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Festas e Rodeios

Ivan Conti, o baterista Mamão, fez jus ao culto dos músicos pelo suingue e energia da ‘fusion’ tropical do trio Azymuth

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Reverenciado no Brasil e no mundo, o artista carioca deixa três álbuns na discografia solo, além de incontáveis gravações com as maiores estrelas da MPB, ao morrer aos 76 anos. ♪ OBITUÁRIO – Na certidão de nascimento, o nome dele era Ivan Miguel Conti Maranhão (16 de agosto de 1946 – 17 de abril de 2023). Mas quase ninguém no universo da música o chamava por esse nome composto e algo pomposo. Na intimidade dos estúdios e dos camarins, o carioca Ivan Conti era mesmo o Mamão, um dos mais cultuados bateristas do Brasil.
Mamão foi um rei do ritmo aplaudido dentro e fora do país por músicos e seguidores do jazz latino. Um mestre do suingue que ganhou alcance planetário a reboque do trio Azymuth, fundado em 1973 por Mamão com o tecladista José Roberto Bertrami (1946 – 2012) e o baixista Alex Malheiros.
Foram exatos 50 anos a bordo do Azymuth em voo impulsionado pela singular fusão de samba, jazz e funk que caracterizava o grupo, do qual Mamão nunca se desligou. Músicos do mundo todo reverenciaram Mamão pelo suingue e pela energia dessa fusion tropical tão brasileira na origem e ao mesmo tempo tão universal pelo sotaque jazzístico que derrubou fronteiras, a ponto de o trio carioca ter sempre tocado com regularidade nos Estados Unidos e na Europa a partir dos anos 1980.
Por isso mesmo, todo o mundo da música se entristece hoje com a notícia da morte de Mamão, na noite de ontem, 17 de abril, aos 76 anos. De causa não revelada, a morte foi noticiada pela família do artista em post que informa que o velório de Ivan Conti acontecerá na quinta-feira, 20 de abril, em horário e local a serem confirmados.
Ivan Conti (1946 – 2023), o Mamão, posa no estúdio com o instrumento que lhe deu fama mundial
Reprodução / Instagram Ivan Conti
Nascido no Estácio, um dos berços do samba carioca, o artista foi herdeiro das modernidades da bossa nova. Como violonista, o então iniciante músico integrou um trio do gênero, Os Dissonantes, antes de fazer parte de conjunto de rock na década de 1960, The Youngsters, e de ganhar projeção nos anos 1970 como o baterista do trio Azymuth.
A partir da década de 1970, com ou sem os companheiros do Azymuth, Mamão imprimiu a marca do suingue em álbuns de cantores como Erasmo Carlos (1941 – 2022), Hyldon, Odair José e Raul Seixas (1945 – 1989), entre muitos outros nomes da música brasileira.
Também compositor, Mamão deixa somente três álbuns como artista solo. Foram discos autorais lançados de forma espaçada. O primeiro, The human factor, saiu em 1984. Em 1997, o artista lançou Pulsar. Por último, veio Poison fruit, lançado por Mamão em janeiro de 2019.
Ouvidos somente em nichos do jazz, esses álbuns da discografia solo de Ivan Conti são naturalmente bem menos conhecidos do que discos do baterista com o trio que lhe deu fama, como os álbuns Azymuth (1975), Águia não come mosca (1977) e Light as a feather (1979).
É sobretudo pela obra com Azymuth – e pela bateria tocada com leveza e suingue nos álbuns de estrelas da MPB – que Ivan Conti, o Mamão, fica eternizado na música brasileira.

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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Dinho fala de sertanejo no Rock in Rio e revela que Capital Incial fará turnê de 25 anos do ‘Acústico MTV’

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‘Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos’, diz cantor. No g1 ouviu, ele revelou que banda sairá em turnê comemorativa a partir de março de 2025. Sertanejo no Rock in Rio? Dinho Ouro Preto opina
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, opinou sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio. O cantor foi o entrevistado do g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quarta-feira (2).O Capital é uma das atrações que mais tocou no festival, com nove apresentações ao todo.
“Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, ele opinou.
O cantor ainda afirmou ter sentido falta de ter visto mais shows de rock e de pop no festival. Para ele, uma solução poderia ser separar melhor os dias. Na edição deste ano, em setembro, astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, com programação só brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, vão subir ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho & Xororó.
Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país – enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Turnê dos 25 anos do Acústico MTV
Na entrevita ao g1, Dinho também revelou que o Capital Inicial sairá em turnê comemorativa para celebrar os 25 anos do álbum “Acústico MTV”.
O disco foi lançado em 2000 e colocou a banda em outro patamar, segundo ele. A turnê terá Kiko Zambianchi, que também tocou no acústico, e deve passar por 25 cidades brasileiras, a partir de março de 2025.
Dinho Ouro Preto dá entrevista ao g1 Ouviu
Fabio Tito/g1

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