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Festas e Rodeios

Autor de hits de Ed Sheeran e BTS, Fred Again também é DJ que fez pedreiro poeta ficar famoso

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Produtor britânico fala ao g1 sobre funk, eletrônica e processo de criação: ‘É normal tentar impressionar outras pessoas e aí tem que fazer só uma coisa: a versão mais pura da ideia original.’ Frederick John tem nome de jogador da seleção brasileira sub-20, mas é o nome de batismo do DJ e produtor inglês Fred Again. Com certeza, você já ouviu alguma música criada por ele e cantada por popstars como Ed Sheeran, Pink e BTS. Quando veio a São Paulo no mês passado, porém, ele não tocou nenhum desses sucessos.
Sentado no sofá de seu camarim no Autódromo de Interlagos, antes de tocar no Lollapalooza, ele joga uma garrafa de água para lá e para cá. Atração do palco dedicado à música eletrônica, Fred salvou o Lolla. OK, nem tanto. Mas Skrillex, escolhido para substituir Drake de última hora, antes viria ao Brasil apenas como convidado de Fred.
Em duas entrevistas ao g1, por videoconferência e pessoalmente, ficou fácil perceber que Fred é um cara pacato. É superaberto nos papos sobre música, mas dá uma travada quando o assunto é a própria vida ou os parceiros famosos. Ao falar de Skrillex, por exemplo, diz apenas que se empolgou quando o DJ mostrou a ele a mensagem com o convite para fechar o Lolla. Sem mais detalhes.
Hoje, aos 29 anos, Frederick se divide entre a carreira solo e o trabalho com outros artistas. Quem procura Fred Gibson na lista de produtores e compositores de hits dos últimos anos pode se surpreender: em 2019, ele coproduziu um terço dos singles número 1 do Reino Unido.
Entre esses sucessos estão “Make It Right”, do BTS, e a dupla “I Don’t Care” e “Bad Habits”, de Ed Sheeran. Ellie Goulding, Shawn Mendes e Charli XCX também já requisitaram seus serviços. A lista de colaboradores vai longe e o fez vencer o Brit Award na categoria melhor produtor em 2020.
O produtor e DJ Fred Again em estúdio com Ed Sheeran
Divulgação
“Quando estou trabalhando com outra pessoa, me vejo como se fosse um fã dela. Eu penso que mal posso esperar para ouvir aquele artista gravar algo assim: um tipo de letra, ou de melodia, ou determinada batida”, explica, com pausas entre as frases.
Foi uma das poucas vezes em que ele demorou mais para construir um raciocínio. “Amo ir trabalhar com outros artistas do pop, do hip hop… Tem tanta coisa divertida para explorar.”
Ao falar de sua produção solo, a resposta flui mais de boa. “Com as minhas coisas, é muito mais como se estivesse cego, jogando um monte de coisa ali. Eu não sei como vai permanecer semanas depois, quando eu pego para ouvir de novo. ‘Ah, sim, tem essa pegada’. É um processo muito mais errático.” Ele sorri ao dizer que adora “ficar perdido dentro da própria cabeça”.
O pedreiro que virou poeta
A carreira solo com o codinome Fred Again.. (assim mesmo: com uma irritante reticência interrompida no fim da alcunha) surgiu com o projeto “Actual Life”. São três edições desse “diário”, lançadas entre 2020 e 2022. A trinca de álbuns é uma pessoalíssima série de sons coletados por ele na vida digital ou real: como mensagens de áudio de conhecidos ou sons de desconhecidos falando e cantando.
“Tive uma sensação de querer criar algo. Comecei a usar vídeos da minha vida, de amigos e tudo mais, e realmente gostei da sensação que tive. Era como um diário ganhando vida. Eu fiquei obcecado por isso na mesma hora. E ainda sou”, garante. Uma vez, ouviu a performance de Carlos, um pedreiro americano da cidade de Atlanta, recitando versos “cheios de musicalidade”. O áudio virou matéria prima de uma música.
Desde o lançamento de “Carlos (make it thru)”, em abril de 2021, Fred já contabilizou centenas de tatuagens de fãs com os versos do pedreiro. São frases como “Nós somos maiores do que as coisas pelas quais passamos” e “Nós vamos superar tudo isso”.
“Você precisa se sentir irracionalmente obcecado com algo para gastar horas, horas e horas para tornar aquilo o mais simples possível”, ele teoriza, franzindo a testa. “É normal você sentir que está tentando impressionar outras pessoas e aí tem que fazer só uma coisa: a versão mais pura da ideia original.”
