Apresentação teve muita sensualidade, coreografia, cenário e música capaz de agitar a multidão que assistia ao show — apesar do horário, cedo demais para a atração, que é de peso. Ludmilla beija Bruna durante show do The Town
Não é exagero cravar que o show de Ludmilla no palco Skyline, do The Town, nesta quinta-feira (7), é uma das melhores apresentações da edição inteira do festival, que ainda tem sábado (9) e domingo (10), no Autódromo Interlagos, em São Paulo.
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Teve muita sensualidade, coreografia, cenário e música capaz de agitar a multidão que assistia ao show — apesar do horário, cedo demais para a atração, que é de peso.
“Apesar de ser 16h da tarde, tá muito cheio”, comemorou Ludmilla. Assim como ela própria indicou na fala, a artista foi subestimada.
Ludmilla se apresenta no The Town 2023
Luiz Gabriel Franco/g1
Dos mesmos criadores do Rock in Rio, The Town repetiu a lógica do festival carioca, que, no ano passado, escalou Ludmilla para o palco secundário, subestimando uma das mais importantes vozes da música contemporânea brasileira.
Desta vez, a cantora foi acertadamente escalada para o palco principal, mas num horário que não condizia com as expectativas óbvias de seu numeroso público.
O show abriu com “Hoje”, hit que impulsionou a carreira da carioca. O repertório foi uma mistura de seus sucessos antigos e atuais, passando pelo afrobeat, pop, funk, trap e pagode.
Teve de tudo: sofrência amorosa e batidão para “os solteiros” como bem lembrou a cantora em “Deixa de Onda (Porra Nenhuma)”.
Ludmilla agita o público do The Town com “Onda Diferente”
Em “Sou Má”, dezenas de notas que imitam o dólar americano caíram sobre o público. Os papéis, disputados pelos fãs, estampavam o rosto da carioca.
Um dos pontos mais altos do show foi a presença de Lulu Santos, que chegou embrulhado numa extensa caixa dourada, cheia de fumaça e luzes neon.
Juntos, os dois cantaram “Toda Forma de Amor”, com Ludmilla defendendo que as pessoas sejam o que quiser.
Outro momento muito aplaudido foi o beijo que a artista deu em sua esposa, a bailarina Bruna Gonçalves.
O balé foi um dos grandes destaques. Dançou em bastões de pole dance, fez lap dance e outros passos sensuais.
The Town: Ludmilla lembra Beyoncé em coreografia
A cantora relembrou suas origens de MC Beyoncé, com nítidas referências à turnê “Renaissance”, da artista americana que inspirou seu antigo apelido.
O figurino, por exemplo, trouxe o famoso chapelão arredondado que Beyoncé tem usado. Os looks foram outro ponto chamativo da apresentação, incluindo peças de látex e garfitadas.
Com carisma, Ludmilla aproveitou o show para divulgar sua turnê de “Numanice” em navio, marcada para 2024. “Já vai pedindo o dinheiro pro agiota”, afirmou, arrancando risos da plateia.
Minutos depois, no entanto, ela fez questão de voltar ao assunto da turnê apenas para enaltecer o banco Itaú, que tem ligação comercial direta com o evento. Foi um momento de pitadas de vergonha alheia. Vale lembrar que não é a primeira vez que Lud vangloria marcas em seus shows. No Lollapalooza deste ano, ela fez o mesmo, com a Budweiser.
Em “Verdinha”, seu hit funkeiro sobre maconha, a cantora disse: “será que tá muito cedo ou posso legalizar? Ok, a voz do povo é a voz de Deus”.
No fim do show, Ludmilla emendou vários trechos de seus hits, assim como já havia feito no Rock in Rio. Foi quando celebrou “piranhas, sapatões e veados”.
A apresentação contou com músicas como “Onda Diferente”, “Maldivas”, “Socadona”, “Todo Mundo Louco”, “Só Sinto Raiva” e “Cheguei”.
O show serviu como energético para o público, que foi aumentando ao seu decorrer e, provavelmente, funcionaria melhor à noite.
