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‘Dick rating’: Como mulheres monetizam narcisismo masculino cobrando para avaliar pênis

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Avaliação de pênis é fonte de renda para produtoras de conteúdo adulto na internet. Nesta semana, g1 publica série de reportagens sobre novidades da produção pornô. No ‘dick rating’, homens pagam para enviar nudes de forma consensual e ter o pênis avaliado
Gabs/g1
Abrir a caixa de mensagens de qualquer rede social e encontrar lá a foto não solicitada de um pênis não é só uma situação desagradável. Enviar nudes sem consentimento é crime de importunação sexual, com pena prevista de um a cinco anos de prisão.
Mas algumas mulheres têm transformado em dinheiro o fetiche masculino de mostrar o órgão sexual a desconhecidas. O “dick rating” (“classificação de pênis”, em português) se tornou mais uma fonte de renda para produtoras de conteúdo adulto na internet.
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens para explicar as novidades da produção de conteúdo pornô. Vídeos inspirados no TikTok, influenciadoras que fazem “avaliação de pau”, o lucrativo mercado da “venda de packs” e casas de conteúdo estão entre tendências.
Funciona exatamente do jeito que você está pensando: um homem envia a foto do próprio genital de forma consensual e paga para receber a resposta, que pode ser só uma nota de zero a dez, um áudio ou um vídeo sensual — cada formato tem seu preço.
As reações também variam ao gosto do cliente, do mais básico elogio à pior das humilhações — para esse tipo de retorno, existe uma sigla própria: SPH (small penis humiliation ou humilhação de pênis pequeno, na tradução para o português).
“Muitos homens têm a fantasia do exibicionismo. Para esses, enviar nudes é uma forma de mostrar o seu poder de fogo, tentar impressionar ou chocar”, explica Carla Cecarello, psicóloga especialista em sexualidade humana.
“E há também os que encontram, nessa prática, uma maneira de oprimir a figura feminina.”
‘Pode enviar, mas eu cobro’
A atriz e modelo Yu Ferracini começou a avaliar pênis alheios há dois anos, quando passou a produzir conteúdo para o OnlyFans. A plataforma, fundada em 2016, reúne milhares de usuários dispostos a pagar por conteúdo erótico.
A atriz e modelo Yu Ferracini cobra US$ 30 (quase R$ 150) para avaliar nudes de homens no OnlyFans
Reprodução/Instagram
“Muitos homens me enviavam fotos indesejadas do pênis, eles sentem tesão em fazer isso. Então passei a cobrar. Quer enviar? Pode, mas eu cobro”, explica.
Yu criou uma estratégia para faturar com os nudes não solicitados que recebe no Instagram e em aplicativos de relacionamento: “Finjo que não estou conseguindo abrir e, logo em seguida, mando o link do meu OnlyFans, avisando que recebo por lá”. Na plataforma, ela cobra US$ 30 (quase R$ 150) para responder com um vídeo avaliando o membro, geralmente de forma elogiosa.
Nem sempre o fetiche é centrado no pênis. Yu conta que já recebeu outros tipos de pedido. “O mais interessante foi um menino que me mandava vídeos na academia, e pedia que eu avaliasse o progresso do corpo dele”, lembra. “É uma coisa narcisista, vem do ego do homem.”
Para além dos negócios de quem trabalha com conteúdo adulto, o “dick rating” se tornou parte de uma cultura sexual na internet.
No Reddit, rede de discussões on-line, há comunidades em que homens mostram seus pênis, com o objetivo de receber opiniões honestas. O site permite a publicação de conteúdo sexualmente explícito, desde que haja consentimento de quem recebe e de quem está na foto.
Sem cobrar nada, participantes dos fóruns dão notas e avaliam tamanho, forma, curvatura, espessura, número de veias e aparência dos testículos — alguns comentários são carregados de volúpia, mas a maioria é bastante técnica.
“Quando o homem tem a necessidade de ser avaliado por uma mulher, há a vaidade, mas também uma submissão forte em relação à figura feminina”, analisa a psicóloga Carla Cecarello. “É como se a mulher passasse à posição de opressora, e o homem passa a ter certo prazer nisso.”
Humilhação de pênis
A modelo Ellabar costuma atender um outro nicho: o de homens que pedem para serem humilhados. “Faço avaliações sinceras e a SPH. Grande parte do meu público é de submissos”, diz.
A small penis humiliation é uma forma de humilhação erótica envolvendo o pênis, em que uma pessoa dominante degrada consensualmente o órgão de um submisso. Geralmente, os discursos são focados em críticas ao tamanho do membro.
A modelo Ellabar costuma trabalhar com SPH (da sigla em inglês, humilhação de pênis pequeno)
Reprodução/Instagram
Ellabar cobra mais barato para humilhar: os preços vão de R$ 45 a R$ 85, a depender do formato da avaliação, em texto, áudio ou vídeo. Para o “dick rating” comum, os valores ficam entre R$ 50 e R$ 100. E há o serviço mais econômico, que dá direito apenas a uma nota e custa R$ 35.
“Quem não gosta desse tipo de prática vai olhar para isso e se questionar: como um homem se submete a uma humilhação assim? Mas, para quem sente prazer nisso, é uma prática sexual saudável”, afirma a psicóloga.
Para ela, no entanto, investigar o que há por trás do prazer na humilhação pode ajudar o homem a se entender melhor e ter uma vida sexual mais satisfatória.
“Desfrutar desse tipo de prazer pode ter a ver com outras questões da vida dessa pessoa: como ela foi criada e qual foi o desenvolvimento familiar, por exemplo. Aí o buraco é mais embaixo.”

