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Festas e Rodeios

Megalodonte: o monstruoso tubarão pré-histórico que comia os irmãos no útero

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Os extintos megalodontes eram os principais predadores marinhos de sua época — e, sem dúvida, mais aterrorizantes do que qualquer coisa que Hollywood tenha imaginado. O megalodonte foi o maior predador marinho da sua época – mais assustador do que qualquer monstro criado por Hollywood
Getty Images/via BBC
O tubarão gigante está de volta.
Cinco anos depois do primeiro filme Megatubarão – que mostrou o astro dos filmes de ação Jason Statham lutando contra um imenso tubarão pré-histórico – chega a sequência: Megatubarão 2.
Jason Statham será novamente vítima de um gigantesco tubarão supostamente extinto, de uma forma ainda mais bizarra. O trailer mostra o ator afastando com o pé a enorme mandíbula superior do tubarão e pulando sobre o animal com um jet ski.
E ainda há outra cena no trailer que envolve uma vidraça, esperando que o público seja jovem demais para ter visto outro filme mais antigo, Do Fundo do Mar (1999).
Causa um certo espanto saber que este filme claramente absurdo foi dirigido por Ben Wheatley, o renomado diretor de filmes de terror e de humor ácido, como A Field in England (2013) e Free Fire: O Tiroteio (2016). Evidentemente, ele espera dar o mesmo salto na carreira que a diretora Greta Gerwig conseguiu com Barbie.
Independente da opinião do público sobre o filme, o fato é que a criatura que ele retrata, um dia, realmente existiu.
Os megalodontes aterrorizaram os oceanos por até 20 milhões de anos até serem extintos, cerca de 3,5 milhões de anos atrás – muito antes que a humanidade pudesse conhecê-los pessoalmente.
O megalodonte foi o maior tubarão que já existiu e um dos maiores predadores marinhos do nosso planeta. Mas só nos últimos anos conseguimos conhecer com clareza o seu tamanho e saber como eles cresceram tanto. E novas pesquisas estão fornecendo informações sobre a possível forma de vida dessas criaturas, como elas caçavam e como se alimentavam.
Dentes imensos
Os megalodontes são conhecidos pela Ciência desde os anos 1840, graças aos seus enormes dentes triangulares, que costumamos encontrar fossilizados. O próprio nome “megalodonte” significa “dente grande”, em grego antigo.
A espécie foi chamada originalmente de Carcharodon megalodon, do mesmo gênero do grande tubarão-branco moderno. Mas, atualmente, ela é classificada como Otodus megalodon.
Quando se fala nos dentes enormes do megalodonte, não há nenhum exagero. Alguns espécimes têm 16,8 cm de comprimento. Para dar uma ideia, os dentes do tubarão-branco moderno chegam “apenas” a cerca de 7,5 cm.
Certamente, o megalodonte era um grande tubarão – mas de que tamanho, exatamente?
Esta seria uma questão fácil de responder se tivéssemos um esqueleto completo do animal, mas não temos. Os tubarões são peixes cartilaginosos, ou seja, seus esqueletos são feitos de cartilagem mole e não de ossos resistentes. E a cartilagem não se fossiliza adequadamente.
Por isso, os registros fósseis dos megalodontes consistem principalmente dos dentes, além de algumas vértebras parcialmente mineralizadas.
“Realmente, não temos grandes evidências sobre a aparência do tubarão”, afirma a ecogeoquímica Sora Kim, da Universidade da Califórnia em Merced, nos Estados Unidos. Ela estuda a química dos dentes do megalodonte.
Isso significa que não temos certeza sobre o verdadeiro tamanho e a forma dos megalodontes. Os paleontólogos conseguem apenas formular estimativas.
Eles medem o tamanho dos dentes dos megalodontes, comparam com os dentes de outros tubarões que têm tamanho conhecido e calculam o comprimento do corpo em escala.
Este processo é inerentemente impreciso, já que os animais maiores não são simples versões ampliadas dos seus similares de pequeno porte. Por isso, existem divergências nessas estimativas.
Vários estudos indicaram que o megalodonte poderia crescer até 18 ou mesmo 20 metros. Mas, em um estudo de 2019, o paleobiólogo Kenshu Shimada, da Universidade DePaul em Chicago, nos Estados Unidos, defendeu que essas estimativas estavam erradas.
Ele argumentou que o dente frontal superior seria a melhor medida e indica um comprimento máximo de 15,3 metros para o animal.
No ano seguinte, uma equipe liderada por Victor Perez – na época, estudante de doutorado do Museu de História Natural da Flórida em Gainesville, também nos Estados Unidos – adotou uma visão diferente.
