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Festas e Rodeios

Kim Petras vai mostrar no The Town como se tornou a 1ª cantora trans a chegar ao topo das paradas

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Ao g1, popstar alemã diz que adoraria cantar com Anitta e Pabllo Vittar. Ela é atração do festival e conta que fãs brasileiros a incentivaram a seguir cantando quando tinha 14 anos. Mesmo com 16 anos dedicados ao pop dançante, o 2023 de Kim Petras promete ao menos duas estreias. A cantora estará no Brasil pela primeira vez, no dia 10 de setembro, para show no festival The Town.
A primeira novidade veio com “Feed the Beast”: é o álbum de estreia de Kim, a primeira cantora trans a chegar ao topo da principal parada da revista “Billboard”. “Unholy”, dueto com Sam Smith, a fez ganhar o Grammy de Melhor Performance de Duo ou Grupo Pop.
A popstar alemã canta 15 músicas em pouco mais de 40 minutos. Ela conta que o álbum “é sobre fazer o que você mais tem medo, mas você sabe que tem que fazer”.
“Pra mim, isso é fazer as maiores e mais ridículas canções pop. Agora, eu posso fazer o que eu estava com um pouco de medo de fazer antes”, ela confessa ao g1, em entrevista por videoconferência.
Nesta estreia, a cantora de 30 anos trabalha com um time formado por alguns dos maiores produtores de música pop de hoje, incluindo Dr. Luke (Katy Perry), Cirkut (Maroon 5) e Max Martin, recordista de canções número um na parada americana.
A popstar alemã Kim Petras
Divulgação/Universal
Antes de confirmar a vinda ao Brasil, Kim Petras já havia notado a paixão dos fãs daqui. A frase “Please come to Brazil”, tão usada por fãs de música pop locais, era onipresente nos comentários das redes sociais dela. “Este costumava ser o único comentário que eu recebia quando tinha uns 14 anos e estava começando a carreira.”
O primeiro single do álbum, “Alone”, tem participação de Nicki Minaj e sample de “Better Off Alone”. A canção é construída a partir da batida deste megahit eurodance gravado pelo grupo holandês Alice Deejay, em 1999. Como sempre, Kim Petras quer dançar e fazer dançar.
“É uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. Tenho muitas lembranças das boates na Alemanha, onde eu cresci. Eu estava completamente bêbada quando tocava essa música. É um momento do qual tenho certa vergonha, mas também é nessas horas que você se diverte de verdade.”
Veja abaixo a entrevista de Kim Petras ao g1:
g1 – Você já lançou singles, EPs, clipes, mas este é seu primeiro álbum? Como você está se sentindo, agora que finalmente tem um álbum oficial de estreia?
Kim Petras – Eu me sinto muito animada. Sinto que finalmente fiz um álbum por uma grande gravadora pela primeira vez na vida. Eu pude viajar até os estúdios que queria e trabalhar com pessoas diferentes na Suécia, em Londres. Tudo isso foi muito legal. Então, eu estou empolgada demais e acho que é o primeiro álbum oficial perfeito para mim.
“Feed the beast” é sobre fazer o que você mais tem medo, mas você sabe que tem que fazer. Pra mim, isso é fazer as maiores e mais ridículas canções pop. Agora, eu posso fazer o que eu estava com um pouco de medo de fazer antes. Estou tão empolgada com tudo isso!
g1 – Seus fãs também estão empolgados, porque você vem ao Brasil. Você já deve ter lido muito a frase “Please, come to Brazil” nas suas redes sociais, né? Como é seu contato com fãs brasileiros?
Kim Petras – Sim, já ouvi muito. [risos] Este costumava ser o único comentário que eu recebia quando tinha uns 14 anos e estava começando a carreira. Eu pensava: “Uau, eu tenho que ir para o Brasil o mais rápido possível”. O Brasil me incentivou muito a continuar cantando, principalmente quando eu era uma artista pequena. Eu já tinha alguns fãs no Brasil que estavam me implorando para ir e finalmente é hora de ir. O meu objetivo é conhecer o maior número possível desses fãs. Quero conhecer todos eles e tirar fotos. Honestamente, tenho implorado a todo mundo da minha equipe para ir ao Brasil. É emocionante demais e sou muito grata aos brasileiros. Não existe um fã-clube tão apaixonado como o brasileiro. É incrível.
Kim Petras e Nicki Minaj cantam juntas ‘Alone’
Divulgação/Universal Music
g1 – Sim, o fandom daqui costuma ser muito intenso [ela concorda]. Falando sobre o álbum: como você teve a ideia de criar uma música a partir de “Better Off Alone”?
Kim Petras – Hmmmm… é uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. Tenho muitas lembranças das boates na Alemanha, onde eu cresci. Eu estava completamente bêbada quando tocava essa música. É um momento do qual tenho certa vergonha, mas também é nessas horas que você se diverte de verdade.
Essa música é um dos meus hits preferidos para dançar, tem uma das minhas batidas favoritas. Nós meio que crescemos ouvindo essa música, sabe? Escrevi o refrão baseado nela e o som ficou bom. Aconteceu muito naturalmente: essa ideia de fazer uma batida a partir de “Better Off Alone”. Ainda bem que o sample foi liberado para uso e a Nikki [Minaj] topou participar na hora.
