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Festas e Rodeios

As obras de arte vandalizadas nas invasões em Brasília

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Um rico acervo guardado nesses edifícios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto sofreu diversos tipos de danos. Quadro ‘As mulatas’, de Di Cavalcanti, no Palácio do Planalto
Rogério Melo/Presidência da República
A invasão e depredação de prédios dos três poderes em Brasília no domingo (8/1) causou diversos prejuízos a obras de arte localizadas nos prédios atacados pelos bolsonaristas.
Um rico acervo guardado nesses edifícios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto sofreu diversos tipos de danos.
Os responsáveis pelos prédios lamentaram a perda de parte importante desse acervo, que é apontado por eles como um capítulo importante da história nacional.
FOTOS: A invasão ao Congresso, STF e Planalto em Brasília
ANTES E DEPOIS: Veja obras de arte danificadas durante atos terroristas
Os estragos são avaliados pelas autoridades e ainda não se sabe o que poderá ser reparado futuramente.
“O valor do que foi destruído é incalculável pela história que representa. O acervo é uma representação de todos os presidentes que representaram o povo brasileiro nesse longo período que se inicia com JK. Esse é o seu valor histórico”, disse à BBC o diretor de curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho.
Abaixo, veja uma lista com algumas dessas obras que foram danificadas no domingo:
Tela de Di Cavalcanti
Quadro de Di Cavalcanti foi rasgado
g1
O quadro é a principal peça do Salão Nobre do Planalto e tem um valor estimado em R$ 8 milhões, embora seu valor de venda possa ser cinco vezes maior em leilões, de acordo com o governo.
A obra de 1962 é uma das mais importantes já produzidas pelo pintor carioca Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo (1897-1976).
O Planalto informou que foram encontrados sete rasgos de diferentes tamanhos.
Elizabeth Di Cavalcanti, filha do artista, esclareceu ao jornal O Globo que, embora a tela esteja sendo chamada na imprensa e nas redes sociais de As Mulatas, ela não tinha nome, porque seu pai não batizava suas obras.
‘Fiquei estarrecida’, diz filha de Di Cavalcanti sobre obra do pai atacada no Planalto
“Esse quadro também já apareceu muito na mídia com o nome ‘Mulheres na varanda’. Mas ele não intitulava as obras, quem fazia isso eram colecionadores e agentes do mercado secundário”, disse ela ao jornal.
Ainda segundo Elizabeth, a obra provavelmente foi feita por encomenda da companhia de navegação estatal Lloyd Brasileiro, hoje extinta, para decorar o salão nobre de um dos seus navios turísticos.
“Depois que a Lloyd acabou, essa obra foi parar na sede do governo brasileiro”, disse a filha do pintor.
‘O Flautista’, de Bruno Giorgi
Escultura “O Flautista”, de Bruno Jorge, antes de ser danificada por bolsonaristas radicais
Beto Barata/Presidência da República
A escultura de bronze do artista paulista Bruno Giorgi (1905-1993) foi “completamente destruída”, informou o governo.
A peça, avaliada em R$ 250 mil, ficava no 3º andar do Planalto, onde está localizado o gabinete presidencial.
Giorgi é o autor de outras obras muito conhecidas instaladas em palácios públicos em Brasília, como Meteoro, no Itamaraty, e Os Candangos, na Praça dos Três Poderes.
‘Bandeira do Brasil’, de Jorge Eduardo
Obra Bandeira do Brasil, que ficava no térreo do Palácio do Planalto, foi danificada
Guilherme Mazui/g1
A pintura de 1995 reproduz a bandeira nacional hasteada diante do Planalto.
O governo federal informou que ela foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o local após os hidrantes instalados ali serem abertos.
A obra vandalizada está entre as registradas nas fotos feitas por Ricardo Stuckert e compartilhadas pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), em sua conta no Twitter.
‘Galhos e Sombras’, de Frans Krajcberg
A escultura em madeira ficava instalada na parede do terceiro andar do Planalto.
A obra foi quebrada em diversos pontos, informou o governo, e pedaços dos galhos que a compunham foram atirados para longe.
O valor da peça é estimado em R$ 300 mil, disse o Planalto.
Relógio de Balthazar Martinot
Relógio Balthazar Martinot, 1808
Reprodução
Com um valor “fora de padrão”, segundo o Planalto, o relógio de pêndulo do século 17 foi totalmente destruído pelos invasores.
A peça foi dada de presente pela Corte francesa a Dom João 6º. Seu criador, Balthazar Martinot (1636-1714), era o relojoeiro do rei francês Luís 14.
Segundo o Planalto, restam apenas dois relógios feitos por ele no mundo. O segundo está no Palácio de Versalhes, mas tem metade do tamanho do exemplar que foi destruído.
‘A Justiça’, de Alfredo Ceschiatti
‘A Justiça’, de Alfredo Ceschiatti, foi pichada
Reprodução/Twitter
A escultura de 1961 que fica diante do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi pichada com a frase “Perdeu, mané”.
As palavras foram ditas por um dos ministros da Corte, Luís Roberto Barroso, ao ser questionado por apoiadores de Bolsonaro sobre fraudes na última eleição em viagem a Nova York, nos Estados Unidos em novembro passado.
A peça em granito de mais de três metros de altura do artista plástico mineiro Alfredo Ceschiatti (1918-1989) retrata uma Têmis, deusa da justiça, da lei e da ordem, com os olhos vendados, segurando uma espada no colo.
De acordo com o STF, uma perícia técnica está sendo realizada para verificar os danos causados no interior do edifício.
“Depois da perícia, o STF vai iniciar o trabalho de catalogar os estragos e quantificar os prejuízos. Também não há previsão para a conclusão deste trabalho”, informou a Corte.
Muro Escultórico, de Athos Bulcão
O ‘Muro Escultórico’ foi a segunda peça de Athos Bulcão alvo de depredação
Elisa Clavery/g1
A obra “Muro escultório”, do artista plástico e professor Athos Bulcão, passou a fazer parte da decoração do Salão Verde da Câmara dos Deputados na década de 70, após ampliação do Edifício Principal, que teve o projeto de decoração elaborado por Oscar Niemeyer.
O muro escultórico, de Athos Bulcão, que era colaborador de Niemeyer, foi criado especificamente para o local, segundo texto compartilhado na página da Câmara dos Deputados.
Durante o vandalismo de domingo, a obra foi perfurada na base, segundo a assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados.
Bailarina, de Victor Brecheret
‘Bailarina’, obra do escultor italiano Victor Brecheret, foi descolada da base
Acervo Câmara dos Deputados
A escultura em bronze polido, dos anos 1920, que retrata uma bailarina também foi alvo de ataques neste domingo na Câmara dos Deputados.
A obra “Bailarina”, do escultor italiano Victor Brecheret representava a fase parisiense dele, na qual prevalece a delicadeza das formas e a sutileza com que tratava os temas femininos, diz texto compartilhado no site da Câmara dos Deputados.
Os invasores radicais retiraram a bailarina do pedestal, segundo a assessoria de imprensa da Câmara.
Escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling
Escultura “Maria Maria”, da pintora e professora Sônia Ebling, foi depredada com pauladas
Acervo Câmara dos Deputados
A escultura em bronze Maria, Maria, da artista Sônia Ebling também foi alvo dos ataques.
A obra de 1980 está localizada na Câmara dos Deputados e foi marcada com pauladas durante a invasão de domingo.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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g1 Ouviu #293 – Dinho Ouro Preto: o passado, o presente e o futuro do rock nacional

