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Festas e Rodeios

Leci Brandão põe o público na palma da mão em show que conciliou militância e romantismo

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Cantora se emociona e anima a plateia do Teatro João Caetano em apresentação feita na pré-estreia da quarta edição do festival ‘Toca’, em cena no Rio de Janeiro até 23 de agosto. Leci Brandão faz no Teatro João Caetano, no projeto ‘Fim de tarde’, show apresentado como pré-estreia da quarta edição do festival ‘Toca’
Ju Chalita / Divulgação
Resenha de show
Título: Leci Brandão
Artista: Leci Brandão
Local: Teatro João Caetano (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 15 de agosto de 2023
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Leci Brandão caiu no choro quando terminou de cantar Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981) em show feito na terça-feira, 15 de agosto. A emoção da artista fez com que o público se levantasse, aplaudisse a cantora de pé e gritasse em coro “Leci! Leci! Leci!” na plateia do Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro (RJ).
Tocante, o espontâneo gesto popular marcou o show feito por Leci dentro do projeto Fim de tarde, em apresentação caracterizada como pré-estreia do festival Toca, cuja quarta edição movimenta o centro carioca de hoje, 17 de agosto, até o encerramento do show que será feito pela mesma Leci em 23 de agosto na casa Imperator.
“Nunca vou esquecer esse momento que vocês me deram agora”, ressaltou Leci, ainda emocionada, após a ovação popular.
Perto de festejar 79 anos, em 12 de setembro, a cantora e compositora carioca Leci Brandão da Silva é um dos partidos mais altos do samba. No palco do Teatro João Caetano, acompanhada por seis músicos do grupo Sampagode, a cantora pôs o público literal e metaforicamente na palma da mão, festejando a recuperação da saúde após internação em hospital e cirurgia na perna.
“Na palma da mão!”, convocou Leci assim que pisou no palco para cantar o ponto de umbanda dos versos “Que Deus lhe pague / Que Deus lhe ajude / Que Deus lhe dê felicidade e saúde”.
Na sequência, a cantora seguiu roteiro que conciliou romantismo e militância entre sambas-enredos, sambas-canção e partidos altos como Isso é fundo de quintal (Leci Brandão e Zé Maurício, 1985) e Papai vadiou (Rode do Jacarezinho e Gaspar do Jacarezinho, 1985), sucessos do álbum de 1985 que devolveu a fama à cantora, no embalo movimento de propagação do pagode carioca da década de 1980, após cinco anos de ostracismo.
Feito nos moldes das habituais apresentações da artista, o show transcorreu caloroso. Admitida em 1972 na ala de compositores da Mangueira, em ação que abriu alas femininas para as mulheres no samba décadas após o pioneirismo de Dona Ivone Lara (1922 – 2018), Leci exaltou a escola verde-e-rosa logo no início do show antes de louvar a Portela com Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola, 1969) e de pôr na avenida o samba-enredo imperial Aquarela brasileira (Silas de Oliveira, 1963) com a empolgação diluída na gravação lamentosa que foi induzida a fazer no pretensamente modernista álbum Biscoito fino (2023).
Ao longo de quase duas horas de show, a artista reviveu sucessos autorais como Só quero te namorar (Leci Brandão, 1987) e Café com pão (Leci Brandão, 1988), saudou a força feminina nacional ao cantar o samba Cidadã brasileira (Martinho da Vila, 1989) em feitio de oração e homenageou a mãe – Lecy de Assumpção Brandão, a Dona Lecy, morta em julho de 2019, aos 96 anos – no aliciante partido alto As coisas que mamãe me ensinou (1989), parceria da compositora com Zé Maurício que batizou álbum lançado por Leci em 1989.
Em momento mais íntimo, Leci desfolhou As rosas não falam (Cartola, 1976) emoldurada somente pelas cordas do violão de Emerson de Paulo.
Em que pesem eventuais números intimistas, Leci basicamente animou o público como se estivesse na roda de um pagode, escorada na percussão de Jeferson B.A, na marcação do surdo de Mestre Pelé, no toque do pandeiro de Elder Brasil e no cavaco do Paulo Henrique Ambrósio.
Com a voz ainda quente, Leci fez o público cantar com ela um pagode romântico do grupo Sensação – Pra gente se encontrar de novo (Carica, Luiz Cláudio Picolé e Prateado 1997) – e trouxe para o fundo de quintal um samba-reggae de bloco afro de Salvador (BA) antes de jogar para a galera um pot-pourri com sambas de Martinho da Vila, companheiro de samba e militância, e de reviver com outra divisão a saga visionária de Zé do Caroço, samba que gravou em 1980, em fonograma arquivado, e que somente conseguiu lançar em 1985 em outro registro fonográfico.
Mesmo sem dar a devida ênfase ao cancioneiro mais denso que gravou na década de 1970, fase praticamente ignorada nos correntes shows da artista, Leci Brandão da Silva se impõe em cena como entidade e cidadã a que o público se curva, batendo na palma da mão, pela dignidade com que a artista conduziu a vida e a carreira.
Leci Brandão canta sambas de Martinho da Vila e Paulinho da Viola, além de sucessos autorais como ‘Zé do Caroço’, em show no Teatro João Caetano
Ju Chalita / Divulgação

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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
Divulgação
O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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É possível tanta fofura? Conheça Moo Deng, a bebê hipopótamo que está conquistando as redes
Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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