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Lil Nas X afronta homofobia do rap e chega ao Lolla como novo modelo de popstar

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Artista de 23 anos conquistou nova geração de fãs com rap afrontoso e pop redondo. Ele rasgou velhos papéis de gênero na música e na vida, e virou ícone na moda, na arte e nas redes. Lil Nas X lança seu primeiro álbum, ‘Montero’
Reprodução/Instagram
Lil Nas X rasgou velhos papéis de gênero nos dois grandes momentos de sua carreira. Primeiro foram os gêneros musicais: ele colou o country rural e conservador no rap urbano e liberal, e criou o hit viral “Old Town Road”, em 2019.
Depois, o MC ignorou o manual de comportamento do gênero masculino da música, especialmente no rap. Ele se assumiu gay de um jeito desencanado e afrontoso. O álbum “Montero”, de 2021, confirmou seu talento para o hip hop marrento e o pop redondo.
“Não vejo hora de comer o c… do Brasil”, ele escreveu no Twitter, em português, quando foi anunciado como atração do festival Lollapalooza. Esse é o jeitinho de Montero Lamar Hill, 23 anos, um dos principais músicos de sua geração, destaque na música e na moda.
LEIA MAIS: Lil Nas X faz rap afrontoso e pop redondo em ‘Montero’
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Em agosto de 2018, Montero Hill, nome real do artista, comprou uma batida no site BeatStars. Pagou US$ 30 para um produtor holandês. Fez, então, umas rimas sobre crises de ansiedade que tinha por ser criticado pelos pais após largar a faculdade
Rimou com temas urbanos e rurais ao som de banjo e batidas do trap, subgênero mais arrastado e eletrônico do rap. E começou a postar fotos e vídeos com visual street e chapéu de caubói.
Em dezembro, lançou clipe baseado no game “Red Dead Redemption II”, e a música ganhou desafio no TikTok, rede social de vídeos, com jovens dublando ou dançando como caubóis ou cowgirls. “Old Town Road” virou fenômeno. O rap rural parecia fogo de palha. Mas…
Em “Montero”, o rapper riu por último na cara de quem achava que ele seria só uma piada de curta duração com “Old town road”, de 2018. Não era um fenômeno acidental. Ele mostrou que domina a alquimia do pop como poucos.
Briga com igreja, políticos e Nike
No anúncio da faixa-título, o cantor publicou uma série de imagens em que aparecia com barriga de grávida e fez um vídeo em que mostra o “parto” do álbum. No VMA de 2021, Lil Nas X levou três prêmios pelo clipe da canção, incluindo vídeo do ano.
O título vem do nome real do rapper, Montero Lamar Hill. Na primeira faixa, também chamada “Montero”, ele canta sem rodeios sobre sua homossexualidade. No clipe, ele compra briga com a igreja, com políticos e até com a Nike.
Há afronta e bom humor – mas, musicalmente, a coisa é séria.
Os versos confessionais impressionam em “Dead right now”. O tema é batido no rap: pessoas falsas que não davam moral antes do sucesso. Mas ele inclui até os pais na lista e diz que a mãe nunca a amou – entre os passionais MCs de hoje, difícil achar algo tão tocante e bem narrado.
De rap agressivo a balada emo
Tem muito rap firme com refrão matador – ou seja, ele sabe bem o caminho de “Old town road”. E tudo direto, sem enrolação: o riff arrasador de “Industry baby” e as parcerias pesadas com Doja Cat em “Scoop” e Megan Thee Stallion em “Dollar sign slime”.
Ele oferece em versão concentrada o que seus colegas Drake e Kanye West pingaram em doses diluídas nesse ano. E tem uma versatilidade impressionante: de piano de Elton John a guitarra emo; de rap eufórico a pop delicado.
“Montero” é uma revelação atrás da outra. Por exemplo: “That’s what I want” parece The Smiths tocando “Hey Ya!”, do Outkast. “Sun goes down” e “Void” têm vocal forte e ao tempo vulnerável a serviço de canções comoventes (“Ultimamente me sinto pequeno como o sal no mar”, ele canta).
“Lost in the citadel” poderia ser tanto um hit de punk pop nos anos 2000 como de synthpop nos anos 80. “One of me” tem o tal piano de Elton John e uma cara de punk pop. A roupagem emo é ainda mais explícita na guitarra de “Life after Salem”.
Ainda há baladas com base em violão dedilhado: as belas “Tales of Dominica” e “Am I dreaming”, faixa de encerramento, com Miley Cyrus.
Show de artista novo, com um álbum só, costuma ser um risco para o palco principal de um festival grande como o Lollapaooza. Não é o caso do versátil Lil Nas X.
Veja entrevista de Lil Nas X ao Fantástico:
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Bruno Mars começa tour no Brasil; show deve ter piada com calcinha e hit gravado com Lady Gaga