Eles consideraram a largura dos dentes e não seu comprimento, já que a largura determina o tamanho da abertura bucal. E seu cálculo indicou que o megalodonte, de fato, poderia crescer até atingir 20 metros de comprimento.
Esta análise é “muito convincente”, segundo a paleontóloga marinha Catalina Pimiento, da Universidade de Zurique, na Suíça. E Shimada concorda que este comprimento maior é possível.
Isso significa que o tamanho do megalodonte superava em muito qualquer tubarão moderno.
O maior tubarão predador existente hoje em dia é o grande tubarão-branco. Ele costuma atingir 4,9 metros de comprimento – ou seja, o megalodonte pode ter sido três ou quatro vezes maior do que ele.
Quem pode ser comparado com o megalodonte é o tubarão-baleia moderno. Existem relatos confiáveis sobre um indivíduo com 18,8 metros de comprimento.
Mas o tubarão-baleia não é predador – ele é filtrador e se alimenta de imensas quantidades de plâncton microscópico.
Por outro lado, tanto o mastodonte quanto o tubarão-baleia são pequenos, perto das maiores baleias existentes. Afinal, a baleia-azul – o maior animal vivo do planeta – pode atingir 30 metros de comprimento. E, como o tubarão-baleia, também se alimenta de plâncton.
É possível que alguns dos répteis marinhos da era dos dinossauros tivessem tamanhos similares, mas nossas estimativas sobre esses animais são baseadas em esqueletos incompletos. Por isso, os cálculos são bastante imprecisos.
Todos estes números nos levam a concluir que o megalodonte não concorre ao título de maior animal do planeta. Mas ele pode muito bem ter sido o maior tubarão que já viveu na Terra – e o maior predador da história.
Superpredador
Os dentes do megalodonte revelam que o animal era um predador, mas o que ele comia?
Para responder a esta pergunta, os pesquisadores recorreram à análise química dos dentes.
Um método empregado é analisar o nitrogênio. Todo o nitrogênio do corpo de um animal vem da proteína da sua alimentação.
O nitrogênio aparece em duas formas ou “isótopos”: o nitrogênio-14 e o nitrogênio-15. Basicamente, o corpo dos animais retém mais nitrogênio-15 do que nitrogênio-14 proveniente da alimentação.
O tamanho dos dentes do megalodonte (à esq., ao lado de dente de grande tubarão-branco) confundiu os cientistas que tentaram calcular qual seria o tamanho da espécie extinta de tubarão
Getty Images/via BBC
O resultado é que os animais em posição superior na cadeia alimentar possuem proporção maior de nitrogênio-15 no corpo, incluindo os dentes.
Em um estudo de 2022, Kim e outros pesquisadores demonstraram que os dentes do megalodonte tinham níveis extremamente altos de nitrogênio-15. Isso indica que ele era um importante predador, que se alimentava das presas maiores, como fazem as orcas modernas.
“Ele teria sido um super-hiperpredador”, afirma Kim.
Mas outro estudo de 2022, de Shimada e Kim, observou os isótopos de zinco. Eles sugeriram que o megalodonte era mais parecido com o grande tubarão-branco: ainda um grande predador, mas não tanto quanto se pensava.
Kim acrescenta que os estudos também indicaram variações consideráveis, ou seja, que nem todos os megalodontes tinham a mesma alimentação.
Parte destas variações pode ser devido às diferenças entre os jovens e os adultos, segundo Pimiento. “Sabemos pelas espécies modernas que os tubarões mudam sua alimentação à medida que crescem”, afirma a pesquisadora.
Os tubarões-brancos jovens alimentam-se principalmente de peixes, enquanto os adultos caçam mamíferos marinhos. Os megalodontes jovens podem ter seguido transições similares enquanto cresciam. Existem evidências de que os megalodontes, às vezes, caçavam pequenos mamíferos marinhos, como focas.
“Os principais predadores só estão no ápice quando são adultos”, explica Pimiento. E os megalodontes jovens provavelmente viviam de forma muito diferente dos seus pais.
Em 2010, Pimiento e seus colegas descobriram que os dentes de megalodonte de uma região do Panamá eram surpreendentemente pequenos, o que sugere que os tubarões eram quase todos jovens.
Eles concluíram que a região seria um mar raso que servia de berçário. Os jovens megalodontes podiam alimentar-se ali em relativa segurança, já que os predadores maiores teriam dificuldade para entrar naquelas águas rasas.
Uma década depois, pesquisadores chefiados pelo paleobiólogo Humberto Ferrón, da Universidade de Valência, na Espanha, identificaram outros berçários de megalodontes.
