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Festas e Rodeios

Ana Cañas lança DVD com culto a Belchior e revela admiração pela obra de Marília Mendonça: ‘Merece que alguém se debruce’

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Cantora se apresenta em Campinas neste sábado com a turnê que homenageia o compositor cearense. Artista falou com exclusividade ao g1 e revelou o quanto gosta de quebras barreiras na arte. Ana Cañas Canta Belchior
Nadja Kouchi
Uma artista fluida, sem barreiras e sem preconceitos. É assim que a cantora e compositora Ana Cañas se define. Não só se define como também coloca as características em prática ao buscar sempre quebrar tabus na arte e na vida. Atualmente em cartaz com uma turnê na qual homenageia o repertório de Belchior, a artista sinaliza admiração com universos distantes da realidade do MPB ao qual ela é filiada, como por exemplo a obra de Marília Mendonça, a quem homenageou no palco do Festival Spanta, no Rio de Janeiro, no início deste mês.
No dia 2 de fevereiro, Ana Cañas vai eternizar a homenagem que fez a um dos maiores compositores da história do Brasil ao lançar o DVD “Ana Cañas Canta Belchior” – um registro audiovisual de um dos 100 shows que a cantora fez durante o projeto. A turnê desembarca no palco do Brasuca, neste sábado (21), em Campinas (SP), pela primeira vez. [veja informações abaixo]
Em entrevista exclusiva ao g1, Ana falou da forma de enxergar a arte, sem amarras ou limitações de gêneros musicais, “desde que tudo seja feito com verdade”, detalhou as razões pelas quais ela decidiu fazer um “culto” ao trabalho de Belchior, e revelou ter vontade de homenagear outros nomes importantes da música brasileira, como a própria Marília Mendonça.
“Passei a escutar a obra dela, conhecer melhor suas canções, e teve uma canção que me atravessou muito da Marília que chama ‘Troca de calçada’, que é uma música que ela fala sobre as mulheres profissionais do sexo. É uma compositora que merece que alguém se debruce sobre sua obra, tem coisas interessantíssimas, hoje posso falar porque conheço.”, afirmou.
A aproximação de Ana com Marília aconteceu justamente na homenagem que fez a ela durante o festival no começo do ano. A cantora sertaneja, uma das maiores de sua geração, morreu em um acidente aéreo em novembro de 2021. “Cantá-la foi uma experiência maravilhosa, eu já admirava a Marília muito, como mulher e como pessoa”, contou.
A partir disso, veio o interesse por conhecer mais as composições da “Rainha da Sofrência” e entender o porquê ela comunicava tão bem com o público, vontade que Ana estende também a outros fênômenos populares de diferentes estilos musicais.
“Eu acho que a arte não tem barreiras. Se tem verdade, tudo é possível, porque quando eu cantei Marília, foi muito especial, foi muito bonito. Eu recebi um feedback tão bonito, porque tem verdade. Porque eu gosto de verdade da Marília, dela ser uma mulher no meio masculino do sertanejo. Então eu acho que quando essa verdade da admiração, do amor, e às vezes é uma pessoa que não está no seu gênero musical, é válido, tudo é possível. A arte é muito mágica nisso”, explicou.
Mulheres realmente ouvidas
Além de Marília, Ana estende a admiração e inspiração para outras artistas relevantes na música como Ludmilla, Rosalía, Pabllo Vittar e Glória Groove. Segundo ela, são mulheres vitoriosas que abordam em suas músicas assuntos nunca antes conversados, e que muitas vezes ainda são considerados tabus.
“A gente vive um Brasil muito importante historicamente, de termos uma artista como a Ludmilla, uma mulher preta retinta, homossexual, no topo das paradas. Uma drag queen, como a Pabllo Vittar ou a Glória Groove, também no mainstream. A Iza no mainstream, que é uma outra mulher preta. Eu vi a Rosalía no Grammy quando eu concorri, vi ao vivo e fiquei muito impressionada com ela, é uma menina muito empoderada no mercado da música, está no topo dos artistas mais ouvidos do mundo. A gente tem um cenário muito interessante de mulheres no topo sendo realmente ouvidas.”, observou.
Ana Cañas em Belo Horizonte (MG)
Felipe Giubilei
A obra perene de Belchior
A partir de uma live durante a pandemia de Covid-19, surgiu o projeto “Ana Cañas Canta Belchior”. Para a cantora, a escolha do músico cearense poderia ter inúmeras razões, mas a resposta se resume à genialidade.
“Ele é um gênio, ele está entre os nossos maiores compositores da história da música popular brasileira. A obra dele é muito perene, são músicas escritas a quase 50 anos, mas que até hoje conversam com a nossa realidade social coletiva e também sincrética amorosa.O Belchior tem um cunho filosófico e metafísico que atravessou o tempo e vai continuar atravessando. Daqui há 100 anos com certeza a poesia do Belchior vai continuar comunicando e se fazendo importante”, revelou.
Além disso, Ana conta que pode vivenciar o amor de todas as pessoas pelas canções do cantor. “Fizemos mais de 100 shows pelo país inteiro, e a certeza que eu tenho é que o Belchior é amado pelo país, ele arranca lágrimas das pessoas, ele emociona, ele atravessa, e é muito importante a gente jogar luz nessa obra tão profunda e ao mesmo tempo acessível”, pontuou.
Ana Cañas durante apresentação do novo albúm Canta Belchior
Duane Carvalho
Lançamento do DVD
O formato de DVD físico não existe mais, mas o conceito ainda é o mesmo. A única diferença é que o registro fica disponibilizado em plataformas de áudio e vídeo. Segundo a artista, a ideia de lançar o projeto em 2023, dois anos após o álbum gravado na pandemia, é para trazer a realidade do que foi de fato a turnê.
“O que foi gravado na pandemia é um disco que não reflete o show. Quando eu escuto o disco hoje, é muito diferente do que a gente faz no show; É um disco intimista, minimalista, com dois músicos , e era um momento que estávamos todos em casa, sem trabalhar, sem rodar, sem poder ir para estrada. E aí, quando a gente transforma esse show com banda, esse show muda, e foi onde eu rodei o Brasil com ele. Esse DVD e esse disco ao vivo, que estão chegando agora, é outra coisa”, detalhou.
A cantora confessa, ainda, que cantar Belchior vai além de uma homenagem. “Agora o Belchior me oferece uma forma de me expressar cantando.O Belchior me traz um lugar de canalizar essa minha vontade de me expressar em relação ao coletivo e ao social com a música. Porque as canções do Belchior falam sobre ‘ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro’, ‘amar e mudar as coisas me interessa mais’, então eu consigo ver além de tudo”, finalizou.
O show em Campinas (SP) acontece neste sábado, às 20h, no distrito de Barão Geraldo. Os ingressos variam de R$ 60 a R$ 120, e podem ser adquiridos por meio do site.
Show Ana Cañas Canta Belchior em outubro de 2022
Flávio Charchar
Serviço
Turnê Ana Cañas Canta Belchior
Quando: sábado, 21 de janeiro, às 20h
Onde: Brasuca Espaço Cultural
Endereço: Avenida Santa Isabel, 800 – Barão Geraldo
Ingressos: por meio do site
*sob a supervisão de Marcello Carvalho
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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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