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Patricinha caipira: moda sertaneja vira tendência urbana com bota western e chapéu de strass

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Tendência atualiza guarda-roupa country com acessórios de cores, texturas e formatos atrelados a outros estilos de música. “Caipira é o hype de hoje”, diz a estilista Roze Motta em referência à moda que até pouco tempo atrás se limitava à bolha sertaneja, mas, agora, é tendência “em baladinhas urbanas” de diferentes estilos.
Figurinista das duplas Fernando e Sorocaba, Maiara e Maraisa e Israel e Rodolffo, ela afirma que a mudança é tão evidente que até seu trabalho se tornou mais fácil, com uma gama maior de peças à disposição.
Botas arredondadas de bico pontiagudo, as chamadas western, são cada vez mais fáceis de achar. Desde 2022, o calçado tem feito sucesso, com modelos que vão da discrição à extravagância, em vitrines de norte a sul do Brasil.
Jaquetões franjados e chapéus de cowboy também entram para a lista da tendência, que tem atraído principalmente o público feminino.
Botas da GA Western
Divulgação
A patricinha virou boiadeira
É como Melody e Ana Castela cantam em “Pipoco”: bota, fivela e chapéu Karandá. Ou então, o que Castela declama em “Boiadeira” — faixa que remete ao enredo de “Hannah Montana: O Filme”, ao narrar o dilema de uma patricinha em vida campestre.
Tem ainda “Juliet e Chapelão”, em que a sul-mato-grossense canta os versos “eles perde a linha se nós brota no bailão/ nós junta Juliet e chapelão”. E “As Menina da Pecuária”, em que ela diz: “é fácil conhecer a gente de chapéu e bota/ traiada a todo instante de camisa de brilhante”.
Cantora Ana Castela.
Reprodução/Redes Sociais
Até poderia ser coincidência, mas o fato de Ana Castela ter tantas músicas ilustrativas à tendência tem a ver com o atual sucesso da moda country nos centro urbanos.
Com sertanejo, funk, rap e eletrônica, o chamado agronejo mesclou gêneros tidos como “do interior” e “da cidade” e levou à popularização da estética boiadeira, cuja Castela é a maior estrela.
O agro é pop
“O agro está em alta. A gente tem as novelas ‘Terra e Paixão’ e ‘Pantanal’, voltadas a essa questão. Tem a reinvenção da música caipira com uma batida mais moderna. É um frescor”, diz a estilista.
“Pessoas que nem escutam tanto sertanejo acabam querendo colocar um chapéu.”
O crescente interesse pelo campo está, em certa medida, relacionado ao mundo pós-pandemia, segundo Heloísa Arruda, dona da loja GA Western.
O caos da Covid teria plantado, nos chãos de concreto, uma sementinha pela busca de sensações de vento batendo no rosto, cheiro de grama fresca e apreciação de belezas naturais. Tudo isso somado à vontade de se enfiar em aglomerações e dar adeus ao isolamento. Ou seja, ingredientes tanto de experiências urbanas quanto rurais.
G1 Ouviu entrevista Ana Castela: ‘O pessoal nem vai pra fazenda, mas usa chapéu e bota’
É na sola da bota
A varejista afirma que, neste ano, o setor têxtil da GA Western está tendo “um aumento significativo de vendas”, com peças esgotando rapidamente — sobretudo, as botas western femininas.
O leque dos calçados é vasto. São cores sóbrias e neon. Adornos brilhantes e delicados. Estrelas costuradas e fitas sobrepostas. Tecidos jeans e de couro.
Algumas das peças têm a canetada da estilista e diretora criativa Sãmua Dias, que diz ter como referências “a estética ousada do [estado americano] Texas” e elementos que vêm ganhando destaque na alta costura.
De fato, acessórios do estilo têm aparecido em meio ao glamour dos desfiles de grife. A dinamarquesa Ganni, por exemplo, fez de sua coleção primavera-verão de 2023 um grande culto a botas western, numa paleta vibrante, embrulhada em recortes ousados e visuais muito, muito, urbanos.
Botas da GA Western
Divulgação
Juliet e chapelão
Para Motta, o estilo country da moda reinventa o guarda-roupa clássico do sertanejo. “Não é sobre colocar uma calça jeans, camisa xadrez e fivela desse tamanho”, diz, simulando com as mãos uma peça grandona e pesada.
“A gente mistura, por exemplo, uma jaqueta moderna, rasgada, com elementos do sertanejo”, afirma ela.
É justamente essa união de estéticas que, segundo a designer, tem feito públicos tão distintos aderirem à tendência no Brasil.
Cowboy core em ‘renaissance’
Beyoncé em ‘Renaissance’
Divulgação
Mas não é só em terras brasileiras que a moda tem pegado. Nos Estados Unidos, o conceito ganhou o nome de Cowboy Core e é visto com frequência em corpos famosos.
O popstar Harry Styles é fã de chapelões de cowboy. Seus fãs entram no embalo e, quando vão a shows do ídolo, se vestem com a peça, que até pode remeter à estética sulista country americana, mas, diante do ex-One Direction é só mais um acessório popstar.
O mesmo acontece com Beyoncé. Desde que a cantora surgiu ostentando um chapéu cowboy de brilho em fotos do disco “Renaissance”, seu fandom fez do item praticamente um uniforme do público de sua turnê atual.
Além de cantores pop, o sucesso estrondoso de “Barbie” também pode ter contribuído para a expansão da tendência, afirma a estilista Dias, ao lembrar que o figurino da personagem é, em boa parte do filme, um exemplo de moda sertaneja sendo repaginada.
O visual deixa de lado os clássicos tons terrosos do estilo para abraçar, claro, o rosa-choque da boneca. Com um ar de patricinha boiadeira, poderia perfeitamente estar numa letra de Ana Castela.
Cena de ‘Barbie’
Reprodução/YouTube

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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
Divulgação
O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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