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Zé Neto e Cristiano citam lições após polêmicas: ‘Não perca tempo com discussões de política, religião, futebol’

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Dupla lança projeto ao vivo ‘Escolhas’ e fala ao g1 sobre nova fase após caso envolvendo ‘tororó da Anitta’ e Lei Rouanet: ‘Chegamos cogitar dar um tempo por tudo que vinha acontecendo’. Zé Neto e Cristiano falam sobre escolhas e aprendizado após polêmicas em 2022
Zé Neto e Cristiano gravaram, no último sábado (28), o quinto DVD da carreira. A dupla nomeou o novo projeto de “Escolhas”. O título não surgiu ao acaso, mas após as diversas decisões tomadas pela dupla depois de um 2022 com diversos desafios e polêmicas.
O ano da dupla teve:
falas polêmicas no palco, envolvendo “tororó de Anitta” e Lei Rouanet, o que gerou diversos debates sobre shows com verbas públicas, além de uma série de apresentações canceladas de diversos artistas;
shows cancelados;
diagnósticos de Covid-19, costela quebrada, “pulmão de vidro”, entre outros problemas de saúde.
“Acho que tudo que acontece que dá errado, serve como aprendizado. E o que dá certo, serve para ensinar e ajudar o próximo. Então um conselho que eu dou: não perca seu tempo com discussões sobre política, religião, futebol”, afirma Zé Neto ao g1 ao ser questionado sobre as lições que levaram após tudo o que aconteceu ao longo do ano “atípico”, como ele cita.
No bate-papo, o cantor sertanejo e o parceiro, Cristiano, também afirmam que, por causa do período atribulado, chegaram a cogitar a colocar o pé no freio na carreira.
“A gente nunca chegou a cogitar parar de cantar, mas chegamos cogitar dar um tempo por tudo que vinha acontecendo”, explica Zé.
A dupla ainda falou sobre a saída do escritório Workshow, do qual faziam parte desde 2011, e citaram os novos sonhos de carreira, já que as metas do passado já foram atingidas. “Continuar agradando o nosso público, e conseguindo trazer novos fãs. Eu acho que é isso que é o grande sonho”, comenta Cristiano.
Zé Neto e Cristiano
Fábio Tito/g1
g1 – Durante a coletiva sobre o DVD, vocês comentaram que cogitaram colocar o pé no freio antes de decidirem pela gravação do projeto. Vocês estavam querendo parar, diminuir o ritmo, se separar?
Cristiano – Ele não se livra de mim, não.
Zé Neto – Na realidade, a gente sempre trabalhou muito. Acho que logicamente hoje, como qualquer atleta — a gente é um atleta da voz –, como um jogador de futebol, ele começa no auge, vem correndo, e depois ele vai querendo tirar o pé um pouco, vai ficando mais estratégico, aprendendo a lidar mais.
Foi isso que fez o nosso DVD se chamar “Escolhas”, porque a gente escolheu diminuir shows, escolheu agenciar a nossa carreira. A gente escolheu coisas mais saudáveis pra nossa vida, escolheu mais a nossa família. A gente nunca chegou a cogitar parar de cantar, mas chegamos cogitar dar um tempo por tudo que vinha acontecendo.
A gente vinha de um estresse muito grande, de um cansaço muito grande, pela rotina, por ter acostumado a ficar em casa com a pandemia. E depois ter que voltar, e voltar com 300 shows remarcados.
Isso deu uma crise na gente de ansiedade, de pânico. Então através disso, a gente conseguiu respirar e falar: ‘Vamos tocar nossa carreira do nosso jeito? Vamos na boa, na moral’. E hoje tá tudo maravilhoso, tudo do jeito que a gente gosta, então com certeza essa foi a escolha certa que Zé Neto & Cristiano fez.
Leia também: Zé Neto passal mal e show é cancelado em Santa Cruz do Rio Pardo
g1 – Vou aproveitar que você falou de “tudo o que aconteceu”. Ano passado foi um ano complicado pra vocês… Teve show cancelado, problema de saúde, polêmica no palco falando sobre “tororó da Anitta”, “Lei Rouanet”… Quais as escolhas que vocês fizeram esse ano para tentar ter um ano diferente? Quais lições vocês levaram de tudo isso?