Mas o termo “berçário” pode fornecer uma ideia enganosa de dedicadas mamães megalodontes criando seus filhos. “Elas simplesmente os depositavam ali e iam embora”, afirma Pimiento.
Os tubarões modernos se comportam de forma similar. “Nunca soubemos de mães que cuidassem dos seus bebês”, segundo Kim.
Outras indicações sobre a reprodução do megalodonte surgiram em um estudo de 2020 de Shimada e seus colegas. Eles estudaram um raro conjunto de vértebras preservadas. Estima-se que o megalodonte em questão tivesse 9,2 metros de comprimento.
A equipe examinou as faixas de crescimento das vértebras, similares aos anéis dos troncos das árvores. Eles revelaram que o animal morreu com 46 anos de idade e também demonstraram que a criatura tinha cerca de dois metros de comprimento quando nasceu.
Este grande tamanho ao nascer sugere que o peixe foi incubado dentro do corpo da mãe. Ele não nasceu de um ovo, como ocorre em muitas espécies de peixe. A equipe também indicou que o embrião teria se alimentado de outros filhotes no útero materno, o que o ajudou no seu enorme crescimento.
Este tipo de “canibalismo intrauterino”, embora pareça assustador, é comum nos tubarões modernos. Ele faz com que as mães gerem relativamente poucos filhotes, com o máximo de nutrição possível.
Viajante transoceânico de sangue quente
Além destes sofisticados métodos de criação de filhos, o megalodonte também tinha capacidades físicas realmente formidáveis.
Em 2022, Pimiento e seus colegas publicaram uma reconstrução tridimensional do megalodonte. Eles escanearam uma rara coluna vertebral quase completa e a usaram para recriar um modelo total do esqueleto daquela espécie.
“Nós o criamos com base no tubarão-branco, que é um tubarão suficientemente bem estudado, o que nos permitiu encontrar uma imagem do crânio e outra do corpo inteiro”, explica Pimiento.
Eles ajustaram o modelo com dados de outros tubarões, já que o megalodonte não tinha tanta relação com o tubarão-branco, embora algumas ilustrações sejam semelhantes.
“Com estas medições, conseguimos deduzir muitas propriedades ecológicas”, explica Pimiento.
Os pesquisadores concluíram, por exemplo, que o megalodonte era um ávido nadador que podia cobrir grandes distâncias em velocidades médias de cruzeiro de cerca de 1,4 metros por segundo – mais do que qualquer tubarão vivo hoje em dia.
Outros pesquisadores indicaram que a velocidade máxima que esses tubarões conseguiam atingir chegaria a 10 m/seg. Mas Pimiento e seus colegas afirmam que é improvável que o maior megalodonte alcançasse esta velocidade, segundo sua reconstrução.
A resistência da água sobre seus corpos pode ter limitado sua velocidade, mas talvez os indivíduos mais jovens fossem muito mais ágeis.
A equipe também conseguiu estimar o tamanho do estômago e da abertura bucal do mastodonte. “A abertura da mandíbula era tão grande que conseguia abocanhar presas muito grandes”, afirma Pimiento.
Um megalodonte adulto podia comer um animal do tamanho de uma orca moderna com poucas mordidas. Esta refeição conseguiria sustentá-lo por um tempo considerável.
“Mesmo com uma refeição, ele podia viajar por distâncias muito longas”, conta a pesquisadora.
Com base nessas informações, Pimiento e seus colegas descreveram o megalodonte como um “superpredador transoceânico”, que podia nadar rotineiramente de um oceano para outro.
Este estilo de vida ativo era sustentado por outra característica: o megalodonte era um animal de sangue quente.
Os animais vivem em um espectro entre o sangue frio (ou seja, sua temperatura interna é determinada em grande parte pelo ambiente à sua volta) e o sangue quente (os que controlam sua temperatura interna gerando seu próprio calor).
Em 2016, Ferrón e seus colegas apresentaram diversas linhas de evidência de endotermia local – o megalodonte mantinha algumas partes do seu corpo mais quentes do que a água à sua volta. E, em junho de 2023, uma equipe da qual participaram Kim e Shimada publicou outras evidências químicas dos minerais encontrados nos dentes fossilizados, que davam conta de que o megalodonte era parcialmente de sangue quente.
“Aparentemente, o megalodonte não era tão quente quanto um mamífero marinho”, segundo Kim.
Talvez ele gerasse calor interno no centro e não nas extremidades. Ou talvez o seu imenso tamanho o ajudasse a reter o calor. De qualquer forma, ele se mantinha quente no lado interno do corpo.
