Após seis anos separados, Di Ferrero, Gee Rocha, Filipe, Conrado Grandino e Daniel Weksler voltaram a se apresentar juntos na turnê ‘Cedo ou Tarde’, que chega a Sorocaba (SP) neste sábado (23). Di Ferrero e Filipe, do NX Zero, falam sobre show da turnê ‘Cedo ou Tarde’ em Sorocaba
Entre razões e emoções, uma coisa é fato: a banda NX Zero marcou uma geração de jovens que se vestiam de preto e jogavam a franja no rosto. Seis anos depois, Di Ferrero, Gee Rocha, Filipe, Conrado Grandino e Daniel Weksler voltaram aos palcos para a turnê “Cedo ou Tarde”, que chega a Sorocaba (SP) neste sábado (23).
Durante a turnê, um momento especial do show é dedicado à memória do cantor Alexandre Magno Abrão, o Chorão da banda Charlie Brown Jr. Em 2023, a morte do artista completou 10 anos, e essa homenagem tem emocionado os fãs em todo o país.
Em entrevista ao g1, o vocalista do NX Zero, Di Ferrero, e o guitarrista, Filipe, falaram sobre a grande influência que Chorão teve na formação do grupo.
“A gente estava com o mesmo empresário, na mesma gravadora, então eu perguntava tudo para ele [Chorão]. A gente tem um carinho por ele por isso, ele sempre foi um cara que, independente se ele gostasse do som, se não gostasse, ele tinha aquele jeito dele totalmente verdadeiro o tempo inteiro. Ele respeitava, ele sabia que todo mundo estava na correria, todo mundo estava tentando. Por um momento ali, ele foi nosso mentor mesmo, foi um cara muito importante”, disse o vocalista.
Ainda sobre a interação das bandas, Di acrescentou que tocar junto com o Charlie Brown Jr. era um momento de festa. “Assistir ao show do palco era uma experiência única. Foi muito especial”, completou Filipe.
Chorão e Di Ferrero na gravação da música ‘Cedo ou Tarde 0.2’
Reprodução/YouTube
Referências
Além do Charlie Brown Jr, outras bandas brasileiras deram força e inspiração aos músicos do NX Zero, como CPM 22, Skank, Os Paralamas do Sucesso e Titãs. De acordo com Filipe, CPM 22 foi a primeira banda em língua portuguesa que eles viram estourar nas rádios.
“A gente via essas bandas, e era uma coisa que a gente sempre idealizou como carreira a longo prazo. Os Titãs, por exemplo, a gente admira muito, porque a gente vê como é difícil segurar uma banda por 30, 40 anos”, conta o guitarrista.
No cenário internacional, Filipe destaca que Foo Fighters teve uma grande influência nas músicas do NX Zero, já que todos os integrantes eram fãs da banda em uma determinada época.
Além disso, eles também buscavam inspiração em outras bandas grandes, como AC/DC, Queen, Rolling Stones e também no cantor Paul McCartney e na banda Paramore.
Retorno a Sorocaba
Músicos do NX Zero preparam shows memoráveis em nova turnê
Reprodução/Allianz
Um dos motivos para o grupo retornar aos palcos, segundo Di, foi a percepção do quanto o NX é grande para muitas pessoas e para eles também. Encontrar os fãs que os acompanham desde o início e também os novos fãs da banda está sendo uma experiência especial para os músicos.
“Todo show rola essa pergunta para ver quem está indo no show pela primeira vez, e é muito louco porque dá essa junção de duas gerações. A galera que já tinha ido em outros shows e retomando, e uma galera que na época era muito nova”, explica Filipe.
Para o show em Sorocaba, a expectativa está alta, já que o NX Zero esteve na cidade em momentos especiais para os artistas. Um destes shows, quando a banda ainda era independente, ficou marcado na memória do vocalista.
“Nesse show em Sorocaba, aconteceu muita coisa nesse dia. No meio do show, eu acho que fui fazer daquele jeito com o cabelo assim [balançando a cabeça] e bati meu supercílio no baixo do Conrado e minha cara começou a sangrar inteira e o show seguindo”, lembrou com humor.
Di completou dizendo que os músicos esperam trazer um show lindo a Sorocaba, cidade que, segundo ele, abraçou o NX Zero desde o começo.
“A gente está nesse momento muito feliz, muito especial. Estamos celebrando a nossa carreira, a estrutura está incrível, a gente está tocando todas as músicas de várias fases. Vamos reencontrar vários amigos de Sorocaba, a galera que já foi em outros shows, a galera que está indo pela primeira vez, vai ser inesquecível”, promete Filipe.
Futuro do NX Zero
Separados desde 2017, os seis integrantes da banda se reuniram para a turnê e lançaram uma música nova este ano. Segundo Di, o período de separação foi extremamente importante para a energia e conexão que eles estão experimentando atualmente.
“O NX não acaba. A gente viu que essa dinâmica para nós foi legal, foi importante dar um tempo e a gente fazer uma turnê, e aí, mais para a frente, a gente não sabe o que vai rolar. Só o que a gente pôde sentir é que a gente está muito bem entre nós, os fãs também estão curtindo os shows, então está tudo encaminhado. Sei que, quando for o momento certo e a gente sentir que a gente precisa fazer algo, um álbum, a gente vai fazer”, afirma.
O encerramento da turnê será no dia 16 de dezembro, no Allianz Parque, em São Paulo, com os ingressos esgotados. A banda ainda fará um show extra no dia anterior. Para eles, será um privilégio se apresentar no lugar por onde já passaram grandes artistas.
“A gente vai entrar em um lugar que é uma entrada do Paul McCartney mesmo, que eles fizeram em homenagem ao Paul, que é um dos caras que mais tocam lá. Então tem o ‘Paul Caverna’, que você entra por debaixo do estádio até chegar no palco. Eu imagino a sensação que vai ser, o coração, na hora que a gente tiver passando por esse corredorzinho”, completa o vocalista com entusiasmo.
Os ingressos para a única apresentação em Sorocaba ainda estão disponíveis para venda, com preços a partir de R$ 100 (meia-entrada), através do site.
NX Zero retorna aos palcos
Reprodução/Instagram
*Colaborou sob supervisão de Ana Paula Yabiku
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