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Festas e Rodeios

Pabllo Vittar brilha nas sombras da noite com o coquetel house-funk tropical de álbum intenso

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Quinto e melhor disco de estúdio da cantora, ‘Noitada’ faz a festa dos sentidos em onze faixas que celebram o prazer. Pabllo Vittar na capa ‘Noitada’
Gabriel Renné
Resenha de álbum
Título: Noitada
Artista: Pabllo Vittar
Edição: Sony Music
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ “A noite nunca tem fim”, sentenciou Cazuza (1958 – 1990) em verso de um dos rocks mais emblemáticos do repertório da banda Barão Vermelho, Por que a gente é assim? (Roberto Frejat, Cazuza e Ezequiel Neves, 1984).
Contrariando a sentença, quase 40 anos depois, a noite de Pabllo Vittar tem fim e dura cerca de 20 minutos, tempo necessário para ouvir as dez faixas liberadas do quinto álbum de estúdio da cantora, Noitada, lançado às 21h de quarta-feira, 8 de fevereiro (uma 11ª faixa, Cadeado, faz jus ao título e está bloqueada para ser lançada posteriormente).
Após álbum de estética ensolarada, Batidão tropical (2021), disco em que a artista revitalizou o tecnobrega e o calypso de bandas do eixo norte-nordeste do Brasil, Vittar se embrenha nas sombras da noite sem perder o brilho.
Leia a crítica de Rodrigo Ortega: ‘Pabllo Vittar cai na batida eletrônica sem perder a safadeza em Noitada’
O conceito do álbum Noitada pode nem soar original na proposta de narrar as sensações das baladas regadas a sexo, drogas e beats sintéticos em sequência cronológica iniciada com Noitada intro (Pabllo Vittar, Gorky, Zebu e Maffalda, 2023) – faixa que sugere entrada na boate – e encerrada com After (Gorky, Zebu, Maffalda e Number Teddie, 2023).
Contudo, o álbum resulta antenado, ecoando beats modernos da música eletrônica, sem deixar de dialogar com a discografia pregressa da artista.
Derretida (Gorky, Zebu, Maffalda, Ruxell e Pablo Bispo, 2023), por exemplo, traz a latinidade do batidão tropical para o universo noturno enquanto A culpa é do cupido (Gorky, Zebu, Maffalda, Pablo Bispo, Ruxell, Raphael Andrade e Lukinhas, 2023) joga funk, forró e tecnobrega no caldeirão fervente, recorrendo ao duplo sentido que, em tempos idos, fez cantores de forró como Genival Lacerda (1931 – 2021) e Clemilda (1936 – 2014) deitarem na cama do sucesso popular.
Em Penetra (Gorky, Zebu, Maffalda, Bibi, Number Teddie, Pabllo Vittar, O Kannalha e UhGroove, 2023), faixa em que o sexo é mais explícito, Vittar volta a flertar com o pagodão baiano em gravação de alta voltagem erótica, potencializada pela participação de Dan Kannalha, voz do grupo de pagode baiano O Kannalha que vem reverberando forte nos paredões do Brasil com músicas como Pau perigoso.
Pabllo Vittar traz o batidão tropical para a noite na faixa ‘Derretida’
Gabriel Renné / Divulgação
Noitada é álbum em que Pabllo Vittar celebra o prazer do sexo na balada temperada com aditivos químicos. É nesse contexto da exaltação das sensações que Anitta aparece em duas faixas.
Calma amiga Intelude (DJ RaMeMes, Anitta, Pablo Bispo, Pabllo Vittar, Gorky, Zebu e Maffalda, 2023) – faixa em que a azeitada produção do time da Brabo Music ganha o reforço do beat do DJ RaMeMes – e Balinha de coração (Gorky, Zebu, Maffalda, Pablo Bispo, Ruxell, Raphael Andrade e TAP, 2023), música formatada pela Brabo com adesões do produtor Ruxell e da Tap Sounds, ambientam a Girl from Rio na atmosfera sombria e hedonista do álbum Noitada.
Nessa atmosfera, tem um pouco de trap e tem muito funk. Vittar harmoniza em Noitada o funk pop de São Paulo e de Lady Leste – simbolizado por A meia noite (Arthur Marques, Maffalda, Zebu, Gorky, Pablo Bispo, Ruxell, TAP Sounds e Gloria Groove, 2022) – e o batidão carioca personificado no incendiário canto de MC Carol no pancadão Descontrolada (MC Carol, Gorky, Maffalda, Zebu, Ruxell, Pablo Bispo, TAP Sounds, Raphael Andrade, Number Teddie, Douglas de Fátima, Thiago Pantaleão, Gondim, Dona Nyna, Multi e Lukinhas, 2022).
Tanto A meia noite quanto Descontrolada são faixas já previamente apresentadas em singles editados no ano passado, quando Vittar já vinha dando pistas de que viria com álbum de atmosfera sexy e noturna.
Já Apetitosa (Gorky, Zebu, Maffalda, Pablo Bispo, Ruxell, Raphael Andrade e MC Tchelinho, 2023), faixa em que Vittar se junta com MC Tchelinho e DJ Tonias em ambiência funk, é novidade, sendo mais um ingrediente do convidativo coquetel house-funk de sabor tropical oferecido pela cantora no álbum Noitada.
O disco flerta tanto com as pistas de dança quanto com a volátil e dispersiva forma de consumir música no TikTok – não é por acaso que nenhuma faixa chega aos três minutos.
Noitada está longe de ser cartão-de-visitas para quem quer conhecer os atributos vocais da cantora, dona de registro de contratenor. Até porque o disco é feito para quem aflora os sentidos e abafa a razão na busca pelo prazer da noite que, contrariando a máxima do rock do Barão Vermelho, sempre tem fim, por vezes vezes melancólico, como sinaliza After, arremate do disco mais coeso, intenso e sexual de Pabllo Vittar.
Para quem se abre para os prazeres da noite, Noitada é álbum penetrante.