g1 – Quem é mais jovem conhece essa música como a trilha de um meme, não como um hit dançante. Então, é como se você estivesse apresentando uma nova finalidade para essa música. Agora eles podem dançar, não só ficar dando risada do meme, né?
Kim Petras – Sim, sim, é totalmente isso que está acontecendo. Eu acho que esses memes são uma parte da cultura pop, sabe? Eu sou uma grande fã de memes e acho que a música pop tem essa função de capturar um momento. Eu com certeza ouço muita música que é usada em trilha de memes…
g1 – Não sei se isso é uma viagem da minha cabeça, se eu estou louco, ou se “Claws” tem um trecho do refrão de “Zombie”, do Cranberries?
Kim Petras – Não, que eu saiba não tem não. Mas você não é louco por ter notado isso. Talvez exista algo, mas definitivamente não é intencional… Hmmm… mas acho que entendi, sabe? É aquele “In my head, in my head, head, head”. Essa parte, né? Ai meu Deus! Sim, sim, entendi. É que tem um sintetizador alemão que a gente adora manipular e distorcer a voz. Tem alguma semelhança melódica, mas acho que não o suficiente para nos causar problemas. Então…
Kim Petras no tapete vermelho do MTV EMA 2021
Vianney Le Caer/Invision/AP
g1 – Espero que não mesmo! “King of Hearts” é uma das minhas favoritas. Eu imaginei amigas na balada se abraçando e gritando essa música, tipo a cena da série “Girls” com “I love it” [música do Icona Pop com Charli XCX]. Você concorda que tem essa pegada?
Kim Petras – Obrigado por dizer isso. E com certeza essa música tem uma das minhas vibes preferidas, levando em conta toda minha carreira. Eu estava tentando fazer algo assim. Mas eu amo a Charli. Ela é uma das minhas popstars favoritas de todos os tempos, porque ela é tão ela mesma e espero que essa música seja tão boa quanto “I love it”. Eu amo essa música.
g1 – Voltando aos fãs. Imagino que você tenha muito contato com pessoas trans que te agradecem por toda a visibilidade que você dá para a comunidade trans. Afinal, é importante você ganhar um Grammy e ter uma música no topo das paradas. Como é esse contato?
Kim Petras – Eu tenho muitas pessoas das quais sou amiga que me mandam mensagens de fãs que se conectaram a mim e que eu adoro. Essas pessoas sempre fazem parte da minha vida e sou muito grata por todos e todas.
“É realmente importante deixar a comunidade trans orgulhosa de mim, porque como sou uma das pessoas mais visíveis. Sou grata por representar uma comunidade tão incrível. Então, sim, fico emocionada só de ouvir as histórias e lutas. Quero fazer tudo o que puder por eles.”
Sam Smith e Kim Petras lançaram juntos ‘Unholy’, primeiro hit com uma cantora trans a chegar ao topo das paradas
Divulgação/Universal
g1 – Às vezes, parece que as músicas dançantes estão sendo criadas para dançar no TikTok e não para as pistas de dança. Você concorda que isso tem acontecido e que talvez se devesse pensar mais em coreografias para dançar na vida com seus amigos… não essas coreografias meio contidas que caibam em uma tela?
Kim Petras – Sim, sim… entendi. Quero dizer, pensar assim funciona para algumas pessoas que realmente estão fazendo coreografias pensadas para o TikTok. Eu não quero julgar: pode ser incrível, se você gostar disso. Mas eu, definitivamente, ainda faço músicas que quero ouvir em boates que eu frequento na minha vida. Na real, eu não penso nas redes sociais na hora de escrever, mas claro que é bom quando as pessoas têm vontade naturalmente de criar vídeos dançando as suas músicas. Isso é incrível. Mas acho que, em geral, apenas faço a música que quero fazer e torço pelo melhor para ela.
O TikTok é um lugar incrível para encontrar novas músicas que você nunca ouviu. Eu já encontrei músicas lá que eu nunca teria achado. Então, tem essa questão cultural, sabe? Eu sempre fico feliz quando as pessoas usam minha música para memes, quando fãs fazem posts com minha música ou qualquer coisa assim. É a melhor forma de eu me conectar com cada vez mais gente. Eu só quero ouvir a minha música, onde quer que seja.
g1 – Para terminar, o que você sabe sobre as popstars brasileiras?
Kim Petras – Sou uma grande fã da Anitta e acho que “Envolver” é uma das minhas músicas favoritas. Hmmm… Eu me sentei do lado dela no Met Gala e ficamos conversando sobre fazer uma música juntas. Agora, ela assinou com a mesma gravadora que eu estou. Eu quero tanto fazer uma música com ela e eu já ouvi tanta coisa legal do funk brasileiro e tudo mais. Ah, e eu quero conhecer e a Pabllo Vittar. Ela é uma pessoa incrível e com quem gostaria muito de colaborar, mas nós duas estamos sempre ocupadas e é difícil de manter contato, mas nós vamos fazer isso acontecer. Tenho certeza disso. Eu adoro a Pabllo. Fico tão orgulhosa de como a Pabllo representa tantas coisas incríveis. Então, ambas são absolutamente icônicas e eu fico ouvindo as músicas delas o tempo todo.
Angélique Kidjo e Kim Petras se apresentam no The Town

