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‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’ faz apresentação mediana de ótimo vilão; g1 já viu

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Jonathan Majors salva ritmo lento e história genérica com atuação poderosa como o novo grande antagonista do Universo Marvel. Filme estreia nesta quinta-feira (16). Grandes lançamentos nos cinemas muitas vezes podem sofrer por causa da própria expectativa que criam. “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, terceiro filme do herói e 31º do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês), é a vítima mais recente.
Responsável pela abertura de uma nova fase das histórias integradas do estúdio, a aventura sofre com ritmo instável e história genérica em que os riscos nunca parecem ser dos maiores.
No fim, o verdadeiro herói da grande estreia desta quinta-feira (16) nos cinemas brasileiros é o vilão. Com uma poderosa atuação em sua primeira aparição (mais ou menos) como Kang, o provável maior antagonista dos próximos anos do MCU, Jonathan Majors (“Lovecraft country”) faz o filme valer a pena.
Infelizmente, sua presença se agiganta tanto sobre o resto que o filme não consegue passar de uma apresentação de luxo do personagem – quando poderia ter sido muito mais do que um episódio de “Star Wars” feito pela Marvel.
Assista ao trailer do filme ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’
Algo de podre no Reino Quântico
“Quantumania” leva o Homem-Formiga (Paul Rudd), sua turma (Evangeline Lilly, Michael Douglas e Michelle Pfeiffer) e sua filha (Kathryn Newton) para o famoso Reino Quântico, uma espécie de universo contido no nível sub-atômico do MCU.
Sem ninguém para trazê-los de volta, eles precisam buscar antigos aliados e unir forças não apenas para voltarem a seus tamanhos normais, mas também para impedir que o conquistador de todo esse microverso escape – e se torne uma ameaça para esta e outras realidades.
Na primeira metade, o filme sofre com uma falta de urgência que dificulta o interesse do público. O Reino Quântico criado pelo diretor Peyton Reed – que comanda seu terceiro filme do herói – é belíssimo, com certeza, mas não é interessante o suficiente para sustentar uma trama sem ameaças reais ou imediatas.
Kathryn Newton e Paul Rudd em cena de ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’
Divulgação
O roteiro de Jeff Loveness (“Rick and Morty”) tenta construir uma tensão no mistério inexistente em relação à identidade do vilão.
O esforço obviamente é em vão, já que Kang é uma surpresa tão grande que não apenas ilustra todos os pôsteres, mas já apareceu – em uma versão de um universo paralelo – até na série “Loki”.
Com a ameaça apenas de fundo na maior parte do filme, fica muito difícil de entender exatamente qual o risco ao qual os heróis estão expostos.
E o microverso é um cenário tão bonito mas tão alienígena que de fato afasta uma identificação com seus habitantes.
Jonathan Majors fala sobre vestir manto de vilão em ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
Deus ‘ants’ machina
A trama peca muito em um aspecto básico de uma narrativa. A atuação de Majors em si é poderosa o suficiente para quase justificar sozinha o perigo representado pelo vilão.
Infelizmente, faltou mostrar mais a força do personagem do que ficar apenas no gogó. O Kang apresentado fala muito, e tem muitos inimigos e capangas que falam por ele, mas é difícil de entender exatamente por que ele é uma ameaça tão grande para o multiverso.
No fim, ainda é muito difícil de engolir algumas resoluções pouco inspiradas do roteiro.
“Deus ex machina” é um termo do teatro da Grécia Antiga surgida de momentos em que uma divindade surgia do nada para amarrar pontas soltas.
“Quantumania” invoca seu próprio “Deus ‘ants’ machina” – algo que seria irônico se não fosse preguiçoso. Sem spoilers, isso basta. Quem não entendeu pode assistir ao filme e voltar aqui.
Paul Rudd em cena de ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’
Divulgação
O tamanho da expectativa
Expectativas nem sempre são ruins. “Top Gun: Maverick” surpreendeu tanto o público, que não esperava nada demais da sequência, que alçou voo direto para a categoria de melhor filme do Oscar.
O terceiro “Homem-Formiga” se perde um pouco dentro do próprio nível elevado que os fãs esperam do MCU. Depois de uma série de filmes com qualidade mediana, é possível questionar se esse status é válido, mas ainda assim é inegável.
Fato é que a quinta fase da história que o estúdio planeja contar, assim como o herói interpretado por Rudd, mereciam mais.
Jonathan Majors em cena de ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’
Divulgação

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