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Em entrevista ao g1 Ouviu, o vocalista do Capital Inicial falou sobre o cenário roqueiro brasileiro, sobre a participação no Rock in Rio e sobre o passado em Brasília. Vocalista do Capital Inicial, uma das mais longevas bandas do rock nacional, Dinho Ouro Preto foi o entrevistado deste episódio do g1 Ouviu. Na conversa, ele falou sobre o show Pra sempre Rock, no Rock in Rio, falou sobre a entrada do sertanejo e outros estilos no festival e ainda contou histórias sobre o início da banda, a amizade com Renato Russo, sobre memes e redes sociais e sobre o cenário atual do rock nacional.
“Meu instinto é dizer que eles [os sertanejos] têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, diz.
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, antes de entrevista ao vivo no programa ‘g1 Ouviu’, no estúdio do g1 em São Paulo
Fábio Tito/g1
Você pode ouvir o g1 Ouviu no g1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o g1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar.

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Emiliano Queiroz morre no Rio; veja FOTOS da carreira do ator

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Artista de 88 anos participou de mais de 40 novelas na Globo, além de seriados e minisséries. O ator Emiliano Queiroz morreu nesta sexta-feira (4) aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Com atuação em mais de 40 novelas, tem entre seus papéis de mais destaque o Dirceu Borboleta de “O Bem-Amado” (1973).
Emiliano Queiroz como Dirceu Borboleta em ‘O Bem-Amado’
TV GLOBO / Nelson Di Rago
Emiliano Queiroz como Dirceu Borboleta em ‘O Bem-Amado’
TV GLOBO / CEDOC
Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emiliano Queiroz ao lado de Lima Duarte em Pecado Capital
Acervo Grupo Globo
Emiliano Queiroz como Padre Romeu, em Além da Ilusão
Acervo Grupo Globo
Emiliano Queiroz como Dirceu Borboleta na Escolinha do Professor Raimundo
Acervo Grupo Globo
Emiliano Queiroz como o Padre Dirceu de ‘Além da Ilusão’
Globo/João Cotta
Emiliano Queiroz como o Dirceu Borboleta na ‘Escolinha do Professor Raimundo”‘
TV GLOBO / CEDOC
Emiliano Queiroz viveu o Seu Rivaldo em ‘Sob Pressão’
Globo/Mauricio Fidalgo
‘Conversa com Bial’ recebeu Emiliano Queiroz e celebrou os 70 anos de carreira do ator
Globo/Divulgação
‘O Bem-Amado’: Ida Gomes, Dirce Migliaccio, Dorinha Duval e Emiliano Queiroz
Divulgação//Globo
Espetáculo ‘Na Sobremesa da Vida’ é gênero literário inspirado na biografia do ator Emiliano Queiroz.
Guga Melgar/Divulgação
Fernanda Souza, Emilio Orciollo Netto e Emiliano Queiroz em “Alma Gêmea”
João Miguel Júnior/TV Globo

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