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Morre Jeff Beck: quais os riscos e como se proteger da meningite bacteriana

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Inflamação dos tecidos que recobrem o cérebro e a medula espinhal é grave — entre 20 e 30% dos acometidos morrem. Mas existem formas de prevenir, diagnosticar e tratar a condição. Jeff Beck foi um dos guitarristas mais influentes de todos os tempos
GETTY IMAGES via BBC
Jeff Beck, considerado um dos guitarristas mais influentes de todos os tempos, morreu aos 78 anos.
A família do músico compartilhou a notícia nas redes sociais. “Depois de contrair uma meningite bacteriana, ele faleceu pacificamente ontem (10/1). Pedimos privacidade enquanto processamos essa tremenda perda”, conclui a nota.
Meningite: o que é, como ocorre a transmissão e o que fazer para se proteger
Beck substituiu o também guitarrista Eric Clapton na banda The Yardbirds e, anos mais tarde, formou um novo grupo em parceria com o cantor Rod Stewart.
Segundo a BBC News, “o timbre, a presença e, principalmente, o volume de Beck redefiniram o uso da guitarra na música dos anos 1960 e influenciaram movimentos como o heavy metal, o jazz-rock e até o punk”.
Mas o que é a meningite bacteriana, causa da morte do guitarrista? Conheça a seguir as causas, as formas de transmissão, os grupos de risco, os métodos de diagnóstico, o tratamento e a prevenção dessa doença.
O que é a meningite bacteriana?
Em resumo, a meningite é um processo inflamatório que afeta as meninges, membranas que revestem e protegem o cérebro e a medula espinhal.
Essa inflamação pode ser causada por vários agentes. Os mais comuns são os vírus e as bactérias.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que, apesar de ser mais comum, a meningite viral é menos agressiva e a grande maioria dos pacientes se recupera.
Já a meningite bacteriana — que, como o próprio nome indica, é causada por bactérias — costuma ser mais grave.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) estima que entre 20 e 30% dos pacientes diagnosticados com a versão bacteriana da enfermidade morrem. “Dos sobreviventes, de 10 a 20% ficam com alguma sequela, como surdez, amputação de membros ou comprometimentos neurológicos”, calcula a entidade.
Diversos micro-organismos podem causar um quadro desses. Segundo o Ministério da Saúde, o agente mais comum no Brasil é o meningococo (Neisseria meningitidis), seguido pelo pneumococo (Streptococcus pneumoniae), pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) e pelo Haemophilus influenzae.
O ministério estima que, de 2007 a 2020, o país registrou 87,9 mil casos e 5,5 mil mortes por meningite bacteriana.
A meninge é um tecido que recobre e protege o cérebro e a medula espinhal
GETTY IMAGES via BBC
Quais são os sintomas e as formas de transmissão?
O Serviço de Saúde Pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) explica que a meningite é transmitida de pessoa a pessoa por meio de tosses, espirros, beijos e conversas.
Gotículas de saliva e secreções que saem pelo nariz ou pela boca trazem as bactérias, que vão parar no organismo de uma outra pessoa e dão início a uma infecção.
A SBIm acrescenta que “aproximadamente 10% da população pode ser portadora assintomática das bactérias [causadoras de meningite] e transmiti-las sem saber, principalmente adolescentes e adultos jovens”.
O Centro de Saúde Johns Hopkins, dos Estados Unidos, aponta que os principais sintomas da meningite bacteriana são:
Dor ou rigidez no pescoço e na nuca;
Dor de cabeça;
Febre alta;
Confusão mental ou sonolência excessiva;
Aparecimento de manchas roxas, parecidas a machucados, na pele;
Pele avermelhada ou irritada;
Fotofobia, ou sensibilidade à luz.
Em crianças menores, outros indícios da doença incluem:
Irritabilidade;
Vômitos e febre alta;
Choro frequente;
Inchaço da cabeça;
Falta de apetite;
Convulsões.
O centro Johns Hopkins informa que “os sintomas geralmente aparecem rapidamente, em poucas horas ou de um dia para o outro”.
Procurar um pronto-socorro rapidamente, portanto, é essencial para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento o mais rápido possível.
Quais são os grupos de risco?
