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Festas e Rodeios

A Barbie pode se tornar o novo Homem de Ferro?

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Ynon Kreiz, CEO da fabricante de brinquedos Mattel, fala à BBC sobre futuro da marca que fabrica boneca mais famosa do planeta. Margot Robbie e Ryan Gosling contracenam em ‘Barbie’
WB via BBC
À primeira vista, pode parecer uma comparação descabida, mas o CEO da empresa de brinquedos Mattel gostaria que a Barbie fosse o próximo Homem de Ferro.
Isso porque Ynon Kreiz aspira a criar um “universo Mattel”, disse ele à BBC — repetindo o sucesso do universo Marvel, que gerou dezenas de filmes de sucesso para a Disney a partir de um elenco de personagens de quadrinhos como Thor, Capitão América e Guardiões da Galáxia.
Essa é a estratégia por trás do filme ‘Barbie’, que chega ao Brasil neste mês de julho.
Quando se tornou CEO da Mattel em 2018, Kreiz começou a trabalhar no longa-metragem, do qual é produtor-executivo.
Barbie e Ken são interpretados por Margot Robbie (‘O Lobo de Wall Street’) e Ryan Gosling (‘Blade Runner 2049’ e ‘La La Land: Melodia de Amor’), com direção de Greta Gerwig (‘Adoráveis Mulheres’).
Kreiz reconhece que há algum risco em dar à Barbie o tratamento de Hollywood, trabalhando com diretores e roteiristas que têm suas próprias ideias criativas.
Há “humor e autodepreciação” no filme, diz ele (pelo menos de sua parte, pois é interpretado por Will Ferrell (‘Saturday Night Live’ e ‘Zoolander’), um CEO controlador e um pouco enfadonho).
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Ynon Kreiz tornou-se CEO da Mattel em 2018 — ele é interpretado por Will Ferrell em ‘Barbie
Mattel via BBC
Fica claro até no trailer que a Barbie é alvo de piadas.
Para os mais gentis, ela é ingênua e inocente. Já para os mais críticos, superficial e frívola, obcecada com a aparência e incapaz de compreender o significado do sexo, da morte — ou da vida sem salto alto.
A “terra dos sonhos” da Barbie é uma utopia rosa, divorciada da realidade.
“Este filme levou 64 anos para ser feito (a Barbie foi lançada em 1959)”, diz Kreiz, “mas representa como a cultura vê a Barbie hoje”.
A Barbie continua sendo a marca mais vendida da Mattel, gerando para a empresa mais de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,2 bilhões) anualmente. Suas outras marcas incluem Hot Wheels, Masters of the Universe, Polly Pocket, Matchbox, etc.
Kreiz argumenta que as outras marcas da Mattel também têm potencial para serem transformadas em “spin-offs” de sucesso, como videogames.
O especialista em marketing e autor Mike Buonaiuto diz admirar a publicidade inventiva que a equipe por trás do filme tem feito, incluindo a listagem no Airbnb de uma “Casa dos sonhos da Barbie”.
“Mas vamos ser honestos”, diz Buonaiuto, “a oportunidade para o universo Mattel é muito diferente da Marvel, e enquanto a Barbie está sendo alimentada por colaborações nostálgicas milenares, tente fazer o mesmo para Hot Wheels, e provavelmente não será possível obter o mesmo resultado”.
“Não acredito que a Mattel possa competir com a Marvel nesse aspecto.”
Entretanto, a falência recente da Toys R Us, famosa loja de brinquedos sediada nos Estados Unidos, mostra por que fabricantes de brinquedos como a Mattel precisam diversificar seus negócios para além da venda de produtos físicos, acrescenta Buonaiuto.
Antes mesmo do lançamento do filme, Barbie vira mania, espalha cor-de-rosa nas redes sociais e ganha exposição; veja detalhes
Imagem do primeiro anúncio de TV da Barbie em 1959 — o modelo original foi inspirado em uma boneca alemã projetada para adultos, para ser dada como um presente atrevido em despedidas de solteiro
Mattel via BBC
A Barbie surgiu nos Estados Unidos em 1959, desenvolvida por Ruth Handler, co-fundadora da Mattel.
Antes dela, as bonecas normalmente assumiam a forma de bebês, para que as crianças pudessem brincar de ser pais carinhosos.
Mas as Barbies passaram a encorajar os pequenos a brincar de serem adolescentes, imaginando seu futuro através das bonecas.
Como os anúncios de TV originais veiculados durante o Clube do Mickey diziam: “Algum dia serei exatamente como você.”
Isso se mostrou atraente e um bom negócio. Mais de 1 bilhão de bonecas Barbie foram vendidas no início dos anos 1990.
Mas também houve questionamentos sobre o que exatamente as bonecas Barbie ensinam às crianças, especialmente sobre a imagem corporal.
O design original retratava Barbie como uma mulher extremamente magra, e as mensagens reforçavam ideias pouco saudáveis.
Um infame conjunto de festa do pijama criado em meados da década de 1960 apresentava balanças de banheiro fixadas em 50 kg e um livro de dieta que aconselhava: “Não coma”.
Outra Barbie falante criada no início dos anos 1990 dizia a seguinte frase: “A aula de matemática é difícil”. A Mattel mais tarde se desculpou.
Esses questionamentos continuaram a afetar a percepção das pessoas sobre a marca e, sem dúvida, estão por trás de uma queda em sua popularidade cerca de uma década atrás.
A Mattel aprendeu as lições e agora está acompanhando a evolução dos tempos, diz Kreiz.
“A Barbie é uma bandeira da diversidade e inclusão”, diz ele, “com mais de 170 tipos diferentes de Barbie em termos de forma corporal e cor de pele, e a Barbie tem mais de 200 carreiras, então as meninas podem explorar seu potencial de maneiras diferentes.”
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Barbie lançou recentemente bonecas com deficiências, membros protéticos e uma com Síndrome de Down
Mattew via BBC
A Barbie lançou recentemente bonecas com deficiências, membros protéticos e uma com Síndrome de Down.
Para se ter uma ideia, a “Barbie clássica e tradicional” representa menos da metade do negócio agora, diz Kreiz.
Esse novo compromisso com a diversidade se reflete no elenco do filme, enquanto a clássica Barbie, que é a personagem central, é gentilmente ridicularizada.
Kreiz também aponta que a Mattel está reestruturando a empresa para se adequar aos tempos atuais.
Agora, seus produtos são divididos em categorias, em vez de ter equipes dedicadas a separar produtos para meninos e meninas.
Isso apesar do fato de que muitas lojas ainda dividem os brinquedos por gênero, com corredores cor-de-rosa para meninas que querem ser princesas e azuis para meninos que gostam de dinossauros e carrinhos.
O filme da Barbie faz parte da estratégia de Kreiz para posicionar a Mattel como um “ímã de talentos”, trabalhando com pessoas como diretores de cinema para testar empreitadas novas com suas criações conhecidas.
“As pessoas que compram nossos produtos não são apenas consumidores”, diz Kreiz. “Eles são fãs, que têm uma relação afetiva com os produtos. As crianças tocam, abraçam e vão para a cama com nossos brinquedos”.
“Acreditamos na oportunidade de longo prazo para a Barbie. Mas precisamos evoluí-la, mantê-la relevante e no centro da conversa cultural.”
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Linkin Park anuncia show extra em São Paulo após 1º esgotar em horas

