acusações que levaram à sua prisão. Quanto ao caráter libertino de suas festas, ele sempre gostou de fazer menções, se gabando dos eventos.
Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
“Todos nós já sabíamos. Por muito tempo, ouvimos histórias sobre essas festas”, afirma Nomi. “Eu conheci uma vítima de P. Diddy. Minha amiga esteve em uma dessas festas… Ninguém a escutou. Ninguém se importou com ela.”
Os eventos, que rolavam desde os anos 2000, eram privados — a lista de convidados do rapper reunia atores, músicos, empresários e políticos. Jay-Z, Will Smith, Diana Ross, Leonardo DiCaprio, Owen Wilson, Vera Wang, Bruce Willis e Justin Bieber são algumas das celebridades que compareceram aos encontros.
“O que tinha nessas festas era coisa muito ruim. E mesmo envolvendo tantas pessoas, continuava acontecendo”, continua Nomi. É mais ou menos o que também afirmou a cantora Cassie, ex-namorada de Diddy, em 2023, quando ela abriu um processo contra ele, alegando ter sido estuprada e violentada por mais de uma década. Na ação, que já foi encerrada (sem os detalhes divulgados), a artista afirmou que os supostos crimes do rapper eram testemunhados por muita gente “tremendamente leal” que nunca fazia nada para impedi-lo.
Sean ‘Diddy’ Combs
Richard Shotwell/Invision/AP
Desde que fundou a Female Composer Safety League, Nomi tem tido contato com várias denúncias de agressão sexual no setor da música. “Uma coisa que me surpreendeu quando comecei a frequentar esse meio [de dar suporte a vítimas] é que cada sobrevivente tem sua própria versão da mesma história. As circunstâncias são diferentes. O que aconteceu com cada pessoa é único. Mas todas elas querem ser validadas, compreendidas e terem seus empregos mantidos”, afirma ela. “São os mesmos medos e os mesmos desejos.”
Anos atrás, a artista moveu processos contra Danny Elfman, compositor de trilhas de blockbusters como “Batman” e “Beetlejuice”. Nas ações, ela alegou ter sido vítima de crimes sexuais. Ele nega. Os dois entraram em um acordo com termos não divulgados.
A cultura externa
Também em entrevista ao g1, a pesquisadora de rap Nerie Bento analisa que, na indústria, a cultura do estupro é atrelada à desigualdade de gênero do mercado, além da própria influência de quem está de fora.
“É uma cultura que permeia toda a sociedade, então, obviamente vai estar aqui também”, diz ela. “E a própria música em si… A gente tem muita música misógina que contribui com isso.”
Neire menciona, então, a erotização de corpos femininos em videoclipes de cantores famosos como o próprio Sean Diddy, o que, segundo ela, também endossa a cultura do estupro, ao objetificar a figura da mulher.
O apelo às gravadoras
O relatório “Sound Off” também faz menções à erotização feminina no setor. Além disso, critica as três maiores empresas do mercado fonográfico (Warner Music, Universal Music e Sony Music), propondo que adotem as seguintes demandas:
O fim de NDAs (Non-disclosure agreements, na sigla em inglês), ou seja, acordos de confidencialidade — prática frequente para o encerramento desse tipo de processo no meio musical;
Uma lista pública dos músicos, executivos, gerentes, produtores e outros profissionais acusados de má conduta sexual;
Adoção de protocolos institucionalizados que estimulem a denúncia, não o silêncio;
Investigações conduzidas por partes externas
A defesa de leis que derrubem a prescrição em crimes sexuais
Demandas que surgem porque, segundo a coalizão do relatório, essas gravadoras “ignoraram acusações, silenciaram vítimas e até permitiram o abuso” por décadas.
O g1 entrou em contato com as assessorias da Warner, Universal e Sony, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

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