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Festas e Rodeios

Sob aplausos e cantos, corpo de Zé Celso deixa Teatro Oficina após velório e é levado para crematório

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Marcada por forte emoção e teatro lotado, cerimônia começou às 23h de quinta-feira (6) e foi encerrada às 12h20 desta sexta (7). Dramaturgo, que revolucionou a arte do país, será cremado no crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. Corpo de Zé Celso deixa Teatro Oficina em SP
Luiza Vaz/TV Globo
O corpo do dramaturgo Zé Celso Martinez, de 86 anos, deixou o Teatro Oficina, no Centro da capital, após um velório marcado por forte emoção de artistas, amigos e familiares.
O caixão foi fechado sob aplausos e cantos do público presente, que lotou o espaço para se despedir.
A cerimônia começou às 23h desta quinta-feira (6) e foi encarrada por volta das 12h20 desta sexta (7).
Público assiste a rito de despedida de Zé Celso Martinez na rua, em frente ao Teatro Oficina, no Centro de SP
Claudia Castelo Branco/g1
Antes do encerramento da despedida, o Teatro chegou a ser fechado para o público e reservado apenas aos familiares e amigos.
O teatro fica na Rua Jaceguai, 520, no Bixiga, Centro da capital. O corpo de Zé Celso foi recebido sob muitos aplausos, tambor e gritos de “viva, Zé”.
Corpo de Zé Celso Martinez chega ao Teatro Oficina para o velório do diretor
Reprodução/GloboNews
O velório foi aberto ao público, e a rua foi fechada para a passagem dos carros. Um telão foi montado na rua para a transmissão do rito.
Teatro Oficina se prepara para a chegada do corpo de seu criador, o dramaturgo Zé Celso Martinez
Reprodução/GloboNews
Os atores Julia Lemmertz e Alexandre Borges se juntam a multidão para acompanhar a chegada do corpo de Zé Celso ao Teatro Oficina, onde acontecerá o velório
Claudia Castelo Branco/g1
No início da noite, enquanto aguardavam a chegada do corpo, as pessoas no teatro seguravam rosas brancas e cantavam, emocionadas: “Enquanto eu puder cantar, enquanto eu puder seguir, enquanto eu puder sorrir”.
Atores e atrizes cantam e dançam em velório do fundador do Teatro Oficina, Zé Celso
Integrantes do Teatro Oficina homenageiam fundador, Zé Celso em velório
Muitas gerações compareceram à homenagem. Artistas conhecidos da televisão se misturaram aos do teatro, do cinema e a crianças.
Os versos “sambando nesse carnaval com a minha arte, que é imortal”, do samba-enredo “Quatro Séculos de Paixão – História do Teatro Brasileiro”, da Vila Isabel, foram entoados por todos no início do rito.
Em fila, também cantaram a marchinha carnavalesca “Mamãe eu Quero”. E, de repente, surgiu o som de tambores. O rito teve muitas performances e diversidade, tudo com um toque do dramaturgo.
Integrantes do Teatro Oficina se abraçam em velório do fundador, Zé Celso
Claudia Castelo Branco/ g1
Sob coroas, artistas fizeram saudações a Oxum, a orixá do amor e das águas doces, em frente a uma fonte de água decorada com coroas.
Atores e atrizes do Teatro Oficina homenageiam Zé Celso com música e dança em velório
Despedida de Zé Celso, no Teatro Oficina
Claudia Castelo Branco/ g1
Elvis da Paulista também marcou presença na despedida. Se diz fanático pelo dramaturgo e conta que assistiu a “Bacantes”.
Velório de Zé Celso é marcado por pessoas fantasiadas, música e dança
Claudia Castelo Branco/ g1
Vera Valdez, modelo da Channel e atriz da velha guarda, canta “Fundamental é mesmo o amor” e tem o ar de tranquilidade. Muito cumprimentada, pede uma música. O g1 diz que sente muito pela perda. Ela responde: “Ele é imperdível”, e ri.
Vera Valdez, atriz, em despedida de Zé Celso, no Teatro Oficina
Claudia Castelo Branco/g1
O ator Reinaldo Renzo acompanha a performance da arquibancada superior do Oficina e se diz triste. “Não podia ser diferente. Não esperava menos que isso. E vai esquentar.”
Artistas homenageiam Zé Celso cantando em velório no Teatro Oficina, em SP
O clima de fato foi esquentando. Quando tocou o hit “Sequência de Lovezinho”, pessoas cantaram e levantaram os braços segurando flores. Depois fizeram um círculo e cantaram: “Pois são tantos altos e baixos. O amor é filho de tempo e, assim como ele, é bossa nova”. De repente, uma árvore passou. Um laço cor de rosa amarrado numa outra. O cheiro da fumaça do pau de índio subiu. O tambor frenético.
Mãe e filho que moram na vizinhança do teatro observavam o rito. Ubirajara de Andrade e Maria Gracilete não são frequentadores assíduos. “Gostaria de ter participado mais”, diz Ubirajara. A ideia é que eles passem a ir mais vezes. É a continuidade que Zé Celso tanto defendeu.
Em torno das 19h30, uma pausa. Exaustos, param para derramar lágrimas. “Vamos todos nós dar as mãos e celebrar esse amor que Zé deixou aqui. A união entre artistas, plateia, amantes da arte”, falam. Aplausos tomam conta do local. Cantam sobre flores. “Flores horizontais. Flores da vida.”
“Viva o Teatro Oficina”, grita uma atriz veterana. Mais aplausos. O silêncio toma conta. Mas não por muito tempo…
“Será que ninguém quer falar nada?”, interrompe Vera.
O cantor Otto e amigos aguardam a chegada do corpo de Zé Celso Martinez em bar ao lado ao Teatro Oficina, no Centro de SP
Claudia Castelo Branco/g1
Renato Mendes, ator e Tassio Acosta, professor, aguardavam a chegada do corpo de Zé em um bar ao lado do teatro. Não estavam sozinhos. Emocionado, o músico Otto os presentou com um alecrim. “Um Evoé, saudação do teatro grego que Zé Celso mantinha viva nas suas peças”, explicou Renato.
“O mais difícil agora será viver no Brasil sem o Zé. Eu o conheço desde os 14 anos”, conta Otto, com olhos marejados.
Mika Lins no papel de Cleide Yaconis
Lenise Pinheiro
Ao g1, a atriz Mika Lins destacou a “conexão com o tempo” como uma das grandes qualidades do diretor. “Com aqui e agora, com o que surgia de música, com as evoluções tecnológicas. Era um profundo conhecedor de teatro, um encenador criativíssimo e um homem que dirigia atores como ninguém.”
Zé e Leona
Arquivo pessoal
A passagem de Mika pelo Teatro Oficina aconteceu em 1999 na peça “Cacilda”. Experiência que mudou sua vida.
Leona na sua estreia como Ofélia em Hamlet
Lenise Pinheiro
A atriz Leona Cavalli, que começou sua carreira no Teatro Oficina, com “Hamlet”, relembra o casamento de Zé Celso com Marcelo Drummond, no Oficina. Ela teve que sair mais cedo da cerimônia. “Zé me olhou e disse: ‘Até sempre´”. O “até sempre” desta quinta-feira não parece ter data para acabar.