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Paternidade e mudança para Londres guiam Momo na criação do álbum ‘Gira’

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Disco sai em 18 de outubro com dez músicas autorais, sendo seis feitas em parceria com Wado. Capa do álbum ‘Gira’, de Momo
Arte de Marco Papiro e Julia Lüscher
♫ NOTÍCIA
♪ Cantor, compositor e músico de origem mineira, Marcelo Frota – Momo, na certidão artística – personifica o cidadão do mundo. E a rota planetária do artista tem norteado a construção de discografia que ganha um sétimo álbum, Gira, daqui a duas semanas, 18 de outubro.
Momo cresceu e se criou musicalmente no Rio de Janeiro (RJ), cidade que celebra em uma das músicas de Gira, mas migrou para Portugal, país onde gestou em Lisboa o quinto álbum, Voá (2017), com produção musical de Marcelo Camelo.
Já o sexto álbum de Momo, I was told to be quiet (2019), foi orquestrado em Los Angeles (EUA) com produção musical do norte-americano Tom Biller.
Após ter transitado pela Espanha, Momo partiu para Londres. O álbum Gira é o reflexo não somente dessa mudança para a capital da Inglaterra, mas também e sobretudo da paternidade. A chegada da filha Leonora também guiou Momo na criação de um álbum mais leve, pautado pelo groove. “Eu adoraria fazer um álbum para ela dançar”, vislumbra Momo.
Com capa assinada por Marco Papiro e Julia Lüscher, o disco Gira chega ao mundo em 18 de outubro pelo selo londrino Batov Records em LP e em edição digital. Inteiramente autoral, o inédito repertório do álbum é composto por dez músicas.
Seis músicas – Pára, Rio, Passo de avarandar, Jão, Beija-flor e a composição-título Gira – foram feitas com a colaboração de Wado na escrita das letras. Oqueeei é parceria de Momo com o saxofonista Angus Fairbairn. Já Walk in the park, My mind e Summer interlude são músicas da lavra solitária de Momo.
O álbum Gira foi feito com os toques de músicos como Caetano Malta (baixo), Jessica Lauren (teclados), Magnus Mehta (percussão) e Nick Woodmansey (bateria), entre outros instrumentistas arregimentados em Londres, atual morada e inspiração de Momo.
Momo lança em 18 de outubro o sétimo álbum da discografia autoral, ‘Gira’, em LP e em edição digital, pelo selo londrino Batov Records
Dunja Opalko / Divulgação

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Sidney Magal dá baile em show no Rio, canta hit de Jorge Ben Jor com a banda Biquini e continua com a moral elevada

