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Festas e Rodeios

Alaíde Costa é ovacionada no 30º Prêmio da Música Brasileira em edição que celebrou Alcione

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Justiças, tradições e ausências marcam a cerimônia que também consagrou o trio Gilsons, duplamente laureado no evento realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de ontem, 31 de maio. Lázaro Ramos, um dos apresentadores do 30º Prêmio da Música Brasileira, reverencia a cantora Alaíde Costa pelo troféu de disco de MPB
Divulgação / Prêmio da Música Brasileira
♪ ANÁLISE – Depois de Alcione, grande homenageada da 30ª edição do Prêmio da Música Brasileira, Alaíde Costa foi a cantora mais ovacionada na cerimônia apresentada com leveza por Felipe Neto e Lázaro Ramos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de ontem, 31 de maio.
Entidade da MPB, atualmente com 87 anos, Alaíde viu boa parte do público se levantar para aplaudir a cantora carioca pelo prêmio conquistado pelo melhor lançamento fonográfico na categoria MPB. O troféu veio pelo álbum O que meus calos dizem sobre mim (2022), projeto de Emicida e Marcus Preto orquestrado sob direção musical de Pupillo. Título recorrente nas listas de melhores discos de 2022, o álbum faz jus ao prêmio.
Roteirizada por Zélia Duncan e costurada por números musicais com o repertório de Alcione, a premiação também consagrou o trio Gilsons, laureado com os troféus de Melhor Grupo da categoria Pop / Rock e de Melhor Projeto Audiovisual pelo filme derivado do álbum Pra gente acordar (2022) e dirigido por Pedro Alvarenga.
Justa, a dupla vitória do trio no 30º Prêmio da Música Brasileira está em sintonia com o fato de o grupo estar lotando shows Brasil afora por ter conquistado o público jovem.
No todo, não houve grandes discrepâncias no resultado da 30ª edição da premiação criada pelo empresário José Maurício Machline em 1987, ainda que as ausências das cantoras Áurea Martins, Leila Maria e Simone tenham sido sentidas por quem sabe a importância que os álbuns Senhora das folhas (2022), Ubuntu (2022) e Da gente (2022), respectivamente, têm nas trajetórias das artistas.
Na categoria Canção popular, espécie de eufemismo para brega que engloba a produção sertaneja, a vitória de Marília Mendonça (1995 – 2011) como Melhor Intérprete já era esperada porque a cantora goiana vem reinando postumamente nas playlists nacionais.
Da mesma forma, a vitória do álbum Cássia Eller & Victor Biglione in blues (2022) na categoria Lançamento em língua estrangeira já era previsível, até porque o PMB costuma ignorar a explosão de estrelas associadas ao funk como Anitta – concorrente na categoria com o álbum Versions of me (2022) – e Ludmilla.
Na categoria Instrumental, foi injusto o esquecimento do pianista Dom Salvador, que concorria como solista e também por álbum, da mesma forma que foi merecida a premiação de Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz como Melhor Grupo.
Ao lado de Assucena, o trio Gilsons celebra um dos dois troféus recebidos pelo grupo na 30ª edição do Prêmio da Música Brasileira
Divulgação
Na categoria MPB, a vitória da banda Bala Desejo como Melhor Grupo soou tão previsível quanto merecida, já que o quarteto carioca foi uma das sensações da música brasileira em 2022. Igualmente previsível foi o prêmio de Melhor Canção para Que tal um samba? (Chico Buarque).
Na genérica categoria Música Uurbana, o rap dominou a premiação. Criolo ficou com o troféu de Melhor Intérprete. Já Baco Exu do Blues ganhou o prêmio de Lançamento pelo álbum Quantas vezes você já foi amado? (2022), título potente, mas ainda assim menos impactante na discografia do rapper baiano. Planet Hemp foi o Melhor Grupo em vitória também previsível.
As vitórias póstumas de Erasmo Carlos (1941 – 2022) e Elza Soares (1930 – 2022) na categoria Pop / Rock – pelo álbum O futuro pertence à… Jovem Guarda (2022) e como intérprete, respectivamente – seguiram a tendência de homenagens a artistas mortos recentemente. A propósito, a seção In memoriam resultou fria nesta edição do PMB.
Os resultados da categoria Regional foram mais surpreendentes. Nem tanto pelo fato de a melhor dupla ter sido Mayck & Lyan, jovens que defendem a tradição da música caipira, mas pela vitória de Lançamento ter sido de um álbum genérico na discografia de Elba Ramalho, gravado ao vivo em festa de São João.
Sem falar que Alceu Valença, artista de dimensão nacional (como Elba), foi mais uma vez enquadrado como “regional”, tendo sido eleito o Melhor Intérprete de categoria que, na realidade, reflete visão etnocêntrica de quem vive no Rio de Janeiro e em São Paulo. Regional, de fato, é Boi Bumbá Garantido, eleito o Melhor Grupo.
Na categoria Samba, a vitória do Fundo de Quintal como melhor grupo já é tradição. Diogo Nogueira foi o Melhor Intérprete, láurea justificada pelo cantor ter feito um dos melhores números musicais da noite, mas poderia ter ganhado (também) como Lançamento pelo estupendo single Fim do horizonte (2022), gravado com Hamilton de Holanda.
Justa foi a vitória do violonista Plínio Fernandes como Revelação. Músico paulista residente em Londres, Fernandes de fato chamou a atenção no ano passado, inclusive fora do Brasil.
Entre vícios e virtudes, o Prêmio da Música Brasileira chegou fortalecido à 30ª edição graças à obstinação do empresário José Maurício Machline, devidamente reverenciado pelo público no início da cerimônia que consagrou Alaíde Costa e Gilsons, além da homenageada Alcione.

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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