Connect with us

Festas e Rodeios

Assassinos do rapper XXXTentacion são condenados à prisão perpétua nos EUA

Published

on

Cantor foi morto a tiros durante um assalto em 2018. Trayvon Newsome, Michael Boatwright e Dedrick Williams receberam a sentença nesta quinta-feira (6). XXXTentacion
Reprodução/Facebook do artista
Três homens foram condenados à prisão perpétua nesta quinta-feira (6) nos EUA pela morte do rapper XXXTentacion.
Quem era XXXTentacion? Rapper morto aos 20 anos fazia emo rap
O cantor morreu após ser baleado durante um assalto em frente a uma loja de motocicletas, no sul da Flórida, em junho de 2018. Os criminosos roubaram US$ 50 mil.
Da esquerda: Michael Boatwright, Dedrick Williams e Trayvon Newsome, condenados à prisão perpétua pela morte de XXXTentacion
Broward County Sheriff’s Office
Michael Boatwright, de 28 anos, Dedrick Williams, de 26, e Trayvon Newsome, de 24, foram todos considerados culpados de assassinato em primeiro grau e assalto à mão armada.
Durante esta sessão no tribunal, os réus mostraram pouca emoção ao serem algemados por um oficial de justiça.
Durante o julgamento, que levou cerca de um mês, os promotores ligaram os homens ao tiroteio do lado de fora da Riva Motorsports, no subúrbio de Fort Lauderdale.
Foram apresentados vídeos de vigilância de dentro e fora da loja, além de vídeos de celulares que mostravam os réus exibindo maços de notas de US$ 100 horas depois do assassinato.
Os promotores também apresentaram o depoimento de um quarto homem, Robert Allen, amigo dos réus que afirmou ter participado do assalto. Ele se declarou culpado no ano passado por assassinato em segundo grau. Allen ainda não foi condenado.
Os advogados de defesa acusaram Allen de mentir para evitar a prisão perpétua. Eles ainda disseram que os promotores e detetives fizeram uma investigação ruim, que não olhou para outros possíveis suspeitos, como o rapper Drake. Ele e XXXTentacion tiveram uma briga on-line.
Durante o julgamento, os jurados pediram para ver as mensagens enviadas por Boatwright durante o dia da morte do rapper. Boatwright foi identificado como autor dos disparos pelos promotores.
As imagens mostraram que ele mandou 17 mensagens, do momento em que acordou, às 10h30, até uma hora antes do assalto, às 3 horas da tarde, incluindo uma em que ele fala sobre pegar um carro.
O carro, uma SUV, foi alugado de uma mulher por meio de um aplicativo de celular. Boatwright ficou cerca de duas horas sem enviar mensagens. Uma hora depois do crime, ele enviou uma mensagem em que diz: “Diga ao meu irmão que eu tenho o dinheiro para um celular novo”. Minutos depois disso, ele enviou a imagem de uma notícia dizendo que XXXTentacion tinha sido baleado.
O rapper tinha acabado de deixar a Riva Motorsports com um amigo quando o seu carro foi bloqueado pela SUV, que cortou a sua frente. Vídeos de câmeras de segurança mostraram dois homens encapuzados surgindo e confrontando o rapper pela janela, e outro homem atirando nele repetitivamente. Eles pegaram uma mala da Louis Vuitton com US$ 50 mil, que XXXTentacion tinha acabado de sacar no banco, e voltaram para a SUV. O amigo do rapper não foi ferido.
Quem foi XXXTentacion
Janseh Dwayne Onfroy, o XXXTentacion, nasceu em 23 de janeiro de 1998, em Plantation, no sul da Flórida, nos EUA, e despontava na música.
Em março de 2018, três meses antes de morrer, ele chegou ao topo da parada da revista “Billboard” de álbuns mais vendidos com um som rotulado como emo rap. Era da turma de Lil Peep, morto aos 21 anos em novembro de 2017.
O emo rap de Peep e XXX tem elementos do:
Emo: o hardcore com letras emotivas dos anos 90 e começo dos 2000
Punk: pela curta duração das faixas e a ideia do “faça você mesmo”
R&B: por apostar em canções com algo de blues e piano marcante
Folk: músicas serenas com voz e violão meio Neil Young
Trap: o rap com sintetizadores e arranjos mais sombrios
Como outros nomes do hip hop, incluindo o “rockstar” Post Malone, surgiu a partir de uma música no SoundCloud (“News/Flock”).
Fã declarado de Kurt Cobain, do Nirvana, gravava canções curtinhas sempre melancólicas: nenhuma tinha mais do que três minutos.
A vida pessoal tinha vários casos graves e passagens pela polícia. Em 2016, foi condenado por agredir sua então namorada grávida. Na prisão, espancou um colega gay. “Não parava de olhar para mim”, explicou XXX.
Rapper XXXTentacion morre baleado nos Estados Unidos
A homofobia e o machismo apareciam também nas músicas. O Spotify chegou a retirar do ar as canções do rapper, mas cedeu ao pedido de fãs, alguns famosos como Kanye West e Kendrick Lamar.
A vida conturbada, os casos de violência e os discursos muitas vezes machistas e homofóbicos contrastavam com o talento precoce para fazer músicas de vários gêneros.
A exposição não era a mesma de outros astros do hip hop. XXXTentacion não curtia tanto posar para fotos: sua imagem nas redes sociais era a foto de prisão.
Não curtia também gastar seu tempo com clipes. Preferia se divertir gravando raps e colecionando motos. Estava comprando uma quando foi assassinado.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

Published

on

By

Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

Continue Reading

Festas e Rodeios

Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

Published

on

By

Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

Continue Reading

Festas e Rodeios

Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

Published

on

By

Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.