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O mundo afrofuturista de Ale Santos: artista cria pioneiro universo ficcional ambientado no Brasil

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Escritor paulista, que se consagrou com obra de ficção científica inspirada em mitologias do povo negro e no cenário de desigualdade social e racial brasileiro, conta detalhes de seu próximo livro e de como suas histórias fantásticas vão agora se tornar filme e jogo de RPG. Capa do RPG ‘O Último Ancestral’, de Ale Santos
CRAFTANDO JOGOS
O escritor Ale Santos, nome artístico do paulista Alexandre de Oliveira Silva dos Santos, espera que, quando um leitor pegar uma de suas obras em mãos, ele se sinta “transportado para outros mundos”.
“Quero construir um novo universo literário pop, nerd e bem brasileiro”, disse ele à BBC News Brasil.
Sua visão já rendeu um livro de ficção científica, O Último Ancestral, que no ano passado foi finalista do Jabuti, o principal prêmio literário do país.
A obra conta a história de um grupo de jovens negros e socialmente excluídos que se rebelam contra uma ditadura tecnocrata e que dissemina o segregacionismo racial.
O livro foi sucesso de público (398 pessoas o avaliaram na Amazon, com nota média de 4,8 na escala de cinco estrelas do site) e Ale Santos compartilha novidades sobre o universo que está criando: “Vai virar um jogo de RPG, o segundo livro da saga sairá em novembro e a adaptação audiovisual está na fase de procurar por roteiristas”.
Em O Último Ancestral, publicado em 2021 pela editora Harper Collins, narra-se a saga de garotos e garotas de Obambo, área periférica e pobre do distrito futurístico de Nagast. Obambo é referência ao mito de uma figura sobrenatural, comum a tribos da África Central; e Nagast é, na vida real, um livro que conta a história lendária da dinastia salomónica dos imperadores da Etiópia, escrito há sete séculos e também referência para o movimento religioso Rastafari.
“Peguei formas de contar histórias de fantasia, como fazia J.R.R. Tolkien (escritor britânico, da saga ‘O Senhor dos Anéis’), e de ficção científica, como Isaac Asimov (norte-americano, autor, dentre outros, do clássico ‘Fundação’), e me perguntei ‘E se eu fizer isso, mas com referências da cultura negra?'”, disse Ale Santos, na entrevista.
Santos buscou inspirações em mitologias brasileiras. Citou, por exemplo: “o congado (evento religioso com elementos católicos e que, com dança e cortejo, celebra uma cena da coroação do rei do Congo), a cavalhada (tradição de origem portuguesa) e a Festa de São Benedito, que eram celebrações comuns na região onde nasci”.
O escritor é de Cruzeiro, cidade paulista com menos de 90 mil habitantes, próxima das fronteiras do estado de São Paulo com o Rio de Janeiro e com Minas Gerais. Cresceu em uma região pobre, conhecida como Morro do Itagaçaba, ou Morro da Cocada.
A geografia da fictícia Nagast, de seu livro, inspira-se na de cidades brasileiras. Obambo, povoado majoritariamente por negros, é uma enorme favela; enquanto isso, nas áreas centrais da cidade futurista mora a elite, tanto de pessoas brancas quanto de seres que são metade humanos, metade máquinas.
Personagens das histórias de Ale Santos também são inspirados no ambiente pobre e periférico em que o autor viveu.
“Uso arquétipos da periferia”, afirmou ele hoje, aos 36 anos, e morando em Belém, no Pará, para onde se mudou neste ano para morar com a namorada.
“Em O Último Ancestral, o personagem Zero, por exemplo, é chefe do crime, mas também é uma figura paternalista para o protagonista. Como aquele amigo nosso no colégio, que pode acabar se tornado bandido, sendo preso, mas que para nós não é um vilão. Minha literatura anda nessa zona cinzenta”.
Afrofuturismo
Ale Santos disse que se inspirou em clássicos para criar super heróis com referências negras
DIVULGAÇÃO
O estilo adotado pelo escritor paulista é chamado de “afrofuturismo”. O gênero tem ganhado popularidade principalmente com produções hollywoodianas.
Os filmes da série Pantera Negra, dos estúdios da Marvel, e as produções do cineasta Jordan Peele, ganhador do Oscar de melhor roteiro pelo filme Corra!, de 2017, são considerados afrofuturistas. Assim como a série de TV Lovecraft Country, da HBO. Na literatura, um dos nomes mais conhecidos é o do norte-americano Colson Whitehead, ganhador de dois prêmios Pulitzer, em 2017 por The Underground Railroad: Os caminhos para a Liberdade (que inspirou uma série da Amazon Prime), e em 2020 por O reformatório Nickel.
“O afrofuturismo é uma forma de imaginar futuros possíveis pelas lentes da cultura negra”, definiu a curadora de arte norte-americana Ingrid LaFleur, estudiosa do tema, em palestra para o evento TEDx em 2011, em Nova York. Ela complementou: “Vejo o afrofuturismo como forma de encorajar experimentações, reimaginar identidades e ativar nossa liberação”.