Zé Neto – Acho que tudo o que acontece que dá errado, serve como aprendizado. E o que dá certo, serve para ensinar e ajudar o próximo.
“Então, um conselho que eu dou: não perca seu tempo com discussões sobre política, religião, futebol.”
Trate o próximo com muito amor, com muito carinho. Deseje sempre o bem as pessoas porque a vida é feita de escolhas. E a gente escolheu isso para esse ano, então a gente está em paz. Em paz com a gente, em paz com todo mundo. E sempre com fé em Deus e fazendo o que a gente faz de melhor, que é cantar, que é o que a gente gosta.
Enfim, a gente escolheu ter uma vida saudável, uma vida feliz, viver feliz, desejar o bem pro próximo, e é isso.
g1 – Fizeram algum ritual aí de virada de ano para ter um ano diferente?

Zé Neto: Pular sete ondinhas…
Cristiano – Rezar. Esse ano a gente quer ter paz e não razão. E acho também o ser humano vive numa constante evolução. Nós viemos do sítio, do interior. Costumo dizer que em casa tinha uma TV que pegava dois canais. Então era aquilo que a gente assistia, era aquilo que você aprendia.
E de repente você faz sucesso e é projetado pra um mundo completamente diferente do que a gente viveu, a infância, a adolescência, a juventude. Então você tem que aprender.
Tem um ditado que diz assim: Como você não erra? Adquirindo experiência. E como você adquire experiência? Cometendo erros. Então acho que essa é a vida, né? Estamos em constante evolução.
Zé Neto – Erramos, acertamos, aprendemos. Enfim, estamos aqui com o maior carinho do mundo, o coração aberto pra escrever essa nova história, para dar início aí a essas novas escolhas que a gente fez.
Zé Neto e Cristiano na segunda noite do Jaguariúna Rodeo Festival
Júlio César Costa
g1 – Em 2015, antes de gravarem o primeiro DVD, conversei com vocês e o Cristiano comentou que o sonho profissional era que “a música de vocês chegasse para todo o Brasil e que tivessem uma carreira consistente e duradoura”. Chegou a esse momento. Quais os novos sonhos, as próximas metas. Que que vocês pensam aí pela frente?

Cristiano – Nos manter dessa forma. Manter agradando o nosso público, conseguindo trazer novos fãs. Eu acho que é isso que é o grande sonho. Ter uma carreira consolidada, assim como tem Chitãozinho e Xororó, Jorge e Mateus, Daniel, e vários outros.
Zé Neto – Podemos nos dizer consolidados porque já são 10 anos de sucesso. Não foi um uma coisa que apareceu e sumiu. Eu acho que todos os prêmios que a gente podia ganhar, a gente ganhou.
Inclusive fechamos agora, recentemente, o maior contrato com gravadora do país, né? E isso é mérito e fruto, com certeza, de um trabalho duro, de um trabalho de muitos anos, de muita ralação, de muitos show, de muitas noites sem dormir.
O sonho maior mesmo, de verdade, é conseguir continuar vivendo esse meio que a gente vive, é conseguir dar uma educação boa para os nossos filhos, é levar o conforto pra nossa família, e continuar fazendo o que a gente ama, que é cantar.
g1 – Vocês saíram da Workshow, escritório no qual estavam desde 2011. Vocês se desvincularam totalmente ou eles vão ficar com a agenda de shows enquanto vocês agenciam a carreira?

