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BBB 23: relacionamentos abusivos não são exclusividade de ‘mulheres frágeis’, alerta especialista

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No domingo, apresentador do Big Brother Brasil precisou dar um alerta a um dos participantes sobre seu comportamento no reality show. Tadeu Schmidt se dirigiu a Gabriel Tavares e pediu mais cautela ao modelo em seu relacionamento dentro do programa com a atriz Bruna Griphao. Tadeu faz alerta sobre relação entre Bruna Griphao e Gabriel
Reprodução/TV Globo
No último domingo, o apresentador do Big Brother Brasil precisou dar um alerta a um dos participantes sobre seu comportamento no reality show. Tadeu Schmidt se dirigiu a Gabriel Tavares e pediu mais cautela ao modelo em seu relacionamento dentro do programa com a atriz Bruna Griphao.
“Quem está envolvido em um relacionamento, talvez nem perceba, ache que é normal. Mas quem tá de fora consegue enxergar quando os limites estão prestes a serem gravemente ultrapassados”, disse Schmidt, acrescentando que membros da casa consideravam o casal “tóxico”.
“Gabriel, em uma relação afetiva, certas coisas não podem ser ditas nem de brincadeira”, avisou.
O alerta veio depois de várias declarações agressivas do modelo de 24 anos, que despertaram acusações de abuso psicológico nas redes sociais.
Em um dos episódios, após Bruna dizer que era o “homem da relação”, ele respondeu de forma hostil: “Mas já já você vai tomar umas cotoveladas na boca”. Em outro momento, Gabriel afirma que a atriz “parece uma sarna” por estar sempre ao seu lado.
Em diversas circunstâncias, porém, a artista rebate as agressões e questiona o modelo por suas atitudes. Por isso e por sua personalidade forte, muitos telespectadores do programa se surpreenderam com o fato de Bruna estar envolvida em um relacionamento abusivo.
Mas segundo Daniela Pedroso, especialista em violência contra a mulher que trabalha na área há 25 anos, diferente do que muitos acreditam, não só mulheres frágeis e condescendentes podem ser vítimas de homens tóxicos.
“É um mito que só mulheres frágeis ou que não são empoderadas podem sofrer um relacionamento abusivo. Na verdade, ele pode estar presente na vida de todas nós”, diz a psicóloga que atende vítimas de violência.
Segundo Pedroso, em casos como esses, o fato de uma mulher rebater as agressões de seu parceiro tampouco significa que ela não esteja em uma relação problemática e violenta.
“Especialmente quando se trata de casais com mais condições econômicas ou poder social, a situação de abuso muitas vezes não vem à tona. A população desfavorecida tem as paredes de casa finas, enquanto no caso dos mais ricos a parede é grossa e não conseguimos escutar os gritos”, explica, usando uma analogia.
A especialista chama a atenção para um caso da juíza Viviane Vieira do Amaral, morta pelo próprio ex-marido no Rio de Janeiro em 2020 em um caso de violência doméstica e feminicídio.
“Isso prova como o relacionamento abusivo está presente em todo lugar. Essa juíza conhecia a lei, trabalhava com casos de violência e mesmo assim infelizmente foi vítima”.
O que é um relacionamento abusivo?
Em um relacionamento abusivo, nota-se a presença de pelo menos um destes tipos de violência: verbal, emocional, psicológica, física, sexual, financeira e tecnológica (esta vai desde controle velado das redes sociais da vítima até insistência em obter senhas pessoais, controle de conversas, curtidas e amizades online).
Para caracterizá-lo, são levados em conta fatores como o sofrimento causado em uma pessoa, a frequência dos abusos, ciclos de agressão e escalonamento da violência.
Além disso, nas relações abusivas costuma haver discrepância no poder de um em relação ao outro, ou seja, uma posição de desigualdade. Esse tipo de relacionamento segue alguns padrões e gera sentimentos recorrentes como dúvidas, confusão mental, ansiedade, insegurança e esperança de que o parceiro mude e os abusos cessem.
“E infelizmente muitas vezes a mulher se sente desacreditada, se culpa pelo que está acontecendo”, diz Daniela Pedroso.
Segundo a especialista, as relações desse tipo ainda costumam seguir um padrão. “Geralmente começam de forma silenciosa e posteriormente seguem algumas fases”, diz.
A especialista explica que a primeira fase é a de tensão, quando começam os insultos e ameaças. A segunda é a de crise. “Em casos de violência, é quando começam os empurrões, socos e outras agressões”.
A terceira fase é a lua de mel. “É quando o homem muda o comportamento, pede desculpas e pode haver uma reconciliação. Em seguida, o ciclo recomeça.”
Uma em cada três mulheres já sofreu violência sexual ou física, segundo a ONU, que aponta que a maioria é praticada por parceiros.
No Brasil, a lei Maria da Penha entrou em vigor em 2006 como uma tentativa de facilitar a punição de autores de violência doméstica. E desde 2021, o Código Penal inclui também o crime de violência psicológica contra a mulher.
Mas as vítimas são sempre mulheres? Não necessariamente, mas na maioria das vezes. Diferentes pesquisas apontam que em mais de 80% dos casos o abusador é um homem e a vítima é uma mulher.
Como sair de um relacionamento abusivo?
Pedroso viu como positiva a atitude do Big Brother de alertar os participantes sobre o caso, pois além de despertar a consciência dos participantes, também aproveita a oportunidade para tocar no tema em rede nacional.
“Muitas mulheres não percebem que estão vivendo uma relação abusiva e chamar a atenção para o problema coloca luz sobre um problema que nós, profissionais da saúde, por vezes só conseguimos abordar com um número limitado de pessoas”, diz.
A especialista ainda aconselha mulheres que tenham se dado conta de sua situação a procurar ajuda o quanto antes, pois é preciso fazer uma intervenção. “Hoje é muito mais simples buscar ajuda do que no passado. Existem diversos órgão públicos preparados para lidar com casos assim no Brasil”, diz.
Segundo Pedroso, as mulheres podem procurar as Delegacias de Defesa da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira – um centro de atendimento humanizado e especializado no atendimento de violência doméstica – e até os serviços de saúde pública de seu município.
Em casos mais graves, as vítimas ainda podem lançar mão da estratégia desenvolvida pela Campanha Sinal Vermelho, que aconselha as mulheres a irem a uma farmácia, drogaria, supermercado, hotel ou condomínio participante da ação e apresentar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos a um dos atendentes do local, orientado a pedir ajuda à polícia.
Para quem deseja denunciar um caso de abuso físico ou psicológico, a orientação é ligar para a polícia (190) em situações de emergência, como no momento em que uma vizinha está sofrendo violência.
Se for para denunciar casos que não estão ocorrendo naquele exato momento, a orientação é entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Ligue 180), que é um serviço do governo federal, gratuito e que preserva o anonimato.
– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64388533

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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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