Para Ale Santos, hoje ocorre uma “Primavera negra da ficção”, porque “as pessoas estão querendo histórias com novos sabores”.
“Mas me preocupa que a audiência majoritária tem olhado quase que só para a produção dos estadunidenses”, critica ele. “Quero também colocar a nossa perspectiva, construir o afrofuturismo brasileiro. Enquanto nos Estados Unidos olham para as mitologias egípcias como inspiração, aqui nós temos o samba, a influência iorubá e tanto mais”.
No Brasil, ainda são poucos os representantes do gênero. Além de Ale Santos, há nomes como os das escritoras Sandra Menezes (de O céu entre mundos) e Lu Ain-Zaila (Sankofia: breves histórias afrofuturistas).
Próximos passos: livro, filme e RPG
Está prevista para ser lançada até o fim do ano a continuação da saga iniciada em O Último Ancestral. Em A Malta Indomável, a história se passará em uma cidade vizinha a Nagast, a Sumé (o nome é referência a uma divindade amazônica). Além de explorar o rico caldo da cultura afrobrasileira, a história também tem influência de mitologias indígenas e ribeirinhas do Brasil.
“Enquanto no primeiro livro levantei temas como segregação racial e tecnológica, a aventura na cidade de Sumé irá tratar de assuntos como fanatismo religioso”, antecipou o autor, que diz ter tido experiências com religiões cristãs e afrobrasileiras, mas agora se define como irreligioso.
Na história, que faz alegoria ao O Mágico de Oz, três jovens que descobrem ter superpoderes desafiam as autoridades, que, apesar dos avanços científicos, pregam dogmas – com base na crença no deus de origem tupi – como o de que deficientes físicos não podem ser tratados clinicamente ou com o uso de tecnologias como próteses.
Já em julho do ano passado, a RT Features, produtora cinematográfica do brasileiro Rodrigo Teixeira, renomada por filmes hollywoodianos como Me chame Pelo Seu Nome, ganhador do Oscar de melhor roteiro adaptado em 2018, adquiriu os direitos de O Último Ancestral para uma adaptação audiovisual.
Ale Santos afirma que a produção está agora na fase de criação de propostas de roteiros e, por ora, está sendo pensada como um filme ou uma série para lançamento em uma plataforma de streaming.
Está também em desenvolvimento um jogo de RPG baseado nesse novo universo ficcional afrobrasileiro.
RPG é a sigla para “role-playing game” (em inglês, “jogo de interpretação de papéis”). Gênero cujo exemplo mais popular é o da linha Dungeons & Dragons, o D&D, e que ganhou fama também como um estilo de videogame.
No caso de O Último Ancestral, a adaptação será para o que se conhece como um RPG “de mesa”, com dinâmica similar à de um jogo de tabuleiro, no qual cada jogador interpreta um papel e um líder, o “mestre”, narra a história.
Enquanto os exemplos mais famosos de RPG costumam girar em torno de figuras de sagas de fantasia, como magos e elfos, a versão criada pelo escritor em parceria com a empresa paranaense Craftando se inspira no universo afrofuturista de Ale Santos.
No lugar dos feiticeiros e cavaleiros de armaduras reluzentes, espere por personagens como cybercapoeristas, mestres orisis e malungos. A previsão é que será lançado um primeiro modo de teste do jogo nos próximos três meses, junto com uma pré-venda, em modelo de site de financiamento coletivo.
Outros projetos
“Pelo ponto de vista financeiro, hoje consigo viver como escritor, o que vejo como um privilégio no Brasil. Mas não posso parar de produzir”, afirmou Ale Santos. O Último Ancestral, inclusive, não foi o primeiro livro do autor paulista. Ele começou apostando em uma compilação de histórias resgatadas do passado de grandes reinos de povos negros que, segundo defende, “se tornaram invisíveis ao serem apagadas no colonialismo e pós-colonialismo”.
Rastros de resistência: histórias de luta e liberdade do povo negro, sua obra de estreia e que contou com prefácio assinado pelo rapper Emicida, foi lançada em 2019 pela editora Panda. Em 2020, foi finalista do prêmio Jabuti na categoria Ciências Humanas. No livro, narra sagas e mitos como a de um quilombo na Colômbia; a de uma guerreira negra que combateu navios negreiros; e da origem da mandinga no Brasil. Escreveu ele na obra: “As histórias não são apenas um pedaço de cada povo antigo: são pedras fundamentais para reconstruir novos impérios culturais africanos pelo mundo”.
Algumas das histórias serviram depois de inspiração para a construção do mundo de ficção científica que já leva sua marca. O personagem Bento, por exemplo, definido como um “cybercapoeirista”, é inspirado em Benedito Meia-Légua, líder quilombola do Espírito Santo, cuja saga é tema de um dos capítulos de Rastros de resistência.
