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‘M3gan’ é terror engraçado e autoconsciente sobre boneca assassina inteligente; g1 já viu

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Em época em que filmes do gênero analisam natureza humana, estreia desta quinta-feira (19) se destaca por não se levar a sério e tirar sarro da própria premissa boba. Em uma época em que os melhores filmes de terror são complexos ensaios da natureza humana ou de anseios sociais, “M3gan” se destaca exatamente por saber rir da própria bobice.
O filme que estreia nesta quinta-feira (19) nos cinemas brasileiros faz jus ao legado de “Brinquedo assassino” (1988) ao não se levar a sério demais e, principalmente, por saber tirar sarro da premissa de uma boneca que mata pessoas.
Apesar da clara inspiração, esta não é, claro, uma regravação. “M3gan” se sustenta muito bem com as próprias pernas ao dar roupagem moderna ao tema, enquanto costura referências à cultura pop atual na medida certa e adiciona leves pitadas de comentário social – sem moralismos.
Assista ao trailer de ‘M3gan’
Annabelle é coisa do passado
No filme, M3gan é uma boneca criada por uma engenheira (Allison Williams) para uma empresa de brinquedos. Ainda um (caríssimo) protótipo, ela é testada na sobrinha (Violet McGraw) da criadora, uma criança que acabou de perder os pais em um acidente de carro.
Pode não parecer a melhor das ideias a princípio, mas com uma inteligência artificial que a torna mais androide que brinquedo, a boneca ajuda a menina a lidar com o luto – até o inevitável momento em que a diretriz “proteger” ganha a natural adição de um “a qualquer custo”.
Vão-se aí valentões, cachorros agressivos e outros tipos que desde a primeira cena são alvos fáceis para a vilã.
M3gan, Allison Williams e Violet McGraw em cena de ‘M3gan’
Divulgação
Longa vida a M3gan
Entre previsibilidade e clichês, o roteiro escrito por Akela Cooper (“Maligno”) a partir de uma ideia dela e do cineasta James Wan (“Sobrenatural” e “Invocação do mal”) se sustenta mesmo ao abraçar o ridículo. Até luta de robô a trama entrega.
Desde a primeira cena, um comercial exagerado de um brinquedo fictício que faz cocô e é controlado por tablets, “M3gan” deixa claro que está menos interessado no medo, e mais em risadas – algumas delas nervosas, outras, sinceras.
A pequena Violet (que interpretou uma jovem Florence Pugh em “Viúva Negra”) fornece um ótimo equilíbrio à boneca, a grande e verdadeira estrela do filme.
Ela dança, ela corre feito bicho, ela canta “Titanium” (de David Guetta e Sia) em momentos desnecessários. Multifunção, ela aterroriza tanto quanto diverte.
Os ótimos filmes de terror recentes têm sido excelentes por fazerem pensar. “M3gan” é um bem-vindo respiro para o gênero.
E, com a continuação “M3gan 2.0” confirmada para 2025, o público deve acompanhar sua saga por um bom tempo – por mais que Wan tenha perdido a incrível oportunidade de batizar as sequências de “Meg4n” e “Megan5”.

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