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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
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Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará
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Uma justa medalha para Fausto Nilo, compositor octogenário da MPB que cimentou o chão da praça com poesia

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Parceiro de Moraes Moreira, Dominguinhos e Fagner em músicas pautadas por lírica geralmente festiva, letrista ganha homenagem da UBC em outubro. Fausto Nilo é o primeiro compositor laureado com a Medalha UBC pelo conjunto de obra que inclui os hits ‘Bloco do prazer’, ‘Pedras que cantam’ e ‘Zanzibar’
Reprodução / Facebook Fausto Nilo
♫ ANÁLISE
♪ Na terça-feira, 1º de outubro, Fausto Nilo será o primeiro compositor agraciado com a Medalha UBC – láurea concedida pela União Brasileira de Compositores – em cerimônia que acontecerá em Fortaleza (CE). No caso deste poeta e letrista cearense, a medalha celebra tanto o conjunto da obra do compositor quanto os 80 anos de Fausto Nilo Costa Júnior, artista nascido em 5 de abril de 1944 em Quixeramobim, município do interior do Ceará.
Embora ligado ao Pessoal do Ceará, coletivo que movimentou a cena cultural de Fortaleza (CE) no início dos anos 1970, Fausto Nilo iniciou a trajetória como letrista de música em Brasília (DF), a convite de Fagner, cantor e compositor cearense de quem se tornou parceiro em 1972 em conexão iniciada com a música Fim do mundo, lançada naquele mesmo em EP de Fagner.
Em parceria com Moraes Moreira (1947 – 2020), Fausto Nilo teve letras cantadas em todo o Brasil, com destaque para Bloco do prazer (1979), Chão da praça (1979), Coisa acesa (1982), Eu também quero beijar (1981, com Pepeu Gomes na coautoria), Pão e poesia (1981) e Santa fé (1985).
Fausto Nilo também escreveu versos para músicas de Armandinho (Zanzibar, 1981), Caio Silvio (Pequenino cão, sucesso de Simone em 1981), Dominguinhos (1941 – 2013), Geraldo Azevedo (Chorando e cantando, 1986, hit na voz de Elba Ramalho) e Robertinho de Recife (Flor da paisagem – música-título do álbum lançado por Amelinha em 1977 – e O elefante, sucesso de 1982).
Compositor que animou muitos Carnavais com a poética festiva de letras cantadas em todo o Brasil, Fausto Nilo sempre cimentou o chão da praça com lirismo.
Contudo, a alegria dos versos deste parceiro letrista de Dominguinhos em Pedras que cantam (1981) – sucesso na voz de Fagner – extrapolou a folia, ecoando em todas as épocas. Por isso, a Medalha UBC merece o peito de Fausto Nilo.

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90 anos de Brigitte Bardot: como a visita da atriz francesa ainda impulsiona o turismo em Búzios seis décadas depois