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Festas e Rodeios

Duo Prettos faz brinde aos 50 anos do primeiro álbum solo de Cartola em tributo reverente ao mestre do samba

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Capa do álbum ‘Um brinde ao mestre Cartola 74’, do duo Prettos
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Um brinde ao mestre Cartola 74
Artista: Prettos
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Poucos discos brasileiros alcançaram a perfeição atingida por Cartola (1974), primeiro álbum solo de Angenor de Oliveira (11 de outubro de 1908 – 30 de novembro de 1980), nome de batismo do cantor, compositor e músico carioca imortalizado como Cartola no olimpo do samba.
Gravado com produção musical de João Carlos Botezelli (1942 – 2021), o Pelão, e com arranjos e regências do maestro Horondino José da Silva, o violonista Dino Sete Cordas (1918 – 2006), esse álbum antológico ganha homenagem da dupla Prettos pelos 50 anos completados em 2024.
Bambas do samba de São Paulo (SP), criadores do Quinteto em Branco e Preto e posteriormente do Quintal dos Prettos, roda imponente no circuito de Sampa, os irmãos Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira recriam com evidente reverência o repertório do álbum Cartola em disco, Um brinde ao mestre Cartola 74, que aporta no mercado em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Disco que deu reconhecimento tardio ao compositor, quando o bamba da escola de samba Mangueira já caminhava para os 66 anos, o álbum Cartola apresentou obras-primas como Disfarça e chora (Cartola e Dalmo Castello, 1974) e Corra e olhe o céu (Cartola e Dalmo Castello, 1974), além de ter reapresentado sambas e sambas-canção do alto quilate de Acontece (1972), Alegria (1968), O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros, 1964), Quem me vê sorrindo (Cartola e Carlos Cachaça, 1974), Sim (Cartola e Osvaldo Martins, 1952 ) e Tive sim (1968).
Com sonoridade calcada nas tradições do samba, como se o brinde fosse feito em 1974, o duo Prettos aborda o repertório na ordem em que as 12 músicas aparecem no álbum Cartola.
Samba lançado por Elza Soares (1930 – 2022) um ano antes do registro autoral do compositor, Festa da vinda (Cartola e Nuno Veloso, 1973) exemplifica a opção dos Prettos por cantar o disco cinquentenário como se estivesse no quinta da dupla paulistana.
Grande e melancólico samba lançado na voz de Paulinho da Viola em disco de 1968, Amor proibido ganha as vozes de Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira em gravação que ecoa a descontração de uma roda de samba, mas com requinte instrumental evocativo do som dos conjuntos regionais dos anos 1940 e 1950.
É nesse clima que os Prettos ambientam o samba menos conhecido do repertório lapidar, Ordenes e farei (Cartola, 1974), e também o já mencionado samba solar que arremata o álbum, Alegria, lançado no disco coletivo Fala Mangueira (1968), gravado por Cartola com Carlos Cachaça (1902 – 1999), Clementina de Jesus (1901 – 1987), Nelson Cavaquinho (1911 – 1986) e Odete Amaral (1917 – 1984).
Tributo coerente com a discografia dos Prettos, o álbum Um brinde ao mestre Cartola 74 gera show programado para ser apresentado no Sesc Santana, em São Paulo (SP), em 15, 16 e 17 de novembro. No show, Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira irão além do repertório do álbum Cartola, dando voz a outros standards do mestre que saúdam com carinho neste tributo calcado na reverência.
Magnu Sousá (à esquerda) e Maurílio Oliveira, integrantes da dupla Prettos, lançam em 20 de novembro o álbum ‘Um brinde ao mestre Cartola 74’
Divulgação

