Connect with us

Festas e Rodeios

MC Guimê: 10 anos antes do BBB, cantor se abriu ao g1 sobre origem pobre, parto prematuro e sexo com fãs

Published

on

Em 2013, quando MC virou ídolo da periferia com funk ostentação, g1 o seguiu em maratona de shows. Ele revelou traumas e revanches: ‘Hoje eu pego as minas que nem me olhavam só pra tumultuar’. MC Guimê faz show em Osasco no dia 1º de maio, segundo de série de 3 shows do funkeiro na noite
Divulgação/ Tico Fernandes
O cantor de funk MC Guimê foi anunciado para integrar o camarote do “BBB 23”. A lista dos participantes foi divulgada ao longo da programação da Globo nesta quinta-feira (12).
VEJA A LISTA COMPLETA DE PARTICIPANTES
No auge do sucesso no funk ostentação, MC Guimê se abriu ao g1 sobre seu nascimento prematuro, o abandono da mãe, a origem humilde e a volta por cima com a música.
Em 2013, Guimê era o grande ídolo da periferia paulista e fazia maratonas com vários shows por noite. O g1 acompanhou uma dessas maratonas. No caminho, o cantor deu sua primeira grande entrevista e contou que:
Nasceu prematuro: “Quando nasci, o médico disse que eu não andaria, seria quatro anos atrasado e teria que usar respirador. Hoje, tenho fôlego para shows seguidos.”
Foi abandonado pela mãe e criado pelo pai: “Era ele quem me dava leite quando bebê, na mamadeira.”
Chegou a fazer shows de graça: “A gente cantava nas favelas, em cima mesas improvisadas de palco. Vários lugares nem pagavam. (…) A vontade de cantar era maior que tudo.”
Após o sucesso, teve a revanche: “Tinha ‘mina’ que, quando eu não era famoso, nem olhava para a minha cara. Eu não tinha carro, moto, ia pra balada de ‘bicão’. Depois que fiquei famoso, peguei essas todas, só pra tumultuar. Levava para o hotel, ‘comia’ e nunca mais ‘dava um salve’”
Relembre o ‘rolê’ com MC Guimê há 10 anos no vídeo e no texto abaixo:
Veja a corrida de MC Guimê para cumprir 3 shows numa mesma noite
O MC cantou à 0h37 em Sumaré (SP), às 2h44 em Osasco (SP) e às 3h56 em Carapicuíba (SP). Os shows duraram pouco mais de 20 minutos, com Guimê e DJ.
A equipe tinha produtor, cinegrafista, roadie, dois seguranças e motorista, que dirigia rápido entre uma casa noturna e outra. O público variou entre 600 e 1,5 mil pessoas. As casas eram simples, com camarins pequenos ou inexistentes.
Guilherme Aparecido Dantas, então aos 20 anos, nasceu em Osasco (SP), e diz que foi abandonado pela mãe aos seis meses. O luxo descrito nas letras não corresponde à história de vida de Guimê – é, em parte, anseio do garoto humilde.
Por outro lado, o funkeiro descreveu novas cenas de sua vida que lembram os luxuosos clipes de rap americano dos quais é fã.“Já fiquei com seis ‘minas’ em seguida”, disse o cantor, que passou a frequentar festas do jogador Neymar.
‘Parecia um rato’
“Quando nasci, o médico disse que eu não andaria, seria quatro anos atrasado e teria que usar respirador. Hoje, tenho fôlego para shows seguidos”, contou o músico, sentado no fundo da van. Ele disse que veio ao mundo com seis meses de gestação.
O bebê que “parecia um rato”, nas palavras de Guimê, foi criado a partir dos seis meses só pelo pai, eletricista de origem humilde, a quem chamava de mãe.
“Era ele quem me dava leite quando bebê, na mamadeira”, justificou. A criança “birrenta” cresceu em Osasco e estudou até o terceiro ano do Ensino Médio, enquanto se tornava obstinada com o sucesso.
Com o sucesso, Guimê foi morar em um apartamento que comprou no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, e terminava de construir uma casa em Sorocaba (SP). Na garagem da família, Guimê tinha incluído um Honda New Civic, uma Volvo, um antigo Corsa e uma moto Honda RR.
Show relâmpago
Entre números que gostava de citar, o funkeiro perdeu as contas de quantas tatuagens tinha no corpo. O funkeiro com visual rapper tem boa desenvoltura no palco, mesmo com voz oscilante. As referências visuais e das letras são do rap dos EUA, mas o “tamborzão” era onipresente. “É a marca do funk brasileiro, não dá pra abandonar”, ele diz.
MC Guimê faz show em Osasco no dia 1º de maio, segundo de série de 3 shows do funkeiro na noite
Divulgação/ Tico Fernandes
A apresentação de pouco mais de 20 minutos em média incluía os hits “Tá patrão” e “Plaquê de 100” (do refrão “Contando os plaquê de 100 / Dentro de um Citroen”), “Como é bom ser vida loka”, do MC Rodolfinho, cantada com jeito de hino entre os entusiastas do “funk ostentação”, e “Vida loka parte 2”, dos Racionais MCs.
O público era sempre jovem e de maioria feminina. O jovem de aparelho nos dentes e cabelo descolorido era recebido com gritinhos.
‘Moleque sonhador’
“Para um moleque sonhador como eu, o funk serve bem”, ele disse. “A gente cantava nas favelas, em cima mesas improvisadas de palco. Vários lugares nem pagavam. Cheguei a fazer show por R$ 50. A vontade de cantar era maior que tudo”, ele conta.
“Meus pais e muitas pessoas desacreditavam. Isso foi me fazendo trabalhar mais”, disse. O adolescente juntou comprar um “Corsinha”, no qual carregava amigos só para se passarem por produtores.
“O primeiro clipe [‘Tá patrão’] eu fiz virado de três dias de show, ganhando 200 reais de cachê. Juntei o dinheiro e consegui pagar os 2 mil reais da produção”, lembrou. “Não passava necessidade, mas meu pai não tinha dinheiro para comprar coisas de luxo. Pegava óculos emprestados com parceiros”.
MC Guimê canta em Sumaré (SP) em maio de 2013
Divulgação/ Tico Fernandes
Amigo de Neymar
Quando não falava ao g1, ele passava o tempo todo entre os shows conferindo fotos no Instagram. Neymar, que o conhecera em uma lanchonete havia alguns meses, tinha postado fotos junto a Guimê.
O músico mostrava com orgulho a música que gravou junto com Emicida que cita o jogador do Santos. A produção foge da simplicidade do “tamborzão”, com arranjo mais rico na variedade de instrumentos e letra mais pobre em artigos de luxo citados. “Para a época da Copa”, planejava. Era o futuro hit “País do futebol”.
Além de Neymar, Restart, Sorriso Maroto, Emicida, João Neto & Frederico, NX Zero e Sambô eram listados por Guimê em sua eclética lista de novos amigos famosos.
Ele se dizia “sossegado” em relação a mulheres na maior parte do tempo – mas nem sempre. “Hoje vou a uns bailes inacreditáveis. A gente cantou em Floripa, em umas casas com a galera mais velha, ‘minas’ de 19 anos, que já trocam ideias mais decididas. Em uma manhã só eu peguei seis ‘minas’”, contou.
“Tinha ‘mina’ que, quando eu não era famoso, nem olhava para a minha cara. Eu não tinha carro, moto, ia pra balada de ‘bicão’. Depois que fiquei famoso, peguei essas todas, só pra tumultuar. Levava para o hotel, ‘comia’ e nunca mais ‘dava um salve’”, disse Guimê.
Insultos masculinos
Os gritos femininos eram altos em Carapicuíba enquanto Guimê, já cansado, às 4 da manhã, cantava “Cansei de sofrimento”: “Passado ‘cabuloso’ me esquivando da miséria (…) / Hoje eu vou curtir junto com meus aliados / Cansei de sofrimento, cansei de ser humilhado / Vou dar a volta por cima”. Enquanto as mulheres aprovavam, alguns homens na boate em o insultavam.
Na saída, Guimê tentou explicar os xingamentos. “A gente estava em uma ‘quebrada’. A galera me vê tatuado, com ouro, e pensa que quero ser maior do que alguém. Mas quero mostrar que todo mundo pode. Os fãs que conhecem minha história já sabem que foi difícil para mim. Passo a visão de não desistir do sonho, sou uma prova viva. Essa é minha visão da ostentação”.
10 anos depois…
Quase dez anos após o rolê com o g1, Guimê, 30 anos, segue ativo na música. Em 2022, ele lançou o EP “FromOZ” e singles com Dubdogz, Menor JV e Costa Gold. Mas ele não está mais no auge do sucesso entre o público do funk como em 2013.
Seu maior sucesso comercial desde então foi a música que ele revelou ao g1 na entrevista, “País do futebol”. O lançamento antes da Copa de 2014 deu certo, a música tocou bastante no período e costuma voltar a aparecer a cada mundial.
Quando ele lançou seu primeiro álbum completo, “Sou filho da Lua”, ele já tentava ir além do funk ostentação. “Essa crise nacional faz com que o público acabe pensando em outras coisas. Em 2010, 2011, lembro de amigos que trabalhavam duro e passavam apertos, mas conseguiam parcelar uma moto, um carro, pegar um dinheiro e ir para o baile”, justificou.
Mesmo com participações de Claudia Leitte, Marcelo D2, Negra Li e Emicida, o álbum não emplacou.
O sucesso passageiro contrasta com a relação amorosa duradoura, mesmo que turbulenta, com a cantora Lexa. Os dois namoram desde 2015 e se casaram em 2018. Em 2022, chegaram a anunciar a separação, mas reataram no final do ano.
Guimê e Lexa anunciaram que casamento foi reatado
Divulgação/Instagram da cantora

