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Colaborações de compositor Ryuichi Sakamoto vão de David Bowie a Caetano Veloso

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Compositor japonês morreu nesta semana, aos 71 anos. Ganhador do Oscar, ele foi um dos músicos mais influentes do século O músico e compositor japonês Ryuichi Sakamoto durante sessão de fotos para o filme “Ryuichi Sakamoto: Coda” no 74º Festival de Cinema de Veneza, em 2017.
Reuters/Alessandro Bianchi
Ryuichi Sakamoto, compositor japonês que morreu nesta semana, foi um dos músicos mais influentes do século. A informação sobre a sua morte foi divulgada neste domingo (2).
Os principais prêmios que recebeu por trilhas sonoras — um Oscar, um BAFTA, um Grammy e dois Globos de Ouro — são só parte da história.
No final dos anos 1970, quando Sakamoto era tecladista na banda japonesa Yellow Magic Orchestra, já ganhou fama no país natal. Um dos grupos pioneiros da música eletrônica, o YMO trouxe inovações que serviriam como base para vários gêneros de música contemporânea, do house ao hip-hop.
Seu pleno uso de sintetizadores pode ser percebido no remix de “Day Tripper”, dos Beatles, no álbum do grupo, Solid State Survivor, de 1979.
A música de Sakamoto, que passa desde trilhas de jogos de videogame até solos de piano intimistas também passa pelo pelas muitas e ecléticas colaborações que fez como David Byrne, Iggy Pop, e Brian Wilson. Além da famosa colaboração em atuação com David Bowie no filme “Furyo – Em Nome da Honra”, de 1983.
Só com o diretor italiano Bernardo Bertolucci, fez a trilha de três filmes: “O Último Imperador”, de 1987, “O Céu que Nos Protege”, de 1990 e “O Pequeno Buda, de 1993. Outro renomado diretor que Sakamoto colaborou mais de uma vez foi o americano Brian De Palma nos filmes “Olhos de Serpente”, de 1998, e “Femme Fatale”, de 2002
Marisa Monte, Gilberto Gil e Caetano Veloso estão entre os nomes brasileiros com quem gravou ou performou ao vivo.
Neste domingo, em seu perfil no Instagram, Caetano escreveu:
“O grande músico japonês encantou, fascinou e assustou os brasileiros com a figura andrógina estilizada que ele cultivou na juventude. Mas a música é que era tudo. Tenho orgulho de ter gravado com ele e de ter me tornado seu camarada, honra que devo a Arto Lindsay, que era amigo dele e o aproximou de mim. O mundo dá adeus comovido a um dos seus maiores músicos”.
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Em 2001, Sakamoto lançou o álbum “Casa”, feito com o casal de músicos Jaques e Paula Morelenbaum, celebrando a bossa nova.
Sobre o trabalho de Tom Jobim, uma de suas influências, disse em entrevista à BBC: “é uma música muito controlada. É calma, tem piano e a paixão está toda escondida. É como um oceano, quase sem ondas, mas com muita coisa acontecendo debaixo d´água. É como o canto de João Gilberto, você pode ouvir a paixão, mas ela está escondida dentro da música”.

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