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Festas e Rodeios

‘Nosso sonho’ conta história de Claudinho & Buchecha e equilibra humor e drama; g1 já viu

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Juan Paiva e Lucas Penteado têm ótima química interpretando cantores que fizeram enorme sucesso no funk brasileiro. Filme tentou vaga como representante do Brasil no Oscar 2024. Após filmes sobre sertanejos, como “2 filhos de Francisco”, e de nomes da MPB, como “Elis”, “Tim Maia” e “Simonal”, o cinema brasileiro volta suas lentes para o funk carioca, representado por Claudinho e Buchecha. Trata-se da dupla mais popular do estilo. “Nosso sonho”, com estreia nos cinemas nesta quinta-feira (21), mostra a trajetória dos funkeiros que fizeram enorme sucesso nos anos 1990 e são lembrados até hoje.
O longa conquista o espectador com uma boa direção, juntando bem drama e humor. Tem ainda uma trilha de canções contagiante e, principalmente, excelentes atuações de todo o elenco. O destaque, claro, fica com os atores escolhidos para viver a dupla de protagonistas.
Assista ao trailer do filme “Nosso sonho”
De maneira episódica, o filme mostra como começou a amizade entre Claudinho (Vinicius “Boca de 09”) e Buchecha (Gustavo Coelho) na infância, quando viviam numa comunidade de Niterói (RJ), mas que acabaram perdendo contato.
Anos depois, Buchecha (que é vivido por Juan Paiva quando fica mais velho) reencontra o amigo Claudinho (Lucas Penteado) numa outra favela. Aos poucos, eles vão conquistando cada vez mais popularidade.
Nossa história vai virar cinema…
Claudinho (Lucas Penteado) e Buchecha (Juan Paiva) fazem show numa cena de ‘Nosso sonho’
Angelica Goudinho/Divulgação
“Nosso sonho” tem os elementos que uma boa cinebiografia musical deve ter:
uma história de ascensão cativante;
personagens carismáticos;
cenas bem construídas (dramáticas e cômicas);
reconstituição de época convincente;
e um ótimo trabalho com a trilha sonora, capaz de transportar o espectador para o período retratado na produção.
Assim, o filme consegue com facilidade fazer o público se deixar levar pelo que é mostrado na tela, graças aos sucessos de Claudinho e Buchecha tocados durante todo o longa. Graças a suas canções, ainda envolventes até hoje, o longa ganha a simpatia sem fazer esforço e isso é um grande mérito.
O filme não precisa de muito recurso ou invencionice para cativar quem está assistindo. Tudo acontece de maneira leve e despretensiosa, como eram as melodias, a presença de palco e o carisma da dupla.
Cena de show de Claudinho (Lucas Penteado) e Buchecha (Juan Paiva) em ‘Nosso sonho’
Angelica Goudinho/Divulgação
Outra qualidade de “Nosso sonho” está na boa direção de Eduardo Albergaria (“Happy Hour – Verdades e Consequências”). Ele conduz bem as cenas dos shows de Claudinho e Buchecha. A trajetória vai dos bailes funk da periferia carioca ao sucesso em programas de TV.
As sequências mais tensas também estão no tom certo. É o caso das cenas que envolvem o relacionamento conturbado entre Buchecha e seu pai, Souza (Nando Cunha). Nesses momentos, o filme fica um pouco mais denso, mas não perde o foco, graças à boa condução do diretor.
O roteiro, também coescrito por Albergaria, é um dos destaques do filme, ao criar bons diálogos entre os personagens principais, além de desenvolver bem os momentos mais divertidos.
O humor mostrado na tela nunca parece ser apelativo ou sem graça.
Um dos poucos problemas de “Nosso sonho” está na utilização de certos figurinos que não correspondem aos usados na época em que o filme se passa. Um bom exemplo está nas camisas de times de futebol que os protagonistas usam numa cena que são modelos lançados anos depois. Mesmo assim, o deslize não chega a prejudicar tanto o filme.
Dupla Dinâmica
Juan Paiva e Lucas Penteado numa cena de ‘Nosso sonho’
Angelica Goudinho/Divulgação
O maior acerto de “Nosso Sonho”, no entanto, está na escolha dos atores para interpretar a dupla. Juan Paiva sobressai como Buchecha e não parece sentir o peso de ser o responsável pelas sequências mais dramáticas. O jovem ator consegue transmitir bem os conflitos internos que o seu personagem sente, em especial em relação a seu pai. Nas horas de descontração, também manda bem.
O ex-BBB Lucas Penteado também está bem como Claudinho. O ator sempre chama a atenção quando está em cena e consegue criar uma química genuína com Paiva, algo essencial para tornar a produção bem-sucedida.
Além de atuarem bem, Juan e Lucas mostram sintonia na hora de cantar os hits de Claudinho e Buchecha . Eles são dublados em algumas músicas, mas em outras (como “Só Love”), soltam a voz e não fazem feio.
Do restante do elenco, vale destacar, além de Nando Cunha, Tatiana Tibúrcio (Dona Etelma, mãe de Buchecha). Assim como o filho, tem uma relação complicada com Souza, seu ex-marido. Já as atrizes Lellê e Clara Moneke, que vivem as namoradas dos cantores, Rosana e Vanessa, aparecem pouco.
Claudinho (Lucas Penteado) e Buchecha (Juan Paiva) antes da fama no filme ‘Nosso sonho’
Angelica Goudinho/Divulgação
“Nosso sonho” foi um dos finalistas na disputa de representar o Brasil para uma das vagas na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar de 2024, mas perdeu para o favorito “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho. Embora não tivesse grandes chances de ser o escolhido, o filme pode se considerar vencedor por ter chegado, com justiça, até a lista final.
Afinal, o longa cumpre bem o objetivo de contar uma história cativante. Quem for aos cinemas não só vai sair cantando como, muito provavelmente, ficará com a sensação de que o sonho de Claudinho & Buchecha foi bem contado.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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Festas e Rodeios

‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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