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Festas e Rodeios

César Lacerda resume no álbum ‘Década’ as vitórias obtidas no intervalo de derrotas

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Revelado em 2013, artista mineiro rebobina no formato de voz e violão canções que lhe deram reconhecimento no meio musical ao longo de dez anos, mas não popularidade. Capa do álbum ‘Década’, de César Lacerda
Lou Alves
Resenha de álbum
Título: Década
Artista: César Lacerda
Edição: YB Music / Circus Produções
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Quando César Lacerda canta versos como “Faz o teu / Pisa devagarinho / Enquanto os homens gritam / Suas glórias, troféus / … / Faz o teu / Faz sem fazer alarde / No tempo que lhe cabe / Aos poucos, por vez / No intervalo das derrotas / Entre a perda e o que esgota / Faz um ninho pra viver”, o artista parece estar cantando para ele mesmo se ouvir e se encorajar a seguir na carreira fonográfica iniciada há dez anos com a edição do álbum Porquê da voz em 2013.
Década – álbum de voz e violão que o cantor, compositor e músico lança na sexta-feira, 25 de agosto – resume em 13 faixas algumas vitórias alcançadas por Lacerda no intervalo das derrotas, para usar expressão da letra de Faz tudo, canção inédita que abre o disco concebido por Filipe Catto e previsto para ser editado em LP em setembro.
Mineiro nascido em 1987 em Diamantina (MG) que morou em Belo Horizonte (MG) e depois migrou para o Rio de Janeiro (RJ) em 2007, antes de se fixar em São Paulo (SP) a partir de agosto de 2015, César Lacerda é um dos bons compositores surgidos no Brasil nos anos 2010.
Só que Lacerda chegou em tempos cruéis para artistas que não se enquadram na moldura do mercado. Ao longo da década, o artista firmou parcerias com nomes expressivos da música brasileira – como Chico César, Jorge Mautner, Paulo Miklos e Ronaldo Bastos – e lançou um punhado de boas canções em álbuns como Paralelos & infinitos (2015) e Tudo tudo tudo tudo (2017), disco em que esboçou guinada pop que ficou na promessa porque o cantor se recusou a ser trivial.
Sem falar na obra-prima lançada com Romulo Fróes – O meu nome é qualquer um (2016), disco do qual rebobina em Década a beleza estranha de Faz parar (música de César Lacerda com letra de Romulo Fróes, 2016).
Só que, em que pesem tantos êxitos artísticos, Lacerda – como Romulo Fróes, aliás – permaneceu em nicho bem reduzido, tendo a obra consumida por público antenado, mas inexpressivo em termos mercadológicos.
Nem a mesmo o fato de ter tido música gravada conjuntamente por Gal Costa (1945 – 2022) e Maria Bethânia – Minha mãe, parceria com Jorge Mautner apresentada no álbum A pele do futuro (2018), de Gal, em histórica gravação amplificada na trilha sonora da novela Amor de mãe (Globo, 2019 / 2021) – alterou a cotação de Lacerda na bolsa de apostas de mercado volátil e imediatista.
O compositor, a propósito, registra Minha mãe em Década, álbum gravado somente em dois dias, 5 e 6 de junho de 2023, no estúdio da gravadora YB Music em São Paulo (SP).
“Talvez o tempo possa nos dizer / O que as escolhas vieram trazer / … / A imensidão demora”, pondera Lacerda nos versos de Espiral (2019), parceria com Ceumar que batizou álbum lançado há quatro anos pela artista conterrânea.
Com violão que evoca a bossa carioca, Espiral também figura no repertório de Década ao lado da balada Touro indomável (César Lacerda e Francisco Vervloet, 2015), de O fazedor de rios (2015) – parceria com Luiz Gabriel Lopes e Luiza Brina que deu nome a álbum solo de Gabriel – e de canções que exalam resignação e paciência, notadamente Isso também vai passar (2017), porque Lacerda já parece ter a compreensão de que o relógio criativo do artista bate fora do tempo industrial. Porque Lacerda faz música, não hits.
E porque Lacerda, afinal, é também um cantor, como enfatiza nos versos de Porquê da voz (2013), canção que abriu o primeiro álbum do artista e que fecha a revisão de Década, como a encerrar um ciclo para dar início a outro.
Lacerda traz na voz o desejo de cantar o Brasil. Falta o Brasil querer ouvir esse canto suave, eco de uma nação na essência extremamente musical. Mas César Lacerda continua fazendo o dele, sem alarde e, sob tal prisma, o artista expõe em Década a voz e os feitos de uma pessoa vitoriosa.

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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
Divulgação
O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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