Grande BH tem mais casas com animais de estimação que as regiões metropolitanas de SP e RJ, aponta pesquisa

Só em Belo Horizonte, quase metade dos apartamentos locados tem pets, de acordo com a plataforma Quinto Andar, em estudo feito com o Instituto DataFolha. Cássia e a amiguinha inseparável, Cacau
Cássia Aquino Santos/Arquivo pessoal
Cerca de 40% das casas ou apartamentos locados de Belo Horizonte abrigam um pet, de acordo com estudo feito pela plataforma Quinto Andar, em parceria com o Instituto Data Folha.
Já na Grande BH, esse número sobe para 61% – superando as regiões metropolitanas de São Paulo (58%) e do Rio de Janeiro (57%) (veja ranking mais abaixo).
A informação reforça dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), que indicam que o segmento vem crescendo na economia brasileira.
Segundo a plataforma, o filtro “aceita pet” tem sido cada vez mais usado por quem busca um imóvel para alugar em BH.
Ainda de acordo com o estudo, o aumento dos pets nos imóveis cresceu especialmente durante a pandemia. As adoções de animais chegaram a aumentar até 400%, segundo dados da União Internacional Protetora dos Animais.
Mas, apesar do pico de imóveis alugados com pets ter acontecido em 2022, o patamar se mantém elevado. No segundo trimestre de 2019, por exemplo, esse percentual era de 29%. Já no segundo de 2023, aumentou para 40%.
“Ter pets como companhia dentro dos imóveis é uma tendência que vem se consolidando não só em BH, mas também em outras capitais do país. O Censo QuintoAndar de Moradia, feito em parceria com o Datafolha, mostra que o Brasil é cada vez mais uma nação de pais de pets”, disse Thiago Reis, gerente de Dados do Quinto Andar.
Dados da Abinpet mostram que há 167,6 milhões de pets no Brasil e que o país ocupa a 3ª posição no faturamento do mercado mundial, que cresceu 5,4% de 2021 para 2022, totalizando US$ 149,8 bilhões.
Reis falou também que “pensando em contribuir para que mais pessoas morem melhor e realizem esse sonho, disponibilizamos desde 2020 para os nossos clientes o filtro de busca ‘aceita pet’, que está entre os mais usados na plataforma”.
Para fazer o levantamento, foram considerados todos os contratos assinados pelo QuintoAndar na capital mineira em cada trimestre.
Amigas inseparáveis
Cacau esbanja excesso de fofura
Cássia Aquino Santos/Arquivo pessoal
A consultora em gestão da qualidade Cássia Aquino Santos, de 27 anos, morava em Araújos, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, e precisava se mudar para a capital mineira.
Contudo, uma das condições era que no imóvel pudesse ter pet, porque ela não ficaria sem a melhor “amiga”, Cacau, uma cadela sem raça definida de 6 anos.
Cássia disse que a busca não foi rápida e que a maioria dos apartamentos não aceitava animais de estimação.
“Eu consultei o filtro ‘aceita pet’ várias vezes. Quando eu encontrei um apartamento que aceitasse, foi uma correria para alugar”, disse Cássia, porque o receio era de que um outro possível inquilino se interessasse pelo espaço.
Ela e o namorado, o desenvolvedor de software Bruno Rodrigues Pereira Mourão, de 27 anos, conseguiram locar o apartamento no bairro Nova Suíça, na Região Oeste de Belo Horizonte.
“Não era uma hipótese deixar a Cacau pra trás. Ela foi adotada em 2017, com 30 dias [de vida]”.
Ainda segundo Cássia, outro desafio era conseguir um apartamento, segundo ela bem localizado e que tivesse três quartos, porque dois deles seriam transformados em escritórios, já que ela e o namorado trabalham em casa.
Passado 1 ano e 8 meses na nova casa, a família está adaptada ao “lar doce lar”, inclusive Cacau, que está muito bem, obrigado.
Cachorros são maioria
O Censo QuintoAndar de Moradia indicou que os cachorros são a maioria nos móveis alugados na Região Metropolitana de Belo Horizonte, seguidos por gatos e aves.
Veja o ranking:
Cachorros – 53%
Gatos – 18%
Pássaros/aves – 11%
Ranking nacional
O estudo mostrou que 53% dos moradores da Região Metropolitana de BH têm cachorro em casa. Os percentuais são menores em SP (41%) e RJ (43%).
Os que têm pássaros também são o dobro das outras regiões. Em BH, são 11% – contra 6% de SP e 5% do RJ.
A almofada de Cacau já diz tudo: ‘Home sweet home’
Cássia Aquino Santos/Arquivo pessoal
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