Fred Again, produtor e DJ inglês, gosta de tirar fotos no transporte público
Divulgação/Warner
As fotos acima não foram feitas apenas em busca de um cenário descolado e prosaico. Fred gosta de buscar ideias a partir de sons que ouve nas recorrentes viagens pelo transporte público de Londres. “Tem o som de um elevador perto de onde eu moro no sul da cidade”, ele relembra, rindo. Ele para de falar para procurar o tal barulho em seu laptop, mas não encontra durante os 15 segundos de pausa:
“É esse som ridículo. Ficou fazendo esse ruído nos últimos cinco anos e ninguém nunca se incomodou para consertar, mas é tipo… [ele imita um grunhido]. Você poderia passar semanas mexendo em um sintetizador e nunca conseguiria algo tão legal quanto isso. Já usei muito para criar sons, batidas, acordes.”
O transporte público tem a concorrência de sons pinçados da internet. “Nunca tive redes sociais até que comecei a pensar nessa ideia e daí percebi: ‘Meu Deus! O Instagram é perfeito para o que eu quero fazer’. Mas nunca tive Instagram até começar a criar essas músicas. Só uso em alguns momentos e sou disciplinado para ficar longe disso, sabe?” Ele diz ter sorte de não ter “a mente corrompida” pelas redes sociais. “O ideal, claro, é não usar em excesso. É o mesmo caso com álcool ou com drogas.”
O DJ e produtor Fred Gibson, também conhecido como Fred Again
Divulgação/Elektra
Cantando com Brian Eno
Fred sempre fala pouco da vida pessoal. Vamos a ela: nascido em uma família londrina muito, muito rica, estudou no prestigiado internato Marlborough College. Aos oito anos, começou a registrar peças clássicas no piano com o gravador de sua tia. “Passei milhares de horas tocando e estudando instrumentos como piano e percussão, marimba e xilofone. E depois um pouco de guitarra”, enumera.
Quando tinha 16, entrou em seu primeiro coletivo musical. Vários vizinhos montaram um grupo a capella, com apresentações apenas com sons vocais. Dois dos integrantes eram a cantora Annie Lennox e Brian Eno. O inglês de 74 anos, ex-membro do Roxy Music, produziu David Bowie, Talking Heads, U2 e Coldplay. Virou uma espécie de guru de Fred. Aos 18 anos, o garoto fez sua primeira produção profissional, indicado por Eno: era um projeto de Karl Hyde, do grupo galês de eletrônica Underworld.
“Quando era bem novo, eu só tinha um gravador, uma mesa de quatro canais e gravei muitas músicas com ela. Então, meu professor de violão me mostrou um computador com o Logic instalado. Então eu passei a usar aquilo toda hora”, recorda, citando o software de produção musical. Fredinho produziu centenas de músicas com aquele primeiro laptop. “Algumas eram péssimas, tão péssimas… Outras até que eram interessantes, se você olha bem para aquela ideia… até que são cool.”
A destreza com instrumentos e com a produção musical o levou aos estúdios de Ed Sheeran e similares. Com isso, começaram a surgir pedidos de entrevista, que ele prefere (quase) sempre fazer sem gravação de vídeo. “Acho que me sinto mais em paz sem vídeo, fico mais calmo. Não pareço muito natural na frente da câmera. Eu me sinto muito mais solto, mas se houver uma câmera, começo a sentir que não sou muito natural falando.”
Levando em conta a timidez, já pensou em ser um desses DJs que usam máscara? Ele ri muito com essa leve provocação. “Não, não… eu entendo o que você está dizendo, mas eu gosto de ser eu mesmo, de estar ali presente na música mostrando quem sou eu. E, para ser sincero, acho esse negócio de máscara às vezes pode ser um pouco constrangedor. Sinto que tudo que tinha para ser feito com essa ideia meio que já foi feito.”
A música pop em debate
Fred Again na frente de Skrillex (de preto) e Four Tet durante show em Londres
Divulgação/Marilyn Hue/FredAgain
Fred costuma dizer que a pergunta “Qual tipo de música você gosta?” não faz mais sentido. “Quando as coisas eram menos globalizadas, você tinha a sua casa, e os discos que seu pai e sua mãe tinham. Era com aquilo que você era criado. Mas agora que tudo está globalizado e há uma polinização cruzada total de todas essas coisas diferentes.”
Para ele, vivemos “o momento mais emocionante da história da música pop”, mesmo não sabendo o rumo que vai tomar. O raciocínio serve também para falar sobre a música eletrônica e a representação dela ao vivo.
“Há músicos incríveis com a habilidade de produzir no laptop e em estúdio, mas quando vão tocar ao vivo, isso é uma coisa menos óbvia”, ele analisa, meio pensativo. “A música eletrônica ainda é, de certa forma, uma novidade. Ainda é difícil de entender como se deve representar um trabalho que foi feito após horas e horas trabalhando no laptop, como representar isso ao vivo de modo relevante.”
O produtor e DJ Fred Again
Divulgação/Warner Music
A conclusão de Fred é que serão criados jeitos de criar performances com conceitos que fujam dos que temos hoje: bandas tocando e DJs se apresentando. “Vamos evoluir”, arrisca. “Eu comecei me apresentando como DJ tocando minhas músicas e percebi que amo fazer isso, ainda faço isso, mas sinto que isso não deve ser algo só sobre mim: eu, eu, eu. Sou pianista, sou músico, e é isso com o que eu mais me importo. Quero tocar ao vivo… amo tentar fazer com que pareça o mais ao vivo possível.”