A Clínica Mayo, nos Estados Unidos, lista cinco situações que aumentam o risco de ter meningite bacteriana:
Não se vacinar: o risco é maior em quem não tomou as doses de imunizantes preconizadas (falaremos mais sobre a vacinação a seguir);
Idade: crianças com menos de 5 anos são as mais vulneráveis. A doença também costuma ser frequente em adolescentes e adultos jovens, de até 20 anos;
Viver em ambiente comunitário: estudantes universitários que compartilham dormitórios, indivíduos em bases militares e crianças em creches ou internatos estão sob risco, pois a bactéria consegue ser transmitida com mais facilidade nesses ambientes;
Gestação;
Falhas no sistema imune: indivíduos com câncer, infecção por HIV, diabetes, transplantados e portadores outras condições costumam ter uma imunidade mais baixa, o que abre alas para a invasão de bactérias.
Como a meningite é diagnosticada e tratada?
O CDC explica que a detecção da meningite bacteriana depende de testes laboratoriais, feitos por meio da coleta de sangue ou do fluido da medula espinhal.
Esses exames avaliam a presença das bactérias causadoras da inflamação na meninge.
A partir daí, o médico vai prescrever os antibióticos específicos, capazes de matar aquele grupo de micro-organismos.
O NHS acrescenta que muitos pacientes também precisam de tratamento de suporte, que inclui soro na veia e oxigênio.
Dá pra prevenir a meningite bacteriana?
A vacinação é a principal forma de diminuir o risco de sofrer com essa doença.
Não existe um imunizante único capaz de lidar com todas essas bactérias, mas várias doses diferentes, indicadas em esquemas e para faixas etárias variadas, são essenciais para reduzir o risco de infecção e complicações.
Para diminuir a probabilidade de ter meningite (e outras infecções), o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atualmente as vacinas:
Meningocócica C: protege contra o sorogrupo C dos meningococos. O esquema inclui três doses: a primeira aos três meses de vida, a segunda aos cinco meses e a terceira aos 12 meses;
Meningocócica ACWY: resguarda contra os sorogrupos A, C, W e Y dos meningococos. Autoridades públicas indicam uma dose única para adolescentes de 11 ou 12 anos;
BCG: protege contra o Mycobacterium tuberculosis. Dose única, aplicada logo após o nascimento;
Pentavalente: diminui o risco de infecção pelo Haemophilus influenzae, causador de meningite, difteria, tétano, coqueluche, entre outras. Esquema vacinal de três doses, dadas aos dois, quatro e seis meses de vida do bebê;
Pneumocócica 10-valente: resguarda contra o Streptococcus pneumoniae. São três doses, dadas aos dois, quatro e doze meses de vida;
Pneumocócica 23-valente: também evita infecções pelo Streptococcus pneumoniae. Disponível para toda a população indígena com mais de 5 anos que não tomou a pneumocócica 10-valente e para indivíduos com mais de 60 anos que estão em asilos e casas de apoio;
Pneumocócica 13-valente: terceira vacina disponível para proteger contra o Streptococcus pneumoniae. Só está disponível na rede pública para alguns grupos especiais, como indivíduos com infecção pelo HIV, pacientes com câncer e transplantados.

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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g1 Ouviu #293 – Dinho Ouro Preto: o passado, o presente e o futuro do rock nacional

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Em entrevista ao g1 Ouviu, o vocalista do Capital Inicial falou sobre o cenário roqueiro brasileiro, sobre a participação no Rock in Rio e sobre o passado em Brasília. Vocalista do Capital Inicial, uma das mais longevas bandas do rock nacional, Dinho Ouro Preto foi o entrevistado deste episódio do g1 Ouviu. Na conversa, ele falou sobre o show Pra sempre Rock, no Rock in Rio, falou sobre a entrada do sertanejo e outros estilos no festival e ainda contou histórias sobre o início da banda, a amizade com Renato Russo, sobre memes e redes sociais e sobre o cenário atual do rock nacional.
“Meu instinto é dizer que eles [os sertanejos] têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, diz.
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, antes de entrevista ao vivo no programa ‘g1 Ouviu’, no estúdio do g1 em São Paulo
Fábio Tito/g1
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