Zé Neto – A gente saiu totalmente. Inclusive, foi um aprendizado muito grande com o próprio Wander [Oliveira], que é o que é o líder, que é o CEO da Workshow, e que, pra mim, sem dúvida, é um cara incrível, maravilhoso, que nos ensinou muito, e nos colocou nessa posição de sermos gestores da nossa carreira, porque aprendemos muito com ele.
A gente falou: vamos tomar conta de 100%. Se a gente vir que a gente não dá conta, o máximo que acontecer é a gente dar um passo para trás.
A gente saiu de portas abertas.
Cristiano – E pelas portas da frente.
Zé Neto – Completamos todos os anos de contrato, tudo da melhor maneira possível, sem briga. Vamos experimentar o novo. Escolhemos desse jeito. Vamos ver como é que vai ser aí e o que que o futuro prepara para a gente.
Leia também: Empresário de Marília Mendonça e outras estrelas do sertanejo, Wander Oliveira fala sobre recuo estratégico em investimentos
Zé Neto e Cristiano
Fábio Tito/g1

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Rapper Budah lança o primeiro álbum, ‘Púrpura’, com nomes como Delacruz, Djonga e Duda Beat entre as 15 faixas

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Indicada ao BET Hip Hop Awards 2024, a artista capixaba segue movimento ascendente desde 2021 com mix sensual de trap com gêneros como R&B. Rapper Budah reúne no álbum ‘Púrpura’ produtores musicais como Dmax, Go Dassisti, Jok3r, Los Brasileiros, Pedro Lotto, Tibery e Wey
Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Desde 2021, a rapper capixaba Budah vem seguindo trajetória ascendente em movimento que incluiu a assinatura de contrato com a gravadora Universal Music no ano passado.
Nascida Brenda Rangel em Vila Velha (ES), mas criada em Cariacica (ES) em família musical, a cantora e compositora se tornou Budah ao se lançar na cena de rap e no universo do grafite do Espírito Santo.
Sete anos se passaram desde o lançamento em 2017 da primeira música autoral de Budah, Neguin, e a edição do primeiro álbum da artista, Púrpura, no mercado digital desde ontem, 4 de outubro.
Com as presenças de nomes como Djonga, Duda Beat, Delacruz, Azzy, MC Luanna, TZ da Coronel, Thiago Pantaleão e Day Limns, o álbum Púrpura sai após dezenas de singles – editados por Budah desde 2017, muitos em colaboração com outros artistas – e chega no rastro da indicação da rapper ao BET Hip Hop Awards 2024 na categoria Melhor flow internacional.
Capa do álbum ‘Púrpura’, de Budah
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Formatado por vários produtores musicais, em time que inclui Dmax, Go Dassisti, Jok3r, Los Brasileiros, Pedro Lotto, Tibery e Wey, entre outros nomes, o álbum Púrpura parte do trap para abarcar com sensualidade gêneros como R&B, mote de temas como 812.
Antecedido pelo single Linha de frente, o álbum Púrpura reúne músicas como Deve ser horrível ser você, Hora H (gravada com a adesão de Azzy), Maré, Ninguém vai te superar (faixa turbinada com a presença de Djonga), Pouca roupa e Visão (com Duda Beat e Thiago Pantaleão). Dois interlúdios, Rádio e Nosso laço, costuram o repertório autoral de Budah no primeiro álbum da rapper.
Dez anos após jogar na internet em 2014 um bem recebido cover de Billionaire (2010), música do rapper Travie McCoy gravada com a participação de Bruno Mars, Budah segue em movimento com a intenção de cruzar a linha de frente do hip hop nacional. O lançamento do álbum Púrpura é bom passo na caminhada da artista.
Budah, artista capixaba nascida Brenda Rangel em Vila Velha (ES) e criada em Cariacica (ES), lança o primeiro álbum dez anos após ter jogado a primeira música na internet
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Caso Diddy: psiquiatra explica onda de comentários irônicos envolvendo denúncias a rapper