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A visita dela ocorreu em duas ocasiões diferentes, ambas no ano de 1964. Existe uma orla em seu nome e um estátua da francesa, que completa 90 anos neste sábado (28), no local. Brigitte Bardot vistou Búzios e deixou o balneário famoso
Divulgação / Prefeitura
Coincidência ou não, no mesmo ano em que Brigitte Bardot completa 90 anos, também completa 60 anos que ela visitou Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A atriz francesa, que faz aniversário neste sábado (28), esteve em Búzios, que ainda era distrito de Cabo Frio, em duas situações e ambas no ano de 1964. Ela chegou pela primeira vez em janeiro daquele ano e ficou quatro meses na cidade.
De acordo com José Wilson Barbosa, empresário e pesquisador, Brigitte Bardot veio ao Brasil por estar muito estressada e desejar passar um tempo em um lugar mais calmo e tranquilo.
Ela desembarcou no Rio de Janeiro, mas se assustou com a quantidade de fotógrafos e jornalistas que a aguardavam. A atriz chegou a ameaçar voltar para Paris.
“Ela queria anonimato, ela queria descansar. Já que era muito perseguida por paparazzis nos Estados Unidos e na Europa. Ela faz um acordo com os jornalistas no Rio de Janeiro, vai para o Copacabana Palace, faz uma sessão de fotos, dá entrevistas e depois disso ganha liberdade no Rio de Janeiro. Ela pega um iate de um empresário, faz um passeio, volta para o Rio de Janeiro e no Rio, ela pega um furgão. Ela pega vários mantimentos e vai para Búzios”, diz o pesquisador.
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964
Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
De acordo com o pesquisador, ela foi vista pela primeira vez em Búzios no dia 13 de janeiro de 1964 e ficou hospedada em Manguinhos.
“Durante sua permanência em Búzios, ela acabou criando uma situação inovadora na cidade, um fenômeno turístico. Naquela época só existia quatro estabelecimentos comerciais, não tinha nenhuma estrutura. Era uma aldeia de pescadores e a imprensa daquela época diz que Brigitte Bardot está em um paraíso secreto”, conta.
A secretária de turismo de Búzios, Patrícia Burlamaqui Chaves, fala que na época o então distrito era um local selvagem e pacato, sem comércio, hotelaria e gastronomia.
“Nesse período de quatro meses, que ela ficou aqui, ela passou realmente despercebida e pode estar no meio dos nativos vivendo de forma simples e despojada. Caminhando e visitando praias”, conta Patrícia.
Durante os meses em Búzios, a francesa tinha o hábito de passear em um fusca vermelho e caminhar pela praia de Manguinhos. Ela também esteve em bairros de Cabo Frio, como a Ogiva.
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964
Estadão Conteúdo/Arquivo
Antigamente, como era uma pequena vila, era difícil o acesso a Búzios. O acesso ficou melhor com a construção da ponte Rio-Niterói, dez anos depois, em 1974. Após a visita da atriz, o local passou a ser mundialmente conhecido.
Brigitte Bardot foi embora da cidade em abril de 1964 e retornou em dezembro do mesmo ano. Ela ficou hospedada na casa de um amigo, que ficava na atual Rua das Pedras, mas a experiência que teve foi diferente da anterior.
“Ela nunca mais voltou a Búzios, até porque depois da permanência nela, ela se sentiu um midas. Assim como ela tirou Saint-Tropez do anonimato, ela fez o mesmo com Búzios e isso chateou muito ela. Porque Búzios mudou muito depois da permanência dela”, conta José.
A atriz chegou a ganhar o título de cidadã honorária e a Companhia Aldeão deu a ela um terreno em João Fernandes, mas ela nunca buscou nenhum dos dois.
Brigitte Bardot em 1963 e 2001
Jack Guez/AFP e Screen prod./Photononstop/AFP
Turismo impulsionado
Bastou duas visitas de Brigitte para que Búzios entrasse no circuito do turismo nacional e mundial.
José Wilson Barbosa conta que a presença dela fez surgir as primeiras pousadas da cidade, pois diversos jornalistas e fotógrafos foram descobrir onde era o paraíso secreto da francesa.
“A economia da cidade começou a gerar graças a presença da Brigitte Bardot, nesse período de quatro meses que esteve em Búzios”, conta.
Estátua de Brigitte Bardot é um dos principais pontos turísticos de Búzios
Tássia Thum/G1
A visita de Bardot foi tão importante para a cidade que em 1999, foi inaugurado a Orla Bardot e uma estatua da atriz foi colocada no local.
Atualmente, é um dos pontos mais visitados e diariamente diversas pessoas param para tirar foto com a estátua feita pela escultora Christina Motta.
Estátua é alvo das fotos de turistas e moradores.
Divulgação / Ascom Armação de Búzios
“Após as duas visitas de BB [Brigitte Bardot] a península, Búzios nunca mais foi a mesma. Os visitantes atraídos pelos relatos da época, vieram provenientes de vários países entre eles Argentina, Chile, França, Alemanha, Suíça, Espanha e tantos outros. Além de visitarem, se encantaram com e estilo de vida simples e ao mesmo tempo sofisticado dessa linda cidade que ainda então era bem rústica com suas casinhas de pescadores e com belas e selvagens praias”, explica Patrícia.
Ela diz que até hoje, seis décadas após a visita, o turismo ainda é impulsionado por Brigitte Bardot, devido a orla e a estátua em sua homenagem. “Esse fato sempre vai ter importância e relevância para o turismo”, concluí.
Bigitte Bardot
Sergio Quissak/Prefeitura de Búzios

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