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Oasis no Brasil: banda anuncia shows em SP em 2025

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Banda se apresentará no estádio Morumbis, em São Paulo, no fim de novembro de 2025. Oasis
Reprodução/Instagram
Após muita especulação, o Oasis confirmou que virá ao Brasil em sua turnê de retorno. A banda anunciou dois shows, nos dias 22 e 23 de novembro de 2025, no Morumbis.
“O Carnaval chegou cedo”, brincou a banda. A venda geral começa no próximo dia 13, às 10h, na Ticketmaster.
LEIA TAMBÉM: Oasis anuncia retorno 15 anos após separação
O negócio milionário por trás das voltas de grandes bandas
Os valores dos ingressos variam entre R$ 245 (fan ticket, meia-entrada) e R$ 1.250 (cadeira superior, inteira).
O anúncio da turnê marca as primeiras apresentações do Oasis na América do Sul em 16 anos. A banda já esgotou datas no Reino Unido, Irlanda, América do Norte e Austrália.
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A volta do Oasis
Uma das maiores bandas dos anos 90, o Oasis foi fundado em 1991 na cidade de Manchester, na Inglaterra. Desde o disco de estreia, a banda já se destacou como um dos grandes expoentes do rock britânico da década. Hoje, o Oasis ultrapassa a marca de 75 milhões de discos vendidos.
No fim de agosto de 2009, Noel anunciou sua saída definitiva da banda. “É com tristeza e grande alívio que digo que desisto do Oasis esta noite”, escreveu o guitarrista em seu site. “As pessoas podem dizer o que quiserem, mas eu simplesmente não consigo trabalhar com Liam por mais nenhum dia”.
Diante da dificuldade de reconciliação entre os irmãos, a volta do Oasis nunca foi garantida. “Eu não acho que passaríamos do primeiro refrão de ‘Rock and Roll Star'”, disse Liam à “Rolling Stone” em 2020.
O próprio Liam está em turnê para comemorar os 30 anos de “Definitely Maybe”. Segundo o vocalista declarou ainda em fevereiro, ele chegou a convidar o irmão para essa leva de shows, mas Noel recusou.
No dia 27 de agosto deste ano, o Oasis anunciou oficialmente o seu retorno, com Liam e Noel de volta à banda – 15 anos após o conflito que os separou.
Uma das bandas mais icônicas dos anos 90, o Oasis, está de volta depois de 15 anos

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Chris Martin cai no palco durante show do Coldplay na Austrália

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Vocalista foi auxiliado por funcionário no palco. ‘Meu Deus, isso quase foi um momento de YouTube’, brincou o cantor. Chris Martin cai em show do Coldplay na Austrália
Chris Martin, vocalista do Coldplay, caiu em um buraco no palco durante um show da banda em Melbourne, na Austrália.
O cantor estava conversando com a plateia e não viu o buraco, mas foi imediatamente auxiliado por um funcionário após cair. Chris não pareceu se machucar e se levantou em seguida, continuando o show.
“Isso foi… não foi planejado. Obrigado por me pegar. Meu Deus, isso quase foi um momento de YouTube”, brincou o cantor.
Chris Martin cai em show do Coldplay
Reprodução/TiKTok
Um incidente similar aconteceu com a cantora Olivia Rodrigo em outubro. Ela também caiu no palco, na Austrália, mas não se machucou.

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