Ele vê as apresentações de DJs superstars como “uma questão complicada”. “Alguns dos melhores produtores de todos os tempos não são instrumentistas. Então, eu acho que você tem que aceitar quem você é na hora de se apresentar: hoje, sou um DJ, o laptop é meu principal instrumento. É uma maneira totalmente respeitosa e compreensível de representar minha música. Cada artista tem um ponto forte diferente.”
Recentemente, Fred está finalizando um projeto musical que vai ser uma “surpresa” para quem o acompanha. “Você vai ouvir em breve. Sou só eu tocando todos os instrumentos. Estou procurando novas maneiras de incorporar mais instrumentos no show ao vivo, mas tem que ser por uma razão, não pode ser pegar uma guitarra por pegar uma guitarra. Precisa ter uma intenção real por trás disso.”
O fato é que Fred não fica no piloto automático quando se apresenta. Vai bem além do pack “tira o pé do chão galera”, luzes piscando e labaredas de fogo. Quando esta entrevista foi confirmada, a primeira reação de dois dos integrantes mais novinhos da redação do g1 foi: “Você tem que ver o set dele no Boiler Room”. A plataforma inglesa tem DJs tocando ao vivo para um seleto público. E para milhões de pessoas que acompanham on-line. A live de Fred Again já passou de 17 milhões de views.
Ele agradece os elogios, mas diz que a experiência foi “muito estressante”. “Estava perigosamente quente demais, como se eu não tivesse bebido água fazia tempo. Foi uma sensação de fazer quatro shows seguidos, mas eu só toquei por uma hora. Eu cheguei ao final e estava prestes a desmaiar. Foi tão caótico. Mas quando eu me lembro, foi divertido também.”
Brasil, a terra do funk e do Kondzilla
Em São Paulo, Fred viu o show de Skrillex no meio do público. O show do Lolla foi simples e pessoal, como o projeto “Actual Life”. Ele fica dividido entre teclado, discotecagem, microfone e colagens de som. Às vezes fica sentado em uma cadeira acolchoada de escritório, noutras horas fica de pé, vestindo camisa branca e calça de moletom. Ele até pensou em mudar o traje, mas desistiu. “Fico suado que nem um maluco, mas eu só usei shorts uma vez na vida, na Austrália, e eu não gostei. Mas essa calça é leve.”
No camarim, quis saber do g1 por que no Brasil ninguém chama funk de baile funk, como o estilo musical é conhecido internacionalmente. Ouviu com atenção uma breve explicação sobre os subestilos de funk, baseados na origem (funk carioca, paulista, mineiro) e descobriu que baile funk é o nome da festa de funk.
Para ele, funk é “a produção mais emocionante no mundo nos últimos cinco anos”. “É absolutamente incrível. Primeiro ouvi coisas no Kondzilla, anos e anos atrás. Ficava vendo essas ideias de produção inacreditavelmente ousadas que tinham uns 700 milhões de visualizações”, recorda, citando o produtor e diretor paulista.
O equivalente ao funk britânico, segundo Fred, seria o drill ou ao grime. “Eu acho que o grime é o primo mais próximo do funk, falando da forma de produzir. É muito primal, tem uma crueza parecida. É este ingrediente, aquele ingrediente e pronto, é isso.”
O produtor e DJ Fred Again é atração do Lollapalooza 2023
Divulgação/Warner Music
Além do festival, Fred passeou pelo bairro de Pinheiros, na zona oeste, onde discotecou em alguns lugares e bebeu em vários bares das redondezas. “Ficamos andando por lá. A cultura é muito viva e inspiradora.”
O que ele fez em São Paulo é o mesmo que faz em Londres. Um dia normal começa com “uma manhã bem tranquila”. “Fico sozinho, criando umas músicas ao ar livre, próximo do Rio Thames, com o fone de ouvido. Adoro morar ali perto do rio, ficar caminhando durante a tarde. Daí produzo mais um pouco com meus amigos. Aí na sexta e no sábado gosto de sair, ir aos pubs. É uma vida bem simples.”
Nos bares, curte ver “os grandes jogos” de futebol, mas parou de acompanhar o Manchester United que tanto torceu na infância. “Quando David Beckham saiu… eu fiquei com o coração partido. Acho que eu tinha uns 10 anos. Eu fiquei me perguntando: ‘Ele pode, tipo, ir embora assim?’ Eu não sabia que aquilo era permitido.”
Ao saber que do meu interesse por futebol, ele se apressa para contar, a história de quando Garry Lineker, ex-jogador e comentarista da BBC, prometeu que apareceria na BBC de cueca caso o Leicester, modestíssimo time inglês, ganhasse a Premiere League. “Aquela temporada foi fora da realidade. Foi o momento mais maluco da história do esporte”, resume, rindo.

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Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

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Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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