“Isso realmente traz enormes benefícios”, segundo Kim, permitindo que o megalodonte nadasse por mais tempo e com mais rapidez, aventurando-se em águas mais frias.
Mas como evoluiu esse animal extraordinário?
Evolução e extinção
O O. megalodon era apenas o mais recente de uma série de espécies do gênero Otodus, que evoluíram gradualmente ao longo de dezenas de milhões de anos.
“Eles aumentaram de tamanho ao longo do tempo”, afirma Pimiento, até atingirem o pico com o O. megalodon.
De forma mais ampla, o gênero Otodus é parte de um grupo maior de tubarões conhecidos como Lamniformes. Na época dos dinossauros, os Lamniformes eram diferentes dos outros tubarões.
“Enquanto a maioria dos tubarões media um metro, a maioria destes tubarões tinha três metros”, segundo Pimiento.
Com o tamanho maior, eles evoluíram a capacidade de regular a temperatura corporal. Isso permitiu que os Lamniformes seguintes se tornassem realmente imensos – mas só quando seus ambientes fossem suficientemente ricos para sustentá-los.
Agora, parece que o tamanho e o sangue quente do megalodonte podem também ter sido o motivo da sua extinção.
“O megalodonte se extinguiu quando o nível do mar caiu e não havia presas suficientes”, segundo Pimiento.
Em 2017, a pesquisadora e seus colegas identificaram uma extinção em massa nos oceanos, que eliminou o megalodonte e uma série de outros animais marinhos de grande porte.
“Todos os animais tinham alta demanda metabólica”, prossegue Pimiento. E, quando as presas ficaram escassas, o estilo de vida do megalodonte de sangue quente ficou energeticamente caro demais.
“Se você fosse um megalodonte tão grande, você simplesmente precisaria de uma enorme quantidade de alimento para sobreviver”, explica Sora Kim.
Algum ainda vive?
Os megalodontes se extinguiram há milhões de anos.
Um estudo de Pimiento e seus colegas em 2014 estima em 2,6 milhões de anos atrás, mas uma pesquisa de 2019, feita por outro grupo, estimou em 3,5 milhões de anos. E Kenshu Shimada afirma que a data anterior é “mais confiável”.
Embora a época exata talvez ainda precise ser definida, o que temos certeza é que o megalodonte não existe mais.
Considerando que ele caçava em áreas imensas, muitas vezes buscando animais grandes como baleias, é impossível que não o tivéssemos observado se ele ainda vivesse. Por isso, os pesquisadores afirmam que os filmes da série Megatubarão, que sugerem que a espécie pode ter sobrevivido de alguma forma, são fantasiosos.
“Tem sido bastante cansativo explicar para as pessoas que o megalodonte é uma espécie extinta e só está representada no registro fóssil”, afirma Shimada.
O pesquisador acrescenta que, às vezes, as pessoas também têm a impressão errônea de que o megalodonte viveu na era dos dinossauros. Mas, na verdade, ele evoluiu muito depois dos enormes répteis, talvez 23 milhões de anos atrás.
E, se esta data estiver correta, os megalodontes viveram por um período surpreendentemente longo.
Aqueles tubarões não vivem mais entre nós, mas existe um parente imenso que ainda sobrevive. O tubarão-baleia atingiu um tamanho similar ao do megalodonte, sem se tornar um superpredador. Ele preferiu ficar calmamente se alimentando de plâncton.
“Você tinha estes dois caminhos [para se tornar gigante]”, segundo Catalina Pimiento. “Este tubarão grande de 20 metros não está mais aqui. Mas o outro tubarão, de quase 20 metros, que é o tubarão-baleia, está vivo até hoje.”
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future. Texto publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cn3jpr9x7glo

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Cantor e compositor Kris Kristofferson morre aos 88 anos

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O ator e cantor recebeu prêmios como Grammy e o Globo de Ouro ao longo da carreira. Kris Kristofferson morreu em sua casa neste sábado (28).
Chris Delmas / AFP
Kris Tofferson, um dos cantores e compositores americanos mais influentes do country com obras como “Me and Bobby McGee”, morreu no sábado aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.
O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista – um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.
Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy “Help Me Make It Through the Night”, “For the Good Times” e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, “Me and Bobby McGee”.
No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”, um dos filmes mais populares de 1976.
O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.
Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.
Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.
Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo “Help Me Make It Through the Night”, que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.
“NÃO HÁ NADA A PERDER”
As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de “Bobby McGee”, uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme “La Strada”, de Federico Fellini, resumiu com o verso “A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder”.
” Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras – quero dizer, as melhores letras possíveis”, disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao “60 Minutes” da CBS em uma entrevista de 1999. “Simples, mas profundo.”
Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.
A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como “Cisco Pike”, “Pat Garrett & Billy the Kid”, “O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar”, “Comboio”, “A Porta do Paraíso”, “Estrela Solitária” e “Blade”.
Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.
Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.
Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando “The Cedar Creek Sessions”, um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.
Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos.

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Gaby Amarantos volta ao passado e canta em comunidade onde pais se conheceram em Belém: ‘muito orgulho de começar aqui’, diz

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Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus foi onde a paraense começou na música. Artista é destaque internacional, possui um Grammy Latino e já teve a música reconhecida como patrimônio cultural. Gaby Amarantos volta ao passado e canta em comunidade onde pais se conheceram em Belém
Reprodução/Redes Sociais
A cantora Gaby Amarantos compartilhou nas redes sociais neste domingo (29) um momento especial de “volta ao passado” durante visita a comunidade onde iniciou a carreira, no bairro do Jurunas, em Belém, no Pará.
A artista deu os primeiros passos rumo a fama quando participava do coral da Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus.
O local também carrega a história de amor dos pais de Gaby que se conheceram e começaram a namorar na escola que integra a igreja.
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O retorno contou com um show mega animado e com a participação de moradores e fãs da conterrânea paraense. A artista apresentou hits autorais que são sucesso e o público cantou junto.
“De volta as raízes, queria muito vir aqui e agradecer. Eu tenho muito orgulho de ter começado aqui nessa igreja, vivi grandes momentos da minha trajetória e poder voltar pra receber todo esse carinho faz tudo sempre valer a pena. Sou Jurunense com muito orgulho!”, disse em apresentação na Paróquia.
Veja um trecho da apresentação:
Gaby Amarantos volta ao passado e canta em comunidade onde pais se conheceram em Belém
Nas redes sociais, a cantora disse que o local é muito especial, pois foi onde realizou a primeira eucaristia e também foi batizada.
Gaby vem conquistando cada vez mais público e tendo seu trabalho reconhecido mundialmente. Em 2023, venceu o Grammy Latino de 2023 na categoria de ‘Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa.
E neste ano, teve sua obra reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará, aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará
Viu isso?
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Diziam que o tecnomelody era música de bandido’, desabafa Gaby Amarantos ao ganhar título de Patrimônio Cultural do Pará
Sempre volta as raízes
No aniversário de 45 anos, celebrado em agosto de 2024, Gaby também comemorou na cidade onde nasceu com uma grande festa, na beira de um rio, em Belém.
“Xarque da Gaby” festa expõe looks icônicos e referência à flor tropical da Amazônia
Reprodução/Redes Sociais
Batizada de “Xarque da Gaby”, a festa contou com agito da aparelhagem Crocodilo, festa onde por muitos anos foi palco dos próprios shows da artista.
Além da participação de diversos artistas da cena musical do Norte do país, como comediantes, músicos, cantoras e influencers de Santarém, Manaus, Amapá e Belém.
Destaque do Pará
Uma das maiores representantes do tecnobrega, a cantora é considerada a percursora do ritmo e levou ao Brasil e ao mundo a música que mistura beats eletrônicos, riffs de guitarra e muita composição regional.
Durante toda sua carreira, Gaby Amarantos se tornou um dos maiores ícones fashions do país pela ousadia e inventividade de seus looks.
Exemplos que se tornaram símbolos dessa moda cabocla-futurista são as roupas de led, figurino de disco voador, adereço de cabeça que reproduz o rosto de Gaby, e o vestido de samaumeira usado por ela na cerimônia do Grammy Latino. Além disso, sua postura empoderada também sempre foi destaque.
Gaby Amarantos em look “Nave Mãe” para Festa da Vogue
Rodolfo Magalhães
A artista ficou conhecida nacionalmente após lançar a música “Hoje Eu Tô Solteira”, uma versão de “Single Ladies”, da cantora americana Beyoncé.
O sucesso da música rendeu à Gaby a alcunha de “Beyoncé do Pará”, e em 2012, ela lançou seu primeiro disco solo, “Treme”, com hits como “Ex Mai Love” e “Xirley”.
Gaby Amarantos vence Grammy Latino 2023
Reprodução/Redes Sociais
Como apresentadora, Gaby foi destaque na TV como técnica do programa The Voice Kids, na TV Globo e integrou o time de apresentadoras do Saia Justa, no canal GNT. Como atriz, recentemente atuou no elenco da novela “Além da Ilusão”, da TV Globo.
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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
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O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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