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‘Shazam! Fúria dos deuses’ se supera graças à força e ao humor de sua superfamília; g1 já viu

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Continuação que estreia nesta quinta-feira (16) fica mais leve, ridícula e divertida. Com ótimos coadjuvantes, protagonista vira um dos pontos fracos. Há quatro anos, o herói infantil de “Shazam! Fúria dos deuses” se atrapalhava ao receber e tentar entender seus novos poderes. A continuação, que estreia nesta quinta-feira (16), mantém um espírito de história de origem, mas cresce muito graças à força dos ótimos coadjuvantes que formam sua família.
Apesar de já ter controle quase total sobre suas habilidades, o personagem ainda busca o amadurecimento enquanto luta para manter unidos os irmãos adotivos, com quem agora compartilha os dons mágicos.
E é a super equipe familiar, formada em sua maioria por crianças que assumem corpos adultos e poderosos, quem torna a sequência melhor que o mediano antecessor. Praticamente todos contribuem com carisma de sobra – tanto que, no fim, até ofuscam o protagonista.
O novo “Shazam!” não é um ponto fora da curva, mas, em um gênero que tem sofrido cada vez mais para atender às expectativas, às vezes é bom encontrar um feijãozinho com arroz bem feito, sem grandes pretensões, que conhece seu público e que não se leva a sério.
Assista ao trailer do filme “Shazam! Fúria dos Deuses”
O poder da família
Em “Fúria dos deuses”, o agora não mais tão jovem Billy Batson (Asher Angel) e seus irmãos enfrentam três deusas que recuperam sua magia após milênios e desejam vingança contra a humanidade.
Quase todo mundo retorna para a continuação. Do diretor David F. Sandberg (“Annabelle 2: A criação do mal”) ao elenco principal encabeçado por Zachary Levi (“Chuck”).
Há uma substituição dentro da dupla de roteiristas, no entanto. Henry Gayden (“Terra para Echo”) continua, mas Darren Lemke (“Goosebumps: Monstros e arrepios”) dá lugar a Chris Morgan (“Exorcistas do Vaticano”).
Faz sentido. Afinal, o novato na série escreveu seis filmes da franquia “Velozes e furiosos”. Um expert em aventuras e, em especial, em famílias – o próprio filme reconhece a semelhança em uma de suas muitas referências à cultura pop.
A maioria delas, aliás, funciona bem melhor do que no filme anterior, e é responsável por algumas das maiores risadas. Até o que não deveria se sair tão bem, como a cabeça do velho feiticeiro (Djimon Hounsou) no corpo da Mulher-Maravilha em um sonho, de alguma forma se conecta com o público.
Tudo dura alguns segundos a mais do que deveria, é mais abobado do que tem direito de ser e autorreferente demais – o que resulta em um filme sincero, que abraça de vez seu ridículo enquanto mantém a leveza para o público infantil.
Há velhas discussões com a complexidade de filmes de matinê para audiências pré-adolescentes, como a ansiedade gerada pela maturidade ou o velho medo do abandono, mas nada que comprometa o resultado.
Jovan Armand, Jack Dylan Grazer, Asher Angel, Faithe Herman, Grace Caroline Currey e Ian Chen em cena de ‘Shazam! Fúria dos deuses’
Divulgação
Isso é ‘Shazam!’
E é por isso que a dupla formada por Jack Dylan Grazer (“It: A coisa”) e Adam Brody (“The OC”), que interpreta a versão heróica do jovem, e o resto da família brilhe tanto em comparação a Levi e Angel.
Enquanto os demais divertem o público enquanto se divertem, resta aos protagonistas a responsabilidade de manter um mínimo de peso na trama. Algo que definitivamente não favorece seus papéis.
Eles poderiam compartilhar tal fardo com as vilãs, mas desde o começo fica claro que elas não estão ali para isso. A dama Helen Mirren (“A rainha”) até parece gostar da farofa de vestir uma armadura e ser ameaçadora, só que Lucy Liu (“Elementary”) não acompanha a empolgação.
Talvez o roteiro não a favoreça, com a antagonista mais superficial das irmãs. O fato é que a atriz claramente está ali apenas para levar o cheque para casa.
Sem precisar atravessar os clichês de uma história de origem padrão, “Fúria dos deuses” sabe explorar os pontos positivos e o humor dentro de seu absurdo.
Não é o filme que vai definir o futuro conturbado dos estúdios DC nos cinemas, mas prova que é digno de continuar a gritar “shazam” mesmo depois do fim e do recomeço de todo um universo integrado.
Helen Mirren e Lucy Liu em cena de ‘Shazam! Fúria dos deuses’
Divulgação

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