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Grupo se apresenta no Allianz Parque nos dias 15 e 16 de novembro. Venda geral do novo show começa quinta-feira (3). Emily Armstrong é a nova cantora do Linkin Park
James Minchin III/Divulgação
A banda Linkin Park anunciou um novo show no Brasil, no dia 16 de novembro, após os ingressos da primeira apresentação que estava marcada se esgotarem em poucas horas nesta segunda-feira (30).
Os shows do grupo acontecem no Allianz Parque, em São Paulo. O outro vai ser realizado em 15 de novembro, mesma data de lançamento do álbum “From Zero”.
A venda geral da nova apresentação tem início nesta quinta (3), pela Ticketmaster. Os preços dos ingressos variam entre R$ 240 (cadeira superior, meia) e R$ 890 (pista premium, inteira).
A pré-venda para membros do fã-clube e clientes Santander começa nesta terça (1º).
Sete anos após a morte de Chester Bennington, o Linkin Park anunciou seu retorno com uma nova formação. O grupo agora conta com uma nova cantora, Emily Armstrong, e um novo baterista, Colin Brittain.
LEIA MAIS: Quem é Emily Armstrong
Filho de Chester Bennington diz que retorno da banda ‘apagou o legado’ de seu pai
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Linkin Park: ‘Numb’ e ‘In the end’ são favoritas dos fãs para recordar Chester Bennington

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Letuce retorna temporariamente para dois shows, oito anos após dissolução, com Letrux já bem maior do que o duo

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♫ COMENTÁRIO
♩ “Não estamos exatamente de volta”, tratou de esclarecer Letícia Novaes em rede social. Mas, sim, mesmo que seja somente para dois shows, um em São Paulo (SP) e outro no Rio de Janeiro (RJ), Letuce volta à cena oito anos após a dissolução, em 2016, do duo carioca formado em 2008 pelo então casal Letícia Novaes (voz e escaleta) e Lucas Vasconcellos (voz, guitarra, violão, sintetizadores e efeitos).
O pretexto do retorno temporário do Letuce aos palcos é a edição em LP do primeiro dos três álbuns do duo, Plano de fuga pra cima dos outros e de mim, lançado em 2009. Os shows também celebrarão os 15 anos da existência desse disco inicial.
O curioso é que, nessa volta do Letuce, Letícia Novaes já se encontra em outro patamar no universo pop nacional como Letrux, nome artístico que adotou na carreira solo iniciada um ano após o fim da dupla. Em bom português, ao iniciar a trajetória individual com o álbum Letrux em noite de climão (2017), a cantora e compositora ficou (bem) maior do que o Letuce.
A artista conquistou séquito de seguidores que a acompanham com fervor. Serão esses seguidores que certamente lotarão as duas apresentações do Letuce em dezembro. E, embora a artista frise que não se trata “exatamente de volta”, tudo pode acontecer com o Letuce em 2025. Inclusive nada.