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Antes de turnê com 14 apresentações, g1 assistiu ao show do cantor para convidados. Com setlist semelhante ao do The Town, Bruno deve incluir novas piadinhas e grito de ‘Bruninho is back’. Bruno Mars encerra show no The Town com o sucesso ‘Uptown Funk’
Bruno Mars começa nesta sexta-feira (4) uma sequência de 14 shows, que vai até o dia 5 de novembro. Antes dessa turnê brasileira, o cantor havaiano de 38 anos fez um show beneficente no Tokio Marine Hall, em São Paulo, na terça-feira (1º). A apresentação para 4 mil pessoas arrecadou R$ 1 milhão para as vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
No show para famosos, convidados e também fãs que participaram de uma promoção, ele seguiu uma estrutura de setlist bem parecida com a do The Town. Bruno fez dois shows no festival paulistano, em setembro de 2024.
Ele ainda começa o show com “24 Magic” e termina com a trinca “Locked Out of Heaven”, “Just the Way You Are” e “Uptown Funk”. No show exclusivo antes da turnê, ele se comunicou um pouco menos com o público.
Entre as poucas interações, gritou “Bruninho is back!”, quando a plateia começou a gritar “Bruninho! Bruninho! Bruninho”, ainda no começo. Em “Billionaire”, alterou parte da letra e cantou “different calcinhas every night”, brincadeira que foi muito aplaudida.
Há ainda uma parte piano e voz, em que ele emenda várias músicas, começando com “Funk You” e passando por “Grenade”, “Talking to the moon” e “Leave the door open”, a única que ele toca do projeto Silk Sonic. A novidade nessa parte, que rolou no show de terça, deve ser a inclusão de um trecho de “Die With a Smile”, música lançada com Lady Gaga em agosto passado.
Bruno Mars
Divulgação
No show do Tokio Marine Hall, um pouco mais curto do que os da turnê, não houve a versão instrumental de “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, tocada por seu tecladista. O solo de bateria, porém, continua presente. Então, não se sabe qual música brasileira será homenageada pela banda de Mars.
A banda que o acompanha, The Hooligans, segue impecável e o ajuda em coreografias cheias de gingado. Para tocar com Mars, não basta ser ótimo músico, tem que saber dançar. Com toda essa atmosfera de suingue e simpatia, fica difícil não se encantar pelo charme de Bruninho.
O repertório de Mars vai do soul ao pop rasgado, passando por R&B, levadas de reggae e baladas perfeitas para pedidos de casamento, como “Marry You”.
Antes dos shows no The Town, Bruno havia vindo ao Brasil em 2017 e em 2012, quando foi atração do festival Summer Soul.
Bruno Mars no Brasil
São Paulo: 4, 5, 8, 9, 12 e 13 de outubro – Estádio Morumbi
Rio: 16, 19 e 20 de outubro – Estádio Nilton Santos
Brasília: 26 e 27 de outubro – Arena Mané Garrincha
Curitiba: 31 de outubro e 1º de novembro – Estádio Couto Pereira
Belo Horizonte: 5 de novembro – Estádio Mineirão

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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
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♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
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