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Aos 74 anos, artista sabe se alimentar do passado sem soar ultrapassado no mercado da música. Sidney Magal em take da gravação da música ‘Chove chuva’ para disco da banda carioca Biquini
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♫ COMENTÁRIO
♩ Aos 74 anos, Sidney Magal continua com a moral elevada no universo pop brasileiro. Dois acontecimentos simultâneos nesta sexta-feira, 4 de outubro, reiteram a força do cantor carioca no mercado atual.
No mesmo dia em que o artista sobe ao palco da casa Qualistage – um dos maiores espaços de show da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para apresentar o Baile do Magal ao público carioca, a banda Biquini lança disco com convidados, Vou te levar comigo, em que o maior destaque é uma regravação de Chove chuva (Jorge Ben Jor, 1963) feita com a participação de Magal e um toque latino de salsa na música.
Não é pouca coisa para um artista cujo último sucesso é de 1990, Me chama que eu vou (Torquato Mariano e Cláudio Rabello), lambada gravada para a trilha sonora da novela Rainha da sucata (TV Globo, 1990).
Me chama que eu vou é também o nome do documentário estreado em 2020 com foco na trajetória do artista que ganhou projeção nacional em 1976.
De 1976 a 1979, Magal arrastou multidões pelo Brasil a reboque de repertório sensual posto a serviço da imagem cigana de amante latino. Não por acaso, 1979 é o ano em que se situa a narrativa de longa-metragem sobre a história de amor entre Magal e a esposa Magali West, foco do filme de ficção Meu sangue ferve por você (2023 / 2024), estreado em maio nos cinemas – e já disponível no catálogo da Netflix – com o ator Filipe Bragança dando voz e vida a Magal na tela.
Hoje, Magal é uma personalidade. Um cantor que prescinde de ter músicas nas playlists para se manter em evidência. O artista soube se alimentar do passado sem soar ultrapassado. Nesse sentido, Sidney Magal tem dado baile na concorrência.

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Emiliano Queiroz: famosos lamentam morte do ator

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Emilio Orciollo Netto, Beth Goulart, Selton Mello e Lucio Mauro Filho foram alguns dos famosos que deixaram mensagens nas redes sobre a morte do artista de 88 anos. Emiliano Queiroz na novela Espelho da Vida
Acervo Grupo Globo
Emilio Orciollo Netto, Ary Fontoura, Beth Goulart, Selton Mello, Lucio Mauro Filho e outros famosos lamentaram a morte de Emiliano Queiroz. O ator de 88 anos morreu após sofrer uma parada cardíaca, na madrugada desta sexta-feira (4).
Emilio, que trabalhou com Emiliano na novela “Alma Gêmea”, fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte do ator.
“Meu amigo Milica, fez a passagem. Amigo, você me ensinou e ensina muito. Você é um exemplo de ator de caráter de amor a profissão. Você fez parte de um dos momentos mais felizes da minha vida. Meu eterno Tio Nardo. Obrigado por tanto e por tudo. Você é inspiração eterna. Te amo. Seu eterno Crispim. Te amo”, escreveu o ator.
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Veja mais mensagens de famosos que lamentaram a morte de Emiliano Queiroz:
Selton Mello, ator
“Gênio amado, Seu Emiliano querido demais.”
Lucio Mauro Filho, ator
“Nosso amado Emiliano Queiroz partiu para o outro plano, deixando uma saudade instantânea. Um dos grandes atores do nosso país, com quem tive a honra de dividir a cena em ‘Lisbela e o Prisioneiro’, rodando o Brasil em farras inesquecíveis! Vê-lo no palco aos 86 anos, brilhando como sempre, foi uma das últimas grandes emoções que vivi dentro de um teatro. Obrigado mestre Emiliano por tanta coisa linda que você sempre me proporcionou. Descansa em paz!”
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Ary Fontoura, ator
“Triste 😢💔”
Beth Goulart, atriz
“Mais uma perda para todos nós, o grande ator Emiliano Queiroz partiu hoje aos 88 anos. Com uma longa carreira de mais de 70 anos dedicados ao ofício da interpretação, deixa um enorme legado artístico ao nosso país. Nosso amado ‘Dirceu borboleta’ voou para novas dimensões de existência. Que Deus te abençoe e te receba em sua infinita luz e amor. Meus sentimentos para toda a família.”
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Andréa Faria Sorvetão, atriz e ex-paquita
“Nossas referências indo… Que possamos ser referência também.”
Junior Vieira, ator
“Muita luz.”
Rosane Gofman, atriz
“Tão querido e talentoso!”
Claudia Mauro, atriz
“Meu amigo da vida, meu padrinho de casamento, meu guru, meu amado Emily….E recentemente tivemos este encontro tão lindo. Respostando este vídeo e este registro recente. Meu amigo querido, faça uma boa viagem! Obrigada Liloye Boubli por me proporcionar este último encontro! Emiliano .. Emily… Inesquecível! Pessoa rara! Artista extraordinário! Um dos maiores atores da sua geração. E tantos, tantos e tantos momentos vivemos juntos. Obrigada por tudo! Pelas conversas, pela torcida, pelos conselhos, pelo amor e amizade incondicional. Te amamos muito!”
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Antonio Grassi, ator
“RIP Emiliano ! Que notícia triste.”
Bárbara Bruno, atriz
“Muito amado e querido!!!!!! Viva Emiliano Queiroz”
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Tadeu Mello, ator
“Emiliano foi muito especial na minha vida.”
Gustavo Wabner, ator
“Um dos grandes! O primeiro Veludo de “Navalha na Carne”, o inesquecível Dirceu Borboleta de ” O Bem Amado” e de tantos outros personagens inesquecíveis.”
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