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Festas e Rodeios

Kendrick Lamar faz show teatral em SP, assina disco de fã e quebra protocolo em encontro inédito

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Maior rapper em atividade, americano fez performance minimalista com jeito de sessão de terapia. No palco, abraçou Thundercat, baixista do álbum ‘To Pimp a Butterfly’. Thundercat e o rapper Kendrick Lamar no palco do festival GPWeek, no Allianz Parque, em São Paulo
Reprodução/Instagram
Maior rapper em atividade, Kendrick Lamar não está interessado em fazer de seu show uma festa pop grandiosa, para ser lembrada com ternura pelo público. Em termos de apresentação ao vivo, isso é o que mais o distancia de contemporâneos do gênero, como Drake e Post Malone.
Em São Paulo, neste domingo (5), o músico americano fez — como sempre — uma apresentação minimalista. Mas ao mesmo tempo teatral, às vezes melodramática, às vezes até esquisita.
Foi uma noite diferente das outras porque Kendrick encontrou, pela primeira vez no palco, seu parceiro Thundercat, multi-instrumentista americano, baixista do álbum “To Pimp a Butterfly” (2015), um de seus clássicos.
“Estamos no Brasil e isso é muito especial, nunca aconteceu antes.”
O rapper encerrou a programação do GPWeek, evento que por dois dias ocupou o Allianz Parque, na Zona Oeste da capital paulista. Em uma performance de uma hora e meia, ele transitou discreto pelo palco com pouca luz, num passeio sombrio por sua mente confusa. 
O artista trouxe ao Brasil uma versão reduzida da turnê “The Big Steppers”. Os show são baseados no álbum “Mr. Morale & The Big Steppers” (2022), um retrato irregular das angústias do rapper sobre sua infância, seus defeitos, seu complexo de salvador do pop e a cultura da fama e da influência — é o trabalho mais pessoal da carreira dele. 
A apresentação também tem jeito de sessão de terapia: o artista parece desabafar sobre seus traumas para o público. Na performance original da turnê, a voz da atriz Helen Mirren aparece no papel de narradora terapeuta, mas o recurso não foi usado no Brasil 
Do disco, “N95” abre o setlist, com interpretação potente e show de fogos. Em “Worldwide Steppers”, a plateia grita enquanto ele rima sobre bloqueio criativo e vício em sexo.
Por que ele é especial?
Vindo de Comptom, na periferia de Los Angeles, Kendrick Lamar definiu os rumos de uma geração de rappers com o álbum “good kid, m.A.A.d City” (2012) e se consolidou no topo com o “Butterfly”. Já foi premiado com 17 estatuetas do Grammy e, em 2018, se tornou o primeiro artista pop a receber um Pulitzer de música, pelo disco “Damn” (2017).
O prêmio é mais um indício do que o torna tão especial diante dos pares: a poética imprevisível de suas músicas, embaladas em harnonias complexas, que colocam elementos do jazz no centro das batidas de hip hop. Há quem diga que Kendrick pensa como um músico de jazz. Os arranjos exuberantes são tocados por uma banda escondida atrás do telão
Kendrick se apresenta acompanhado apenas de dançarinos, que mais atuam do que dançam. Em meio a obras de arte e jogos de luzes, ele também se movimenta de forma sutil, mas precisa: coordena milhares de mãos para cima em “King Kunta” e ensaia uma dancinha em “Count Me Out”.
Depois, repara que um fã na plateia segura uma versão em vinil do “To Pimp a Butterfly” e pega o disco para autografar, antes de convidar Thundercat para o palco. O baixista se apresentou antes de Kendrick no festival. “Eu não poderia ter feito esse álbum sem meu irmão Thundercat”, disse o rapper. Os dois se abraçaram e não apresentaram músicas juntos.
Além do trabalho mais recente, “Mr. Morale”, Kendrick dedica boa parte do setlist aos hits do álbum “Damn”. “Loyalty”, que inclui a voz de Rihanna, leva um monte de celulares para cima. “Love”, gravada com o cantor Zacari, tem o momento que mais parece de um show pop comum, com a plateia toda iluminada por lanternas, a pedido do rapper.
Em sua última passagem pelo Brasil, em 2019, Kendrick fez um show explosivo para a plateia nem tão engajada do festival Lollapalooza — seu público dividiu espaço com fãs de bandas de rock como Greta Van Fleet e Twenty One Pilots, que se apresentaram no mesmo dia. Dessa vez, o cantor foi beneficiado por ser a grande estrela da noite: todo mundo estava lá para vê-lo. E ele também parece ter gostado do que viu: “Brasil, eu amo vocês. Essa noite foi especial, de verdade, vou voltar”.
Além de Thundercat, se apresentaram no palco do GPWeek neste domingo a dupla americana de música eletrônica Sofi Tukker, que cantou trechos de músicas em português, e as brasileiras Iza e Tasha e Tracie. No sábado (4), se apresentaram a cantora pop Halsey, o grupo sueco Swedish House Mafia e os cantores Machine Gun Kelly, Jaden Hossler e Hodari.

