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Telão pequeno, filas e dia do metal: Roberta Medina responde dúvidas do público sobre The Town

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À frente do evento, Roberta falou sobre a estrutura, cancelamento de atrações e visibilidade do palco principal. Primeira edição do festival terminou neste domingo (10). Roberta Medina responde dúvidas do público do The Town
A primeira edição do The Town encerrou no domingo (10), depois de cinco dias de programação no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O festival recebeu atrações como Bruno Mars, Post Malone, Foo Fighters e Maroon 5, além dos brasileiros Ludmilla, Iza, Gloria Groove, Criolo e Planet Hemp, entre outros.
O g1 selecionou dúvidas do público do festival para serem respondidas por Roberta Medina, vice-presidente do evento. Veja abaixo.
Palco The One no The Town – dia 4
Reprodução
Público – Por que o telão do palco principal é tão pequeno?
Roberta Medina – Ele não ficou tão pequeno. O palco, na verdade, é maior do que o palco do Rock in Rio em termos de cenografia. O telão do Rock in Rio tem 8,5 metros por 8 metros e esse aqui tem 10,5 metros por 6 metros. Ele é ligeiramente mais estreito, mas ele é mais largo. E por quê? O Rio é mais alto, mas a captação de imagem é ‘wide’, aí ele não aproveita a parte de baixo de qualquer forma, teria que ser um equipamento específico e que pode interferir na performance do artista. A gente optou por ir pro ‘wide’ mesmo.
Agora, se o pessoal quer, a gente vai avaliar se tem que ser maior na próxima, não tem problema, mas acho que ficou bacana. Podemos aumentar, a gente vai aprender muito com esse terreno. A gente entendeu agora como é que as pessoas circulam. A gente, com certeza, vai pensar em posicionamento de palco de forma diferente. Tem o compromisso da prefeitura de continuar investindo no espaço para dar mais conforto do público. Tem muitos aprendizados.
Palco Skyline, no The Town
Divulgação/The Town
Público – Existe a possibilidade de ter um dia só de metal?
Roberta Medina – Existe sempre. A gente já teve um Rock in Rio com três dias de metal. E aí tem muito mais a ver com a disponibilidade de agenda de artistas para compor um dia da dimensão do The Town do que da nossa própria vontade. A gente adora.
Público – Como funciona e quais são os critérios quando precisa repor uma banda que cancelou?
Roberta Medina – O primeiro ponto é quando foi o cancelamento em relação a data do show, para saber se a organização, seja ela qual for, tenha tempo de reagir. A gente opta por sempre tentar substituir. Existem situações em que a substituição não é possível.
Aconteceu em Las Vegas, a gente tirou um artista do Revolution Stage e passou para o Palco Mundo. Você vai gerindo a grade do dia, se não for possível substituir.
Joss Stone se apresenta no The Town 2023
Divulgação
Quando se tem mais antecedência, ainda tem algum tempo de consultar o mercado e ver qual é o artista daquela linha de atuação que poderia vir. Aí, volta para o ponto zero a curadoria para aquele espaço. Então, depende muito da situação do cancelamento. Agora, é uma dor de cabeça gigantesca.
Nós adotamos como critério que se um headliner do Palco Mundo ou do Skyline cancelar a gente abre a possibilidade de pedir reembolso para quem não vai ao evento. Se a pessoa entrou aqui, 75% da experiência é o resto. Mas a gente entende, a gente sabe que o headline move a escolha do dia. Quando é um artista do resto da grade, aí já não faz sentido porque a oferta é muito maior e aí já não se coloca o reembolso.
Público – Por que tem tantas ativações no meio da passagem do público?
Roberta Medina – Na verdade tem três ativações, ou quatro, que ficaram ali em uma reta, que ficou mais constrangida de circulação e é verdade. A gente já identificou isso e estamos trabalhando com a prefeitura nas próximas obras que estão planejadas, agora conhecendo o parque e vendo como funciona a circulação do público, para que isso não se repita, porque não é bom para ninguém e é desconfortável.
O que a gente já pôde fazer é: como a gente tem uma via de saída de emergência atrás, o que a gente tem feito pontualmente, ao longo do dia, é na hora termina o show no Skyline, abre essa via, escoa o pessoal que quer passear para o resto do parque, fecha a via e tira aquela pressão. Definitivamente, é nosso calcanhar de Aquiles.
Público – Por que a organização optou por uma única entrada, enquanto outros festivais oferece várias?
Roberta Medina – A gente tem duas entradas, não é uma só. Tem o portão pra galera que vem do trem e tem o portão pra galera que vem de ônibus ou pelos aplicativos e taxis, que param no bloqueio. Então, são duas grandes entradas.
Na entrada do ônibus tem uma alteração física do lado de fora que vai ser feita que vai fazer o acesso ficar mais agradável. A gente não tem nenhum desafio em termos de volume de entrada. No domingo passado e neste, até umas 5 horas da tarde vão ter umas 80 mil pessoas aqui dentro, o que é muito rápido. Não é um problema de catraca.
Fila para o segundo dia do festival The Town em SP
Paola Patriarca/g1
O que a gente identificou? O público de São Paulo chega bem cedo. A gente viu que algumas pessoas já não lembravam do horário às 2 da tarde e então a galera chegou às 10 da manhã e o portão só abre às 2. Ficou 4 horas na fila. Mas não é um problema de fila, é porque chegou muito cedo.
Entendendo isso, durante a semana, depois do primeiro fim de semana, reforçar a abertura às 2 da tarde. Quinta e sábado foram muito suaves, ninguém ficou esperando. Hoje [domingo, 10], o público é muito animado e eles chegaram cedo de novo. A gente conseguiu abrir 40 minutos mais cedo para tirar a galera lá de fora, mas era para abrir às 2 horas da tarde.
A gente já aprendeu que a festa em São Paulo tem que começar mais cedo, porque no Rio a galera chega a partir do meio-dia.
The Town 2023: Vídeos do 5º dia de festival

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