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Caso Diddy: saiba como eram as festas do rapper

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Desde a prisão do rapper americano suspeito de tráfico sexual e agressão, as festas promovidas por ele voltaram a chamar a atenção. Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Sean Diddy Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, foi preso em 16 de setembro, suspeito de tráfico sexual e agressão. Diddy ainda não foi julgado, mas nega as acusações. Desde a sua prisão, começaram a surgir imagens das famosas festas que o empresário promovia, repleta de convidados famosos.
Sean ‘Diddy’ Combs.
Jordan Strauss/Invision/AP
As conhecidas “White parties” (algo como festas do branco) eram celebradas em sua mansão no Hamptons, Nova York, e reunia estrelas do cinema, da música e empresários. Em 2019, o ator Ashton Kutcher foi questionado no programa “Hot Ones” sobre o que acontecia dentro dessas festas, mas ele se esquivou na resposta. “Tem muita coisa que não posso contar”.
Em entrevista à Oprah Winfrey, em 2006, Diddy explicou que a intenção era integrar pessoas da cultura do hip-hop com os milionários americanos. “Tirar a imagem de todos e nos colocar com a mesma cor e no mesmo nível”, disse.
Convidados ricos e famosos
Jay-Z, Will Smith, Diana Ross, Leonardo DiCaprio, Owen Wilson, Vera Wang, Bruce Willis e Justin Bieber – na época, com menos de 21 anos – foram algumas das celebridades que aparecem na lista de convidados das festas de Diddy. Em um vídeo publicado pelo site Dailymail, Diddy aparece na sacada de sua mansão falando com seus convidados. Ele pede para que as crianças saiam do local porque a festa de verdade iria começar.
“Já alimentamos vocês, demos bebidas, agora é hora de aproveitar a vida. As crianças têm uma hora restante [então] essa coisa se transforma em algo que, quando você fica mais velho, vai querer vir. Então, vamos começar a curtir, colocar as crianças longe”, diz.
Entre as imagens divulgadas pelo site, estão de mulheres seminuas na piscina e Diddy jogando champagne em um casal se beijando.
De acordo com Tom Swoope, ex-integrante da indústria musical, as festas eram separadas em níveis de acesso. Nas áreas mais exclusivas, homens e mulheres ficavam em situações sexualmente humilhantes, com promessas de dinheiro ou contratos com gravadora. Em seu relato no Youtube, Swoope conta ainda que os presentes usavam drogas, como ecstasy, cocaína – sendo inaladas em todos os tipos de superfícies, incluindo os corpos dos convidados.
Sexo forçado
Adria English, ex-atriz de filme pornô, processa Diddy alegando que foi forçada a fazer sexo durante essas festas. Segundo English, no início dos anos 2000, ela foi contratada pelo rapper como dançarina para um de seus eventos. De acordo com o processo, divulgado pela imprensa americana, nas primeiras festas, Diddy não a forçou a fazer sexo, mas que isso mudou nos eventos seguintes.
Adria explicou que foi orientada a usar um vestido preto, como um sinal para os outros convidados de que ela seria uma profissional do sexo. Ela disse ainda que as mulheres eram estimuladas a beber em garrafas específicas, com drogas misturadas.
No processo, Adria contou que não se recordava como conseguia chegar em casa, apenas se dava conta do que tinha acontecido por causa do dinheiro que carregava. Adria afirmou que Diddy a agradecia pelos trabalhos prestados, mas que ela se sentia coagida pelo rapper e com receio de que tivesse sua carreira arruinada.
O que se sabe sobre o caso e o que falta esclarecer
Prisão
Diddy foi preso no hotel Park Hyatt, na rua 57, em Nova York, na noite do dia 16 desde mês. Ainda não há data para o julgamento. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua. De acordo com o jornal “The New York Times”, as seguintes acusações estão na denúncia contra o rapper:
“Durante décadas”, Diddy “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, diz o documento da acusação, que também afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
O promotor Damian Williams disse à imprensa internacional que Diddy construiu um sistema baseado na violência para obrigar as mulheres a “longas relações sexuais”, sob efeitos de drogas e cetamina, e que o rapper gravava esses abusos.
“Quando não conseguia o que queria, era violento, (…) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos”, disse o promotor. O pedido de fiança foi negado e, até a publicação desta reportagem, Diddy permanecia preso e sem data para o julgamento. Ele nega as acusações.
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Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão

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