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

Published

on

By

Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

Published

on

By

Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
Initial plugin text
Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
Initial plugin text
Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
Initial plugin text
Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
Initial plugin text
Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
Initial plugin text
Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
Initial plugin text

Continue Reading

Festas e Rodeios

g1 Ouviu #293 – Dinho Ouro Preto: o passado, o presente e o futuro do rock nacional

Published

on

By

Em entrevista ao g1 Ouviu, o vocalista do Capital Inicial falou sobre o cenário roqueiro brasileiro, sobre a participação no Rock in Rio e sobre o passado em Brasília. Vocalista do Capital Inicial, uma das mais longevas bandas do rock nacional, Dinho Ouro Preto foi o entrevistado deste episódio do g1 Ouviu. Na conversa, ele falou sobre o show Pra sempre Rock, no Rock in Rio, falou sobre a entrada do sertanejo e outros estilos no festival e ainda contou histórias sobre o início da banda, a amizade com Renato Russo, sobre memes e redes sociais e sobre o cenário atual do rock nacional.
“Meu instinto é dizer que eles [os sertanejos] têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, diz.
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, antes de entrevista ao vivo no programa ‘g1 Ouviu’, no estúdio do g1 em São Paulo
Fábio Tito/g1
Você pode ouvir o g1 Ouviu no g1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o g1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.