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Lana Del Rey se casa com guia turístico em cerimônia reservada

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Em seu perfil no Facebook, Jeremy Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019. Mesmo assim, o namoro dos dois nunca foi anunciado. Jeremy Dufrene e Lana Del Rey
Reprodução/Facebook
Lana Del Rey se casou nesta quinta-feira (26) em Luisiana, nos Estados Unidos, segundo o site americano “People”. A cantora selou os laços com Jeremy Dufrene, guia turístico com quem ela já tinha sido vista, apesar de nunca terem assumido o namoro.
Fotos e vídeos publicados pelo site “Daily Mail” mostram Lana trajada com um vestido branco e de mãos dadas com Dufrene.
O casal registrou sua certidão de casamento na segunda (23). A cerimônia foi reservada a famílias e amigos.
Dufrene é capitão de uma empresa de aerobarco, a Arthur’s Airboat Tours, que oferece passeios por pântanos repletos de jacarés e pássaros. Em seu perfil no Facebook, Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019.
A última vez que a cantora esteve no Brasil foi em junho de 2023, quando ela se apresentou no festival Mita.

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Caso Diddy vai virar série produzida por 50 Cent; episódios falam de acusações contra o rapper

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Músico foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
O rapper 50 Cent está produzindo uma série documental sobre o caso Sean “Diddy” Combs, músico preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Foi o que o próprio 50 Cent disse à revista americana “Variety”.
Dirigida por Alexandria Stapleton, a série está sendo desenvolvida pela Netflix e ainda não tem previsão de lançamento. 50 Cent diz que os episódios se debruçam em “uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou clipes vistos até agora”.
Combs é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
“Continuamos firmes em nosso compromisso de dar voz aos sem voz e apresentar perspectivas autênticas e diferenciadas. Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que se lembrem de que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e sua cultura. Nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura.”
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
O caso
A prisão de Sean Diddy Combs em 16 de setembro movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. No meio disso, houve a divulgação de um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando, sua então namorada, no corredor de um hotel.
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de, segundo a Promotoria de Nova York:
tráfico sexual;
associação ilícita;
promoção da prostituição.
Durante “décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
Ele se declarou inocente em tribunal. O pagamento de fiança foi negado e ele segue preso, aguardando julgamento. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.
Leia também:
Entenda acusações de tráfico sexual e associação ilícita contra o rapper
A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’
Caso Diddy: advogado explica quantidade de óleo de bebê encontrada na casa do rapper

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Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh; veja imagens

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Exibição do artista comemora 200 anos da National Gallery, em Londres. Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Uma megaexposição na National Gallery, em Londres, reuniu algumas das principais pinturas de Vincent Van Gogh — algumas delas vistas poucas vezes em público. Intitulada de “Poetas e Amantes”, a exibição faz parte das comemorações dos 200 anos do museu. Veja no vídeo acima.
O National Gallery já contava com uma dúzia de pinturas de Van Gogh. Para a ocasião, foram selecionadas 60 obras, vindas de diversos países, como Estados Unidos, França e Holanda. Algumas delas nunca haviam saído dos países para os quais foram vendidos, como, por exemplo, “Noite Estrelada sobre o Ródano”.
Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Reprodução/TV Globo
Foco nos últimos anos de vida do artista
A megaexposição se concentra em dois anos decisivos da vida de Van Gogh, entre 1888 e 1890, ano em que ele morreu aos 37 anos. Nesse período, Van Gogh viveu em Arles e Saint-Rémy, na Provença.
Durante essa fase, o artista produziu uma série de trabalhos marcados pelas cores vibrantes do sul da França e os tons de amarelo pelos quais é conhecido. Os curadores reuniram quadros e desenhos desse período para ilustrar esse momento da vida do pintor.
Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Reprodução/TV Globo
Exibição inédita de ‘Girassóis’
Uma das séries mais conhecidas de Van Gogh, “Girassóis”, ganha destaque na exposição. Pela primeira vez, as obras estão sendo apresentadas conforme a visão original do pintor.
A National Gallery, que já possuía um dos quadros, trouxe outro emprestado dos Estados Unidos e incluiu a pintura “Canção de Ninar”, após descobrirem, por meio de cartas do artista ao irmão, Theo, que Van Gogh havia planejado compor os girassóis — um com fundo amarelo e outro com fundo azul — como moldura para a figura de uma mulher.
Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Reprodução/TV Globo
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