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Pessoas têm postado comentários ironizando toda a situação, que envolve crimes de violência física e sexual. Especialista cita que redes sociais amplificam o ‘efeito manada’. Psiquiatra explica onda de comentários irônicos envolvendo o caso Sean Combs
Sean “Diddy” Combs não saiu das notícias dos últimos dias. O rapper, que também é conhecido como Puff Daddy, foi preso no dia 16 de setembro sob a suspeita de tráfico sexual e agressão. O artista é acusado de abuso sexual e de drogar pessoas durante festas promovidas por ele.
Diddy nega todas as acusações, que são bem semelhantes às feitas por Cassie Ventura. A ex-namorada do rapper abriu um processo contra ele alegando que foi estuprada e violentada por mais de uma década.
Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão
Além de tudo o que virou notícia sobre o caso, uma situação chamou a atenção nas redes sociais: apesar de todas as questões de violência física e sexual do caso, muita gente decidiu fazer piada e ironizar a situação.
Desde a prisão do rapper, a internet ficou cheia de postagens inspiradas nesse caso. Muitos delas apontam nomes de amigos famosos do cantor, como Jay-Z. Os dois têm uma relação bem próxima. O cantor, inclusive, já foi criticado por não ter se posicionado sobre o caso Diddy.
Caso Diddy: quem são os famosos citados nas notícias do escândalo
Quem são os sete filhos do rapper
Instagram de Sean Diddy Combs
Reprodução/Instagram
O Instagram do rapper, atualmente, conta só com duas fotos. Uma é de sua filha Chance, de 18 anos, e outra de sua caçula, Love, de 1 ano e 9 meses. No espaço para comentários, muitas piadinhas.
Muitas delas, de brasileiros que estão “culpando” Diddy por casos que aconteceram no país. Por exemplo, tem gente afirmando que não vai perdoar Diddy por ele ter empurrado Mc Kevin da sacada. O rapper brasileiro morreu em 2021 após cair do 5º andar de hotel na Barra da Tijuca. Tem gente que diz, também, que Diddy seria responsável pela morte do Silvio Santos. O apresentador morreu em agosto, aos 93 anos.
As postagens seguem a linha de teorias da conspiração que surgiram após a prisão de Diddy e que afirmam que ele estaria envolvido na morte de astros internacionais.
Existem ainda mais memes e tentativas de piadas com outras questões relacionadas ao caso: como a grande quantidade de garrafas de óleo de bebê encontradas na casa do rapper. Ou também sobre o fato de Justin Bieber ter Diddy como um de seus padrinhos musicais.
A falta do olhar do outro
Internautas criam memes ironizando caso de Sean Diddy Combs
Reprodução/Instagram
Autor de livros como “Viagem por dentro do cérebro”, “Doentia maldade” e “O lado bom do lado ruim”, o psiquiatra Daniel Barros explicou ao g1 que as pessoas tendem a contar piadas com temas graves, porque as redes sociais eliminam uma parte fundamental da interação humana: o olhar do outro.
“No ambiente virtual, não há um feedback imediato das reações emocionais dos interlocutores, como acontece nas interações face a face. E aí, sem ver o sofrimento ou a indignação diretamente, as pessoas não têm o freio social que normalmente as impediria de ironizar questões sérias”, afirma Daniel.
“Sem ver o sofrimento ou a indignação diretamente, as pessoas não têm o freio social que normalmente as impediria de ironizar questões sérias.”
“Assim, acabam expressando desprezo ou falta de empatia, algo que provavelmente não fariam no mundo real, onde o desconforto gerado pelas expressões de dor do outro seria mais evidente”, completa o psiquiatra.
O médico também comenta que as redes sociais amplificam o efeito manada. Esse comportamento é muito usado na psicologia para explicar como as pessoas, quando estão em grupo, agem e reagem de uma mesma forma, mesmo sem um planejamento.
“Quando uma pessoa faz um comentário irônico ou ofensivo, outros podem seguir o exemplo e agir da mesma maneira, sem refletir profundamente sobre o impacto disso. Essa propagação rápida de comportamentos antissociais se deve ao fato de que, nas redes, as respostas não são vistas em tempo real, o que dá uma sensação de anonimato e segurança, mesmo que parcial. Isso faz com que a escalada de agressividade e ironia ocorra de maneira mais veloz e generalizada.
Daniel ainda comenta que uma mudança em relação a esse tipo de atitude requer tempo e adaptação.
Mas ele explica que se a sociedade se tornar mais consciente dos efeitos negativos das redes sociais, talvez as pessoas desenvolvam novas formas de empatia e autorregulação no ambiente virtual.
“Um caminho potencial seria uma maior educação sobre os impactos de nossas ações on-line e o desenvolvimento de mecanismos de autorreflexão para pensar antes de postar.”

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Coldplay ainda faz música de verdade ou apenas trilha para palestra motivacional?