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Alaíde Costa faz ‘Sabiá’ voltar, em duo com Claudette Soares, no voo de show alicerçado em álbum sobre o tempo

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♫ NOTÍCIA
♪ Ao gravar álbum com o cancioneiro de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Foi a noite, lançado em 2007, Claudette Soares convidou a amiga Alaíde Costa para um dueto em Sabiá (1968), sublime canção de exílio composta por Tom com letra de Chico Buarque.
Decorridos 17 anos da edição do disco Foi a noite – Canções de Tom Jobim, Alaíde retribui o convite de Claudette. Juntas novamente, as cantoras farão Sabiá voar no roteiro do show de lançamento do mais recente álbum de Alaíde, O tempo agora quer voar (2024), apresentado em julho.
Em sintonia com o fato de ter feito a única participação do disco de Alaíde Costa, , na música Suave embarcação (Alaíde Costa e Nando Reis, 2024), Claudette Soares será a única convidada do show que estreia em 4 e 5 de outubro com duas apresentações no Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros, na cidade de São Paulo (SP).
Sob direção de Thiago Marques Luiz, produtor e empresário da artista, Alaíde Costa seguirá roteiro que incluirá cinco das oito músicas do álbum O tempo agora quer voar – cuja edição em LP será lançada no show – e transitará pelo repertório do aclamado disco O que meus calos dizem sobre mim (2022).
Outra música confirmada no roteiro do show O tempo agora quer voar é Meu mundo e nada mais (1976), balada de Guilherme Arantes, gravada pela cantora com o compositor em single editado em janeiro deste ano de 2024.

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g1 Ouviu #292 – Rock in Rio: o que teve de melhor, pior e apostas para 2026

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Repórteres do g1 comentam os principais shows, setlists e momentos que marcaram a edição — para o bem e o mal. G1 Ouviu #292 – Rock in Rio 2024: o que teve de melhor, pior e apostas para 2026
Com o fim do Rock in Rio 2024, é possível analisar esta edição e refletir sobre o futuro do festival. O que ficou de lição para os próximos eventos? O que deu muito certo? O que deu muito errado? Quais foram os melhores momentos? E os piores?
Para responder essas e outras perguntas, o g1 Ouviu desta semana traz o olhar de quem acompanhou o festival de pertinho: Marina Lourenço, repórter do g1, e Braulio Lorentz, editor de Pop e Arte do g1. As apresentadoras do podcast, Carol Prado e Juliene Moretti, também foram ao festival e compartilham suas impressões.
Durante a conversa, os repórteres comentam os principais shows, setlists e momentos que marcaram a edição — para o bem e o mal.
Você pode ouvir o g1 Ouviu no g1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o g1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar.

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Caso Diddy: advogado explica quantidade de óleo de bebê encontrada na casa do rapper

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Em entrevista ao TMZ, Marc Agnifilo afirmou que não sabia o número exato de produtos e nem a finalidade. Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Além de toda polêmica envolvendo o caso de Sean “Diddy” Combs, um ponto chamou a atenção: teriam sido encontrados pela polícia cerca de mil frascos de óleo de bebê na residência do rapper. O artista foi preso no dia 16, alvo de uma série de processos por tráfico sexual e agressão. Em entrevista ao TMZ, Marc Agnifilo, advogado do rapper, tentou esclarecer a questão das garrafas do produto.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Agnifilo afirmou que não sabia a quantidade exata de garrafas, apenas explicou que eram muitas. “Não vamos dizer que eram mil frascos de óleo de bebê, vamos dizer que eram muitos deles”. Ele acrescentou: “Diddy tem uma grande casa. Ele compra a granel” .
Questionado pelo TMZ se o produto era usado como lubrificante em orgia, Agnifilo respondeu. “Não sei porque você precisaria de mil fracos de óleo de bebê (para uma orgia). Um ajudaria.”
Entenda
A prisão de Sean Diddy Combs em 16 de setembro movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. No meio disso, houve a divulgação de um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando, sua então namorada, no corredor de um hotel.
Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura
Reprodução/CNN
Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão
O caso
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de, segundo a Promotoria de Nova York:
tráfico sexual;
associação ilícita;
promoção da prostituição.
Durante “décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
Ele se declarou inocente em tribunal. O pagamento de fiança foi negado e ele segue preso, aguardando julgamento. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.
Leia também:
Entenda acusações de tráfico sexual e associação ilícita contra o rapper
A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’
Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper em estúdio

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