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Festas e Rodeios

Erasmo Carlos é revivido em potente álbum póstumo com gravações inéditas de três shows dos anos 1970

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Homenagem aos 82 anos que o artista faria hoje, 5 de junho, o disco inclui músicas raras em roteiros de apresentações do cantor, como ‘Café da manhã’ e ‘Os sete gatinhos’. Capa do álbum ‘Erasmo Carlos ao vivo – Anos 70’
Divulgação
Resenha de álbum
Título: Erasmo Carlos ao vivo – Anos 70
Artista: Erasmo Carlos
Edição: Discobertas
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Erasmo Carlos (5 de junho de 1941 – 22 de novembro de 2022) faria hoje 82 anos se não tivesse saído de cena há seis meses, enlutando sucessivas gerações de roqueiros brasileiros. O aniversário é festejado com a edição do primeiro lançamento fonográfico póstumo do Tremendão, Erasmo Carlos ao vivo – Anos 70.
Produto da descoberta de gravações inéditas, ouvidas e avalizadas em 2017 pelo artista carioca, que chegou a supervisionar o lançamento dos registros ao lado do filho e empresário Léo Esteves, o álbum reúne 25 números de três shows realizados pelo cantor em 1975, 1977 e 1979 com bandas e repertórios diferentes.
Na era dos CDs, o produtor e pesquisador musical Marcelo Fróes teria posto no mercado uma caixa com três discos, um com cada registro de show, como fez tantas vezes ao lançar inéditas gravações ao vivo de cantores e grupos.
Na era da música digital, o álbum está nos aplicativos de música – disponível desde sexta-feira, 2 de junho – com as 25 faixas alocadas lado a lado sem maiores informações sobre a procedência das gravações.
As primeiras nove faixas foram extraídas de show apresentado por Erasmo na cidade de São Paulo (SP), em 1975, com a Cia. Paulista de Rock. Considerados os limites técnicos da época, pode-se dizer que o som está potente. A pegada da banda é afiada, como fica claro logo na primeira música, O homem da motocicleta (Motorcycle man, Floyd Robinson, em versão em português de Erasmo Carlos, 1966).
Trata-se de show de rock, às vezes do primal rock’n’roll da década de 1950 que tanto fascinou o garoto da Tijuca. Música cantada em inglês com emissão sofrível (mas quem liga para dicção no mundo do rock’n’roll?), Bolas azuis (Gabriel, Ion, Rubão, Paschoal, Perna e Amiden, 1974) encerra a primeira gravação com declaração de amor de Erasmo a esse tal de roque enrow.
A música Bolas azuis fez parte do álbum 1990 – Projeto Salva Terra!, lançado pelo cantor em 1974. Desse disco, Erasmo também rebobina no show Sou uma criança, não entendo nada (Erasmo Carlos e Ghiaroni, 1974), A lenda de Bob Nelson (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1974) e Haroldo, o robot doméstico (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1974). Várias faixas ultrapassam os sete minutos de duração.
“A Bolha e Erasmo Carlos estão felizes por essa maravilha”, ressaltou o cantor no palco do Museu de Arte Moderna, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em show apresentado em 1977. Desse show, feito com a banda A Bolha e também pautado pelo rock, o álbum eterniza seis músicas.
Entre sucessos da Jovem Guarda, há duas parcerias de Erasmo com Roberto Carlos – Análise descontraída e Filho único – apresentadas pelo Tremendão no ano anterior no álbum Banda dos Contentes (1976).
Os hits das jovens tardes de domingo reaparecem no terceiro show, captado em 1979 na boate Biblos na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Trata-se da menos roqueira das três apresentações, até pelo intimismo inevitável no palco de uma boate.
Por esse intimismo, nesse show, Erasmo abriu espaço para baladas da parceria com Roberto, como Sentado à beira do caminho (1969) e Café da manhã (1978), surpresa do roteiro por ser essencialmente uma canção do Roberto – “Caçulinha bem metida à besta que já está querendo disputar na linha das nossas preferidas de todos os tempos, e está conseguindo isso”, com brincou o cantor antes de servir terna e serenamente Café da manhã ,com direito à citação de Os seus botões (1976), outra canção sensual da dupla (também citada por Roberto no registro original de Café da manhã).
Outro atrativo do roteiro é a inclusão no roteiro de Os sete gatinhos – música-tema do filme lançado pelo cineasta Neville D’Almeida em 1980 – e de Quero voltar, tema inspirado pela anistia. Lançadas em single por Erasmo naquele ano de 1979, essas duas parcerias com Roberto Carlos nunca fizeram parte dos álbuns oficiais do Tremendão.
Além dessas eventuais surpresas do repertório, dois fatores potencializam o valor documental e musical deste lançamento póstumo de Erasmo Carlos. O primeiro é que as gravações são dos anos 1970, década em que inexistiu um registro ao vivo do cantor. O segundo é que, embora o auge de popularidade da carreira solo de Erasmo tenha acontecido na primeira metade dos anos 1980, o pico de criatividade foi na década anterior.
Erasmo até recuperou o vigor jovial a partir do álbum Rock’n’roll (2009), mas o culto ao Gigante gentil persiste muito por conta da produção fonográfica da década de 1970, mote deste bem-vindo e potente álbum póstumo que reaviva o legado de Erasmo Esteves, o mais roqueiro dos Carlos.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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Frank Fitz, do ‘Caçadores de Relíquias’, morre aos 58 anos

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‘O que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado’, escreveu seu colega de trabalho Mike Wolfe. Frank Fritz, de ‘Caçador de Relíquias’
Reprodução
Morreu aos 58 anos Frank Fritz, que ficou conhecido por apresentar o reality “Caçadores de Relíquias”. Ocorrida nesta segunda-feira (30), a morte foi confirmada por seu colega de trabalho Mike Wolfe, num post no Instagram. A causa não foi revelada.
“É com o coração partido que compartilho com todos vocês que Frank se foi na noite passada. Eu conheço Frank por mais da metade da minha vida e o que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado”, escreveu Wolf.
Frank Fritz morreu dois anos após sofrer um derrame. Ele é conhecido por ter apresentado “Caçadores de Relíquias” entre os anos de 2010 e 2020. No reality, o público acompanhava suas buscas por itens raríssimos.

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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