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‘Moon Music’, 10º álbum do grupo britânico, desperdiça boas participações em melodias ao mesmo tempo sem referência e sem identidade; veja análise do g1. g1 analisa ‘Moon Music’, novo álbum do Coldplay
O Coldplay lançou nesta sexta-feira (4) “Moon Music”, seu 10º álbum de estúdio — segundo o vocalista Chris Martin, o antepenúltimo da banda, que pretende parar de fazer música após o 12º trabalho. As dez novas faixas, no entanto, deixam a sensação de que eles já pararam.
Nas últimas décadas, o grupo britânico viveu uma das maiores transformações musicais do pop mundial. Foi do rock alternativo melancólico do disco “Parachutes” (2000), influenciado por nomes como Oasis e Radiohead, ao pop motivacional de arena, mostrado principalmente a partir de “Viva la Vida or Death and All His Friends”, de 2008.
A fase mais recente transformou o Coldplay em um fenômeno de venda de ingressos. Iniciada em 2022, a turnê global “Music of the Spheres” arrecadou US$ 945,7 milhões e foi descrita pela revista “Billboard” como a mais lucrativa de todos os tempos para uma banda de rock.
Coldplay no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues
No ano passado, o espetáculo visual cósmico, com lasers, fantoches e pulseirinhas coloridas, passou pelo Brasil em 11 apresentações de estádios, com entradas esgotadas.
Ainda assim, fãs mais antigos torcem o nariz — e torcem por algum indício de retorno da banda às raízes. Esses podem desencanar: o “Moon Music” segue a mesma atmosfera etérea-edificante do trabalho anterior de 2021, o que dá nome à turnê quase bilionária.
Nesses dois álbuns, “Music of the Spheres” e “Moon Music”, o ponto alto são as participações. O primeiro tem Selena Gomez e o grupo de k-pop BTS no auge. O novo disco traz a cantora nigeriana Ayra Starr enriquecendo os vocais de “Good Feelings”, pop funkeado sobre a importância de cultivar bons sentimentos.
Em “We Pray”, louvor com levada de rap, está o também nigeriano Burna Boy, outro astro do afrobeat. Com hits e artistas escalando nas paradas, o pop africano ganhou força global em 2024. Mas o que poderia ser uma boa referência no álbum do Coldplay acaba diluído em melodias que parecem de inteligência artificial.
O disco consegue ser, ao mesmo tempo, sem referências e sem identidade: os arranjos não se conectam de verdade com nenhum movimento musical. Já as letras falam de um mundo sem complexidade, onde apenas o poder do amor é capaz de resolver problemas geopolíticos e unir nações em guerra.
“One World”, a música que fecha o “Moon Music”, tem Chris Martin em um instrumental onírico repetindo as palavras “um mundo, apenas um mundo”, para depois concluir: “No fim, é só amor”.
Capa de ‘Moon Music’, 10º álbum do Coldplay
Divulgação
Escolha seu lugar
Não é exatamente para ouvir música que os fãs lotam as apresentações do Coldplay. Com ornamentações de todo tipo, os shows do grupo são vendidos como “experiências” que agradam também outros sentidos.
Mas, se ao vivo a combinação com elementos visuais ajuda a criar um clima mágico, no trabalho de estúdio tudo se torna bem mais monótono.
O Coldplay não está interessado na música em si, mas em guiar as sensações do público. E, sem pirotecnia ou chuva de papel picado, a experiência fica mais parecida com uma palestra motivacional.
Na música-título, que abre o álbum, há um instrumental ambiente de quase dois minutos, perfeito para os espectadores irem escolhendo seus lugares no auditório. Depois, o “Moon Music” encaminha o ouvinte para se animar em “Feels Like I’m Falling in Love”; para refletir em “We Pray”; se empoderar em “IAAM”; se emocionar ao lembrar de tempos mais difíceis em “All My Love”.
Quem consegue deixar o mau humor de lado para se entregar de corpo e alma a esse tipo de vivência pode dar o play tranquilo. Vai ser divertido. Os outros provavelmente vão achar um tanto cafona.

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