“Ele usa elementos de nossa cultura, mesclando com o afrofuturismo, de maneira apoteótica, sem em nada dever aos autores estrangeiros do gênero. É melhor, aliás”, comenta o desenhista gaúcho Rafael Albuquerque, em entrevista à BBC Brasil. Albuquerque é um dos mais renomados quadrinistas nacionais, ganhador do prêmio Eisner (considerado o “Oscar das histórias e quadrinhos”) de 2011, pela série American Vampire, feita em parceria com nomes como o escritor norte-americano Stephen King, renomado pelos livros de terror, a exemplo de clássicos como O Iluminado, de 1977, A Zona Morta, de 1979, e It: A Coisa, de 1986.
Ale Santos e Albuquerque têm duas parcerias juntos. A primeira foi com a criação, ao lado do colega Douglas Lopes, das ilustrações da capa de O Último Ancestral. A segunda ainda está para sair. Em março deste ano, anunciaram que farão juntos um conto, em formato de história em quadrinhos, ambientado no universo de Assassin’s Creed, título famoso por videogames, livros e congêneres que são sucesso da cultura pop mundial. A desenvolvedora francesa Ubisoft, por meio de uma produtora canadense terceirizada, havia convidado primeiro Albuquerque para o trabalho. Foi aí que o artista gaúcho indicou Ale Santos como roteirista, enquanto ele se encarregou dos desenhos.
As aventuras da série Assassin’s Creed tradicionalmente acontecem em diferentes épocas, ambientadas em momentos históricos da humanidade, como durante o Império Romano, no Renascimento, na era dos vikings ou no auge da pirataria em ilhas caribenhas.
A história em quadrinhos assinada por Ale Santos e Rafael Albuquerque – ainda sem data prevista para publicação – será a primeira a se passar no Brasil. “Em São Paulo, na década de 1970, nos porões da ditadura militar”, antecipou o autor paulista.
Albuquerque diz que tomou a iniciativa de convidar o colega para ser coautor da obra por considerá-lo “o melhor escritor brasileiro de ficção científica, um dos mais talentosos do planeta; e ainda empenhado, como eu, em valorizar as ricas mitologias de nosso país, de forma apoteótica e pop, inclusive para sermos lidos pelos gringos”.
Origem
Os primeiros contatos de Ale Santos com a literatura se deram na escola, quando tinha por volta de 12 anos, e uma professora apresentou a ele leituras como clássicos da fantasia e da ficção científica. Assim, encantou-se por histórias como as do detetive Sherlock Holmes, a do bárbaro Conan e dos Cavaleiros da Távola Redonda.
Também foi nessa época em que conheceu os jogos de RPG. Por influência de um amigo, tornou-se um “rpgista”, ou seja, um jogador de RPG. Foi aí que começou a ler obras como os livros da saga de O Senhor dos Anéis.
“A minha forma de contar histórias têm influência direta de como se narram as aventuras em mesas de RPG”, observou ele, com o olhar de agora, como escritor de sucesso.
Cursou faculdade de publicidade com bolsa do governo federal e trabalhou como redator, por seis anos, em uma produtora de conteúdo. Poucos dias após ser demitido, em junho de 2018, publicou um tuíte que, segundo ele próprio, foi o marco que mudou sua carreira.
Em uma série de pequenos textos – uma thread, ou, em português, um “fio”, no jargão do Twitter –, contou a sanguinolenta história do rei Leopoldo II, da Bélgica, cujas ações ditatoriais e coloniais no Congo, entre 1885 to 1908, levou à morte de milhões de pessoas (as estimativas vão de 8 a 20 milhões de congoleses): “(Leopoldo II) aterrorizava vilas inteiras exigindo marfim e borracha (…) as famílias que não batiam as metas impostas tinham seus membros decepados (…) oficiais belgas construíam cercas de crânios ao redor de suas casas, para intimidar quem ousasse desobedecer”.
O tuíte viralizou na rede social, o que o motivou a escrever mais threads sobre histórias dos povos negros. Hoje, Ale Santos conta com em torno de 140 mil seguidores no Twitter, além de 83 mil no Instagram.
O sucesso de seus textos curtos na internet atraiu a atenção de editoras brasileiras. Os capítulos de seu primeiro livro, o Rastros de resistência, são inspirados no conteúdo publicado pelo autor nas redes sociais.
Escreveu o rapper Emicida, no prefácio da obra: “Ale Santos, nesse sentido, é como Oxóssi no famoso conto iorubá, onde ele enfrentou o pássaro da morte e vence! Ele tinha uma única flecha (no caso de Ale, suas redes sociais), mirou e atingiu em cheio quem tenta (ainda hoje) roubar e esconder nossos reflexos na história do mundo”.
Após sua obra de estreia concorrer ao prêmio Jabuti, as editoras voltaram a procurá-lo, em busca de novos trabalhos. Foi quando o escritor decidiu que se dedicaria à ficção científica e, em específico, ao afrofuturismo.
Concluiu ele: “Cresci estudando em escolas que ensinavam literatura racista, como a de Monteiro Lobato, cujo conteúdo incentivava e normalizava que meus colegas me chamassem de ‘saci’, além de outras ofensas, no meio do colégio. No trabalho, quis trazer a discussão do segregacionismo – racial, tecnológico, religioso. Agora me reúno com produtores de Hollywood para falar de um filme sobre meus livros, que promovem a cultura afrobrasileira”.

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
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Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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