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‘Nada de novo no front’ é quase um filme de terror que revela o sentido da guerra: nenhum

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Filme alemão, vice-campeão de indicações ao Oscar 2023, acompanha jovem soldado no cenário de horror da 1ª Guerra Mundial, sem censura nem esperança de redenção. Assista ao trailer de “Nada de Novo no Front”
“Nada de novo no front”, filme alemão com nove indicações ao Oscar, mostra mais sangue, corpos desmembrados, tiros, cadáveres e formas variadas de tortura e sofrimento que muitos filmes de terror.
Ele é mais do que isso (e é ótimo), mas não por uma diferença básica de gêneros: em teoria, um drama, ao contrário de um terror, apontaria algum sentido além de toda a violência, do medo pelo medo.
Não é o caso aqui. As cenas embrulham o estômago e ainda te deixam tonto, junto com o jovem soldado Paul Bäumer (Felix Kammerer), em busca de algum significado para o horror, que não existe.
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Cena de ‘Nada de novo no front’
Divulgação
A violência crua, gratuita e sem saída nas trincheiras da 1ª Guerra Mundial no norte da França, onde os exércitos mal se moveram e 3 milhões de soldados morreram por nada, é tema e cenário.
O filme, exibido em streaming na Netflix, tem roteiro adaptado do romance best-seller de mesmo nome, de 1928. O autor, o alemão Erich Maria Remarque, foi lutar na 1ª Guerra aos 18 anos.
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Não é a primeira vez que “Nada de novo no front” chega ao Oscar. Uma adaptação norte-americana de 1930 levou o prêmio de melhor filme e melhor diretor, para Lewis Milestone.
Assim como o escritor, o protagonista Paul Bäumer e seus três amigos de escola se alistam, eufóricos, no exército alemão, sob a promessa de que eles logo iram comemorar a vitória em Paris.
‘Nada de novo no front’
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O novo filme adiciona um núcleo ao livro: os políticos, diplomatas e generais que negociam uma trégua para a matança, onde nenhum povo ganhava nada. São os bárbaros fantasiados de civilizados.
A agonia do chefe da delegação alemã Matthias Erzberger (Daniel Brühl, de “Adeus, Lenin!” e “Rush”) por um acordo de paz lembra o ótimo retrato do genocídio em câmera lenta de “Quo vadis, Aida?”(2020).
Outra atuação impactante é de Albrecht Schuch como Kat, soldado mais velho, que ensina Paul Bäumer a lutar – não só a fugir da morte, mas aceitá-la como único fim da guerra.
“Nada de novo no front” só concorre a menos Oscars em 2023 do que “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”. Ele é vice-líder ao lado de “Os Banshees de Inisherin”, também com nove indicações.
É quase certo que leve o prêmio de filme internacional, já que é o único neste grupo também indicado na categoria de melhor filme, na qual é azarão. Nas técnicas, em especial de fotografia, merece vencer.
‘Nada de novo no front’
Divulgação

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